VIOLETA PARRA
Matem todas as violetas vivas
mas cuidem da violeta morta.
Matem a violet branca,
matem a violeta negra
mas cuidem da Vileta Parra.
Aquela do poema escrito na perna,
da alegria ambulante, do violão alado,
caminhante da cordilheira dos homens.
Penteiem o cabelo dos vivos
com pente de fuzil
mas esqueçam da trança da Violeta
feita de números circenses e folclore.
Estraguem o sonho
de um Chile chileno.
Esqueçam os mortos
no sol apagado dos cemitérios.
Ordenem os soldados
que pisem com as botas violentas
as violetas,
mas cuidem da Violeta povo.
E se for possível regar com lágriams
se for possível silenciar 1 minuto as armas
CANTEM VIOLETA PARRA! .
Poeta:
Ricardo do Carmo
Do livro "Amor de Consumo - Poesias"
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