quinta-feira, 20 de maio de 2010

Ode à artista.

    VIOLETA PARRA 

Matem todas as violetas vivas
mas cuidem da violeta morta.
Matem a violet branca,
matem a violeta negra
mas cuidem da Vileta Parra.

Aquela do poema escrito na perna,
da alegria ambulante, do violão alado,
caminhante da cordilheira  dos homens.

Penteiem o cabelo dos vivos 
com pente de fuzil
mas esqueçam da trança da Violeta 
feita de números circenses e folclore.

Estraguem o sonho 
de um Chile chileno.
Esqueçam os mortos
no sol apagado dos cemitérios. 
Ordenem os soldados
que pisem com as botas violentas 
as violetas, 
mas cuidem da Violeta povo.

E se for possível regar com lágriams
se for possível silenciar 1 minuto as armas 
CANTEM VIOLETA PARRA! .

Poeta:
 Ricardo do Carmo   
Do  livro "Amor de Consumo - Poesias" 

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