sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Chegou a hora da posse...

                             Este escriba está vivendo um momento bom de expectativa. Está aqui em Brasília, essa cidade símbolo que, embora jovem, já foi tão violentada na sua curta história.; JK aqui ainda vive, embora tenham tentado apagar sua memória.   A cidade leva a pensar na crueldade de nossa política que cassa, exila e mata.  Porém JK ressuscita na memória da pátria em cada rua em cada palácio que tentaram macular.

                              É hora de festa. É hora de Lula e sobretudo é hora de Dilma.

                               Espero estar no meio da multidão amanhã faça chuva ou faça sol.

VHCarmo.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

                                Estamos saindo de Belém e vamos para Brasília.
                O Delta do Amazonas é algo inimaginável para aqueles que ainda não vieram aqui. Como um dia disse o grande Mario de Andrade: "Belém e o delta são como o “mundo da água”. Tudo tem aqui uma grande dimensão numa grande e admirável confusão entre o mar,os rios e o verde da floresta. Do povo a cara do BRASIL DO NORTE, um resquício de índio, um tanto dos negros e dos brancos. Gente extremamente gentil, um das nossas reservas de alegria maior. Gente do Carimbó e dos rítimos amazônicos e do cultivo das cerâmicas que perpetuam o seu passado indígena.
                       No Pará a gente se sente mais brasileira, mas muito mais. A imensidão das águas que ora se azulam ora se tornam ocres e balançam ao sabor das marés, carregando embarcações de todo o tipo, desde as grandes barcas, navios,  balsas e pequenas sem nome, que são, o transporte líquido da baia de GUAJARÁ, A SE EXPADIR E ENCOLHER duas vezes por dia.
             Belém  é parte do esplendor da exploração dos seringais, a borracha ainda transcende das vetustas paredes do Teatro da Paz pioneiro, das docas escocesas transformadas em palco e gastronomia, principalmente das igrejas do século XVII.  Sem falar no Círio de Nazaré explosão de fé.
                            Belém é um pouco, também, do outro lado rio-mar, a Ilha de Marajó, grande demais, quase continente, cheia de história; primeiro pouso dos exploradores do século XVI; hoje sempre  linda com seus alagamentos periódicos e seus búfalos negros e mansos, a revoadas de pássaros, bordados pelas penas coloridas dos guarás e das garças azuais e aquela gente miúda cheia de musicalidade e vida, parecendo como nunca produto da natureza circundante.
                       Este escriba leva no peito e na mente emoção roubada desse Delta do Amazonas.
VHCarmo.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Boas festas amigos! - Ligeirinha (19.12.2010).

                                    Este escriba estará viajando nessa próxima terça-feira, dia 21 de dezembro, em férias (curtas férias) para Belém (PA), Brasília (DF), Cuiabá (MT) e Cáceres (MT). A ida a Brasília vai coincidir com a posse da Presidente Dilma Rousseff, em Cáceres vai beijar os seus lindos bisnetos.
                                  Não por acaso vamos (eu e minha mulher) à posse. A gente, modestamente, se sente ligada a essa vitória democrática que transmite a todos os brasileiros uma perspectiva de continuação das realizações do governo Lula, em que pese a tantas dificuldades e incompreensões de alguns setores resistentes, especialmente, da classe dominante e dos estratos superiores da classe média. Aliás, uma das características marcantes desses estratos da classe media alta no Brasil tem sido de se colocar a serviço das elites, incorporando os seus valores, embora não se beneficiem deles. É mesmo paradoxal, pois que muito provavelmente, esses estratos tenham sido os mais beneficiados pelas políticas governamentais. Abriram-se para eles as portas das universidades e das escolas profissionais; sofisticaram-se o seu consumo e bem estar, subindo, em geral, seu patamar de participação na economia, propiciando-lhe a sofisticação desse mesmo consumo (viagens internacionais, carros novos...).
                                 Aqui mesmo nesse espaço a gente tem manifestado perplexidade quanto à atuação política desses estratos superiores da classe média que se colocam e se colocaram contra o governo Lula e suas realizações e já se apressam a atacar, afoitamente, o futuro governo Dilma. Essas posições encontram viabilidade com o apoio declarado da mídia monopolista, e, em particular, dos jornalões e revistas.
                                 Nesse fim de ano  ao analisar o governo que se despede, apesar de anotar avanços – que seria impossível esconder – os jornalões apresentam números frios e tentam passar, através deles, que em todos os setores o governo Lula aplicou tanto ou menos recursos (monetários) provenientes da carga tributária do que o governo do FHC. ( ver O Globo e A Folha).
                                   Nota-se que a intenção é diminuir a importância das conquistas propiciadas por Lula. Está claro que essa análise peca por sua própria natureza, pois o nível de investimento, sua finalidade e destinação é que produziram a diferença em favor do governo que se despede. O país voltou a crescer, apesar da crise internacional iniciada em 2008, em nível de 7,5% esse ano e apontando para avanço igual o maior nos anos vindouros e com estabilidade. O resgate das populações mais pobres que se vai operando com os instrumentos de distribuição de renda e a elevação do bem estar e do consumo dessas mesmas populações e da classe C ( média) para a qual se transferiram cerca de 30 milhões de pessoas, não têm paralelo no governo anterior.
                                   Os recursos – não importa se maiores ou menores – aplicados no governo FHC se direcionaram para as políticas neoliberais, para o financiamento das alienação do patrimônio público em favor das empresas internacionais e prerferencialmente dirigidos aos meios de facilitação de interesses financeiros externos.      Ao fim do governo FHC – é sempre bom lembrar – os índices indicavam estagnação do crescimento, inflação em alta (anualizada em 12%), dívida interna em mais de 50% do PIB; e dívida externa que, como se dizia então, era impagável.  Os investimentos feitos na infraestrutura foram regionais e privatizadas. A recuperação das estradas sucatadas e sem manutenção, está sendo enfrentada pelo governo Lula. Um exemplo significativo, também,  foi o abandono da indústria naval e dos portos cuja recuperação  vem sustentando mais empregos.
                                  É de se indagar afinal: se eram tantos e iguais ao do governo Lula onde foram aplicados os tais recursos no governo FHC?

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2.                        Embora todos já devem saber, a gente alinha, abaixo, as recentes notícias boas, publicadas pelos Institutos de pesquisa:

IBOPE-CNI:

Popularidade do Presidente Lula: 87%

Popularidade do governo Lula: 80%

IBGE.:
Desemprego em seu menor número histórico: 5,7% (tecnicamente pleno emprego).

IBOPE-CNI;
Empresários otimistas elevam projeção do faturamento para 2011.
Cresce a atividade da Construção Civil.
Prensa Latina:
Cresce o prestígio do Brasil no Mercosul (e a integração da América Latina), confirmando sua liderança. Na Cúpula social do Mercosul, o Presidente Lula é aclamado como o “Senhor Mercosul”.

                            Finalmente, é de se perguntar também por que a mídia e os jornalões têm tanta má vontade com o governo e o próprio pais? Será que estão movidos por interesses financeiros? E os colunistas sabujos: será que estão se vendendo, apenas, por os seus magros salários ?
                   Aos poucos essas resistências vão sendo vencidas e, pela terceira vez, o povo as derrotou nas urnas.
              É hora de alegria “os cães ladram e a caravana passa”.

                                                                                                               BOAS FESTAS  amigos! O ano novo vem aí com todas as nossas esperanças e realizações: “para o país seguir  mudando”.

VHCarmo.


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O que admira é a falta de amor ao país dessa gente...

                     Serra prometeu dar pré-sal para as multinacionais, mostra site. 

                             Em texto revelado pelo WikiLeaks, Serra diz para a petroleira dos EUA, Chevron: “nós mudaremos de volta” [ao modelo antigo, favorável às múltis]
                                As petroleiras norte-americanas não queriam as mudanças na legislação para a exploração do pré-sal que o governo Lula aprovou este mês no Congresso Nacional. Isso é o que mostra um telegrama confidencial de 27 de agosto de 2009 enviado pelo Consulado dos EUA no Rio de Janeiro a Washington, divulgado pelo site WikiLeaks (www.wikileaks.ch.), que teve acesso a milhares de despachos diplomáticos. A decisão de definir a Petrobrás como operadora única do pré-sal foi classificada, segundo o documento, como “anátema” pelas petroleiras.
                                  O texto confidencial revela também que o ex-candidato à presidência, José Serra (PSDB), comprometeu-se com a americana Chevron a derrubar a nova legislação pró-país e pró-Petrobrás caso ele vencesse a eleição. O telegrama de dezembro de 2009 mostra que, apesar dos “desmentidos” do tucano, seu objetivo era entregar o pré-sal ao cartel internacional do petróleo.
                              “Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava... E nós mudaremos de volta”, disse Serra a Patrícia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron.
                                A executiva da Chevron revelou a conversa com Serra ao representante de economia do consulado dos EUA no Rio. O título do telegrama enviado a Washington pelo consulado era “A indústria petrolífera vai conseguir combater a lei do pré-sal?”. As mudanças que desagradaram às petroleiras acabaram sendo aprovadas pelo governo no início de dezembro. Desde 1997, quando FHC acabou com o monopólio da Petrobrás, a exploração de campos petrolíferos obedecia ao modelo de concessão. Nesse caso, a empresa vencedora da licitação ficava dona do petróleo a ser explorado. Com a descoberta do pré-sal, o governo mudou a proposta. A exploração passa a ser feita agora por meio de contrato de partilha. O petróleo extraído passa a pertencer à União.
                              O texto do telegrama diz que quando foi questionado sobre o que as petroleiras fariam nesse meio tempo – até sua posse, caso fosse eleito - Serra respondeu: “Vocês vão e voltam”.        Cobrado à época sobre suas intenções no pré-sal, Serra negou que pretendesse voltar ao regime de concessão. Com os relatos divulgados agora pelo WikiLeaks caiu a máscara do candidato tucano. Um dos responsáveis pelo programa de governo de Serra, o economista Geraldo Biasoto também confirmou que a proposta do PSDB previa a reedição do modelo passado. “O modelo atual impõe muita responsabilidade e risco à Petrobrás”, disse Biasoto, responsável pela área de energia do programa.
                           “Havia muito ceticismo quanto à possibilidade de o pré-sal ter exploração razoável com a mudança de marcos regulatórios que foi realizada”, acrescentou. Segundo Biasoto, essa era a opinião de Serra e foi exposta às empresas do setor em diferentes reuniões, sendo uma delas apenas com representantes de petroleiras estrangeiras.
                             Datados entre janeiro de 2008 e dezembro de 2009, os documentos revelados agora mostram as pretensões da diplomacia dos EUA com as novas regras para a exploração do petróleo no Brasil. O crescente papel da Petrobrás como “operadora-chefe” é relatado com muita preocupação. O consulado, dirigido por Dennis Hearne, mostrava-se bastante incomodado, em 15 de abril de 2008, com a possibilidade de que as descobertas de petróleo e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) fortalecessem a futura candidatura do governo. Segundo o relato, esses fatos poderiam “turbinar” a candidatura de Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil.
                                 Nos telegramas é evidente o entusiasmo dos americanos com José Serra. O pré-sal era chamado pela ex-cônsul Elizabeth Lee Martinez de “nova excitante descoberta’ e “oportunidade de ouro” para as empresas americanas oferecerem tecnologia para a exploração. Em outro telegrama, de 27 de agosto de 2009, a executiva da Chevron comenta que uma nova estatal deve ser criada para gerir a nova reserva porque “o PMDB precisa de uma companhia”.
                                 E, em 30 de junho de 2008, diz que a reativação da Quarta Frota da Marinha dos EUA causou reação nacionalista. A frota foi destinada a agir no Atlântico Sul, área de influência brasileira.
                               Diante de um cenário negativo que se desenhava com o crescimento de Dilma, a estratégia das petrolíferas para barrar a aprovação do novo marco do pré-sal passou a ser o lobby direto no Senado por meio do IBP e de outras entidades como Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip). Embora, na sua avaliação, Hearne tenha escrito que a mudança na Lei do Petróleo pode afetar o interesse das companhias americanas, em diversos outros telegramas as empresas reafirmam sua intenção de permanecer no Brasil, mesmo com a alteração nas regras. O consulado cita ainda que o Brasil se tornará um “player” importante no mercado de energia internacional.
(Extraído do Jornal Hora do Povo - de 15.12.2010).
                                                       _______________________________
                                                              SEM COMENTÁRIOS

VHCarmo.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Oito anos do governo Lula (reflexão).

            Ligeirinha de 15 de dezembro de 2010.


Transcrevo o texto abaixo com prazer.
            8 anos de Governo ótimo e imprensa péssima.

                       O que seria dos historiadores, no futuro, que não viveram estes anos, e que dependessem das páginas do jornais, revistas e "reporcagens" de TV para analisar os 8 anos de governo Lula?
                          De cara encontrariam um sério problema. Leriam notícias negativas, alarmistas, caóticas, catastróficas, de cabo a rabo, durante os 8 anos de governo, mas contraditoriamente encontrariam notícias sobre resultados de pesquisas mostrando 96% de aprovação, sendo que 84% consideram ótimo e bom o governo. E ainda constatariam que conseguiu eleger sua sucessora, estreante como candidata em eleições, vencendo adversários veteranos e experientes que contavam com apoio do poder econômico, do capital estrangeiro, e da unanimidade do chamado quarto-poder: a dita grande imprensa.
                        Os historiadores teriam a internet, cuja blogosfera fez seu contraponto, a imprensa alternativa, a imprensa oficial, para pesquisar, mas teriam que vasculhar e estudar minuciosamente documentos, decretos, atas, liberações do orçamento, relatórios de aprovação do TCU (o noticiário só noticia uma meia-dúzia de obras quando apontam problemas, esquecendo dos milhares de obras aprovadas), etc.
                          Para facilitar um pouco, e para prestar contas a quem de direito: o povo, o governo fez uma compilação de tudo o que foi feito, em cada ministério, nos 8 anos de governo, e registrou em cartório.
                           Não deixa de ser uma situação desmoralizante para a dita grande imprensa brasileira, pois uma imprensa decente, teria registrado em suas páginas e vídeos a informação do que ocorreu de fato nestes 8 anos.
                          Os 8 anos de "reporcagens" do PIG (Partido da Imprensa Golpista) estão enterrados no lixo da história. Ou melhor, estão na galeria dos horrores da história, como o holocausto, e coisas do gênero.
                          Veja, Estadão, Folha e Globo entram para a história ao lado da imprensa infame racista da África da Sul no tempo do Apartheid, ao lado da imprensa racista do Sul do EUA na antes dos direitos civis, ao lado da imprensa fascista da Itália que bajulava Mussolini, ao lado da imprensa nazista da Alemanha na época de Hitler.
                           Globo, Veja, Folha e Estadão entram para a galeria dos vexames da história ao lado da imprensa dócil e chapa-branca à ditadura brasileira que apoiou e deu sustentação ao golpe de estado de 1964, que bajularam a ditadura e os vendilhões da pátria dos governos demo-tucanos, em troco de benesses econômicas governamentais... ôpa... entram ao lado delas mesmas, pois a imprensa golpista da ditadura e dos vendilhões da pátria é a mesma de hoje: Globo, Veja, Estadão, Folha.
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VHCarmo.

A transposição das águas do Velho Chico...

                          A transposição das águas do São Francisco para 390 municípios do Sertão e do Agreste dos Estados da Paraíba, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte é um sonho que vinha desde o Império. Sempre foi tida como uma forma de redenção daquela região atingida periodicamente pela seca. A seca, por sua vez, alimentou as oligarquias nordestinas dos coronéis sem alma que a usavam para submeter as populações pobres, com poços, açudes ( que secavam) e frentes de trabalho, prolongando o seu domínio eleitoral e a miséria.
                           Por toda a República a transposição alinhou inimigos ferrenhos que sempre de tudo fizeram para preservar sua dominação e o atraso.
                          Quando o Governo Lula resolveu encarar o desafio, recrudesceram as oposições ao projeto, já então, com o auxílio da mídia. Vencida a resistência inicial, quando foi necessário usar a engenharia do Exército, a obra foi começada no seu terço inicial.
                              Aí, então, outro tipo de resistência apareceu, alinhando razões técnicas que, embora de pouca ou nehuma valia, teve alguma repercussão. A tida como a mais importante seria a alegação de que a água retirada iria secar o São Francisco que, primeiro dever-se-ia recuperá-lo. Argumento cediço uma vez que a água a ser retirada iria para a foz a poucos quilômetros e nada impedia a obra de recuperação do Rio simultâneamente e  que já estava e está em andamento. Motivos religiosos explorados pelos inimigos do projeto, chegaram a sensibilizar algumas pessoas desinformadas e levaram um bispo não tão bem intencionado mas, talvez, mal  informado a fazer greve de fome,  cuja repercussão foi frustrante, para ele e para a mídia que a propagou, talvez como o último cartucho da guerra contrária à transposição.
                             Passado esse período e continuando a obra, tratou-se de omitir notícias sobre a mesma. Tem sido como algo inexistente, mesmo quando a obra já vislumbra a sua conclusão para o ano vindouro e 2012. É deveras impressionante a omissão de notícias por parte da mídia e, em particular, dos jornalões.
                           Talvez como sua última viagem como presidente, Lula foi inspecionar as obras da Integração do Rio São Francisco às bacias hidrográficas do nordeste setentrional. O projeto, como se sabe, vai garantir água a 12 milhões de nordestinos daqueles municípios. O Presidente afirmou “O que nós estamos fazendo é justiça social. Eu vim fazer aqui na Paraíba a minha última viagem até o fim do meu mandato e fiz questão, porque esta obra é fundamental para os nordestinos”. Lula disse, ainda, que, em definitivo, toda a obra será concluída em 2012 e a prioridade será a produtividade da agricultura familiar e das pequenas cooperativas. Disse mais em tom emocionado: “a transposição é um das paixões da minha vida”.
                              Os lotes 7 e 14 do Eixo Norte da obra é considerada a redenção para os quatro Estados. Lula visitou a obra do lote 14 e o túnel Cuncas I, maior túnel para transporte de água da América Latina, com cerca de 15 quilômetros de extensão, percorrendo os Municípios de Mauriti (CE), Barro (CE), Monte Horebe (PB) e São José de Piranhas (PB). No lote 7 estão sendo construídos 13,5 km de canais, 3 barragens, um aqueduto e a base de uma pequena hidrelétrica, percorrendo os municípios de São Jose de Piranhas e Cajazeiras, na Paraíba, desaguando no Reservatório de Engenheiro Ávidos (esta parte será concluída em 2011). Além disso, as obras de integração criaram milhares de emprego integrando a população no consumo.
                                Hoje, passada a campanha eleitoral, a gente pode avaliar porque a população nordestina votou em peso na Dilma. Ela, sem dúvida, representa a garantia do prosseguimento dessa magnífica obra que e é orgulho para todos os brasileiros e resgata o nosso querido nordeste tão abandonado pelos governos anteriores e tão explorado pela classe dominante cruel dos coronéis (felizmente em processo de extinção).
                               O que dói é sentir que muitos de nossos patrícios se deixaram enredar pelos inimigos do povo; por aqueles que desprezam os nossos irmãos nordestinos e tentaram, irresponsavelmente, pregar a odiosa idéia separatista.
                      O nordeste com a sua multifacetada cultura é o Brasil numa das suas maiores expressões.

VHCarmo.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A farsa do NOBEL DA PAZ...

                                       Os prêmios Nobel vão, aos poucos, perdendo prestígio, principalmente com as últimas atribuições do Nobel da Paz. Até hoje não se conseguiu justificar Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, como promotor da paz.  Mesmo abstraindo-se o fato de ele ser presidente do país que mais comete violações da paz, com a profusão de ataques aos paises que não se alinham aos seus interesses geopolíticos, revelando-se um Estado que espalha o terror e a morte, em nenhum momento da sua carreira política o Presidente sequer protestou contra  aquelas guerras e violações.  
                                      Os EEUU promovem atualmente duas guerras principais – contra o Iraque e contra o Afeganistão – sem a menor justificativa aceitável. A invasão do Iraque, que provocou verdadeiro massacre de civis inocentes, mulheres e crianças, foi realizada passando por cima de Resolução em contrário da ONU e baseada numa mentira, hoje confirmada, arquitetada pela CIA e usando os recursos de forças de extermínio ultramodernas.
                                        No rosário histórico de promoção de guerras e violações dos direitos humanos, é de lembrar-se o apoio dos americanos a esse mesmo Iraque de Sadan Hussein, na guerra contra o Irã, sempre com interesses geopolíticos do império, resultando então em massacres de populações civis, de ambos os lados, e o uso de armas químicas pelo Iraque, fornecidas pelos EUU.
                                      Por outro lado, até hoje não se provou ser de autoria do grupo de Osama  Bin Laden a derrubada das Torres Gêmeas que serviu de pretexto para outro massacre, no Afeganistão. O ataque já estava decidido antes mesmo do pretexto, tanto que foi desfechado logo no dia seguinte da derrubada da torres.
                                 O economista e escritor argentino Walter Graziano em seu livro “Hitler Ganó la Guerra” (Edicion Planeta) no capítulo sob o título “11 de setembro e o mito das guerras justificadas”, reúne trinta razões que descartam a alegada origem do ataque às Torres e ao Pentágono apontada pelos EUU.          Entre as razões ele lembra uma relevante que vale reproduzir aqui, diz ele: “A velocidade cruzeiro cerca de 900km/hora de um Boeing, para atacar o edifício do Pentágono de apenas 5 andares e num trecho reduzido como o das Torres Gêmeas seria necessário contar com pilotos profissionais de grande experiência. Os pilotos apontados pelos americanos Mohamed Atta, Marwanal Al-sheida e Hani Hanjours não teriam sequer aptidão para pilotar monomotores” (página 60).

                                 Seria exaustivo continuar mencionando as agressões diretas e indiretas aos paises da África e da América Central, promovidas pelos EEUU como a mortandade no Sudão e a promoção de ditaduras sanguinárias nessas regiões. Todas essas agressões revelam uma política de terror de Estado americano.
                               Tanto no Iraque como no Afeganistão os ataques instalaram naqueles paises a guerra civil, com atentados e mais terror e morte de  inocentes.
                             Além das guerras, a nação americana apóia e protege o Estado Terrorista de Israel que não respeita nenhuma resolução da ONU e seguidamente viola os direitos humanos dos palestinos, promovendo massacres e usando até bombas de fósforos, uma das mais terríveis armas modernas de destruição e morte, como fez na Faixa de Gaza, transformando aquele território em verdadeiro gueto, no qual impede pela força qualquer ajuda humanitária aos palestinos.
                            Pois bem, o Presidente dos EEUU, Barack Obama, foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz. É algo surreal.
                           
                           Uma constante na premiação do Nobel da Paz é sua característica de premiar personagens que se colocam contra os paises que se opõem, de qualquer forma, aos interesses americanos. Assim foi na Guerra-fria, ou seja, a premiação e não só em relação ao Nobel da Paz, passou a ser um instrumento de geopolítica e de censura a paises que se recusam a seguir a cartilha americana.
                          O dissidente chinês recém premiado com o Nobel da Paz foi regularmente julgado e condenado, segundo as leis daquele país, por crime que teria cometido contra o Estado e está em prisão domiciliar com sua família. Se apresenta em bom estado de saúde nos vídeos veiculados pela Reuter e outras agências ocidentais, exibindo até um sorriso simpático. É claro que esse prêmio se constituiu, mais uma vez, numa espécie de censura contra a China, que protestou, com razão, contra a intromissão indevida em seus assuntos internos.    Aliás, foi ridículo e até risível  uma Instituição que se pretende séria, como a do Nobel, mandar colocar o “prêmio” sobre uma cadeira vazia.
                                  O Prêmio Nobel da Paz continua sendo um meio escuso de intromissão nos assuntos internos de paises que defendem a sua própria soberania.
                                  Para findar, a gente reproduz as candentes palavras do ilustre jornalista Antônio Luiz M. C. Costa, sobre Julian Assange e o rumoroso caso do WikiLeaks que tem tudo a ver:

                                  “ O site wikiLeaks tornou-se um fugitivo e seu fundador um preso político, detido sob o mesmo tipo de falso pretexto que, se usado para prender um dissidente russo ou birmanês, seria devidamente ridicularizado e faria do alvo um candidato automático ao Nobel da Paz. O ocidente tem dificuldade cada vez maior em conviver com os direitos e garantias em nome dos quais julga ter o dever de impor sua vontade ao resto do mundo. Pede cada vez mais por leis de exceção e estado de exceção, que pouco a pouco viram regra”.
                                                               É tudo.
VHcarmo.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Um texto muito significativo...

                          A torcida por Dilma


Marcos Coimbra 10 de dezembro de 2010 às 9:10h

Os próximos anos e o novo governo são aguardados com otimismo pela larga maioria dos brasileiros

Para a maioria das pessoas, as eleições vêm e vão. Durante certo período, normalmente nos dois ou três meses que as antecedem, elas se interessam, se motivam, acompanham o noticiário. Discutem com os amigos, põem adesivos nos carros, assistem aos programas eleitorais (na maior parte das vezes, para se divertir um pouco).

À medida que o tempo passa e a data se aproxima, consolidam tendências a votar em determinado candidato, se decidem e, quando chega a hora, votam. Ficam curiosas enquanto a apuração avança e contentes ou tristes quando sai o resultado.

No dia seguinte, tudo começa a voltar ao normal. As conversas escasseiam, os plásticos são retirados dos automóveis. A política reocupa seu lugar na vida cotidiana, raramente grande, salvo para a pequena parcela muito politizada.

Essa é diferente, e os eleitores que a integram nunca descansam. Estão sempre preocupados com a política e conhecem os detalhes do seu dia a dia. Para eles, é como se a eleição não terminasse. Meses depois, continuam a defender seu candidato e a atacar os adversários, quando o resto do País nem se lembra mais dela.

A eleição presidencial aconteceu há apenas 40 dias, mas ela já é passado para a maior parte da opinião pública. Salvo para os petistas mais entusiasmados ou os tucanos mais aguerridos, o confronto entre Dilma Rousseff e José Serra acabou. A grande maioria dos que votaram na vencedora e dos que acreditaram no perdedor não está mais em campos opostos.

É isso que se vê nos dados de uma recente pesquisa nacional da Vox Populi, feita nos últimos dias de novembro.

De seus resultados, alguns dos mais relevantes dizem respeito à imagem de Dilma, avaliada em cinco dimensões: Sinceridade, Preocupação com os mais pobres, Ter boas propostas para o País, Liderança e Preparo.

O pior resultado da presidente eleita foi obtido no item Sinceridade, com 59% dos entrevistados dizendo que achavam que ela era sincera, e 22% que não. Nos demais atributos, seus números positivos sempre foram iguais ou superiores a 65%: os que acham que ela é Preocupada com os pobres e os que a consideram Preparada para administrar o País estão nesse patamar e os que a avaliam como tendo Melhores propostas e Com liderança chegam a 67%.

As avaliações negativas vão de 20% (no item Preocupação com os mais pobres) a 25% (no quesito Preparo para administrar). Ou seja, nunca passa de um quarto a proporção de pessoas que desconfiam da presidente, seja em atributos individuais ou administrativos. Pelo visto, a campanha das oposições não conseguiu convencer mais que uma em cada quatro pessoas de que Dilma não estava habilitada para exercer a Presidência.

Na verdade, em todos os atributos, as respostas negativas são inferiores à proporção de votos obtidos por Serra. Lembrando que ele alcançou perto de 41% do voto total, seria possível dizer que cerca de metade das pessoas que votaram no tucano não avalia Dilma de maneira desfavorável um mês e pouco depois da eleição. Inversamente, a proporção dos que a avaliam positivamente, em qualquer um dos cinco itens pesquisados, ultrapassa a votação que obteve.

Não é surpresa, portanto, que os próximos anos e o governo Dilma sejam aguardados com otimismo por uma larga maioria dos brasileiros. Quanto à economia, por exemplo, apenas 6% dos entrevistados acham que ficará pior até o final de sua administração, enquanto 65% dizem que melhor (entre eleitores de Serra, 45% têm essa opinião, contra 13% de pessimistas).

Comparando o governo que termina com o que começa em janeiro, as expectativas são muito favoráveis, considerando a quase unanimidade que Lula alcançou: 22% acreditam que o governo Dilma será melhor que o de Lula, ou seja, que vai superar algo bom. Os que acham que ela será pior que o atual presidente são 10%, ficando 62% com a impressão de que será igual (6% não sabem).

Pensando na posição internacional do Brasil, os sentimentos em relação ao futuro imediato também são de confiança. Quase dois terços dos entrevistados (61%) imaginam que o País continuará a aumentar sua importância no cenário mundial, mesmo sem o carisma pessoal de Lula, e apenas 28% de que isso não vai acontecer.

O que números como esses mostram é quão equivocada é a tese de algumas lideranças da oposição, a respeito do tamanho que ela teria alcançado nas eleições que fizemos em outubro. No calor da hora, turbinada por uma campanha fortemente negativa movida contra Dilma pela quase totalidade da “grande imprensa”, a oposição chegou aos 41% que Serra obteve.

Mas nem se passaram seis semanas e as coisas voltaram a ficar diferentes. Hoje, por qualquer lado que se olhe (má avaliação da presidente eleita, baixas expectativas em relação ao País e a seu governo), o sentimento oposicionista está mais perto de 20% que de 40%.

(Publicado na Revista Carta Capital. O autor é Diretor do Instituo de Pesquisas "Vox Populi")
VHCarmo.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Dilma: "Continuarei a trajetória..."

                                      Os jornalões passam por uma fase difícil. Com todo o esforço, usando todos os recursos normais e os mais condenáveis e escusos, não conseguiram eleger o candidato da oposição e, por conseqüência não lograram interromper o ciclo virtuoso de nossa economia e o desenvolvimento do país com inclusão social.                 A mídia e o seu projeto neoliberal foram derrotados.
                                           Sem computar o resultado do trimestre findante, em curso, já se desenha, segundo o IBGE, um incremento do PIB do país, de 7,5 a 8%, em 2010, menor apenas do que o da China e da Índia.
                                        A gente já comentou aqui nesse espaço, mas cumpre repetir: após a terceira derrota consecutiva da mídia golpista, tem-lhe restado espalhar nos meios de comunicação uma inexistente desunião da base governista na formação do novo governo e tentar espalhar uma contradição, inexistente, entre os presidentes Dilma e Lula.
                                        Causa espécie que, embora ainda não instalado o Governo Dilma, os jornalões e a mídia em geral, já prosseguem na sua luta oposicionista, como sempre sem a observância da mais mínima ética.   Parce que torcem contra o Brasil, como seguidamente declara o Presidente Lula.
                                         A sua atuação não inova, constitui-se em adulteração de notícias, omissão de fatos positivos e o uso das manchetes que se tornam verdadeiros panfletos contra o governo e contra as perspectivas otimistas que se desenham.
                                       O verdadeiro mutirão de obras do PAC, essenciais ao desenvolvimento em todo o país é omitido na imprensa ou minimizado, mesmo em face dos números exibidos pelo IBGE nesta semana. O Presidente afirmou, com razão, que o Brasil, após a China, é o país que vem fazendo mais obras e que bate recorde na oferta de empregos; isto é incontestável.
                                   Amigo(a), de certa forma contraditando a nossa mídia olhe só, em resumo, o que a Presidente Dilma disse:

                        “Continuarei a trajetória que seguimos até aqui”.

                         Em entrevista ao jornal “Washington Post”, no último fim de semana, a presidente eleita criticou o agravamento da guerra cambial com a recente emissão de 600 bilhões de dólares pelo governo americano. “O afrouxamento monetário é um fato que nos preocupa muito, porque significa uma política de desvalorização do dólar que tem efeitos sobre o nosso comércio exterior e também na desvalorização das nossas reservas de divisas, que são em dólares”, afirmou.

Perguntada sobre cortes de gastos no Brasil, Dilma respondeu que essas coisas não são simples. “Você não pode se esquecer do crescimento econômico”, disse. “Você tem que combinar muitas coisas”, acrescentou a presidente. “Meu plano é continuar a trajetória que seguimos até aqui. Conseguimos reduzir nossa dívida de 60% para 42%. Nosso objetivo é atingir 30% do PIB. Eu preciso racionalizar os meus gastos e, ao mesmo tempo, ter um aumento do PIB, que leve o país adiante”, salientou.

Sobre as posições do Brasil em relação ao Irã, ela disse que “é necessário fazermos uma diferenciação no [que queremos dizer quando nos referimos ao Irã]. Eu considero [importante] a estratégia de construir a paz no Oriente Médio”. “O que vemos no Oriente Médio é a falência de uma política – de uma política de guerra. Estamos falando do Afeganistão e do desastre que foi a invasão ao Iraque”, prosseguiu. “Não conseguimos construir a paz, nem resolver os problemas do Iraque. Hoje, o Iraque está em guerra civil. Todos os dias morrem soldados dos dois lados. Tentar trazer a paz e não entrar em guerra é o melhor caminho”, afirmou Dilma. A presidente acrescentou ainda não endossar apedrejamentos. Este último comentário foi feito ao se referir à condenação de uma iraniana à morte por apedrejamento, acusada de participar no assassinato do marido.

Perguntada se “o fato de ter sido uma presa política lhe dá mais empatia com outros presos políticos”, Dilma disse que sim. “Por ter experimentado a condição de presa política, tenho um compromisso histórico com todos aqueles que foram ou são prisioneiros somente por expressarem suas visões, sua opinião pública, suas próprias opiniões”, respondeu.

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Por aí se vê que desvanecem as esperanças da mídia de que o novo governo se apartará da linha traçada, ou seja, da promoção do desenvolvimento com inclusão social e respeito às políticas internas dos outros paises e a busca da paz.

VHCarmo.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

2 tópicos do Presidente Lula...

Amigos,
              A gente vai transcrever, abaixo, dois tópicos que revelam a exação com que se expressa o Presidente Lula em situações aparentemente simples, mas relevantes. Vejamos:

                                        1. Lula critica obsessão por privatizar bancos estatais na gestão FHC.
                            Durante a cerimônia de entrega do prêmio Nacional de Desenvolvimento Regional em homenagem a Celso Furtado, no Palácio do Planalto, na quarta-feira (1), o presidente Lula comemorou a atual situação dos bancos públicos e criticou as propostas de privatização destas instituições feitas no governo passado. “Você sabe o que era o Basa, o BNB, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica? Eram bancos predestinados à falência. O orgulho nacional era publicar, no final do ano, déficit nestes balanços e, por trás do déficit, uma “propostazinha”’ de vendê-los”, denunciou Lula. O presidente também exaltou o crédito em seu governo que alcançou R$ 1,6 trilhão, ante R$ 380 bilhões no governo anterior. “Este país não quer mais ser um país de terceiro mundo ou emergente, mas um país desenvolvido”, acrescentou.
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                            2 - Na terça-feira (30), em entrevista concedida após a visita às obras da usina hidrelétrica de Estreito para início do enchimento do lago Estreito-MA, Lula disse que o empreendimento “é muito importante porque a produção de energia significa a construção da possibilidade de novos investimentos, de mais trabalho, de mais emprego e, portanto, de mais renda”. “Uma hidrelétrica desse porte, que teve um investimento de mais de R$ 4 bilhões, que gerou milhares de empregos e que vai gerar mais de mil megawatts de energia, vai contribuir de forma extraordinária com o crescimento da região e com o crescimento do Brasil”, destacou.
                           Ao responder à pergunta de um repórter sobre o apoio do senador José Sarney- a quem o jornalista chamou de oligarca -   ao seu governo, Lula foi irônico:
                           “Essa sua pergunta é preconceituosa, para quem está há oito anos cobrindo Brasília. Significa que você não evoluiu nada do ponto de vista do preconceito, que é uma doença”. E prosseguiu: “O presidente Sarney é presidente do Senado. O Senado é uma instituição com autonomia diante do poder Executivo, da mesma forma que o poder Judiciário”. “E, ademais, é o seguinte: o Sarney foi eleito pelo povo do Amapá. Eu não sei por que esse preconceito todo com o Sarney. Você que está precisando se tratar, quem sabe fazer psicanálise para diminuir um pouco o teu preconceito”, concluiu.
                           Ainda na terça-feira, Lula participou da cerimônia de inauguração das eclusas de Tucuruí, no Pará, em companhia da presidente eleita, Dilma Rousseff.

VHCarmo.



 

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O governo federal e a educação ...

                                Como sempre: a mídia omite as notícias boas.

                                A gente se lembra o que se noticiou negativamente sobre a educação no governo Lula na campanha eleitoral, propiciando ao candidato tucano não só mentir como prometer resgatar o ensino, principalmente o fundamental que, não por acaso, foi praticamente destruído no Estado de São Paulo onde foi proibida a avaliação promovida pelo Ministério da Educação.
                                 Todos se lembram que os professores foram espancados na ruas pela polícia Militar do Estado, quando reivindicavam melhorias do ensino em todos os níveis e melhores salários. Houve invasão policial na USP. Note-se que o Estado de São Paulo, tanto no nível estadual como no municipal paga um dos menores salários do país aos mestres e terceiriza o magistério.
                                 Olhem só amigos, um ligeiro resumo de notícias boas sobre a educação:
                      O país ganhou mais 30 escolas federais e 25 novos campi.
                                 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou na segunda-feira (29 de novembro), trinta escolas federais de educação profissional e vinte e cinco novos campi de 15 universidades federais. A medida é parte do programa de expansão da educação superior e tecnológica do país.
                                “Conseguimos levar as universidades federais e as escolas de educação profissional das capitais para o interior do país”, afirmou o presidente, que destacou que “hoje, a juventude tem mais motivação para os estudos e perspectivas profissionais”.
                                 Durante o governo Lula foi registrado aumento de 148% no número de matrículas em toda a rede federal e passou de 140 mil em 2003, para 348 mil até o final de 2010. Nem todas as vagas estão ocupadas já que os ciclos de funcionamento ainda não foram completos. O investimento destinado à educação tecnológica passou de R$ 1,2 bilhão para R$ 4,9 bilhão, no mesmo período.
                                  Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia oferecem cursos voltados ao desenvolvimento econômico da região. Dentre os principais cursos estão: Análise Química, Edificações, Eletrotécnica, Eletrônica, Manutenção Mecânica Industrial, Operação de Processos Industriais Químicos, Automação e Controle Industrial, Geologia, Refrigeração, Informática, Processos de alimentação e bebidas, Eletromecânica, Petróleo e Gás Natural, Metalurgia, Biocombustíveis.
                                    Por meio do programa de expansão da educação superior (Reuni), 14 universidades federais foram criadas a partir de 2003. Dez delas voltadas para a interiorização do ensino superior público. As outras quatro, planejadas para a integração regional.
                                   Com o Reuni, surgiram 126 unidades de ensino superior — das 148 existentes até 2002 já estão em funcionamento 274 este ano. Hoje, as universidades federais estão presentes em 230 municípios nas 27 unidades federativas.
                                As universidades federais dobraram a oferta de vagas. Eram 109,2 mil em 2003 e chegaram a 222,4 mil este ano. Para atender o novo contingente de alunos, as instituições contrataram professores e técnicos administrativos. Com isso, o conjunto das instituições de educação superior, que contava com 40.823 professores em 2003, tem agora 63.112. O número de técnicos administrativos subiu de 85 mil para 105 mil.
(Fonte HP).
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                               O fato importante é que as escolas, universidades e seus campi estão ligados ao desenvolvimento do país promovido pelo governo Lula e, por outro lado, fixando os jovens estudantes em sua região, diminuindo a migração interna para os grandes centros.
VHCarmo.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

UM TEXTO DE FICÇÃO...

                               CONFIDÊNCIAS DE UM VELHO SOLDADO.
                                                             ( conto)

O velho ônibus em que vínhamos de Buenos Aires, cor de aço polido, ia para Uruguaiana na fronteira brasileira. Era um veículo muito rodado, embora bem conservado. Não tinha banheiro e a cada 50 quilômetros, quando era possível, parava numa estância onde se encontrava algo para os passageiros comer e banheiros. Quando o ônibus penetrou na região semi-árida do norte da Argentina em cujos campos secos, entremeados de manchas verdes rasteiras, sob o céu de chumbo, ainda se viam alguns rebanhos de gado vacum e ovelhas, as estâncias escasseavam e quando os passageiros se apertavam em suas “necessidades”, as paradas se davam a céu aberto. Primeiro as mulheres por trás do ônibus se agachavam; depois iam os homens que eram em maioria. E a viagem prosseguia por aqueles ermos. Vinda a noite, as paradas na estrada eram mais tranqüilas, protegidas pelo negrume com as luzes do veículo apagadas e, aí, as “necessidades” eram satisfeitas com mais tranqüilidade; ouviam-se, apenas, os pios das corujas e o esvoaçar dos pássaros noturnos.
No assento ao meu lado, desde a cidade de Rosário, sentou-se um homem que aparentava, então, aí por uns 70 anos; forte, branco e avermelhado, de olhos muito azuis, com um jeitão simpático. Nem mais percorridos 2 quilômetros, ali ao meu lado, ele puxou conversa. Era estrangeiro, falava com forte sotaque que não pude logo identificar.  Falou do tempo, da natureza inóspita daquela região em que estivera por alguns anos, cuidando do gado, quando veio da Rússia, após a segunda guerra. Fora, então, visitar na Argentina velhos camaradas.
A Segunda Guerra Mundial foi o gancho para prolongar a conversa e espancar a monotonia do rodar vagaroso do velho veículo por aquelas estradas precárias. Estranhamente, o assunto, pelo qual ele mesmo enveredou, pareceu transformar o seu semblante calmo, imprimindo-lhe uma nuvem de tristeza e contração. No entanto, parecia-me, por outro lado, que lhe comprazia contar sobre a guerra que, desde logo me disse que participara como soldado.
Ele, embora russo, nascera em Sinferopol na Península da Criméia onde passou a sua infância e a juventude. Foi um adepto dos exercícios de tiro ao alvo, costume muito em voga naquela região. Sem qualquer traço de convencimento, sem constrangimento mesmo, confessou que se tornou, ainda bem moço, um exímio atirador, usando diversos tipos de armas inclusive algumas de longo alcance.
Vinda a invasão alemã da Rússia pelos exércitos nazistas, em junho de 1941, Miguel teve que abandonar a escola profissional que freqüentava – ele sonhara ser piloto de avião - e, convocado, foi para o front. O Exército Vermelho recrutava atiradores de elite para atuar na retaguarda dos exércitos alemães invasores que, àquela altura, já penetravam por mais de 600 quilômetros no interior da Bielo Rússia. Ele continuava a sua narrativa. Atirados às margens do Pântano de Tripet, onde os veículos pesados alemães e a tropa não tinham como caminhar, contornando-o, deixavam algumas brechas. Miguel e mais quatro atiradores foram introduzidos naqueles espaços, em trajes civis chegando àquela região, em pontos estratégicos, junto às estradas de ferro e no flanco da retaguarda das forças invasoras.
Munido de armas de alta precisão, munição e algo para a subsistência, atirados por planadores russos, eles se separaram e se embrenharam pelo terreno úmido do pântano, protegidos pelos turfos da vegetação esparsa. Dali, protegido e com o auxílio de luneta de precisão da sua arma, Miguel atirava, à distância, alvejando, até com certa facilidade, os vagões de combustíveis dos trens que vindos do Oeste iam em busca do front. A explosão destruía parte do trens e fazia voar os trilhos. A cada ação, o Miguel Vichinskis – ele fez questão de me dizer o seu nome por inteiro – fugia, às pressas do local que, em seguida, era bombardeado pela artilharia inimiga.
Os alemães, mais tarde, na tentativa de impedir os atiradores de elite no seu flanco e na retaguarda, começaram a lançar pára-quedistas para dentro do pântano a fim de impedir aquela ação que lhes causava problemas sérios de abastecimento, tanto de combustíveis como de alimentos das tropas que iam na frente de batalha. Os blindados e tanques não penetravam o pântano onde se arriscariam ficar atolados no terreno encharcado e movediço.
Àquela altura o velho ônibus deu uma parada numa região de matas, em uma estância mais próxima da fronteira do Brasil. Descemos todos passageiros e, depois de muitas horas sem comer, encontramos ali um farto café-da-manhã. Deu tempo até para os passageiros se lavar ainda que ligeiramente.
A viagem prosseguiu após, cerca de uma hora. Miguel, continuou a narrar, e aí, já entrávamos no terço final da viagem, o velho ônibus ia penetrando o território brasileiro.
Quando cessava a artilharia, Miguel procurava outra posição, já agora vigiando a presença de soldados alemães atirados de pára-quedas dentro dos alagadiços. Dormia abraçado às suas armas, procurando sempre se acercar das casas de algum dos poucos habitantes daquela terra úmida. Voltava à luta, quando a situação se acalmava, à beira do pântano, para alvejar os trens e a retaguarda das tropas alemãs retardatárias na guerra-relâmpago, cuja ponta de lança blindada já se adiantara.
Miguel continuou contando sua aventura por aquele pântano, terra úmida, rica de húmus e pululando de insetos incômodos. Os planadores continuavam a alimentá-los, a ele e aos outros atiradores, com armas, munições e comida. Os alemães, embora de modo esparso, continuavam a lançar alguns pára-quedistas na área.
Num dia escuro em que subia dos pântanos uma espécie de neblina cinza, embaçando a vista por alguns metros prenunciando o outono que se aproximava, estando o Miguel a vigiar o céu, viu, rompendo a bruma, um pára-quedista, balançando nas cordas do pára-quedas, empunhando uma metralhadora e, aos poucos, se aproximando do solo. Escondido no mato, Miguel pôde ver então que era um rapaz bem jovem, não teria mais que 20 anos, forte, bonito, rosto quadrado, cabelo rente, descoberto. Miguel me disse, então, num tom tristonho que, naquele momento, não teve coragem de atirar no rapaz; alguma coisa, uma sensação estranha lhe travou o instinto de atirador e, mantendo a arma apontada, aguardou que o jovem soldado chegasse ao chão, quando ficou a menos de 200 metros do cano de sua metralhadora, por entre a folhagem.
                         - “Hoje - me falou Miguel – confesso que cometi, então, uma imprudência que poderia me ter custado a vida, mas não me arrependo”. Mal o soldado se pôs em pé, de seu esconderijo, falando em alemão, Miguel gritou-lhe que ficasse parado. Ao ouvir a advertência o jovem levantou sua arma e atirou. Miguel, experiente, já se deslocara e de onde foi se esconder atirou certeiro, atingindo a cabeça do soldado que se despedaçou, espalhando sangue e miolos em volta, debruçando-o no solo.
Nesse ponto da narrativa algumas lágrimas rolaram dos olhos do narrador. O velho ônibus se aproximava de Uruguaiana. Antes de chegarmos ao destino, refeito da emoção Miguel, me disse que matar na guerra se torna, às vezes, uma coisa banal, pois no front, no calor do combate, não se tem certeza de onde partiu o tiro que fez tombar o inimigo.
                     - “Mas, o projétil que estourou os miolos daquele jovem partiu diretamente da minha metralhadora”, disse chorando mansamente o velho atirador.
Confessou, com a voz embargada, que nunca mais conseguiu esquecer aquela cena, embora ele tenha prosseguido na guerra até 1945, naquele conflito que vitimou milhões de outros jovens como aquele soldado alemão.               Nunca mais atirou com qualquer arma.

                        Miguel me abraçou ainda emocionado, na porta do velho ônibus cor de aço polido, na rodoviária de Uruguaiana e tomou seu destino.      Quando ia caminhando e se perdendo na última esquina virou-se em minha direção acenou com as mãos e nunca mais nos vimos.

                                                  Victor Hugo do Carmo - 3 de dezembro de 2010.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O novo governo é continuação do bem avaliado governo Lula, o resto e choro de perdedor!

                       Amigos, esse texto é irrepriensível, por essa razão trranscrevo e peço que vv. o leiam.  Foi pulicado no Correio Brasileinse.

                                  A cara do governo

                    Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

            A reação de parte da imprensa às informações sobre a composição do governo Dilma é curiosa. Em alguns veículos, chega a ser cômica.
          Outro dia, um dos jornais de São Paulo estampou em manchete que Dilma estava “montando o núcleo de seu ministério com lulistas”. O que será que o editor imaginava? Que ela fosse recrutar “serristas” para os postos-chave de sua administração?
            Como ensinam os manuais do jornalismo, essa não é uma notícia. Ou será que algo tão óbvio merece destaque? “Cachorro come linguiça” não é um título para a primeira página. No dia em que a linguiça comer o cachorro, aí sim a teremos uma notícia (que, aliás, deverá ser impressa em letras garrafais).
             Na mesma linha, um jornal carioca achou que era necessário alertar os leitores para o fato de que “Lula está indicando várias pessoas para o governo Dilma”. Em meio a estatísticas sobre quantos nomes já havia emplacado, a matéria era de franca desaprovação.
             Na verdade, tanto nessa, quanto na manchete do jornal paulista, estava implícita quase uma denúncia, como se um duplo mal-feito estivesse sendo cometido. Por Lula, ao “se meter” na formação do novo governo, ao “tentar interferir” onde, aparentemente, não deveria ter voz. Por Dilma, ao não reagir à intromissão e o deixar livre para apontar nomes.
                Quem publica coisas assim dá mostras de não ter entendido a eleição que acabamos de fazer. Não entendeu como Lula, seu principal arquiteto, a concebeu, como Dilma encarnou a proposta, e como a grande maioria do eleitorado a assimilou.
              Tudo mundo sabe que, quando Lula formulou o projeto da candidatura Dilma, a ideia central era de continuidade: do governo, de suas prioridades, de seu estilo. Ele nunca disse o contrário e insistiu no uso de imagens que caracterizavam, com clareza, o que ela representava. Para que ninguém tivesse dúvidas, chegou a afirmar que votar em Dilma era a mesma coisa que votar nele. Foi explícito nos palanques, nas declarações, na televisão.
               Dilma sempre falou a mesma coisa. Mostrou-se à vontade como representante de Lula e do governo, seja por sua lealdade para com o presidente, seja pela boa razão de que o governo era dela também. Apresentar-se ao país como candidata de continuidade nunca a deixou desconfortável, pois significava defender aquilo a que havia se dedicado nos últimos oito anos.
                 Isso foi bem entendido pelos eleitores. Desde o primeiro momento e até o fim da eleição, as pessoas olharam para Dilma sabendo qual era a natureza de sua candidatura. Muitas descobriram suas qualidades pessoais, mas o núcleo da decisão de votar em seu nome foi outro, como mostraram as pesquisas.
               Ninguém votou em Dilma para que o “dilmismo” vencesse o “serrismo”. Só quem quis que a eleição fosse essa foi o próprio Serra, que sabia que perderia se o foco da escolha se alargasse, se os eleitores olhassem para o que cada candidato representava e não se limitassem a fazer a velha comparação de biografias.
               Agora, quando Dilma escuta Lula na montagem do governo, ela apenas cumpre a promessa fundamental de sua candidatura, a razão principal (para alguns eleitores, a única) dela ter sido votada. Quando dá mostras de que manterá ministros e dirigentes, faz apenas o natural. Se, por exemplo, se comprometeu durante a campanha com a preservação de determinada política, porque razão não seria adequado que o responsável permanecesse?
               O governo que está sendo organizado terá a cara da continuidade, política e administrativa. Terá a cara de Lula, do PT e das outras forças partidárias que venceram a eleição. Terá a cara da atual administração, que é aprovada pela maioria da sociedade. Terá a cara de Dilma, pois é ela   fez parte do governo Lula.


VHCarmo.

Telegramas secretos .. nem tanto.

                         No que tange a esse assunto de vazamento de informações nos EEUU, o Presidente Lula, como sempre, colocou as coisas no devido lugar. Ele disse que são revelações sem importância, e que se de fato fossem secretas não teriam vazado. O Presidente disse textualmente que tais “telegramas” registram fatos “insignificantes”. Depois, com muita razão manifestou preferir acreditar em seus ministros do que num embaixador, que nem é mais embaixador no Brasil, desde 2008.
                         É interessante observar que os tais telegramas expressariam opinião pessoal do ex-embaixador a respeito de fatos ocorridos no Brasil, mas sob a ótica americana o que por si só, os torna de valor relativo para o nosso país.
                         Claro está que o Brasil, como qualquer outro país que se preze não pode se atrelar àquilo que os americanos (no caso um embaixador) manifeste num informe ao seu país, que alem do mais nesse caso, é de veracidade discutível.
                          Se absurdamente, e por hipótese, vazassem os “telegramas"ditos “secretos“ de outras embaixadas de outros paises, expressariam opiniões idênticas às do ex-embaixador Sobel sobre os mesmos fatos e pessoas?       Ora, o Brasil estaria, nesse caso, sujeito aos humores do resto do mundo, seria abdicar de sua soberania.
                         Os tais vazamentos - que devem se multiplicar -  chegam ao ridículo de nomear pessoas simplesmente por não gostarem dos EEUU, como se fora uma obrigação gostar daquele país. Com todo o respeito, isto parece mais fofoca de revista de humor do que “telegrama” secreto de embaixador para a matriz.
                          De notar também que o ex-embaixador Sobel teria emitido os tais “telegramas” no período de seu exercício na embaixada, ou seja, até 2008 o que, vale dizer, não teriam sequer atualidade. Decorrido tanto tempo, ao que se sabe, as nossas relações com os EEUU continuaram normalmente e até melhoraram, com a alternância de poderes lá e com as políticas de respeito mútuo implementadas pelo governo Lula.
                         Infelizmente, ainda temos no país alguém que pensa pequeno; alguém que ainda não compreendeu que somos uma nação independente e, portanto, aberta a se relacionar com todos os paises do mundo, independentemente de sua política interna e da ideologia que professem, sem prestar contas aos EEUU.

Notícias como essas, dos “telegramas”, são “um prato cheio” para a mídia reacionária brasileira que se vale delas como uma oportunidade para, de um lado, tentar instrumentar o povo contra as políticas de afirmação nacional do governo e, de outro, para ficar bem com o império, estimulando o apoios às suas políticas de dominação, ou seja de terrorismo de Estado.

Essas notícias fazem bem aos Civitas (apátridas), Marinhos, Frias e próceres do Estadão, pois lhes servem de argumento para defender o que eles chamam, hipocritamente, de valores democráticos dos EEUU, aos quais deveríamos estar alinhados, em prejuízo de nossa soberania.

Por fim, cumpre desconfiar da autenticidade desses vazamentos de documentos secretos que, por estranhável coincidência, vêem a público no momento que o Império se encontra encralacado, entre outros, com dois problemas graves para eles, ou seja, o Irã e a Coréia do Norte. Parece, a uma analise por menos atento que seja, que os US estão tentando atemorizar até seus próprios aliados, talvez quem sabe, para usar e dar fôlego aos seus estamentos da mídia mais conservadores e subservientes messes paises.

VHCarmo.

domingo, 28 de novembro de 2010

2 TÓPICOS - DROGAS E MARINA...

                       A violência, provocada pelo tráfico de drogas em algumas regiões da cidade do Rio de Janeiro, impõe uma reflexão sobre o problema das drogas, buscando suas raízes próximas e remotas.
                        A gente sabe que o problema da droga é mundial e integra paises produtores, paises de trânsito e consumo e de paises consumidores. Há uma íntima conexão entre os agentes criminosos nos três estágios. Pode-se afirmar que se não houvesse consumo as demais raízes do tráfico deixariam de existir. O que é óbvio. A produção visa ao consumidor e os meios de a droga chegar a eles.
                          O combate às drogas, como se vê, é muito complexo, pois o simples combate aos pontos de fornecimento e venda  ao consumidor não tendem a resolver o problema de forma definitiva, dada a mobilidade dos agentes que distribuem o produto, a continuidade do abastecimento da droga e a persistência dos níveis de consumo.    Claro está que o combate à distribuição é essencial à manutenção de níveis aceitáveis da ação criminosa, mas não o suficiente para extingui-lo.
                           Indaga-se: como os grandes estoques de drogas e armas chegam aos pontos de distribuição? Quem viabiliza o transito desses estoques até os pontos de oferta aos consumidores? Quais os caminhos utilizados? Como os consumidores chegam até os pontos de venda?
                             As áreas urbanas mais vulneráveis são, naturalmente, as mais pobres e carentes de infraestrutura e, no caso do Rio de Janeiro, as favelas que se situam, em grande parte nos morros ou em suas adjacências, facilitando aos agentes distribuidores a defesa do território, entrincheirados nas elevações.
                             Na ponta inicial, o fornecimento, se situam agentes poderosos que escapam da vigilância social e policial, pertencendo a poderosas redes internacionais. Os caminhos que percorrem os estoques, apesar do combate internacional, levam os agentes criminosos a atingir os pontos de distribuição nos mais remotos destinos, onde se servem dos extratos mais pobres das populações das favelas, no caso do Rio, onde promovem “chefes” aos quais se subordinam os chamados “aviões”, que por sua vez, praticam o comércio de varejo das drogas e, ao mesmo tempo, servem de soldados (fortemente armados) no enfretamento das autoridades policiais. Esses pseudos chefes, muitas vezes até presos, conseguem manter sua autoridade em face dos que os servem, homens jovens em sua maioria, miserávies, maltrapilhos, descalços, portando, estrnhamente,  armas caras e importadas.
                                 Nessas regiões se formam núcleos que tendem, na ausência da autoridade do Estado, a gerir a vida comunitária, dominando o território, mediante força e ameaças.
                              Assim se completa o ciclo, mantendo as origens da droga, quase sempre , fora do questionamento.
                               O combate ao fornecimento e aos veículos do trânsito das drogas, têm se mostrado insuficientes e envolvem políticas antidrogas internacionais e forças policiais externas e internas (nossas Polícia Federal e Estaduais, etc.).
                               O aperfeiçoamento e a maior eficiência desse combate deveriam resultar, à evidência, numa melhoria geral do problema o que até aqui não acontece. Os exemplos do México e da Colômbia são particularmente exemplares, pois esse tipo de enfrentamento não vem dando melhores resultados, causando um número exagerado de mortes de pessoas inocentes não envolvidas no processo.
                                  Resta o combate, que ora se trava no Rio,  contra a ocupação do território de venda e distribuição da droga e a extinção da dominação dos agentes criminosos nas respectivas comunidades.
                                O que se questiona, neste momento, é se a retomada do território de dominação e distribuição da droga, pelos criminosos, por si só, determinará o fim do problema. É uma questão instigante.
                              É claro que a retomada não resolverá definitivamente a questão, mas é essencial na medida em que restabelece a autoridade do Estado comprometida, retirando os marginais de sua base territorial e promovendo ali a volta da cidadania dos moradores.
                              A alegria manifestada pelas comunidades livradas da presença dos criminosos traficantes é significativa da importância das ações atualmente promovidas pelo Estado e o Governo Federal (através das forças armadas) e devem, de fato, ser comemoradas por todos. Essencial, porém,  é o prosseguimento da instalação das UPPs nas comunidades pobres, mantendo fora do controle dos  marginais.
                             Mas, de qualquer forma, a questão das drogas continua sendo um mal terrível que atinge a sociedade humana de uma forma inédita e grave desafiando a capacidade de todos paises para solucioná-la.

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                                   E A MARINA SILVA ?                                     
                     Passados, agora, mais de vinte dias da eleição presidencial, ainda causa uma certa perplexidade o que repreentou a candidatura da ex-Ministra Marina Silva.
                      A gente estranhava, já naquela época aqui nesse espaço, que a sua candidatura era apoiada , em vários Estados, por políticos do PSDB e do DEM que sempre foram conhecidos por apoiarem os setores mais reacionários dos ruralistas, inclusive a Senado Kátia Abreu e també conhecidos desmatadores.
                       O discurso ecológico permaneceu, na campanha, como algo que não se discutiu a fundo, embora o PV o tivesse  como o ponto mais relevante de seu programa.    A chamada onda verde - que a rigor jamais aconteceu - foi um simples pretexto que acabou levando a eleição ao segundo-turno e aí,  naquela oportunidade, a candidata, acossada, pela direita, não teve a coragem de se definir, permanecendo num incômodo “em cima do muro”.
                              Depois de usada, a candidata foi “esquecida” e jogada fora.
                             Segundo se sabe agora (notícia do deputado Chico Alencar –PSOL-RJ), na prestação de contas da campanha da Marina perante o TSE, se encontraram grandes “contribuições de empresas conhecidas pelo impacto ambiental que provocam: fertilizantes, sementes transegênicas, mineradoras, papeleiras e construtoras”.
                               Fica absolutamente claro que a Marina (pobrezinha!) foi usada pela direita na tentativa de barrar a candidata do governo.
                              Seria por ignorância ? Seria por ingenuidade? Seria por ter renunciado à sua ideologia ambiental ? Sei lá!
                              Por fim, indaga-se ainda: aquela gente que se serviu dela vai lhe dar algum cargo; alguma compensação?
                     Marina cometeu um suicídio político, levada pela sua imensa vaidade.

VHCarmo.