sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Regulação democrática ( Primeira Reunião Ministerial)

Não é novidade: a mídia está procurando confundir e continuar na sua pregação do pessimísmo.  Os jornalões e as Revistas - com raras exceções -  espalham que o governo estaria descumprindo o que prometera na campanha eleitoral.  A Primeira Reunião da Presidenta com o Ministério - que se comenta abaixo -  espancou a confusão midiática.
Os pontos básicos do programa estão e serão mantidos pois têm sido o fator decisivo do êxito dos governos  do PT.  O que   se opera  é controle democrático do processo econômico, livrando a economia da atuação descontrolada dos agentes do capital econômico e financeiro, até mesmo em procedimentos que geram desperdiscios de recursos.
 Bem que a oposição gostaria, não de regular, mas de liberar os agentes do Capital que, de mãos livres, empreenderiam fatalmente a quebra  das conquistas das classses mais pobres e dos trabalhadores.
Este foi o roteiro seguido pelos Estados Europeus que os levou à crise mais dramática atual  da qual não se vislumbra o fim.  O Capital desregulado vem destruindo o Capital democrático e fazendo crescer a desigualdade, como assinala Picketitt no seu consagrado Capital Século XXI,
 
Olhem só:
Do Blog do Zé.
 
"Em sua primeira reunião com a nova equipe ministerial na Granja do Torto, nesta 2ª feira, a presidenta Dilma reafirmou compromissos de campanha. Dentre estes destacou a necessidade de se fazer a reforma política e garantiu a manutenção dos direitos sociais e trabalhistas. A presidenta repetiu que seu governo dá sequência ao projeto político implantado no Brasil desde 2003.
Abaixo, alguns pontos do discurso da presidenta para que vocês possam analisar e debater.
A questão trabalhista
A presidenta abriu a reunião mencionando os “choques” pelos quais passou a economia em nosso país e, também, a necessidade de promovermos um “equilíbrio fiscal para recuperar o crescimento da economia o mais rápido possível”. Esclareceu que as medidas já anunciadas são de “caráter corretivo”, “medidas estruturais”.
Entre elas, as mudanças na área trabalhista. “Nesses casos, corretivos, não se tratam de medidas fiscais, mas de aperfeiçoamento de políticas sociais”, afirmou a presidenta, lembrando que os benefícios precisam se adaptar “às novas condições socioeconômicas” em um universo construído nos últimos 12 anos que gerou 20,6 milhões de empregos com carteira assinada, aumento em 70% do valor real do salário mínimo – “base de toda proteção social”.
“Quando for dito que vamos acabar com as conquistas históricas dos trabalhadores, respondam em alto e bom som: ‘Não é verdade!’, afirmou a presidenta. E se posicionou: “os direitos trabalhistas são intocáveis, e não será o nosso governo, um governo dos trabalhadores, que irá revogá-los.”
Reforma política e segurança pública
“Vamos mostrar a cada cidadão e cidadã brasileiro que não alteramos um só milímetro nosso compromisso com o projeto vencedor na eleição. Vamos falar mais, comunicar sobre nossos desafios e nossos acertos”, aconselhou a presidenta aos integrantes do ministério. Ela pediu, inclusive, aos ministros, que reajam aos boatos e que travem a batalha da comunicação. “Sejam claros, precisos, façam-se entender. Nós devemos enfrentar o desconhecimento, a desinformação, sempre e permanentemente. Vou repetir: sempre e permanentemente”.
Ao apresentar as agendas de reformas para os próximos quatro anos, a presidenta destacou a reforma política como uma das prioridades dos próximos quatro anos. “Cabe a nós impulsionar esta mudança, para instituir novas formas de financiamento das campanhas eleitorais; definir novas regras para escolha dos representantes nas casas legislativas; e aprimorar os mecanismos de interlocução com a sociedade e os movimentos sociais, reforçando a legitimidade das ações tanto do Executivo quando do Legislativo”.
Nesta primeira reunião ministerial de seu segundo mandato a presidenta também anunciou algumas medidas. Na área da segurança pública, ela afirmou que vai propor alteração na legislação para que as atividades de segurança pública sejam tratadas como atividade comum dos entes da Federação.
Com essa alteração, explicou, a União poderá estabelecer normas gerais que valerão em todo o território nacional e políticas uniformes poderão ser implementadas e disseminadas em todo país. Como vocês sabem, hoje, a segurança pública é de responsabilidade dos Estados e em menor escala, dos municípios.
Desburocratização e exportações
Sob o lema de que “menos burocracia representa menos tempo e menos recursos gastos em tarefas acessórias e secundárias e mais produtividade, mais competitividade”, a presidenta também anunciou o lançamento do Programa de Desburocratização e Simplificação das Ações de Governo. “Trata-se de agilizar e simplificar – explicou – o relacionamento das pessoas e das empresas com o Estado e do Estado consigo mesmo”.
Outra iniciativa anunciada foi o Plano Nacional de Exportações – sinalizado pelo ministro Armando Monteiro Neto (MDIC) quando tomou posse no início deste mês – cujo objetivo será estimular o comércio externo brasileiro, ampliando a competitividade, com foco na política industrial brasileira.
“Se nossas empresas conseguirem competir no resto do mundo, elas conseguirão competir facilmente no Brasil, onde já desfrutam de vantagens locais. A melhora da competitividade depende, entre outras coisas, a melhora da simplificação e da desburocratização do dia a dia das empresas e dos cidadãos”, afirmou a presidenta.
A presidenta também falou sobre o combate à corrupção e disse que medidas serão anunciadas no próximo mês. “Seremos ainda mais implacáveis com os corruptores e corruptos”. O objetivo, segundo a presidenta, é “transformar em crime e punir com rigor agentes públicos que enriquecem sem justificativa ou não demonstrem a origem dos seus ganhos”.
Combate à corrupção e seca
As medidas também visam agilizar os julgamentos de processos envolvendo desvio de dinheiro público, incluir a prática de caixa 2 como crime na legislação eleitoral e criar “uma nova espécie de ação judicial que permita o confisco dos bens adquiridos de forma ilícita”. Aos ministros, a presidenta recomendou: “todos vocês devem atuar sempre orientados pelo compromisso com a correção e a lisura” e recomendou aos ministro que “enfrentem com firmeza todo e qualquer indício de mau uso do dinheiro público”.
Sobre a Petrobras especificamente, afirmou que “a realidade atual só faz reforçar nossa determinação de ampliar a estrutura de governança. Temos que saber apurar e punir sem enfraquecer a Petrobras, nem diminuir sua importância. Temos de continuar acreditando na mais brasileira das empresas.”. e acrescentou: “Ser capaz de combater a corrupção não pode significar a destruição de empresas privadas também. As pessoas é que têm de ser punidas”.
Em seu discurso, feito na abertura da reunião ministerial, a presidenta também mencionou a estiagem que atinge grande parte do país. Afirmou que seu governo continuará apoiando “de todas as formas possíveis” as demandas dos governos estaduais, “responsáveis constitucionalmente pelo abastecimento de água”.
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VHCarmo.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

AJUSTES, ou AUSTERIDADE - Reflexão necessária.


                  Ajustes, ou austeridade? – Reflexão necessária.

Os debates sobre a economia do nosso País, sustentados pelos  economistas conservadores, se focam quase exclusivamente na necessidade da aceleração do crescimento.   Para eles haveria uma estagnação e um perigo de retrocesso.

O remédio apontado por esse grupo, no entanto  é, mais uma vez, no sentido de liberação plena  da economia brasileira ao mercado internacional, com um duro ajuste financeiro interno e a sua desregulação. 

O seu discurso, via de regra, sequer traz à consideração um fator essencial para o exame correto do processo de crescimento do País  que é a sua inevitável ligação com o crescimento externo, ou seja, do centro do Capitalismo em crise desde 2007/2008.

Os relatórios sobre a conjuntura de outubro e novembro de 2014 da Comissão da UE, FMI, OCDE certificam a desaceleração da economia. Entre julho e outubro, o Woorld Economic Outlook do FMI reviu em baixa para este ano a previsão de crescimento mundial de 3,7% para 3,3% e do comércio mundial de 4,5% para 3,8%.  As diminuições mais significativas dizem respeito ao Japão          (de 1,7% para, 0,9%), à Russia (e 2% para  O,2%) do Brasil (de 2,3% para, 0,3% previsão), à Itália ( de 0,6% para 0,2%.).  As recuperações maiores, apesar de irrelevantes,  são a da Grã-Bretanha ( de 1,7% para 3,2%, incluindo os ajustes  na contabilidade nacional) e da Espanha  (de 0,6% para 1,3%).  
Os países emergentes e em desenvolvimento têm desacelerado constantemente de 7,5% para 4,4% neste ano (2014), a China de  10,4% para 7,4%.
Esse o quadro do crescimento (ou da desaceleração) da economia mundial, não focalizados aí os EEUU cujas especificidades desvirtuariam o estudo, sendo certo, todavia, que a volatilidade de seus índices de crescimento aponta para a sua crise ainda não superada com reflexo negativo para o conjunto dos paises capitalistas.
Pois bem, os nosso 'doutos' economistas conservadores, acolhidos preferencialmente pela mídia como "especialistas", deixam de lado uma análise da situação que o quadro acima aponta e parece que se esquecem que o nosso país não está fora do contexto mundial e que a busca do crescimento que pregam   estaria nos remédios já experimentados alhures e aqui no Brasil que levaram à quebra da nossa economia por três vezes.
 Faltam-lhes originalidades, pois o Brasil no quadro em  que se apresenta a economia mundial, e apesar da queda do crescimento  no último exercício tem  sustentado índices elevados de emprego e consumo, bem como um  processo exitoso de integração de seu povo e a continuidade das obras de infraestrutura, prevalecendo-se, mais acentuadamente, do nosso grande mercado interno, em face da situação da crise externa  acima exposta. 
 A nossa posição em relação ao câmbio se sustenta com um colchão de reservas do Tesouro em torno de U$ 380 bilhões, possibilitando a atuação do Banco Central , para buscar o equilíbrio em face das manobras externas. Por outro lado, o fato de mantermos a dívida interna imune a dolarização, permite, também, exercer plenamente a nossa soberania neste terreno.
O mercado externo, como se vê acima, não é uma saída para a superação dos entraves do crescimento, pois a situação de sua desaceleração é um fenômeno abrangente na economia mundial.    Nem mesmo a China, nem a Alemanha, países que têm nas exportações seu maior trunfo econômico, minguaram os seus índices, também em face da  presente crise generalizada dos mercados internacionais, inclusive com a queda dos preços das “comódes”
Voltar-se para o mercado interno e impulsionar o nosso processo de investimento e melhoria de produtividade com a regulação dos mercados representa um caminho seguro para evitar a crise e promover crescimento    posto que a “austeridade” nos termos pretendidos pelos economistas conservadores e a mídia  nos levariam fatalmente à quebra financeira  (como no passado), mesmo porque eles apontam sempre para supressão dos investimentos sociais e para  contenção de salários, pela “flexibilização” dos direitos dos assalariados e o congelamento das verbas previdenciárias. Em resumo, pretendem que se abandonem os programas sociais em curso.      Remédios que acabariam por matar o paciente.  
 No limiar do novo quadriênio da Presidenta Dilma se vislumbra uma necessidade de ajustes (como geralmente se prega), mas de nenhuma forma – repita-se à exaustão - que produzam desemprego e inibam os investimentos nas áreas sociais e na eliminação da pobreza, como pregam os arautos dos mercados sem regulação. O bem estar e a vida digna do ser humano deve ser o alvo primordial da economia e do crescimento.

VHCarmo.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

A VEJA SATANIZA O PAPA FRANCISCO...


É  difícil de entender a  Revista VEJA  e seus cães de fila.  O mais descrente dos ateus e o mais fervoroso católico ficam perplexos.  A Veja e seu "cão de fila maior" (em letras minúsculas), um tal de Reinaldo de Azevedo, desancam contra o Papa Francisco, em contraste com  a opinião da maioria dos cronistas de todo o mundo, ou seja, da imprensa séria. 
O texto do Jornalista Altamiro Borges, que abaixo este blogueiro transcreve,  tambem deve "despertar a ira dos direitistas", que tentam desafiar a admiração que o Santo Padre desperta  e  vem sendo granjeada, por empenhar-se em arejar a Igreja Católica e pregar a tolerância  religiosa com os outros credos.  
 
Olhem só:

Altamiro Borges: Papa Francisco desperta a ira dos direitistas

publicado em 16 de janeiro de 2015 às 14:32
stedile
João Pedro Stedile com o Papa, no Vaticano
Papa vai exorcizar Reinaldo Azevedo?
 
Reinaldo Azevedo – também apelidado de “pitbull da Veja” e de “rottweiler da Folha” numa baita injustiça contra os cãezinhos – está irritado com o Papa Francisco. Além de receber os movimentos sociais no Vaticano, de intermediar o reatamento diplomático entre EUA e Cuba e de dar uma chacoalhada na decadente hierarquia católica, o pontífice argentino ainda resolveu criticar a libertinagem da mídia.
“Há limites para a liberdade de expressão”, afirmou o religioso na sua visita às Filipinas. Esta declaração, na contracorrente da comoção criada pelo atentado ao jornal “Charlie Hebdo”, deixou o jornalista histérico. Em artigo publicado nesta sexta-feira (16), na Folha, ele rosnou: “Francisco, por que não te calas?”.
Para o “libertário” Reinaldo Azevedo – que até hoje não prestou solidariedade aos seus colegas demitidos na Veja e na Folha –, as opiniões do Papa sobre o atentado na França “são covardes, imprecisas e politiqueiras”. Ele até admite que rejeita a linha satírica do jornal francês.
“Não gosto do ‘Charlie Hebdo’. Não vejo graça numa charge em que Hitler aparece saltitante, dando um alô pra ‘judeuzada’. Ou em que o papa Bento 16 troca carícias com um soldado da Guarda Suíça. Ou em que um árabe lambe o traseiro de um judeu”. Mas garante que, mesmo assim, defende a total liberdade de expressão.
A mídia monopolista, que apoiou ditaduras sanguinárias e guerras imperialistas, também jura defender esta tal liberdade.
Contraditoriamente, porém, o “calunista” dá apoio à polícia francesa, que deteve na quarta-feira (14) “um delinquente disfarçado de humorista chamado Dieudonné. Seu lugar é a cadeia. E não porque recite discursos de um antissemitismo tarado, mas porque faz a apologia da violência”.
O mundo é realmente contraditório e não cabe na visão doentia dos maniqueístas. Isto talvez explique o ódio de Reinaldo Azevedo.
Para ele, “Francisco tem cabeça e postura de cura de aldeia, não de papa. Suas entrevistas ambíguas são detestáveis. Suas opiniões sobre o atentado e a liberdade de expressão são covardes, imprecisas e politiqueiras… Ainda bem que nenhum católico vai tentar me dar mil chicotadas por isso”.
Em artigo recente, o teólogo Leonardo Boff alertou que está em curso uma campanha internacional de difamação do Papa Francisco. Ela partiria de setores descontentes do próprio Vaticano e contaria com o apoio de jornalistas da mídia conservadora.
O objetivo seria conter as mudanças promovidas pelo líder religioso, que visam arejar a decadente hierarquia católica no mundo.
Pelo jeito, Reinaldo Azevedo decidiu reforçar o coro dos detratores do Papa. Em certa oportunidade, o próprio Leonardo Boff apelidou o serviçal da Veja e da Folha de “rola-bosta” – aquele besouro que enterra o esterco.
Será que algum dia o “pitbull” será exorcizado?
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VHCarmo.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

O Brasil é um dos grandes países do mundo...

Ao  se iniciar 2015, renovando nossas esperanças e unindo os "homens de Boa-vontade", este blogueiro, lendo Mauro Santayana, resolveu que nada mais tinha que acrescentar ao seu belo texto que transcreve abaixo. 

Olhem só: 

Mauro Santayana: O Brasil não é feito só de ladrões

publicado em 2 de janeiro de 2015 às 10:34
povo brasileiro
FELIZ ANO NOVO ! O BRASIL NÃO É FEITO SÓ DE LADRÕES
por Mauro Santayana, em seu blog, sugestão via e-mail de Mendel Rabinovitch
(Jornal do Brasil) – Inaugura-se, nesta quinta-feira, novo ano do Calendário Gregoriano, o de número 2015 após o nascimento de Jesus Cristo, 515, depois do Descobrimento, 193, da Independência, e 125, da Proclamação da República.
Tais referências cronológicas ajudam a lembrar que nem o mundo, nem o Brasil, foram feitos em um dia, e que estamos aqui como parte de longo processo histórico que flui em velocidade e forma muitíssimo diferentes daquelas que podem ser apreendidas e entendidas, no plano individual, pela maioria dos cidadãos brasileiros.
Ao longo de todo esse tempo, e mesmo antes do nascimento de Cristo, já existíamos, lutávamos, travávamos batalhas, construíamos barcos e pirâmides, cidades e templos, nações e impérios, observávamos as estrelas, o cair da chuva, o movimento do Sol e da Lua sobre nossas cabeças, e o crescimento das plantas e dos animais.
Em que ponto estamos de nossa História ?
Nesta passagem de ano, somos 200 milhões de brasileiros, que, em sua imensa maioria, trabalham, estudam, plantam,  criam, empreendem, realizam, todos os dias.
Nos últimos anos, voltamos a construir navios, hidrelétricas, refinarias, aeroportos, ferrovias, portos, rodovias, hidrovias, e a fazer coisas que nunca fizemos antes, como submarinos – até mesmo atômicos – ou trens de levitação magnética.
Desde 2002, a safra agrícola duplicou – vai bater novo recorde  este ano –  e a produção de automóveis, triplicou.
Há 12 anos, com 500 bilhões de dólares de PIB, devíamos 40 bilhões de dólares ao FMI, tínhamos uma dívida líquida de mais de 50%, e éramos a décima-quarta economia do mundo.
Hoje, com 2 trilhões e 300 bilhões de dólares de PIB, e 370 bilhões de dólares em reservas monetárias,  somos a sétima maior economia do mundo. Com menos de 6% de desemprego, temos uma dívida líquida de 33%, e um salário mínimo, em dólares, mais de três vezes superior ao que tínhamos naquele momento.
De onde vieram essas conquistas?
Do suor, da persistência, do talento e da criatividade de milhões de brasileiros. E, sobretudo, da confiança que temos em nós mesmos, no nosso trabalho e determinação, e no nosso país.
Não podemos nos iludir.
Não estamos sozinhos neste mundo. Competimos com outras grandes nações, que conosco dividem as 10 primeiras posições da economia mundial, por recursos, mercados, influência política e econômica, em escala global.
Não são poucos os países e lideranças externas, que torcem para que nossa nação sucumba, esmoreça, perca o rumo e a confiança, e se entregue, totalmente, a países e regiões do mundo que sempre nos exploraram no passado – e ainda continuam a fazê-lo –  e que adorariam ver diminuída a projeção do Brasil sobre áreas em que temos forte influência geopolítica, como a África e a América Latina.
Nosso espaço neste planeta, nosso lugar na História, foi conquistado com suor e sangue, por antepassados conhecidos e anônimos, entre outras muitas batalhas, nas lutas coloniais contra portugueses, holandeses, espanhóis e franceses; na Inconfidência Mineira, e nas revoltas que a precederam como a dos Beckman e a de Filipe dos Santos; nas Conjurações Baiana e Carioca, na Revolução Pernambucana; na Revolta dos Malês e no Quilombo de Palmares; na Guerra de Independência até a expulsão das tropas lusitanas; nas Entradas e Bandeiras, com a Conquista do Oeste, da qual tomaram parte também Rondon, Getúlio e Juscelino Kubitscheck; na luta pela Liberdade e a Democracia nos campos de batalha da Europa, na Segunda Guerra Mundial.
As passagens de um ano para outro, deveriam servir para isso: refletir sobre o que somos, e reverenciar patriotas do passado e do presente.
Brasileiros como os que estão trabalhando, neste momento, na selva amazônica, construindo algumas das maiores hidrelétricas do mundo, como Belo Monte, Jirau e Santo Antônio; como os que vão passar o réveillon em clareiras no meio da floresta, longe de suas famílias, instalando torres de linhas de alta tensão de transmissão de eletricidade de centenas de quilômetros de extensão; ou os que estão trabalhando, a dezenas de metros de altura, em nossas praias e montanhas, montando ou dando manutenção em geradores eólicos; ou os que estão construindo gigantescas plataformas de  petróleo com capacidade de exploração de 120.000 barris por dia, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, como as 9 que foram instaladas este ano; ou os que estão construindo novas refinarias e complexos petroquímicos, como a RENEST e o COMPERJ, em Pernambuco e no Rio de Janeiro; ou os que estão trabalhando na ampliação e reforma de portos, como os de Fortaleza, Natal, Salvador, Santos, Recife, ou no término da construção do Superporto do Açu, no Rio de Janeiro; ou os técnicos, oficiais e engenheiros da iniciativa privada e da Marinha que trabalham em estaleiros, siderúrgicas e fundições, para construir nossos novos submarinos convencionais e atômicos, em Itaguaí; os técnicos da AEB – Agência Espacial Brasileira, e do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que acabam de lançar, com colegas chineses, o satélite CBERS-4, com 50% de conteúdo totalmente nacional; os que trabalham nas bases de lançamento espacial de Alcântara e Barreira do Inferno; os oficiais e técnicos da Aeronáutica e da Embraer, que se empenham para que o primeiro teste de voo do cargueiro militar KC-390, o maior avião já construído no Brasil, se dê com sucesso e dentro dos prazos, até o início de 2015; os operários da linha de montagem dos novos blindados do Exército, da família  Guarani, em Sete Lagoas, Minas Gerais, e os engenheiros do exército que os desenvolveram; os que trabalham na linha de montagem dos novos helicópteros das Forças Armadas, na Helibras, e os oficiais, técnicos e operários da IMBEL, que estão montando nossos novos fuzis de assalto, da família IA-2, em Itajubá; os que produzem novos cultivares de cana, feijão, soja e outros alimentos, nos diferentes laboratórios da EMBRAPA; os que estão produzindo navios com o comprimento de mais de dois campos de futebol, e a altura da Torre de Pisa, como o João Candido, o Dragão do Mar, o Celso Furtado, o Henrique Dias, o Quilombo de Palmares, o José Alencar, em Pernambuco e no Rio de Janeiro; os que estão construindo navios-patrulha para a Marinha do Brasil e para marinhas estrangeiras como a da Namíbia, no Ceará; os engenheiros que desenvolvem mísseis de cruzeiro e o Sistema Astros 2020 na AVIBRAS; os que estão na Suécia, trabalhando, junto à Força Aérea daquele país e da SAAB, no desenvolvimento do futuro caça supersônico da FAB, o Gripen NG BR, e na África do Sul, nas instalações da DENEL, e também no Brasil, na Avibras, na Mectron, e na Opto Eletrônica, no projeto do míssil ar-ar A-Darter, que irá equipá-los; os nossos soldados, marinheiros e aviadores, que estão na selva, na caatinga, no mar territorial, ou voando sobre nossas fronteiras, cumprindo o seu papel de defender o país, que precisam dessas novas armas;  os pesquisadores brasileiros das nossas universidades, institutos tecnológicos e empresas privadas, como os que trabalham ITA e no IME, no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, ou no projeto de construção e instalação do nosso novo Acelerador Nacional de Partículas, no Projeto Sirius, em São Paulo;   os técnicos e engenheiros da COPPE, que trabalham com a construção do ônibus brasileiro a hidrogênio, com tubinas projetadas para aproveitar as ondas do mar na geração de energia, com a construção da primeira linha nacional de trem a levitação magnética, com o MAGLEV COBRA; nossos estudantes e professores da área de robótica, do Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, várias vezes campeões da Robogames, nos Estados Unidos.
Neste momento, é preciso homenagear esses milhões de compatriotas, afirmando,  mostrando e lembrando – e eles sabem e sentem profundamente isso – que o Brasil é muito, mas muito, muitíssimo maior que a corrupção.
É esse sentimento, que eles têm e dividem entre si e suas famílias, que  faz com que saíam para trabalhar, com garra e determinação, todos os dias, cheios de  orgulho pelo que fazem, e pelo nosso país.
E é por causa dessa certeza, que esses brasileiros estão se unindo e vão se mobilizar, ainda mais, em 2015, para proteger e defender as obras, os projetos e programas em que estão trabalhando, lutando, no Congresso, na Justiça, e junto à opinião pública, para que eles não sejam descontinuados, destruídos, interrompidos, colocando em risco seus empregos, sua carreira, e a  sobrevivência de suas famílias.
Eles não têm tempo para ficar teclando na internet, mas sabem que não são bandidos, que não cometeram nenhum crime e que não merecem ser punidos, direta ou indiretamente, por atos  dos quais não participaram, assim como a Nação não pode ser punida pelos mesmos motivos.
Eles têm a mais absoluta certeza de que a verdadeira face do Brasil pode ser vista nesses projetos e empresas – e no trabalho de cada um deles – e não na corrupção, que se perpetua há anos, praticada por uma ínfima e sedenta minoria. E intuem que, às vezes, na História, a Pátria consegue estabelecer seus próprios objetivos, e estes conseguem se sobrepor aos interesses de grupos e segmentos daquele momento, estejam estes na oposição ou no governo.
 VHCarmo.