domingo, 27 de dezembro de 2015

ÓDIO COMO PROMOÇÃO POLÍTICA


                   O ódio como promoção política.

A difusão do ódio numa sociedade teve seu auge histórico com o nazismo e se tornou exemplar para a difusão posterior na luta política em geral, no quadro do capitalismo.
As instituições na Alemanha hitlerista foram permeadas pela implementação de roteiros que tinham como alvo os judeus, o socialismo democrático,  os comunistas  e todos aqueles partidos ou pessoas  que, de qualquer modo, se opunham, então, a expansão do nazismo, ramo mais violento do fascismo, então generalizado na Europa  após  a primeira guerra mundial.  
 As SS as AS a Gestapo, movidas pela máquina de propaganda que Goebels fez incorporar o ódio na sociedade alemã;  o ódio e a violência, expandidos pela guerra mundial.
O ódio, em princípio, não tem motivação real, nasce como obstáculo natural ao processo democrático e ao avanço das políticas em favor da sociedade, dos mais pobres e mais justas, usando a criminalização dos adversários  tornados inimigos.
Aos judeus alemães foram atribuídas maldades – as mais gerais e em todos setores sociais -  jamais comprovadas na prática, viabilizando e tentando legitimar a violência. Os judeus alemães honravam a pátria germânica e, no seu seio, se gestaram  grandes intelectuais, cientistas, artistas e músicos notáveis.  O hitlerismo  disseminou o ódio contra eles, mas jamais provaram algo concreto que desmerecesse a sua nacionalidade alemã.     No entanto, os nazistas foram ao extremo de decretar sua extinção como meta final.
A característica primacial do ódio é que a sua disseminação dispensa a razão e se necessário cria uma tipologia (sempre associada ao mal) e a adere ao odiado, se recusando a racionalizar; tendo por essência essa irracionalidade.    
O nazismo lançou o mundo civilizado na Segunda Guerra Mundial, no mais obscuro morticínio e destruição com base na disseminação do ódio.
No Brasil vivemos perigosamente um momento histórico de disseminação fascista do ódio contra o Partido dos Trabalhadores, ódio  que dispensa a razão – como sempre - e pretende pregar-lhe o rótulo  da tipologia do mal. Mal que deve ser afastado por obstruir a marcha do conservadorismo, tudo impulsionado pela propaganda agasalhada e difundida pela mídia que assume o perigoso papel de disseminadora dessa irracionalidade.

Os casos de agressão  física - movidos pelo ódio - se multiplicam perigosamente contra petistas, simpatizantes e políticos.
Na impossibilidade de impedir o avanço das políticas públicas implementadas pelo PT, os conservadores e a direita antidemocrática, passam a difundir ódio contra o partido - através a da mídia-  e, não se intimidam, nem com a  possibilidade de remover o partido e seu governo por métodos antidemocráticos; pelos atalhos golpistas.  As eleições democráticas os tem impedido de chegar ao poder pelo voto e pretendem agora passar ao atalho, pretendem o golpe com cheiro odioso do fascismo.
 Certamente esse ódio tem como base de disseminação de algo que o Partido dos Trabalhadores não fez, pois não há como negar os avanços promovidos até aqui pelos governos petista por nosso povo e por nosso País. O que importa ao golpismo é faze-lo odiado, não importa a razão.

 Hitler chegou ao poder pelos atalhos do ódio. A ditadura militar no Brasil, impulsionada por movimento odioso e antipopular, nos decretou uma noite tenebrosa de mais de vinte anos.

O nosso povo foi e continuará ir às ruas contra ódio ao PT  e contra o Golpe.                       NÃO VAI TER GOLPE.

Rio, 26.12.2015.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

UMA LIGEIRA REFLEXÃO...



            UMA PEQUENA REFLEXÃO NECESSÁRIA.

São as contínuas rejeições, pelo  povo, aos Tucanos golpistas e seus asseclas (incluída a mídia conservadora),  que os levam a apostar no impedimento da Presidenta Dilma.  O horizonte do futuro não lhes dá perspectiva de ganhar eleição para o poder executivo. Sintomático é que, ao lado da campanha pro impedimento, lançam a campanha contra o PT ( o ódio) e contra Lula que sabem ser imbatível em 2018.
O atalho para evitar a derrota seria “derrubar a Dilma” como o cara-de-pau do Paulinho da Força cinicamente declara a todo o momento: nos jornais, na Câmara, na Globo, obrigando a gente engolir a aleivosia.
A manobra suja para conduzir o processo do impedimento com o bandido Eduardo Cunha, pilotado pelo traidor Temer, fez água com a intervenção do STF. A ambição açodada do Vice o levou a adesão. 
O bandido inventou uma seleção dos membros do Conselho, desprezando os partidos, conforme preceitua a Constituição, e, criando um grupo de colegas investigados e réus no STF, apelidando-o de  turma avulsa.  Manobra chave para que, em votação secreta, assegurasse uma falsa maioria.   Foi necessário, para tanto, até modificar a liderança do PMDB e criar um impedimento, via o traidor Temer, para novas adesões ao partido  daqueles contrariados.     Dois bandidos, duas traições, afronta ao direito, à política séria  e ao Brasil.
Aliás, causa espécie que o bandido Eduardo Cunha continue: Presidente da Câmara, deputado Federal e livre.  Seu lugar próprio, para desagravar o nosso povo, seria a CADEIA. O STF está suscitado a dar uma solução, ou seja, fazer cessar a afronta diária deste bandidão não só ao nosso povo, como ao Brasil nação civilizada.      Associados, de fato, o bandido e o  traidor Temer envergonham o Brasil no concerto das nações civilizadas.
Num processo de impedimento com integral respeito à Constituição e à lei, decretado pelo STF, dificilmente atingirá o golpe de estado articulado pelo bandido, seu bando, e pelo traidor.  É claro que os dois não se conformarão, mas a gente  cogita que  a parte sã do Congresso e o STF estarão atentos a novas manobras sujas dos dois.

VHCarmo -  23.12.2015

 

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

A Farsa do impeachment.



Deu na Folha de São Paulo: o comentário de Miguel Rosseto que tem como característica  argumentação simples à qual não se pode opor qualquer opinião séria em contrário.  O pior, no entanto, é verificar-se o oportunismo criminoso da oposição, comandado por um bandido na Câmara e um traidor na Vice-presidência.  Como diz  J. Mujica  colocam, não só o Brasil como a América Latina, da qual o país  é líder, em perigo institucional.  O povo veio e vai voltar às Ruas e a insanidade dessa gente não há de passar.



MIGUEL ROSSETTO

A farsa do impeachment




O Brasil já enfrentou crises em sua história e aprendeu uma valiosa lição: a democracia é o melhor remédio para superar impasses.
Infelizmente, o PSDB e setores da oposição, derrotados nas eleições de 2014, se juntaram ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), para trilhar a aventura de rasgar a Constituição e golpear a democracia. Não há nada que justifique um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, fora o desejo de ocupar o poder por atalhos.
Construiu-se uma tese política que pleiteia o impedimento deste mandato. Por esse motivo, tão logo começou o segundo governo Dilma, o PSDB pediu um parecer sobre a possibilidade do impeachment.
Iniciou-se, assim, a busca por um crime de responsabilidade que não existe. Sem disfarces, o impeachment se tornou uma obsessão, um vale-tudo para tentar um terceiro turno eleitoral.
O parecer recente de comissão da OAB sobre a fundamentação jurídica do pedido de impedimento é uma aula em defesa da Constituição.
Diz o parecer: "Não por outra razão é que a atribuição de um crime de responsabilidade no âmbito de um governo de forma presidencialista (...) não prescinde, antes exige, que o intérprete busque espeque no conteúdo jurídico do instituto, pois a solução a que se chegar não deve ser fruto de caprichos ou convicções pessoais, como, por exemplo, a de que o titular do mandato eletivo não tem mais condições de governar, pois esta solução alcança-se pela renúncia ou por via do voto livre do cidadão, não do impeachment".
A tese de rejeição de contas de 2014 devido a "pedaladas fiscais" anotadas em parecer do TCU não se configura crime de responsabilidade.
Para a comissão da OAB, o parecer do TCU "não é bastante para firmar um juízo definitivo sobre irregularidades administrativas ou de execução financeira e orçamentária, a ponto de sustentar, autonomamente, a recepção de um pedido de impeachment, sem a aprovação do parecer pelo Congresso Nacional".
O parecer do TCU ainda não foi julgado pelo Congresso. As contas de 2015, por óbvio, não foram nem apreciadas pelo tribunal.
Os motivos dessa aventura do PSDB e da oposição são tão explícitos quanto os de Eduardo Cunha. O deputado é acusado pela Procuradoria-Geral da República pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro; é alvo de um processo do Conselho de Ética da Câmara que pede a cassação de seu mandato por quebra de decoro parlamentar e por ter omitido, em sessão da CPI da Petrobras, ser beneficiário de contas secretas no exterior.
Para se salvar, ele acendeu a fogueira do impeachment. Cunha, contudo, não tem condições morais ou políticas para se manter na presidência da Câmara e do processo de impedimento.
Na democracia, a vontade do povo é sagrada. Os líderes precisam ser submetidos à apreciação popular em eleições. Por isso, estabeleceu-se mandatos de tempo determinado, que sempre convivem com períodos de mais ou menos aprovação.
Não há nada, absolutamente nada, imputado a Dilma. Essa tentativa de impeachment é um golpe, pois conspira contra a essência da democracia: a soberania do voto popular.
O povo já pagou caro demais por esse desatino político que tenta paralisar o país quando enfrentamos problemas difíceis, em um cenário que também é turbulento na economia e na política internacionais.
Nossa sociedade e nossas instituições estão sólidas o suficiente para não se curvarem ao conluio entre um deputado sem salvação e tucanos que perderam o pudor democrático. O Brasil sairá mais forte desta crise, com Dilma na presidência recuperando a agenda do crescimento, da inclusão social e da distribuição de renda.
MIGUEL ROSSETTO, 55, é ministro do Trabalho e Previdência Social e foi vice-governador do Rio Grande do Sul entre 1999 e 2002
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sábado, 12 de dezembro de 2015

A traição de Temer.

O Vice mostrou a sua cara: traiu.  Professor de direito constitucional, trai aquilo que leciona,sustenta o golpe de olho no poder  para o qual  não tem voto para atingir.  Não há algo mais repugnante do que a traição e especialmente quando se serve de criminoso - que é  o caso de Eduardo Cunha - para subverter o império da lei e da constituição, manipulando a Câmara com seus sequazes, quase todos investigados e réus, perante o STF.     Temer atingiu o grau mais  baixo da sordidez em busca do poder por ações golpistas.  O Cunha era o seu encarregado de arrecadar propina.  

    Olhem só as considerações abaixo do André  Singer na Folha:

 

A traição de Temer.

André Singer, na Folha
Começo por uma confissão. Por bom tempo, desenvolvi a tese de que o PMDB seria o partido de centro no sistema brasileiro. A ideia era, creio, razoável. Agremiação moderada, serviria para frear os ímpetos de radicalização tanto do PT quanto do PSDB. Desse modo, o governismo peemedebista estabelecido desde o período Sarney, teria alguma função sistêmica.
Contrariamente à hipótese, primeiro fui obrigado a reconhecer que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos principais nomes da sigla no período recente, atuava para radicalizar o cenário. O presidente da Câmara adotou desde o começo do ano o perfil de líder conservador radical, disposto a colocar fogo no circo para queimar o PT.
Acalentei, então, durante certa fase a esperança de que, tal como corpo estranho, o político carioca fosse expelido do campo moderado. Nessa visão, a fúria expressa nas manobras cunhistas seria passageira. Terminada a sua vilegiatura, tudo voltaria ao normal.
A incrível atitude de Michel Temer nesta semana, entretanto, me faz repensar todo o esquema. Sem qualquer razão de fundo, a não ser a óbvia ambição de poder, ele abandonou a companheira de chapa na hora em que ela mais precisava dele. Como não há qualquer divergência política que justifique o afastamento, uma vez iniciado o trâmite do impeachment, o vice inventou uma série de desculpas esfarrapadas.
Não que os episódios relatados na carta sentimental enviada domingo passado sejam falsos. Ao contrário, parecem de realismo pungente. O problema é que nenhum deles se refere ao passado, presente ou futuro do país. São mágoas pessoais dignas de intriga municipal das mais chinfrins.
Em lugar de propor a expulsão de Cunha do PMDB, que seria o destino óbvio para um sabotador contumaz, Temer voltou-se contra a estabilidade das instituições. O Brasil pagará preço alto se houver impeachment sem base consistente. Arrisco dizer que Temer não só traiu Dilma como a própria vocação do PMDB.
E o vice traiu, também, a si mesmo. A sua postura irresponsável animou Cunha a continuar manipulando de maneira descarada tanto o rito do impedimento quanto o Conselho de Ética. Os episódios de pugilato na Câmara nos últimos dias devem ser debitados também na conta do vice, que sempre cultivou a imagem de equilíbrio e ponderação.
Sem dúvida, Dilma fica mais fraca e isolada. Mas Temer mostrou que a sua candidatura ao Planalto tem dimensão apenas paroquial. Abre-se um perigoso vazio em que a presidente não tem força para atuar e a alternativa imediata revela-se um fiasco. A tripla traição de Temer deveria ficar para a história como exemplo de péssima política.
Infelizmente, os grandes e “éticos” jornais brasileiros tratam isso como a “boa” política: a que lhes serve aos interesses.
_________________________________  VHCarmo.
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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Mujica à Dilma ....

 

J. Mujica  é um exemplo a seguir.    Estimulo para enfrentar  essa direita vendida aos interesses externos e antibrasileira.

“A única luta que se perde é a que se abandona”, diz Mujica a Dilma

 
Mujica condena cultura do mercado e prega unidade e jornada menor
“A única luta que se perde é a que se abandona”, diz líder uruguaio, em referência ao momento brasileiro. “Temos de lembrar às futuras gerações que somos responsáveis pelo mundo em que vivemos”
Destaque da abertura do congresso da CUT, ontem (13) à noite, em São Paulo, o ex-presidente do Uruguai José Mujica, atual senador, fez referência ao momento difícil vivido pelo Brasil, receitando persistência e unidade. “Eu sei que vocês, brasileiros, estão passando por um momento difícil. Mas durante a minha vida aprendi uma coisa fundamental: a única luta que se perde é a que se abandona.”
Exaltado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e chamado de “dom Pepe” pela presidenta Dilma Rousseff, Mujica disse que é disse que é preciso avançar na unidade e na integração sul-americana como forma de fazer frente ao capitalismo globalizado. Defendeu, inclusive, a criação de universidades integradas como forma de potencializar a produção de inteligência no continente. “Já chegamos tarde à era industrial

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Confissão, de ignorânicia.... (bom de ler).

 
 
Bom  de ler o artigo de Wanderley Guilherme dos Santos:

CONFISSÃO DE IGNORÂNCIA

Bem, não sei interpretar o momento nacional. Somando a reduzida previsibilidade e credibilidade de instituições centrais da democracia: partidos políticos, imprensa e decisões de governo – sobra pouco para garantir racionalidade ao quebra-cabeça resultante.
Pior, parece-me que nem governo nem Legislativo se encontram em situação muito mais sólida. Mesmo a imprensa, sempre coerente em seu estranho afazer, ora incensa ora amaldiçoa suas fontes anônimas e seus ídolos arroz de festa de inúteis reportagens. A economia é uma, nas declarações ministeriais, e outra nos indicadores e pesquisas de institutos acadêmicos. A crer no currículo de fracasso de ambos, ambos devem estar errados. Exceto se peco por implicância, as personagens políticas, desgastadas em entrevistas diárias, são já insupoyrtáveis, tanto quanto a xaropada de colunistas sobre corrupção alheia e as previsões despudoradas das autoridades, qualquer autoridade, sobre este, aquele, ou qualquer assunto.

O Judiciário entrou na roda. Não só pelos indícios de arbitrariedades em algumas investigações, mas por surpreendentes novidades interpretativas. A mais recente convoca a figura criminal de alguém ser “suspeito de ser suspeito”, que não é assim nomeada, mas único entendimento possível para justificar prisões controversas. Por pouco não se obriga a população à cruel escolha da narrativa bíblica entre o bom ladrão e o mau centurião. Em cinemas de bairro o bom ladrão acaba aplaudido. Aliás, o que deve fazer um ladrão para ser bom? Talvez o que tem feito o reincidente criminoso e delator Alberto Youssef. Transcrevo O Globo, 29/11/2015, página 5. Incapaz de explicar como passava somas clandestinas a enorme lista de políticos, o doleiro foi ajudado pelo inquisidor da seguinte maneira: “Questionado no depoimento se os nomes de outros deputados poderiam ter sido incluídos só para que a cúpula recebesse mais repasses (bola levantada pelo agente público – WGS), o doleiro disse que não se pode duvidar disso”. Não se pode duvidar? Quer dizer, a suspeita do agente ganhou comprovação pelo juízo abalizado do doleiro? E aí o doleiro fez o gol de placa da moral da Lava Jato:

“‘Dessa gente pode se esperar tudo’, registra o termo do depoimento do doleiro”.

Alberto Youssef passou a ser, oficialmente, o inspetor dos costumes políticos brasileiros