domingo, 9 de maio de 2010

A lição de um veterano jornalista.

                             Uma matéria publicada na Revista Carta Capital desta semana, é de relevante importância , quando se discute a liberdade de expressão e de imprensa.
                                     Para o veterano Carl Bernstein, jornalista, norteamericano que, com suas investigações, levou à renuncia o Presidente Nixton, a imprensa vem dilapidando seu único patrimônio, ou seja a fidelidade à verdade dos fatos.

                                  Em conclave promovido pela imprensa brasileira para exaltar a liberdade de imprensa, o jornalista Bernstein, convidado, disse aquilo que a platéia não queria ouvir:
                                      “Devemos encorajar uma nova cultura de responsabilidade. Do contrário não seremos levados a sério quando trouxermos questões relativas à liberdade de expressão.  Nossa função primária é dar aos nossos leitores e espectadores a melhor versão da verdade possível de obter. Viemos perdendo esse ideal de vista e no seu lugar estamos vendo a dominância de uma cultura jornalística que tem cada vez menos a ver com a realidade. Se usarmos mal essa liberdade, serviremos ao interesse da ignorância e da tirania”.
                             Nesse momento em que a nossa imprensa e a mídia, em geral, manipula as notícias no sentido de promover uma determinada corrente política da oposição ao governo, é importante refletir sobre o que disse o veterano jornalista.
                        Na verdade o noticiário e a opinião sobre fatos ocorrentes , no Brasil, veem se chocando, inclusive, com a opinião geral de suas fontes. O país é um, para os observadores isentos internos e externos, e outro para a nossa mídia e, de modo geral, para aqueles que noticiam e interpretam os fatos correntes nos órgãos da imprensa e da TV.  Deturpa-se, segidamente,  a realidade dos fatos.
                              Em nosso país, no qual se vive um momento de relevante afirmação da nacionalidade e singular estabilidade financeira, econômica e política, os nosso jornais e os jornalistas que assinam as matérias, primam por distorcer as notícias e fatos, sob o manto de proteção da (falsa) liberdade de expressão que violam, e, ao violar a violam para o seu próprio descrédito, como afirma o jornalista americano.
                Temos visto, e isso é ressaltado na Revista: o que levou ao sucesso das investigações do jornalista Carl Bernstein, no caso Nixon, não foi:
                                                          “a obra da alquimía de diálogos editados e documentos incompletos e irrelevantes que costumam transformar o vazio em escândalos”.
                   
                              De lembrar, por oportuno, o caso da Globo Vision na Venezuela, noticiado em  nossa imprensa.        Em nenhum momento se noticiou aqui o fato de que aquela TV foi o núcleo da conspiração para derrubar o governo legitimamente eleito e articuladora do golpe fracassado.     A imprensa, sem a mínima fidelidade aos fatos, omitiu os motivos pelos quais a emissora teve não renovada a sua concessão (apenas) pelo governo venezuelano. Omitiu-se e noticiou-se falsamente que teria sido fechada arbitrariamente.
                             O veterano jornalista norteamericano Calr Bernstein deu uma lição aos sabujos que servem aos interesses escusos, violando a verdade, laborando, afinal,  a sua própria ruina moral.
                                                                        VHCarmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário