quarta-feira, 24 de setembro de 2014

MARINA IGNORA O QUE NÃO DEVERIA...

É deveras lamentável o despreparo que vem demonstrando Marina Silva no afã de alimentar sua pretensão de ocupar o cargo mais importante no governo do Brasil. 
 
Nota-se que ela não tem o cuidado de inteirar-se dos problemas e dos fatos em curso para veicular suas opiniões e conceitos.  Não respeita sequer a coerência para com o seu passado ao sustentar, sem rodeios,  conceitos neoliberais da direita mais atrasada do espectro político, apoiando-se em políticas sabidamente conservadoras, soprados aos seus ouvidos.
 
Ao se expressar,  até com veemência, contra o  fato de a Presidente Dilma não ter assinado documento na Cúpula do Clima, Nova Iorque,  do qual o País não participou da elaboração e com o qual não concorda plenamente (como ela deveria saber), escancara-se o seu despreparo da candidata.
A propósito é deveras problemático o preparo (ou o despreparo) de Marina para subir ao palco da Assembleia da ONU e sustentar as posições brasileiras que até aqui têm colocado a nossa diplomacia em inegável preeminência e respeito perante o mundo.
 
Bom de ler o que comentou o Blog do Zé: sobre isso:  
 
Olhem só:
 
 
Assim não dá! Não chega o candidato Aécio Neves (PSDB-DEM) desinformado, falando sobre tudo, sobre o que sabe e o que não sabe, agora temos também a candidata Marina Silva, do PSB, seguindo a mesma trilha? A bobagem que a Marina falou ontem, em cima da bucha, com relação ao fato de a presidenta Dilma Rousseff não ter assinado em nome do Brasil a declaração da ONU sobre desmatamento/clima, no encerramento da Cúpula de Clima em Nova York, não tem precedentes, não tem conserto, não tem jeito, pessoal!
Marina simplesmente queria que o Brasil assinasse uma declaração sem que tivéssemos sido consultados sobre sua elaboração, redação final, sobre nada em relação ao documento. Imagina se a moda pega! A ligeireza da crítica de Marina feita horas após a presidenta ter anunciado a posição do Brasil de não  subscrever o documento,  e seu afã eleitoral, comprovam que ela não está à altura do cargo de presidente.
Francamente…cobrar da presidenta Dilma, de um chefe de Estado e/ou de Governo a firma, a assinatura em um documento sobre o qual o Brasil não foi consultado e nem convidado a debater, a participar da redação é algo imperdoável para quem disputa o cargo de presidente da República.
Candidata se precipita na crítica
Marina classificou de “lamentável” a decisão do governo brasileiro de não assinar a iniciativa global antidesmatamento anunciada ao final na Cúpula de Clima da ONU ontem. Afirmou que o discurso da presidenta Dilma na conferência ficou limitado às conquistas do passado, em vez de assumir compromissos para o futuro.
“Infelizmente – considerou a candidata do PSB ao Planalto – a presidente Dilma está participando em Nova York da Cúpula do Clima, a convite do secretário-geral das Nações Unidas, que a chamou para debater o grave problema das mudanças climáticas. Ela fez uma fala se reportando tão somente às conquistas do passado, não assumindo nenhum compromisso para o futuro. Não assinou o acordo sobre a proteção das florestas dos países que têm mais florestas, o que é lamentável. Nós podemos juntar economia e ecologia”.
Pior, foi apocalíptica: para ela, a decisão do governo de não assinar o documento  “compromete” as florestas, a biodiversidade, as populações locais e, principalmente, a agricultura brasileira. Marina assinalou, por exemplo, que as chuvas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil são produzidas pelas condições climáticas na Amazônia.
“Quando o governo, por políticas erráticas, retrocede em relação a processos que vêm sendo encaminhados para que se tenha uma agenda de desmatamento zero, isso é um grande retrocesso. Não somente  em relação ao acordo de florestas, mas também ao protocolo de Nagoya, que o governo brasileiro não ratificou. Foi retrocesso sobre retrocesso”, concluiu.
Explicação didática para Marina entender
Vamos repetir para Marina Silva as razões expostas pela presidenta Dilma e pela ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, sobre a posição do Brasil para não assinar o documento e porque seria quase um crime de lesa-pátria subscrever o documento. Seria tal qual assinar sem ler um programa de governo.
Vamos explicar e ver se a ex-senadora Marina entende agora. O Brasil não assinou o documento, nem poderia assinar, porque conforme explicou a presidenta, e nas palavras da ministra Izabella Teixeira,  “o Brasil não foi convidado a se engajar no processo de preparação” da declaração que propõe uma meta para zerar o desmatamento no planeta.
Em vez disso, destacou Izabella, o país recebeu uma cópia do texto da ONU, que pediu para aprová-lo sem a permissão de sugerir qualquer alteração. “Infelizmente, não fomos consultados. Até achamos impossível que se possa pensar haver uma iniciativa global para florestas sem o Brasil dentro. Não faz sentido”, completou a titular do Meio Ambiente.
Além disso, uma das principais restrições brasileiras ao documento é que ele só foca e cobra desmatamento zero. Não há distinção, no texto, entre desmatamento legal e ilegal. Como a lei brasileira permite manejo sustentável de florestas e derrubada de áreas para agricultura, dentro de certos limites (20% a 50%, na Amazônia, por exemplo), o país não poderia simplesmente aderir ao desmatamento zero, explicaram os membros da delegação brasileira em Nova York.
Entendeu, agora, senadora? Compreendeu, candidata?
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VHCarmo..

sábado, 20 de setembro de 2014

Uma reflexão necessária 8 (Marina a coitadinha!)


 
                                               UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA 8
A  queda da candidata Marina nas pesquisas,  que fora prevista, leva a mídia a uma nova questão  que ela responde  de modo estranho.  Os jornalões, seus colunistas sabujos, as Revistas e  as TVs. passaram a atribuir a queda  ao que denominaram  de “ataques” e “guerra” dos programas eleitorais e confrontos televisivos da  Presidenta Dilma.
Há em curso uma evidente mistificação.  A candidata Marina simplesmente ensejou com as suas vacilações, mudanças de opinião e contradições um exame crítico (político) de suas proposições aos eleitores.   Tais vacilações e contradições se mostram claras até mesmo em confronto  com o programa de governo que a candidata apresentou ao TSE.
Até o  candidato Aécio Neves em seus aparecimentos aponta aos eleitores   as contradições  factuais e programáticas  dos pronunciamentos da candidata.
Então, em nenhum  momento houve contra ela qualquer “ataque”.  O que se apontou foram críticas às suas propostas e o exame delas em face daquilo que representa como divergência.  Fato normal em qualquer campanha eleitoral.
A candidata Marina ao  se comportar  como “coitadinha” e como vítima de  uma “guerra” - como ela mesmo  afirmou-  não justifica a sustentação daquelas suas propostas das quais se divergem.   Demais disto, se ela pretende ser Presidente não pode se atemorizar com críticas a ponto de choramingar e  se julgar  vítima.       
Várias nações têm  mulher como mandatárias  e todas se  sujeitam as vicissitudes  que representam o exercício do poder.  Margareth Tatkcher  foi chamada a Dama de  Ferro e Ângela Merckel é essa fortaleza que governa a grande Alemanha.   Dilma tem se desempenhado da presidência  de modo  a ser julgada uma das mais poderosas mulheres  do mundo pela  imprensa mundial.
Como – de que forma – a  candidata  Marina, na hipótese de ser eleita,  irá  aos foros internacionais representar o Brasil:  demonstrando essa fraqueza? Como se portará em face do  legislativo, sabidamente difícil, em razão de múltiplos interesses políticos, não raros  contraditórios?   
Ser mulher no exercício da presidência exige destacar-se, superar inclusive os naturais preconceitos e os machismos; ser forte em todos sentidos.  Marina tergiversa, afirma e contradiz o que afirma, oscila entre um programa e sua ideologia da sustentabilidade.   É contra a política atual chamando-a de velha e dela se serve e não aponta a forma como governar na “nova política” que prega.  Ora, quem comete essas contradições  é  ela e não aqueles que as apontam.
A mídia (com destaque da revista VEJA) fala em guerra contra Marina, movida naturalmente pelo antipetismo, ou seja, para combater o PT: é o vale tudo!.    Esta mesma mídia, encabeçada por esta Revista que fabrica escândalos e ataca sistematicamente a Presidente Dilma, passou a defender a “coitadinha”.
É preciso refletir sobre esse ponto:
Marina como se apresenta – e se eleita -  poderá causar no futuro um impasse institucional.  Resistirá a verdadeira guerra que é governar um país como o Brasil, cujas estruturas políticas estão claramente necessitadas  de uma reforma?   Onde a mídia prega  ostensivamente   golpes de Estado e  apoia ditaduras?

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

A ELITE VAI SE CASAR COM A MARINA?


Logo após a trágica morte de Eduardo Campos este blog levantou a questão: a elite e a mídia foram lançadas na chamada "saia justa", iriam   abandonar o real candidato neoliberal, Aécio Neves, para apoiar Marina?    Assumiriam o risco da incerteza, simplesmente para alimentar o ódio ao PT?      Parece que a coisa começa a clarear-se. O  blog Tijolaço  dispensa este blogueiro e analisa como está posta a esta altura a questão.
 
Olhem só: 


A elite hesita em casar com a Bláblá
Tijolaço mostra que a elite ficou em dúvida na hora de subir ao altar.


Saiu no Tijolaço:

A inconveniências de um casamento de conveniência…



Da coluna Painel, hoje, na Folha, a mostrar como há movimentos ainda pouco evidentes no mundo do poder:

ALGO A DECLARAR OU…


De um dos maiores empresários do país que está entre os maiores contribuintes de campanhas eleitorais, falando à coluna, sob a condição de anonimato, sobre a possibilidade de Marina Silva vencer as eleições: “Com a exceção de alguns bancos, o empresariado está meio perdido, repensando”.


…CALE-SE PARA SEMPRE

O problema, segue o empresário, é que a situação fugiu do script: “Primeiro todo mundo aderiu ao ‘volta, Lula’ para tirar a Dilma Rousseff. Não deu certo. Depois ficou estudando o Aécio Neves e o Eduardo Campos. Veio a tragédia. Não dá para salvar o Aécio. Então agora estamos entrando na igreja e no altar está uma noiva que a gente não esperava, a Marina”.


No “grande negócio” eleitoral, é evidente que “o empresariado repensando” não se refere ao voto que pessoalmente darão, ou os de suas famílias.

As pesquisas desta semana podem ser decisivas para este “repensar” e/ou para o fato de Aécio estar mesmo “desenganado”, em eleições onde o debate se dá,´quase que exclusivamente, por índices no Ibope e no Datafolha e por denúncias (ou não-denúncias) que não precisam de nada para serem tomadas como verdadeiras, exceto o fato de as revistas e os jornais as publicarem.

De qualquer forma, Fernando Henrique Cardoso, do alto de seus desserviços prestados ao Brasil, faz seu apelo:

“Aécio representa esta oposição que vem junta há muitos anos. (…) escolheremos o caminho mais seguro ou, no embalo da velha tradição personalista, embarcaremos na direção de mares nunca dantes navegados? Embora a opção em causa seja diferente de outras que nos levaram a impasses e desastres no passado, prefiro manter-me firme ao lado de quem já passou por provas que o capacitam a governar com grandeza, com competência e a obter os apoios necessários para tirar o país do labirinto lulo-petista.”



O jogo da direita ainda tem cartas fechadas, esperando que surja melhor a mesa de baralho.
 
VHCarmo.

sábado, 6 de setembro de 2014

BANCO CENTRAL A QUESTÃO....


 
O Blog da Cidadania, presta estes preciosos esclarecimentos sobre a chamada Independência  do Banco Central, veiculando parte da entrevista de: 

Marcio Pochmann: “Propostas de Marina são mais neoliberais que as do PSDB”

Olhem só:

Após a má repercussão de várias propostas de Marina Silva, ela recuou da maioria. Recuou do recuo sobre os homossexuais, recuou sobre abandonar o pré-sal, mas, até o momento, não recuou da “autonomia do Banco Central”, que a grande maioria dos brasileiros não sabe o que é e, por isso, não sabe o desastre que significaria.
Trocando em miúdos, um Banco Central independente significa aumentos dos juros muito maiores do que os que ocorrem hoje e, o que é pior, significa o virtual abandono de instrumentos menos perniciosos de combate à inflação.
Um Banco Central independente significaria que instrumentos de combate à inflação como desoneração de impostos ou importações de produtos que estejam em falta – e que, por estarem em falta, sobem de preço – dariam lugar à pura e simples elevação dos juros ao consumidor, política econômica que, usada sem parcimônia, gera desemprego e recessão.
Diante disso, o Blog pediu ao economista e ex-presidente do Ipea Marcio Pochmann que analisasse alguns pontos do plano de governo de Marina Silva que dizem respeito à economia.
Sobre Pochmann, ele se formou em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, concluiu pós-graduação em Ciências Políticas e foi supervisor do Escritório Regional do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Distrito Federal, além de docente na Universidade Católica de Brasília.
Também tem doutorado em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foi pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit), foi pesquisador visitante em universidades de França, Itália e Inglaterra, atuou como consultor no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e no Dieese.
No plano internacional, foi consultor em diferentes organismos multilaterais das Nações Unidas, como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
Pochmann dirigiu a Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade do governo da prefeita Marta Suplicy em São Paulo e, a partir de 2007, passou a exercer a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Nas eleições 2012, Pochmann foi o candidato do PT à Prefeitura de Campinas, mas não se elegeu.
Confira, abaixo, trechos da entrevista.
Blog da Cidadania – Recentemente, a candidata a presidente Marina Silva propôs independência total para o Banco Central. Como você vê essa proposta?
Marcio Pochmann – Bem, essa proposição existe há muito tempo no Brasil e, de maneira geral, ainda não havia sido levada para debate em uma campanha eleitoral. Entendo que a independência do Banco Central pode representar um retrocesso na democracia brasileira porque o órgão passaria a ser um aparelho do Estado não mais submetido à aprovação ou à votação popular, significando que os setores que são diretamente subordinados à atuação do Banco Central sejam eles os próprios a exercer o poder de forma independente naquilo que é quase central na política monetária, na política macroeconômica, que é o papel do Banco Central.
Blog da Cidadania – Você acredita que com um Banco Central independente o país passaria a combater a inflação usando aumento dos juros preferencialmente, antes de qualquer outro instrumento, como importações, desoneração fiscal da cadeia produtiva etc.?
Marcio Pochmann – De fato, essa independência significaria o estabelecimento de um poder paralelo na política macroeconômica. Nos Estados Unidos, por exemplo, o banco central tem um papel mais amplo do que apenas perseguir a estabilidade monetária. Nos Estados Unidos, o Banco Central tem um papel de perseguir tanto a estabilidade monetária quanto um melhor nível de atividade econômica e do nível de emprego. Nas circunstâncias brasileiras, você retiraria da administração pública ou do Poder Executivo a capacidade de gerir tanto a política monetária [taxa de juros] quanto a política cambial [a relação do real com outras moedas, sobretudo o dólar] e a política fiscal [aumento ou diminuição de impostos]. Portanto, você reduziria o poder do presidente, que é submetido à validação popular, dando esse poder a um setor que não tem nenhum compromisso com a democracia [o mercado financeiro].
Blog da Cidadania – Você acha que a política econômica que seria adotada por Marina Silva, caso fosse eleita, está clara no programa de governo que ela apresentou?
Marcio Pochmann – O programa de governo de Marina tem mais de 40 páginas e sobre vários pontos. Na parte econômica, o que fica claro é um neoliberalismo, uma terceirização de parte das atribuições do Poder Executivo. E não só na questão do Banco Central. No caso da política fiscal, o que diz esse programa de governo é grave porque se cria um “conselho de representantes” que retira do secretário do Tesouro Nacional e, portanto, do ministro da Fazenda a capacidade de fazer política fiscal e política cambial, deixando a taxa de câmbio submetida à vontade do mercado financeiro. É, indiscutivelmente, terceirização da gestão da economia.
Blog da Cidadania – Como você vê a posição manifestada por Marina Silva em relação ao pré-sal, que retira importância da exploração dessa riqueza?
Marcio Pochmann – Ela faz uma confusão entre a busca permanente e necessária da sustentabilidade ambiental e a capacidade do país de utilizar um recurso limitado que é o petróleo, esquecendo que a humanidade ainda não tem alternativa plena a essa fonte de energia, ainda que existam promessas nessa área. Abandonar a exploração do pré-sal significaria um grave retrocesso e uma brutal redução da atividade econômica no país.
Blog da Cidadania – Você concorda com a premissa de que Marina Silva é de esquerda?
Marcio Pochmann – Ela é uma mulher de trajetória progressista. Sempre foi vista como uma batalhadora, uma mulher corajosa, mas, obviamente, não se pode avaliar o governo que faria, com os aliados que tem e com os acordos que fez, a partir da sua trajetória pessoal.
Blog da Cidadania – Como você vê a frase “Marina tem uma trajetória de esquerda, mas seu programa de governo é de direita”?
Marcio Pochmann – No que diz respeito às propostas do programa de governo de Marina para a economia, elas são de um radicalismo mais neoliberal do que as do PSDB.
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VHCarmo.
 

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Reflexão necessária -7 - Marina um perigo real para a Democracia...


 MARINA: UM PERIGO REAL PARA A DEMOCRACIA.


Breve retrospecto.

A ex-Ministra é um mundo de contradições e incertezas. Um pequeno retrospecto de sua trajetória política mostra isto.
 Inicia-se junto ao Sindicalista Chico Mendes, homem voltado à natureza e ao meio ambiente, mas, sobretudo, sindicalista que foi assassinado pela oligarquia dos desmatadores da floresta.
Ambientalista, como Chico Mendes, Marina entra no Partido dos Trabalhadores e se elege na sigla de Lula senadora da República pelo Acre. Lula a nomeia para o Ministério do Meio Ambiente e aí iniciam-se as suas contradições.
 As licenças ambientais ficam emperradas. Estudos então já realizados sobre a construção de  hidrelétrica nos rios amazônicos são abandonados e os novos se arrastam na burocracia ministerial, comandada pela Ministra.
 Afinal, para prosseguir na construção das usinas, o governo teve que afasta-la do Ministério e, aí sim, se concluíram os estudos, as licenças ambientais; as obras começaram a andar.  Estancando um prejuízo imenso.
Marina é contra hidrelétricas na Amazônia. Ainda até hoje é.
Estranha é a posição de sua política ambientalista, pois as hidrelétricas, sabidamente,  são a maior fonte de energia limpa renovável e mais barata que se conhece e representa uma excepcional vantagem comparativa energética do Brasil (já 89% de nossa produção). A alternativa real é poluente, em sua maioria.
Sem Marina foi possível estendeer linhas de transmissão de energia através da floresta e canaliza-la para o resto do país sem qualquer dano ambiental.
Marina no Ministério do Meio Ambiente  dificultou o governo com sua ojeriza ao agronegócio; nem mesmo a agricultura familiar mereceu o seu apoio. Sem apoio no Congresso perdeu a luta contra os transgênicos que hoje afirma ter defendido. Por sinal o seu vice é um dos maiores defensores do agronegócio – relator da matéria dos transgenicos  no Congresso  -  amplamente apoiado pela opinião pública e inegável fonte de avanço econômico do setor, ao lado da agricultura familiar, ora fortemente incentivada e financiada  pelo governo Dilma. Marina era, e continua sendo, contra as duas, mas agora diz-se a favor.
Retirada do Ministério a ex-Ministra  se revela uma feroz inimiga do PT que a promoveu e filia-se ao Partido Verde que se supunha agasalhar suas ideias ambientais. Apesar de ser caracterizada, nas eleições presidenciais de 2010 como terceira-via e incentivada pela mída conservadora logra nas  eleições quase vinte milhões de votos,  mas abandona em seguida o partido Verde e tenta fundar um partido seu: “A Rede da Sustentabilidade”.
Embora tenham se multiplicado as legendas pela facilidade legal de se constituir  um partido, Marina não consegue implantar o seu, por falta de adesões. Ingressa, então,  no PSB, criando profundas divergências e daí por diante nem é preciso continuar dizendo o que houve.

O que é Marina agora?

Desidratado o Aécio Neves, que vem sendo rejeitado pelo seu discurso neoliberal, embora seja o candidato preferencial da Direita, a mídia se volta para Marina para torna-la o seu caminho do antipetismo do ódio e  das mentiras. Prefere o caos à normalidade política com o PT no poder.
Entre o PT e as incertezas de Marina a mídia parece abandonar Aécio e adotar as incertezas da ex-Ministra. É o vale tudo eleitoral.  
Repita-se Marina é um mundo de contradições perigosas.

Perguntas que merecem respostas que ela não dá ( sai sempre desviando-se do assunto) :

Se eleita vai continuar a promover a criação da Rede de Sustentabuilidade?

Se a Rede emplacar vai abandonar o PSB?

Empossada,  governará sem coalisão partidária da “velha política” que não aceita?

Como e de que forma vai buscar “os melhores” nos velhos partidos?  A um só tempo e no PT e no PSDB?

Vai seguir as ideias da REDE ou do PSB na rejeição ou apoio ao agronegócio?

E as usinas hidrelétricas? Continuarão a ser construídas?

Como seria atendida a necessidade de energia limpa para o desenvolvimento do país sem as hidrelétricas?

Os Bancos privados serão liberados de toda a regulação?

Se sente bem sendo apoiada pelo Banco Itaú e os naturais compromissos com este apoio?

No seu governo o Banco Central:  será independente ou subordinado ao Estado nacional?

De onde sairão os recursos para sustentar as promessas?
Observações finais.
A ex-Ministra seguidamente fala contra a Política que ela chama de Velha Política, mas  não   diz como realizar a apregoada nova política. 
Como acaba de lembrar  no debate da SBT a Presidente Dilma: estamos  em face de um mesmo fenômeno que levou a Jânio, a Collor e  ao desastre institucional.   
MARINA, ALÉM DE CONTRADITÓRIA, representa um perigo real ao processo democrático, pois não se enquadra em qualquer sistema político, apresentando-se com uma arrivista.

________________________________ VHCarmo.