terça-feira, 31 de agosto de 2010

Acorda São Paulo.

                       Em matéria exibida hoje, dia 31.08.2010, na Folha de São Paulo, o colunista Jânio de Freitas, curiosamente expressa a sua convicção de que resta, apenas, ao Zé Serra, nessa eleição, manter seu prestígio político em São Paulo. Diz o jornalista que é o próprio Caviloso que está desistindo da disputa federal para cuidar da manutenção de seu prestígio em São Paulo. Para facilitar a gente transcreve abaixo o texto do jornalista:
                                  A missão de Serra

Janio de Freitas

O problema imediato do tucano deixou de ter alvo federal e âmbito nacional para restringir-se a SP.
               José Serra tem razão ao dizer, como fez a empresários (ou doadores), que a disputa eleitoral não está encerrada, mas a recomendação que recebe das pesquisas, como político, não tem a ver com campanha pela Presidência.
                        O problema imediato de Serra deixou de ter alvo federal e âmbito nacional para restringir-se aos limites estaduais de São Paulo. Onde não estão localizadas as pretensões de sua vida pública e nem sequer o candidato do PSDB precisa do seu apoio para liderar, até agora, a corrida ao governo paulista.
                        A arena para uma batalha primordial de Serra está em São Paulo, se considerada a hipótese mais plausível de que a derrota para a Presidência, caso ocorra, não anule suas já longas ambições na vida pública.
                         Recente ex-governador do Estado e ex-prefeito da capital, Serra deixa seu futuro político sob riscos extremos se perder em casa para Dilma Rousseff, que já o ultrapassou, contra todas as previsões, em cinco pontos apurados pelo Datafolha da semana passada.
                          Serra correu grande risco, e superou-o com muita sorte, ao precipitar a saída da prefeitura paulista e entregá-la à incógnita - incógnita na melhor hipótese- Gilberto Kassab.
                         A possibilidade de desastre era grande, mesmo estando o novo governador com os cordões de controle da prefeitura à distância, e o ônus seria devastador. Não só para o exercício do governo estadual, mas sobretudo para o verdadeiro projeto, a candidatura à Presidência.
                        Foi tanta a sorte de Serra, que nem o PT lhe cobrou o compromisso formal de não abandonar a prefeitura, onde, afinal, ficou pouco mais de um ano.
                        Ainda que vencesse agora em outros Estados importantes, Serra estaria próximo de um abismo político em caso de derrota no seu próprio Estado.
                  Tanto mais se o PSDB e Geraldo Alckmin confirmarem a conquista do governo paulista, indicando que a rejeição seria ao candidato à Presidência.
Recuperar-se em São Paulo parece vital para o político José Serra.
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                          Como se vê, a situação do Zé Serra se complicou com a sua derrota anunciada em São Paulo. É bom que se diga, repetindo o já afirmado neste espaço, que o Caviloso jamais teve estatura política para ocupar a presidência da República. Ele é, caracteristicamente, um político regional que revela, inclusive, a síndrome da política paulista, ou seja, um certo descompasso em relação ao restante do país.
                             A condição de Estado mais rico da Federação e sua impossibilidade histórica de hegemonia política na Federação produziu, em sua maioria, políticos regionalistas.
                             Após a Revolução de Trinta o Estado de São Paulo jamais logrou o comando do país, a não ser no breve período de Jânio Quadros, enveredando, por manobras golpistas contra Getúlio e JK, apoio declarado à Ditadura Militar e recentes  tentativas frustradas de golpes.
                                 Parece que é chegada a hora de o grande Estado acordar para o país que não pode dispensar a sua contribuição para o destino manifesto do Brasil como nação desenvolvida. Com a provável queda do Serra – e as pesquisas acenam para isto - o Estado de São Paulo se defronta com a possibilidade concreta de renovar seus quadros e trazê-los à leal disputa democrática com vocação de caráter nacional, voltando a ser a nossa máquina impulsora, em todos os sentidos.
                            Por fim, se constata, com alegria, os sinais de que dirigentes políticos como o Caviloso estão em vias de extinção no grande Estado de São Paulo. Ocorre até, como ficou claro no texto do jornalista, um afastamento das elites do empresariado paulistas de políticos – como Serra - que insistem em permanecer na contra-mão do país.

                OS EFEITOS BENÉFICOS DO GOVERNO LULA VÃO PROPICIAR  MAIOR PARTICIPAÇÃO DE SÃO PAULO NO PROJETO DE MUDANÇA EM ANDAMENTO, COM DILMA ROUSSEFF.





VHCarmo.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Dilma Roussef é a mais preparada (dizem as pesquisas).

                                Quando o Presidente Lula indicou ao seu partido e aos partidos aliados a Ministra Dilma Rousseff para disputar a presidência, a grande imprensa desfechou uma campanha midiática para desconstruir a candidata. Usava, e ainda vem usando em menor grau, a tática de confrontá-la com o Zé bonitinho da Revista Veja, exaltando a sua vivência política, lembrando os postos que ele assumira anteriormente e propagando a sua competência.
                                      A candidata estava fadada ao total fracasso eleitoral, seria massacrada pelo Caviloso. Embora a gente desconfiasse do favoritismo precoce do Serra, houve um certo momento que se temia por aquela Ministra exibida pela imprensa como despreparada.
                                      Nisso tudo, revela-se o grande preconceito que a mídia e os partidos da elite e da falsa elite nutrem contra o presidente operário, embora vitorioso. A sua escolha teria sido um erro.
                                  Acontece que não foi. O que se constata agora faltando pouco mais de um mês para as eleições é que foi o Zé que se desconstruiu por sua própria incapacidade e despreparo. A cada pesquisa ele despenca e a cada aparição em público demonstra a sua falta de carisma, falta que sobra na Dilma a quem julgavam despreparada. São coisas do preconceito!.
                                   Por falar nisso, gente vai transcrever, abaixo, as palavras do Presidente Lula ditas num comício, na terça-feira passada, em Campo Grande - MS, palavras que a grande imprensa – os jornalões – não tornaram públicas e que se mostram candentes nesta oportunidade. Vejamos:
“A pior doença que existe na humanidade é o preconceito. E eu sei o quanto de preconceito eu fui vítima nesse.. Hoje eu brinco com o preconceito. Quando eu falo menas laranjas as pessoas acham engraçado. Se eu falasse em 89, eu era um “anarfa”. Pois a ignorância dos que me achavam anarfa era confundir a inteligência com o conhecimento e o aprendizado no banco da escola raridade. A ignorância era de algumas pessoas que achavam que só tinha valor aquilo que vinha de fora. É americano é maravilhoso. É europeu é extraordinário. É chinês é fantástico. É japonês, é não sei o que lá. Eles se comportavam como cidadãos de segunda classe, como verdadeiros vira-latas que não se respeitavam e não tinham autoestima. Eu me lembro como se fosse hoje , eu estava almoçando na Folha de São Paulo e o diretor da Folha de São Paulo ( Otávio Frias Filho) perguntou pra mim: ô candidato o senhor fala inglês ? Eu falei mas eu vou arrumar um tradutor. Mas assim não é possível o Brasil precisa ter um presidente que fale inglês. Aí eu perguntei pra ele: alguém já perguntou se o Bill Clinton fala português? Era eu o subalterno, o país colonizado que tinha que falar inglês e não eles falarem o português. Eu não vim aqui para dar entrevista, vim para almoçar. Isto é uma entrevista, portanto eu vou embora. Eu levantei peguei o elevador e fui embora, sem precisar ter que almoçado com nenhum jornal e nenhuma televisão. Vou terminar o meu mandato e também nunca faltei com o respeito com nenhum deles. Eles já faltaram comigo. E vocês sabem o que fizeram comigo. Se dependesse de certos meios de comunicação eu teria zero nas pesquisas e mão 80% de bom e ótimo como nós temos nesse país.”
                                    O significado dessas singelas palavras no momento em que o povo dá uma demonstração de repúdio a um candidato que jamais se aproxima dos movimentos sociais e das pessoas humildes, enche a gente de orgulho. Esse Presidente originário das camadas mais pobres do país, não fala inglês, mas colocou a nação entre as mais importantes nos foros internacionais e vem recebendo seguidos prêmios como reconhecimento de seu valor pessoal e como representante da nação.

                   DILMA ROUSSEFF É A MAIS PREPARADA ( dizem as pesquisas).
 
VHCarmo.

domingo, 29 de agosto de 2010

Para onde vai a "social democracia" do PSDB ?

                                           Não há dúvida, a esta altura, que um governo voltado para seu povo como é, e está sendo,o do Presidente Lula, é difícil de ser derrotado com discursos baseados em ataques e denúncias sem prova e com a defesa de posições preconceituosas e elitistas. Se ainda havia alguma esperança do Caviloso arregimentar em seu favor o eleitorado, isto se vem desvanecendo quando ele enveredou para o terreno das acusações e para a tentativa de criar factóides e difundir medos de base ideológica.
                                        O resultado foi que as pessoas de bom-senso foram se afastando. Com o advento dos programas eleitorais na televisão ocorreu que o Zé ficou, também, sem sustentação visual, ou seja, em nenhum momento pode apresentar ao público uma imagem de pessoas em movimento espontâneo, ou seja, comícios, afinal o povo, em seu apoio. Por outro lado, a sua  imagem pessoal é “aterradora”. A campanha de Serra parece mais a de um candidato a vereador em cidade do interior. O cúmulo da figuração vazia se deu quando ele se apresentou na TV com um cartaz, ao fundo do set, de uma favela, local em que ele jamais pôs os pés e na tentativa, um tanto ingênua, de iludir a massa exibindo-se como amigo de Lula.
                         O fracasso que se desenha da oposição nessas eleições se deve também ao seu caráter elitista e preconceituoso, tanto social como regional.
                          O PSDB ao escolher o caminho de alianças à direita, via iniciada a partir do desastroso governo do FHC, e  tendo assumido esse discurso desatualizado, foi se afastando historicamente das camadas populares, dos movimentos sociais, dos sindicatos e, até, dos setores mais progressistas das classes médias e dos intelectuais, implementando um discurso nitidamente conservador e reacionário, atacando mesmo esses setores com falsas acusações (a gente lembra como ele odeia o MST).
                          Ninguém de em sã consciência considera o partido tucano, apesar do nome que ostenta, como social democrata, pois o seu desvio à direita o colocou juntamente com o DEM (antigo PFL,Arena), em extinção, e o PPS, errático, no setor mais conservador no espectro político da América Latina. Ora, isto acontece no momento histórico em que a maior parte dos paises latinoamericanos, emerge para modelos políticos democráticos e mais independentes da hegemonia das potências capitalistas externas, voltada para o resgate da pobreza de seus povos.
                             Sob outro ângulo verifica-se que o principal partido da oposição não só perdeu suas figuras mais proeminentes como também suas bases universitárias e científicas, não logrando atrair as camadas da elite econômica mais esclarecidas, bastando-se, como militantes, de restos oligárquicos e estamentos que cultuam preconceitos de classe, sem apelo popular.
                             Essa campanha eleitoral deixa evidente o descaminho do PSDB que, em nenhum momento, traz a lume aquilo que deveria ser a sua ideologia, ou seja, a pregação da social democracia. Aliado ao que há de mais atrasado na política brasileira os tucanos, hoje, passam a usar os métodos protofacistas de ataques aos adversários políticos que tenta transformar em inimigos. Esse tipo de procedimento não vem dando frutos e é claro o desespero que se abate sobre a oposição.
                            Convém, afinal, assinalar o que está acontecendo nesses últimos dias com a mídia que, em sua maioria, apóia o Caviloso. Iniciam-se dissertações visando a culpar e  desqualificar a campanha do Serra que julgam teria sido mal conduzida e o fato do Caviloso ser centralizador. Chegam a proclamar – pasmem – que o distanciamento do rancoroso FHC foi um erro que está levando Serra à derrota. Alguns colunistas dos jornalões já iniciam, prematuramente, um discurso de oposição ao provável governo Dilma, afastando a esperança de uma reviravolta.
                               Por fim,  de  se assinalar que fica cada vez mais difícil de a oposição e seus jornalões e revistas criarem  um “escândalo”, pois o passado não foi esquecido. Os dossiês, parece, que já não convencem mais ninguém.

OS NÚMEROS SÃO ANIMADORES  ENCHEM O POVÃO DE ESPERANÇA E ALEGRIA. DILMA ROUSSEFF VAI CONTINUAR “MUDANDO O BRASIL”...

VHCarmo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A nova pesquisa do Data-Folha...

                            Esta manhã, a gente que estava na expectativa da nova pesquisa do Data-folha, foi surpreendida. Quem esperava 20 pontos de diferença em favor da Dilma? E a situação em todo o país? Se fosse pesquisa de outro Instituto ainda era de se esperar, mas da Folha?
                            Isto significa que está cada vez mais difícil para o Serra e mais próximo do primeiro turno para Dilma Roussef, principalmente considerando que, além do Zé, no páreo só tem a Marina patinando em torno de 8 pontos.
                                 Mas isto já produziu alguns efeitos na oposição e na mídia.

                                 O Caviloso começa a se exceder em ataques e a mídia procura desesperadamente algo que desestabilize o jogo eleitoral, em que pese à dificuldade que vem encontrando até mesmo pela figura do Serra. O Candidato não consegue ser simpático, nem quando sorri, conforme disse a revista The Economist é assim “aterrorizador”; quando se enche de ódio e passa a atacar vira um monstro e assusta.
                                       Olhem só ao que leva o desespero da oposição e da mídia. Veiculam agora que houve violação do sigilo de alguns próceres amigos do Serra e passam – sem qualquer prova – a dizer que a  campanha da Dilma tem a ver com isso.
                                    Ora, até a própria alegação é um tremendo factoide. Vejamos: para haver quebra de sigilo há, naturalmente, necessidade de publicidade. Algum jornalão ou outro qualquer veículo de publicidade deu a conhecer as declarações de renda violadas dos indicados?
                                  Segundo a própria mídia os dados teriam sido acessados por funcionários da receita, ou seja, no âmbito da mesma. É  de intuitiva compreensão que só haveria violação de sigilo se os dados viessem a público. O sintomático, ainda,  é que essas supostas violações de sigilo se teriam dado em 2008 e 2009. Por que, só agora próximo das eleições, estão sendo mencionadas pela oposição e pela mídia?
                                  Especula-se que há nisso tudo uma jogada preventiva dos chamados violados, para impedir que se tornem públicas as suas mazelas e falcatruas que, afinal, todo mundo conhece. Não foram eles os implicados na privataria do governo do rancoroso FHC?
                               O que importa agora é que o Partido dos Trabalhadores agiu rápido e levou a calúnia e a injúria do Serra ao julgamento do TSE.
                             A gente, afinal, é levada a pensar qual seria um hipotético interesse da Campanha da Dilma nesse caso? O Serra só faz despencar nas pesquisas; seria "chutar cachorro morto".
                      O DATA-FOLHA  JOGOU A TOALHA.   A DILMA ROUSSEFF VAI DAR CONTINUIDADE  ÁS REALIZAÇÕES DO GOVERNO LULA
VHCarmo.
                          

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O Serra tem salvação ?

Até onde oposição desce nível da campanha?


Publicado em 25-Ago-2010 - no Blog do Zé Dirceu.

                                     Serra já não se importa com sua história...
                                Enquanto despenca nas pesquisas e perde apoio de aliados e até de correligionários, sem muitas opções, o oposicionista José Serra, candidato da coligação conservadora PSDB-DEM-PPS ao Planalto escolheu o caminho do confronto direto e aberto na TV. Adotou o uso de todo e qualquer argumento, não se importando com sua imagem e história.
                                   Aos poucos ele vai assumindo tudo o que condenava em campanhas anteriores: abandona o ar de bom moço, de progressista, agride e calunia, esperneia e ataca jornalistas, distorce fatos e dados. Está seguro - ou, então, sem alternativa - de que com esta estratégia pode ganhar votos, o que parece improvável.
                                 Até porque, nem assim, consegue estancar o abandono em que o jogam seus aliados e mesmo os tucanos. A debandada é geral. São centenas de prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais, até governadores, que mandam recado de apoio a candidatura de Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados).
                               Debandada em cascata; enxurrada de apoios a Dilma
                                   Tudo publicamente. Os próprios candidatos fazem questão de dar publicidade a esta adesão. Fora as críticas generalizadas dos aliados ao PSDB e à campanha de Serra, pela qual ele é o único responsável, apesar das tentativas da elite tucana de retomar o controle da campanha - o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso á frente.
                              No tucanato o tiroteio é geral. Primeiro contavam que iam ganhar a eleição como se fosse um passeio. Depois, começaram a brigar com as pesquisas, com a realidade. Agora estão procurando culpados pelo desastre eleitoral e político. Não se entendem sobre o que fazer.
                                  A última deles (do PSDB), de priorizar as eleições estaduais em São Paulo, Minas, Paraná e Goiás, então, virou um bumerangue já que os (tucanos dos) Estados excluídos partiram para o ataque público. A começar pela decisão, que ninguém sabe de quem foi.
                             Tudo indica que do comando tucano que não comanda nada. Só pedidos nos restaurantes de luxo de São Paulo, onde eles se reúnem para não decidir nada. Partiu do presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE)? A ver. A pergunta que fica é: até quando Serra descerá? Tudo indica que até perder a dignidade - ou o pouco que lhe resta.
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                               Ao texto acima não há o que acrescentar, senão que o desespero da derrota iminente pode conduzir a ações perigosas e reprováveis do ponto de vista ético, soretudo porque os jornalões e a Revista Veja (a pdridão moral), ainda vão tentar salvar o Caviloso.

                            DILMA ROUSSEF CAMINHA PARA VITÓRIA NO PRIMEIRO TURNO COM CONFIANÇA: PARA CONTINUAR MUDANDO O BRASIL.
VHCarmo.  
              

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A oscilação da mídia na campanha eleitoral e a liberdade de expressão.

                            A gente tem focalizado aqui neste espaço a parcialidade da mídia em matéria política. Comentou-se, também, sobre a defesa que, paradoxalmente, ela faz da liberdade de expressão. Acontece que a grande imprensa e os detentores dos meios de comunicação - grupos poderosos - ao adotarem posições políticas comprometidas com determinados interesses e fins, impedem o exercício pleno da liberdade que alardeiam mas não respeitam, embora afirmem sempre neutralidade. 
                             Quando se trata, sobretudo, de matéria política, não se abre espaço para divergências. É sintomática que se fazem, na mídia, cobertura editorial e de propagação de notícias sempre condicionadas ao seu interesse de grupo, muitas vezes com graves violações éticas e até criminosas.
                             Os jornalistas profissionais vinculados à grande mídia, ficam sem meios de expressar suas opiniões se elas divergirem da posição político-ideológica da empresa ou do grupo a que servem.
                            Ora, evidencia-se, aí, a hipocrisia desses mesmos grupos quando usando o seu enorme poder econômico e influência, em nome da liberdade de expressão, se recusam a democratizá-la; melhor dizendo,  se recusam a torná-la acessível aos profissionais do jornalismo.
                              É, de certa forma alarmante, aquilo que os jornalistas que assinam nas colunas nos nossos jornalões e Revistas, com raríssimas exceções, são, como diz Mino Carta, verdadeiros sabujos de seus patrões a quem parece que juram fidelidade incondiconal.
                              No 34o. Congresso Nacional de Jornalismo, realizado em Porto Alegre , entre 18 e 22 deste mês, foi editada “A Carta de Porto Alegre” e o assunto que a gente aqui aborda foi um dos temas discutidos. Firmou-se, lá, a necessidade de dar continuidade à Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), “como instância democrática e plural de discussão e deliberação de políticas públicas para o setor”, vale dizer :a procura de meios para liberar o verdadeiro exercício da liberdade de expressão para os jornalistas.
                     
 Vale ler este trecho:

“‘Em seu 34º Congresso Nacional, os jornalistas brasileiros afirmam a necessidade de dar consequência às decisões da 1ª Confecom e destacam como prioridade a criação do Conselho Nacional de Comunicação como instância deliberativa, a criação do Conselho Federal de Jornalistas (CFJ) e do Código de Ética do Jornalismo e a aprovação de uma nova e democrática Lei de Imprensa para o país.
Não por acaso, no mesmo período de realização do 34º Congresso dos Jornalistas, a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) reuniu-se no Rio de Janeiro para defender seus interesses empresariais, antagônicos aos da grande maioria do povo brasileiro. Falsamente, a ANJ afirma defender a liberdade de expressão e de imprensa, mas aponta para uma autorregulamentação do setor, sob o controle do patronato, em contraposição às propostas de regulação e regulamentação, por lei, defendidas pelos trabalhadores.
                                  Como se vê, o que pretendem os barões da mídia é manter o controle daquilo que eles chamam de liberdade de expressão, mediante a autorregulamentação, sob sua gestão negocial.
                              Nessa campanha eleitoral ocorre uma situação singular que envolve os meios de comunicação, à mídia em geral e os jornalistas, principalmente aos colunistas.
                              Explica-se: a subida da Candidata Dilma Roussef nas pesquisas com a clara possibilidade de vir a ser eleita no primeiro turno, ensejou uma mudança significativa da mídia, principalmente nos jornalões que mudaram o tom, passando a criticar a organização da campanha Serrista e vislumbrar uma oposição antecipada a um hipotético governo Dilma, sem abandonar suas costumeiras manobras sujas.           Os jornalistas – principalmente aqueles que assinam colunas periódicas – estão fazendo uma rápida adaptação de seus textos para acompanhar as editorias. São verdadeiras ginásticas de argumentação, para se ajustarem à nova posição dos patrões. É triste o que acontece.
                                 O 34º. Congresso Nacional de Jornalismo em sua Carta de PortoAlegre lamenta, não só a falta de regulamentação da profissão que sujeita os jornalistas aos humores e a exploração por parte do patronato bem como a ausência de uma lei de imprensa fato que o permite as transgressões conhecidas à liberdade de expressão.

SÓ UM GOVERNO DEMOCRÁTICO ENSEJA A VERDADEIRA LIBERDADE DE EXPRESSÃO,  MEDIANTE  A CRIAÇÃO DO CÓDIGO DE ÉTICA DO  JORNALISMO E DE UMA NOVA LEI DE IMPRENSA DEMOCRÁTICA.

                  ESTÁ CHEGANDO A HORA:  MAIS UMA PESQUISA COM 18 PONTOS DE VANTAGEM PARA DILMA.(Sensus).                               
VHCarmo.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

"O Zé que quero lá..." Pode ?

                            O “Zé” se revela antes de tudo um mau ator. Nem se diga que a ele não é dada oportunidade de se exibir; a mídia generosa abre-lhe imensos espaços, porém ele é “aterrador”, como diz a Revista The Economist.
                             Não fica por aí: o “Zé” personifica no seu desbaratado discurso o que há de mais atrasado na doutrina neoliberal, chegando mesmo às raias de procedimentos de natureza fascista. Vale-se de mentiras, dados falsos e acusações para tentar deter a sua derrocada nas pesquisas eleitorais. Passou a dizer-se autor, no seu mentiroso discurso, de varias instituições das quais não participou. Roubou o FAT de um deputado do PMDB; o Seguro Desemprego do ex-presidente Sarney; os genéricos do falecido Ministro Jamil Haddad e por aí afora.  Aliás, ele produziu uma declaração, àquela  época, contra a eficiência dos genéricos. (Ver a propósito vídeo do Yoou-ube").
                               Por sinal, quando o Instituto “Data-folha” e o jornal que o patrocina, “jogam a toalha” é porque a coisa está feia pro Caviloso.        A FSP no  Sábado e no Domingo (21 e 22) partiu para a lamentação e acusações à organização da Campanha do Caviloso. Os colunistas, para os quais o ZÉ ia emplacar, já ensaiaram um discurso de oposição ao provável governo Dilma, sem abandonar o tom de lamento.
                            Não mencionam, - nem o jornal, nem os sabujos - em nenhum momento, o fato evidente de que Dilma Rousseff é portadora do melhor e autêntico discurso. Que não se vale de mentiras. Que programa com otimismo e esperança a continuação do exitoso governo Lula. Por onde vai desperta público e entusiasmo.
                           A oposição enfrenta uma tremenda dificuldade: o ZÉ não pode ser exibido ao distinto público, a sua figura irradia o azedume de seu discurso; é lamentável. Por outro lado, não pode deixar de exibi-lo, no mínimo, no programa eleitoral.
                           A gente passa, abaixo, às candentes palavras do Sociólogo Gilson Caroni Filho, extraídas de seu texto publicado no JB, de hoje:
                         “O Zé que quero lá” não é apenas jingle de campanha; acima de tudo é um sintoma de um jogo teatral lamentável. Desprovido de recursos que conquistem a simpatia da platéia, se evidencia como burla ética, como o cristal partido que não se recompõe. Como ator público é uma ideia fora de lugar, uma caricatura de si mesmo. Vocaliza como ninguém o protofascismo de sua base de sustentação.
                          Por não distinguir cenários, confunde falas. Quando tenta uma encenação leve, resvala para o grotesco. Quando apela para o discurso da competência, sua fisionomia é sempre dura, ostentando ressentimento e soberba. Os Césares romanos davam pão e circo à plebe. Aqui sendo o pão tão prosaico, o “Zé” não pode revelar os segredos da lona sob a qual se abriga. Seu problema, coitado, não é de marketing - é de tempo”.

                         A esta altura a gente se atemoriza, apenas, com a possibilidade do JOGO SUJO da mídia. O desespero pode levá-la a ataques com denúncias falsas; dossiês, etc. e À PREGAÇÃO DE GOLPE  (O golpismo), APROVEITANDO--SE, LEVIANAMENTE, DA LIBERDADE DE QUE GOZAM.  Embora, pareça que o seu estoque de maldades esteja esvaziado, tudo se pode esperar da podridão da Revista Veja e seus asseclas: O Globo; a Folha e o Estadão e "colunistas"comprometidos. 
                        Contra a sujeira, a gente tem que opor o esclarecimento a todos, como objetivo primordial, para eleger a Candidata e impedir o retorno ao passado de governos como o do FHC que tanto mal fez a este país e ao povão. 

     "DILMA ROUSSEF É OTIMISMO; É ESPERANÇA; É  PARA O BRASIL CONTINUAR MUDANDO..."
            VHCarmo. .

domingo, 22 de agosto de 2010

Algo mais é poesia...

               A gente faz uma pausa poética para curtir o momento em que a nossa  Candidata está "'BOMBANDO" e o Caviloso despenca.

Amor sem culpa

Duas mulheres
duas fêmeas
as mãos presas nas mãos.

Os olhos metidos nos olhos
e a luz da mútua paixão.

Nos rostos o embevecimento
na meia luz.

Não advinham razão
dela não cogitam
se amam:
é tudo.
Descartam o mundo:
que não as entendam!.

São mulheres que o tempo as somam
num mútuo encantamento
pois que o amor não é feito só de desiguais.

VHCarmo. - Março de 2004.
do livro "Memórias do Vila do Capivara'.
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 "O Brasil é tão grande que não cabe explicação. Sei lá;  não sei, não!".  (da música popular).
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DILMA ROUSSEF PARA O BRASIL CONTINUAR MUDANDO.
O primeiro turno está pintando!.
 
VHCarmo.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

"Quando sorri parece aterrador..."

                       “THE ECONOMIST” - quinta-feira 12 de agosto de 2010:
“A inadequação de Serra no palco eleitoral se mostrou incontornável. Ele aparenta ser insípido, exceto quando sorri, quando parece aterrador”.
                         O artigo destaca que Dilma Roussef que nunca disputou uma eleição se porta muito melhor.
A revista é insuspeita, pois sua conhecida posição é de apoio ao Caviloso e à sua ideologia neoliberal. Por outro lado, a Revista  omite que a Candidata tem um discurso inatacável e baseado no êxito do governo Lula o que causa "terror" ao Candidato. 
                        O Srrra se torna particularmente aterrador quando discursa, afirmando um rosário de mentiras e adulteração de números. Falta-lhe, inclusive um mínimo de ética, pois omite, sistematicamente, fatos e circunstâncias que desmentem suas levianas declarações.  
                           Quem, de sã consciência,  pode acusar o PT e o governo Lula de ser contra liberdade de imprensa e de expressão ?
                             Além de não haver no Brasil um só dos grandes órgãos da Imprensa e TV que apóiem o governo, jamais se soube de qualquer medida que impedisse sua atuação.  Pelo contrário, a mídia sempre se coloca em oposição ao Governo. Até ao menos atento crítico fica clara a posição da mídia nesta eleição presidencial.  A Folha, o Globo, o Estadão e a podridão da Revista Veja, se esforçam, por todos os meios e modos, para deter a queda do Caviloso nas pesquisas, recrudescendo em denúncias falsas e fabricando manchetes chocantes, Ninguém os impede, atuam livremente.
                            Chegam a ser ridículos esses ataques do Serra – o “aterrador”.
                           Ao contrário de suas afirmações, o Caviloso é quem usa sua influência para demitir jornalistas que se atrevam, ou se atreveram, a produzir matéria que possa lhe ser adversa. Isto é, efetivamente, censuara.          Nesse espaço já citamos nomes o que seria desnecessário pois é manifesta a sua ojeriza a qualquer crítica.  Aliás, os próprios jornalões lhe atribuem a qualidade de centralizador e ele, em sua campanha, jamais menciona qualquer pessoa que lhe tenha, porventura, sido importante em sua carreira política.  Ao seu Índio ignora; do Rancoroso FHC foge como o diabo da cruz.
                                Bom lembrar que para garantir o patrocínio da Revista Veja contratou a Editora Abril para produzir material escolar do Estado de São Paulo e sem licitação, empresa sem nenhuma experiência anterior neste tipo de edição. Os Civitas, cuja fama não recomenda, se esmeram e se excedem no cumprimento de sua missão. Da podridão da VEJA pode-se esperar tudo; ela não tem qualquer limite ético.
                               Apesar de tudo, o Caviloso entra em contradição até com a mídia que o apóia, pois, verdade seja dita, ela não endossa as suas acusações contra o governo em relação à liberdade de expressão, pois se sentem completamente livres na promoção da  candidatura dele.
                                 Em resumo: isto é resultado do desespero de quem está perdendo apoio do eleitor. Sua queda nas pesquisas o demonstra.

A OPOSIÇÃO VESTIU A CHAMADA '"SAIA JUSTA”, POIS A ESTA ALTURA NÃO TEM COMO ESCONDER A FIGURA "ATERRADORA" DO SEU CANDIDATO.

VHCarmo.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Para confrontar e refletir.

                                       A gente vai transcrever aqui o pronunciamento do Presidente Lula lido no Foro de São Paulo que ora se realiza na cidade de Buenos Aires, na Argentina.  Este Foro foi criado por convocação do Partido dos Trabalhadores - PT em julho de 1990, como espaço para a discussão e troca de informações entre os partidos progressistas da América Latina, cujas resoluções foram sempre tomadas por consenso. O Foro está composto por 42 partidos de nações latino-americanas.
                                       As palavras do nosso chefe de Estado se revestem, neste momento de campanhas eleitorais no Brasil, de enorme significado, pois apontam para a consolidação da democracia no continente e no Caribe e, sobretudo, chamam a atenção para os antecedentes neoliberais sustentados por governos cujos membros hoje, na oposição, não renegam  a sua ideologia que produziu estagnação econômica, miséria e tanto sofrimento aos seus povos.
                                         A oposição no Brasil que patrocina o Caviloso José Serra não nega – de nenhuma forma – a sua ideologia neoliberal e a sua política de alienação não só do patrimônio da nação como de sua soberania. Outros não foram os pronunciamentos do candidato e de seu Índio, atacando os nossos irmãos vizinhos e sua política voltada para a soberania, como, no caso, contra a Bolívia, Venezuela, Equador ...  Tudo isto envolto com a propagação do "medo".
                                          O pronunciamento do Presidente também deixa evidente, numa leitura comparativa, o pouco preparo do candidato da oposição no trato das questões diplomáticas que, desde logo,  ele  acena com o abandono da independência e do prestígio conquistados pelo governo Lula, favorável que é com o alinhamento automático às potências externas, principalmente aos EEUU.        
                                             Quem de sã consciência acredita que o Caviloso e seu Índio – depois do que afirmaram sem rodeios - vão prosseguir sustentando a política externa e independente e influente do nosso atual governo ?

Segue o pronunciamento:

Queridas Companheiras e Companheiros

Há 20 anos, 42 partidos e movimentos progressistas da América Latina e do Caribe reuniram-se em São Paulo - convidados pelo Partido dos Trabalhadores - para um Encontro sem precedentes na recente história política de nosso Continente.
Nascia o que um anos depois, no México, seria chamado de Foro de São Paulo.
Vivíamos tempos difíceis no início dos anos noventa.
Em muitos países ainda persistiam fortes marcas das ditaduras que se haviam abatido nas décadas anteriores sobre nossos povos. Esses resquícios autoritários impediam a constituição de democracias vigorosas e dificultavam a luta dos trabalhadores.
Pairava sobre nosso Continente a hegemonia do ideário do Consenso de Washington.
Primazia do mercado, enfraquecimento do Estado, desregulamentação das relações de trabalho, sacrifício da noção de desenvolvimento e de políticas sociais em nome de uma suposta estabilidade, buscada a qualquer preço, com enormes sacrifícios para os trabalhadores do campo e das cidades.
A predominância dessas idéias conservadoras era reforçada pela profunda crise das referências tradicionais das esquerdas - as comunistas e os socialdemocratas. Suas políticas não permitiam explicar a realidade mundial, mas, sobretudo, mobilizar as grandes massas.
A reunião de São Paulo e tantas outras que se seguiram nestes 20 anos tiveram como mérito fundamental criar um espaço democrático de conhecimento e de discussão das esquerdas. Esse espaço não existia, muitas vezes, nem mesmo em nossos países.

Não criamos uma nova Internacional.

Conhecíamos a história das internacionais e sabíamos que era mais importante termos um Foro no qual pudéssemos intercambiar experiências, discutir acordos, mas também desacordos.
As transformações pelas quais passaram a América Latina e o Caribe nestas duas décadas têm muito a ver com os debates que realizamos.
Hoje, nossa região vive uma situação radicalmente diferente daquela de vinte anos atrás. Muitos dos que nos encontramos no passado nas reuniões do Foro de São Paulo como forças de oposição, hoje somos Governo e estamos desenvolvendo importantes mudanças em nossos países e na região como um todo.
Experiências como a UNASUL e a Comunidade da América Latina e do Caribe são herdeiras dos debates que levamos no Foro. Elas abrem o caminho para uma verdadeira integração de nossos países fundadas sobretudo nos valores da democracia, do progresso econômico e social e da solidariedade.
Uns poucos tentam caracterizar o Foro de São Paulo como uma organização autoritária. É o velho discurso de uma direita que foi apeada do poder pela vontade popular. Não se conformam com a democracia de que se dizem falsamente partidários.
A contribuição de meu partido e outros partidos progressistas do Brasil para esta nova realidade do Continente é de todos conhecida.
Nosso Governo retomou o crescimento, depois de décadas de estagnação.
Crescemos distribuindo renda. Incluímos 30 milhões de brasileiros que viviam abaixo da linha da pobreza. Criamos 14 milhões e meio de empregos formais e aumentamos substancialmente o salário real dos trabalhadores e a renda dos trabalhadores do campo. Mantivemos a inflação sob controle. Reduzimos nossa vulnerabilidade internacional. Não mais dependemos do Fundo Monetário Internacional. E pudemos fazer esta grande transformação com expansão da democracia, aumento da participação popular e fortalecimento de nossa soberania nacional.

O Brasil mudou e vai continuar mudando nos próximos anos.

Mudou junto com seus países irmãos do Continente.

Mudou como está mudando a Argentina que agora acolhe mais este encontro do Foro de São Paulo.
Recebam, queridos amigos, o abraço do seu irmão e companheiro

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Presidente da República Federativa do Brasil
Brasília, 15 de agosto de 2010.

PARA PRESERVAR AS CONQUISTAS DA POLÍTICA EXTERNA INDEPENDENTE E INFLUENTE DO BRASIL É IMPERATIVO VOTAR EM DILMA ROUSSEF A CONTINUADORA DO GOVERNO DO  PRESIDENTE LULA.
VHCarmo.


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Algumas considerações sobre "debate" e "programa eleitoral"

                        O primeiro programa eleitoral de ontem na TV e o debate, hoje, na Internet deixam claro questões importantes. Se analisados do ponto de vista do esclarecimento dos eleitores tanto um como o outro são  permeados por uma espécie de figuração. Os figurantes, como numa comédia teatral,  desempenham um papel que nem sempre reflete a realidade do momento social e político em que vive o país.
                       No caso do programa de TV no qual não se trava o chamado “debate”, há sempre uma possibilidade maior de produção de informação.
                        Nos “debates”, tanto do tipo feito na TV como o na Internet, o engessamento das regras leva àquilo que a gente vê sempre: os candidatos ficam envolvidos em ataques e defesas. Em razão do tempo rigidamente controlado, a magnitude e  aimportância  de algum assunto proposto enseja respostas concisas e curtas não esclarecedoras  e por vezes inconclusas,  interrompidas pelo mediador.
                       A mídia vem transformando os “debates” em acontecimentos cujo principal objetivo é determinar um vencedor da disputa televisiva, fato que influi, decisivamente, nos participantes que são levados a buscar uma vitória a qualquer preço, fato que empobrece o “espetáculo”.     Dos candidatos inferiorizados nas pesquisas eleitorais espera-se que se dêem bem no ataque; os que se encontram na frente têm que estar aptos a se defender.
                         Afinal esses debates se tornam mais um fenômeno de mídia do que esclarecimento real das questões propostas. A opinião dos assistentes e dos chamados analistas giram em torno do sucesso de um ou outro candidato. A indagação espúria que se faz: “quem você acha que ganhou o debate?”.
                           Em que pese à relativa ineficiência atual para modificar os resultados finais, esses “debates” no passado já serviram para inviabilizar candidaturas sem que a questão motivadora tivesse qualquer ligação com a política em si; ora através de preconceitos contra a vida pessoal; outras vezes pela enunciação de dados e declarações absolutamente falsos que repercutem, antes de serem possivelmente desmentidos, são exemplos os dossiês e as denúncias.
                            Por outro lado, em que pese também apresentar inconvenientes de natureza informativa, ou seja, propiciar informação e imagens falsas ou montadas, o programa eleitoral oferece alguma vantagem ao candidato que tenha melhores condições políticas e históricas que empolguem mais o eleitor. Porém, ai ainda, se pode notar uma espécie de “ataques e contra-ataques”, menos impactantes face à ausência do adversário e o tempo entre um programa e outro para propiciar respostas.
                           Por fim, acresce mais no processo eleitoral brasileiro, de modo negativo, a presença sempre restritiva da Justiça Eleitoral que a pretexto de fazer justiça aos participantes candidatos, de um modo geral, acaba empobrecendo o processo, tanto diminuindo o tempo disponível, como estabelecendo restrições aos movimentos de propaganda e conhecimento efetivo dos disputantes.
                           Espera-se que numa desejável e necessária  reforma política se estabeleçam regras mais amplas de participação democrática no processo eleitoral que, afinal, como observado no início deste texto, tornem os candidatos não apenas figurantes de uma grande comédia, sem ligação com a realidade vigente, como atores verdadeiramente politicos.
_________________________________
Como foi:
                                    Analisando os dois últimos acontecimentos, ou seja, o Programa na TV e o “debate” na internet, apesar do jogo de ataque e defesa, viu-se que a candidata Dilma Roussef sempre levou uma certa vantagem por sua argumentação estar ancorada nas realizações de um governo bem avaliado, com obras concretas do que propriamente pelo desempenho figurativo (ou artístico) que aliás o seu contendor, o Caviloso, se revela muito pior, pois à sua escassa base argumentativa alia-se à sua figura pessoal pouco comunicativa. Sabe-se, aliás,  que o comando de sua campanha tem feito tudo para não expor a sua imagem.

                          DESENHA-SE A VITÓRIA DE DILMA ROUSSEF JÁ NO PRIMEIRO TURNO O QUE NÃO SIGNIFICA QUE A GENTE DEVA SE DESCUIDAR. VAMOS À LUTA.  A HORA ESTÁ CHEGANDO!.
VHCarmo.







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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Mais uma mentira desmascarada....

                                            Depois daquelas petas sobre as APAE e a situação das estradas, o Zé Serra anda reclamando que o Governo Federal não investe. Afirma que ele, Caviloso, no governo vai investir mais e melhor. Tudo mentira. Olhem só o que foi publicado hoje no site Contas Abertas:
                            
                                          Governo investe R$ 23 bi em 2010, maior valor em 10 anos

Leandro KleberDo Contas Abertas
                                 " Enquanto os principais candidatos à Presidência da República prometem mais investimentos públicos para o país, o governo federal segue aumentando as aplicações, apesar de ainda representarem pouco do Produto Interno Bruto (PIB). Nos primeiros sete meses deste ano, os órgãos federais (excluindo as estatais) desembolsaram R$ 23,5 bilhões em obras e equipamentos, valor 62% superior ao verificado no mesmo período de 2009 e recorde dos últimos 10 anos, em valores atualizados (veja tabela). Do montante investido entre janeiro e julho, que inclui os chamados “restos a pagar” – empenhos (reservas) rolados para exercícios seguintes –, R$ 14,5 bilhões, ou 62% foram feitos via aplicações diretas, ou seja, a União liberando verba diretamente aos executores dos serviços (veja tabela). As transferências a municípios somaram R$ 4,4 bilhões (19%), enquanto os repasses a estados e ao Distrito Federal chegaram a R$ 4,3 bilhões (18%). O Ministério dos Transportes, que tem em sua estrutura o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), foi o órgão da Esplanada que mais investiu neste ano, R$ 6,1 bilhões. Em seguida aparece o Ministério da Defesa, que desembolsou R$ 3,6 bilhões, e o Ministério da Educação, com R$ 3,1 bilhões em investimentos. Para a consultora de orçamento da Câmara dos Deputados Márcia Mourão, o volume recorde de investimentos registrado em 2010 é excepcional e foge do padrão verificado nos últimos anos. Segundo ela, por coincidência ou sorte, o investimento máximo do atual governo será alcançado neste ano eleitoral. “Não é possível afirmar que há relação com o ano eleitoral, no qual as regras de investimentos mudam [empenhos não podem ser feitos três meses antes do pleito]. O fato é que os investimentos são excepcionais”, afirma. Márcia acredita que a Secretaria do Tesouro Nacional está fazendo um esforço para aumentar os investimentos em detrimento dos gastos de custeio, que também crescem em ritmo acelerado desde 2004. “O governo tem conseguido aumentar os pagamentos. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no qual as aplicações podem ser abatidas do superávit, ajuda nisso. Há uma carteira de projetos maior. Antigamente, se cortava investimentos para ajustar o orçamento. Hoje, isso não acontece mais”, acredita. Quanto ao volume significativo de empenhos – que acabam gerando um estoque de “restos a pagar excessivo” quando não pagos –, a consultora considera positivo, mas faz uma ressalva. “Não é bom ter restos a pagar em excesso, pois concorrem com o orçamento do ano. O empenho é um potencial para se investir muito, mas impossível de ser plenamente realizado. O acúmulo de restos a pagar não é bom para o sistema de planejamento do governo”, avalia. Ela lembra que isso é reflexo do atual modelo orçamentário brasileiro. “O investimento não obedece ao calendário anual. Investimentos em portos e aeroportos, por exemplo, não acabam em um ano. É natural, portanto, que uma obra comece em um ano e acabe no exercício seguinte. Uma ideia discutida no governo é tornar o orçamento de investimentos plurianual, ao invés de anual”, diz. O valor previsto no Orçamento Geral da União 2010 para investimentos é de R$ 69 bilhões".

                                   Por aí a gente pode deduzir que o discurso do Zé Serra além de mentiroso é uma demonstração de sua falta de argumentos verdadeiros. Não é a toa que os seus prováveis eleitores estão batendo em retirada. As pesquisas estão demonstrando isto. Até em Estados que se presumia ter o Caviloso alguma vantagem, ele vem perdendo. É que o povo não suporta declarações mentirosas e, no caso, fáceis de desmentir.
                                  O êxito do Governo Lula, amplamente reconhecido internamente e nos foros internacionais, pode suportar críticas, mas declarações, como as pronunciadas pelo Caviloso, estão fora da realidade. Aliás, o discurso do Candidato além das petas é rico em promessas pessoais, ou seja, a cada contato com o publico ele promete resolver o problema específico de cada um; sem mais aquela  ele diz que vai criar mais um Ministério. Em resumo: o Serra parece que está se propondo ser síndico de um edifício e não presidente dessa grande nação. Por tudo isto a gente pode aquilatar a irresponsabilidade e a falta de patriotismo de nossa mídia: ela pretende vender o Caviloso como COMPETENTE.  É demais!
 
VAMOS ATENDER O APELO DO PRESIDENTE: SEGUIR  BATALHANDO PELA ELEIÇÃO DAQUELA QUE VAI DAR CONTINUIDADE AO PROGRESSO DO NOSSO PAÍS COM A INCLUSÃO SOCIAL. VHCarmo.

domingo, 15 de agosto de 2010

Artistas em cima do muro...

                                          É hora da gente encarar sem rodeios a diferença que representam as candidaturas de Dilma Roussef e do Caviloso Zé Serra. A mídia quer passar a idéia de que votar em qualquer dos dois é a mesma coisa; que ambos sustentam ideologia de centro-esquerdo e vão dar continuidade ao governo Lula.
                                          Os colunistas sabujos dos jornalões e de quase todas as Revistas, vêem com a conversa que ambos têm um passado na esquerda e, nesse caso o Caviloso é mais competente para operar a continuação. Pura enganação!
                                          Os tucanos e os DEM/Arruda, abandonaram, pelo menos por agora, a tentativa de veicular a idéia de que o governo Lula foi beneficiado pelas medidas tomadas no governo FHC. Outra enganação que colunistas adotam..
                                        Todo mundo sabe que o Zé Serra foi ministro e figura de proa no governo neoliberal do Fernando Henrique e como Ministro do Planejamento participou na privatização criminosa de empresas públicas (ativos de mais 100 bilhões de dólares) e foi ogestor do PROER, dinheiro do Tesouro dado aos bancos, quando Brasil quebrou. Por sinal o Caviloso responde na Justiça Criminal por irregularidades no Proer, ou seja, na gestão do donativo.   Em resumo: a situação país deixada em 2002 foi caracterizada pelos economistas sérios, inclusive pelo FMI como uma “HERANÇA MALDITA”.
                                      Transcrevo, abaixo, o que disse, ontem, a Candidata do Governo. Ela fez questão de mostrar aos aliados a grande diferença que há entre o seu projeto e o dos adversários, “que no governo FHC ficou marcado pela estagnação econômica e o desemprego”.“Queremos que Brasil deixe de ser um país emergente e passe a ser uma sociedade, um país e uma nação desenvolvida. Essa é a síntese do projeto que eu represento” afirmou.
Disse mais, relembrando a herança maldita:
“Começamos o Bolsa Família no ano em que a gente estava passando pelo início mais duro, que era o fato de ter recebido esse país com inflação de dois dígitos e eles terem explodido o endividamento” . “Eu sempre me pergunto que gestão financeira foi essa. Venderam R$ 100 bilhões do patrimônio público e elevaram a dívida pública de 30% para 60% do PIB. Normalmente, quando uma pessoa vende um carro para pagar dívida espera-se que dívida caia. Mas no governo Fernando Henrique não foi o que aconteceu. Venderam [as estatais] e a dívida pública aumentou. Que grande gestão financeira eles fizeram?”, questionou.

                              A gente aborda esse assunto, aqui nesse espaço  porque alguns artistas e intelectuais veiculam essa mistificação, ou seja, que é a mesma coisa; tanto faz Dilma como Serra e a mídia, a serviço da oposição, se apressa a publicar, às vezes dar destaque  em manchete, por se  tratar de figura popular.
                                            Não é para desconfiar ?
                                  Infelizmente, a gente descobre que essa gente coloca a sua produção artística e seu trabalho acima dos interesses do país, ao declarar essa posição política  ( é a mesma coisa), priorizando os seus ganhos, temendo perder parte de sua clientela. É o chamado MURO que os torna menores a vista de seu povo.
A GENTE CONTINUA NA LUTA EM FAVOR DA DILMA ROUSSEF PARA EMPLACAR NO PRIMEIRO TURNO. FALTA POUCO!.

VHCarmo.

sábado, 14 de agosto de 2010

Serra o rei da peta...

                                          Ainda sobre as declarações do Serra a gente tem que reafirmar que se tratam, mais das vezes, de mentiras. Ele faz, até de forma enfática, afirmações e indica números totalmente falsos. O Caviloso, que dizem competente, prima pela falta de informação ou, as tendo, adultera e mente. Quem o assistiu falar sobre o abandono das APAES? Quem o assistiu falar sobre as estradas federais “esburacadas” ? Foram declarações sem qualquer fundo de verdade.
                                          Sobre as APAES a candidata Dilma Rousseff se encarregou de desmentir o Caviloso. Sobre as estradas o Ministério dos Transportes emitiu Nota; que a gente transcreve em parte:
                                                      
                                                        Nota do MT.

                            O Ministério dos Transportes, esclarece "a pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte, em 2009 (e que foi citada como referência pelo candidato tucano), trata das condições de pavimento em uma extensão de 89.552 km, sendo que o resultado, referente a 60.784 km de rodovias federais nessa extensão, foi o seguinte: 94,3% não apresentavam buracos. Em 95,3% da malha, a condição do pavimento não obrigava a redução de velocidade. No que se refere especificamente às condições do pavimento das rodovias federais, a conclusão é a de que 88,2% das rodovias estão em condição regular, em bom ou em ótimo estado”.
                               Com relação às afirmações feitas pelo tucano sobre concessões, cabe corrigir:
“A rodovia Régis Bittencourt está toda duplicada em sua extensão de 400 km, à exceção de um segmento de 30 km na região denominada Serra do Cafezal, no estado de São Paulo, cuja demora se deve às históricas dificuldades para obtenção do licenciamento ambiental. Já a rodovia Fernão Dias não está fechada, como afirmou o candidato. Encontra-se com desvio de tráfego em um único ponto de toda a sua extensão (560 km), provocado pelo deslizamento de encosta, em conseqüência de fortes chuvas, que afetou as fundações de um viaduto, na altura do quilômetro 77 – obra construída pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo, portanto, sob a gestão do governo tucano. Ou seja, todas as rodovias federais concedidas estão em pleno funcionamento”.
                                  Por último, sobre a arrecadação da Cide, o Ministério esclarece que “a arrecadação dos recursos da Cide entre 2003 e 2010 (até junho) foi de R$ 54 bilhões e não de R$ 65 bilhões como afirmou Serra. Dos R$ 54 bilhões arrecadados, R$ 12,3 bilhões foram transferidos a estados e municípios por vinculação constitucional, restando para a União o valor líquido de R$ 41,9 bilhões. Desses R$ 41,9 bilhões, R$ 32,6 bilhões foram destinados ao Ministério dos Transportes, que os investiu em infraestrutura de transporte, conforme as disposições constitucionais. O restante dos recursos arrecadados foi aplicado na forma da lei pelos ministérios de Minas e Energia, Ministério do Meio Ambiente, das Cidades e Secretaria Especial de Portos. “Cabe registrar que apenas os investimentos em rodovias no período 2003-2010, independentemente da Cide, hoje já montam a R$ 34,5 bilhões e até o final do ano deverão superar o valor total da Cide que coube à União no período”.

Conclusão:

                           Os recursos da Cide estão sendo aplicados, como manda a legislação, não só em rodovias mas também em portos, ferrovias e hidrovias. A dimensão dos investimentos em rodovias e o satisfatório estado geral das mesmas derrubam a tese de subinvestimento nesta área e de que só os recursos da Cide seriam capazes de manter as estradas em bom estado. Para encerrar, A gente termina com uma pergunta: Como o Estado de São Paulo, que recebe uma média de R$ 300 milhões ao ano da Cide, aplica os recursos?.
(Parte deste texo extraída do Blog do Zé Dirceu).

                         De mentiras em mentiras e seguidos desmentidos, o Serra vai se encalacrando e vai caindo nas pesquisas. Já se desenha a vitória da Dilma Roussef no primeiro turno.

VHcarmo.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Algo mais é um conto...

                                Amigos, depois daquela apresentação do Caviloso na TV Globo, nada para amenizar um pouco a sua triste figura senão  com a estorinha ficcional, inocente,  que aí vai, ambientada na minha querida terrinha, Palma-MG.
                                                    O apelido
                                                      - conto-
A mulher do Juca, a Nenem, era brava e conhecida na Freguesia de Santa Rita da Meia-Pataca pelo se gênio estourado e pelo cortado que trazia o seu companheiro. Branca, de compleição forte , melhor dizendo: gorda e alta; contrastava com a magreza e a leveza do marido. Ele era moço, moreno narigudo, porém de feições agradáveis; amava o ócio e as aventuras amorosas. Era conhecido naquela Vila como o galanteador das damas, alcunha `que lhe pespegara o seu amigo de bar, o Agostinho Gotoso, pela lábia que ele usava em suas conquistas.
Apesar do rigor caseiro que lhe impunha a gorda Nenem, o Juca era assíduo freqüentador do Mato Dentro, lugar onde moravam e laboravam as raparigas dadas a assim chamada “vida fácil”. Algumas delas eram putas exclusivas dos fazendeiros e chefes políticos do lugar que as sustentavam e ninguém se atrevia a abordá-las, pois os seus “donos” poderosos eram temidos. As demais que não gozavam daquele privilégio eram disputadas pela rapaziada. A moçada que frequentava o lugar sabia com quem podia se meter. O Juca ia jogar a víspora na casa das raparigas e andava de “namoro” com a Nilzinha. Era uma mulata clara, alta, de corpo bem feito e de feições finas. O maroto largava pelo meio seu expediente na repartição e, em pleno dia o seu cavalo baio era visto amarrado no tronco em frente ao rancho da “namorada”. Dizia-se, à boca pequena, que ela era filha do pároco, padre Benedeto, tido na roda do Mato Dentro como amante da mãe dela, a Sá Clara que , já velha, dedicava-se à caftinagem. O padre negava a paternidade, mas era voz geral e por isso a Nilzinha escapara do assédio dos fazendeiros e políticos, que não queriam criar problema com o digno representante da Igreja. Os maledicentes daquele lugar, dito profano, diziam que o sacerdote era ainda visto, pelas madrugadas, saindo do rancho da Sá Clara. Os homens da Liga Católica e as beatas da Irmandade do Coração de Jesus não admitiam falar sobre o assunto.
A Neném não desconfiava do “namoro” do Juca, embora ele não tivesse lá maiores cuidados de evitar ser visto no Mato Dentro. Ele se misturava à rapaziada mais jovem e ali permanecia pela noite. Rolava dança, uma cervejinha e lá iam até altas horas. Ele se fiava no sono profundo da mulher que se deitava com as galinhas. Passado algum tempo, todo mundo na Freguesia sabia do caso do Juca, menos a Neném. Não tardou muito, porém, foram lhe contar. Afirmava-se que fora o próprio padre Benedeto que arrumou um jeito de fazer a notícia chegar à gorda Neném: “desejava melhor sorte à filha”, diziam. O Juca além de casado era, para o pároco, um grande pilantra. O padre alimentava o sonho de tirar a Nilzinha daquela vida e, quem sabe, casá-la com um fazendeiro. Claro que era tudo ilação porquanto o padre negava, peremptoriamente, a paternidade.
Ao saber do novo caso, ao invés de explodir, como era de seu feitio, a Neném se conteve. -“Ia pegar o malandro do Juca”, a seu modo. Numa bela noite em que o marido descuidado se demorava, a mulher deitou-se mas procurou não dormir, tarefa facilitada pela raiva que lhe invadia. Queria ver a hora que o malandro do Juca ia chegar . Rolava na cama o seu corpo gordo e permanecia acordada. O relógio-carrilhão na sala de jantar já entoara as badaladas sonoras da meia-noite. Neném já ia cochilando quando sentiu a porta da sala se abrir; despertou. Era o sedutor que chegava. De repente mulher sentiu que o Juca parou na sala de jantar. Como ele, por sua vez, não ouviu o costumeiro ronco da gorda, percebeu que ela estava acordada. O carrilhão naquele momento mesmo badalou duas vezes, duas da madrugada; o Juca assustado emendou mais dez badalas: bem, bem, bem..., esforçando-se para imitar o relógio. A Neném sacudindo o seu corpanzil saltou lépida da cama e num impulso correu para a sala e fez valer os seus punhos. Nem conversou: –“ Bém, Bém, não é seu malandro?” e meteu-lhe o braço. O boêmio livrou-se como pôde das pancadas fortes da mulher, implorando para ela não gritar; -“ Olha os vizinhos! ...bradava. O pilantra foi dormir com as orelhas pegando fogo.
Foi a própria Neném que, ingenuamente, se encarregou de contar às amigas o ocorrido. Daí, embora pedisse segredo, a coisa se espalhou por toda a Vila, como era de se esperar.
O Juca passou a ser conhecido na Freguesia da Meia-Pataca como o Juca Bem Bem, apelido que acabou assumindo, para evitar atritos com os conterrâneos e parceiros das noitadas. A mulher, coitada, pagando por sua língua comprida passou a ser conhecida e a ser chamada de Dona Neném Bem Bem. O Bem, Bem, colou-se, até, aos nomes da família do Juca e, os dois meninos, filhos do casal, eram chamados na Freguesia de Santa Rita : os Bem, Bem.
Passados alguns anos, poucas pessoas na Freguesia sabiam, e muitos não sabem até hoje, a origem do apelido que a família acabou adotando como nome próprio.
O Juca, envelhecido, acomodou-se e foi viver com a Nilzinha, para desgosto do velho pároco padre Benedeto, porém, a companheira se recusou a assumir o apelido.

(Conto extraído do livro “Memórias da Vila do Capivara).

VHCarmo.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Serra e mais um Ministério.

                             A gente tinha comentado aqui neste espaço o ridículo que foi a proposta que o Zé Serra fez perante uma platéia de portadores de deficiência física e mental. Se eleito ele iria criar o Ministério dos Deficientes Físicos. A coisa soou tão absurda que ele não teve coragem de  repetir no debate na TV Bandeirantes. Alguém deve tê-lo alertado. Num desses rompantes em que o Caviloso mente, ele afirmou naquele debate que o Governo abandonara as APAEs. A candidata se encarregou de desmentir a afirmação e  provar o contrário.
                                  A forma eleitoreira com que o Zé Serra enfocou o problema dos deficientes físicos e mentais motivou uma declaração indignada do pai de uma menina portadora da Síndrome de Dawn que a gente considera oportuno transcrever:

"Em mensagem enviada ao blog do jornalista Luis Nassif, um leitor de nome Carlos França, que se identificou como pai de uma menina portadora da Síndrome de Down, também repudiou as declarações de Serra:
                           "Sendo pai de uma menina especial, portadora da Síndrome de Down, senti asco e nojo do candidato Serra no debate. Esse candidato tentou explorar dúvidas de pais e amigos (quase toda a população) de pessoas especiais de como seria a melhor forma de educar esses cidadãos. A política de inclusão, do governo Lula, das pessoas especiais nas escolas públicas é correta: todos os brasileiros tem o direito à educação fornecida pelo estado. Às APAES não cabe a educação formal, mas complementar. Esse candidato, que espero que suma da vida pública, apenas lançou dúvidas, divulgou preconceitos e maledicências contra a inclusão de pessoas especiais na sociedade. Se antes eu apenas o desprezava, agora eu o combaterei. O meu mais veemente repúdio a esse candidato e à utilização eleitoreira, superficial, de um tema que merece um debate sério".
                               É deveras notável a mediocridade e o despreparo  do candidato da oposição, fato que impõe a gente refletir sobre a tarefa inglória da mídia para promovê-lo como sendo “competente” ou “aquele que pode mais”. Por isso é que os jornalões recorrem - continuam a recorrer -  aos mais abjetos meios para tentar alavancá-lo.    É uma tarefa difícil, apesar de tudo.
                               A oposição chega à  essa eleição sem o apoio de uma aliança de partidos sérios e tem como seu principal parceiro o DEM/Arruda, partido em extinção que lhe impôs um vice, em cima da hora, sem a mais mínima qualificação política e moral, por falta clara de outra opção. Os caciques fugiram e deixaram o Caviloso com o Índio sem apito.
                                 DILMA ROUSSEFF NÃO SURPREENDE POR SUA POSTURA TRANQÜILA E RESPONSÁVEL, POIS  FOI  O BRAÇO DIREITO DO GOVERNO LULA.
VHCarmo.