UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA.
Vislumbram-se
as eleições de outubro e nesta oportunidade a forma como a mídia conservadora -
jornais, Revistas , Rádios e TVs – começa a direcionar sua ação no sentido
de promover as forças neoliberais que se
escondem na oposição, embora ainda não se tenha decidido a quem apoiar.
Observe-se
que em nenhum momento a oposição política mudou o seu discurso no essencial,
continua no mesmo diapasão conservador. E o que parece novidade nada mais é do
que uma tentativa de escamotear o ideário neo-conservador.
O
que ressalta desde logo é a veiculação de análises francamente pessimistas da
política econômica atual, tentando disseminar um temor injustificável para o futuro do
país. A mídia se dispensa de analisar a
fundo as realizações do governo em favor das populações mais pobres e o resgate
de uma classe intermediária que começa a atingir níveis melhores de cultura, ensino
e saúde, inclusive em termos regionais.
Há
uma tentativa clara minimizar as conquistas promovidas pelos governos do
Partido dos Trabalhadores e prever um futuro de incertezas que não tem base
naquilo que realmente acontece no presente.
Vamos
a fatos concretos: a mídia parte de premissas falsas que se dispensam de analisar
e sobre elas montam seu discurso para atemorizar o público. Quem, nessa oportunidade, abrir os jornais vai ver
sustentado por todos eles que a inflação disparou.
Pois bem, a inflação NÃO DISPAROU ela se
encontra dentro da meta convencionada. A
meta não é o centro da meta e sim os seus limites inferior e superior. Estar
dentro da meta, ou seja, acima do seu centro ou abaixo dele, significa que a
inflação não disparou e que está dentro da meta. Mas, assustar o grande público é a intenção
do noticiário e também atingir o PT. Registre-se que nos governos Lula e Dilma
a inflação anual sempre esteve dentro da meta. Os repórteres correm aos
supermercados a apontar o crescimento do preço das hortaliças e do tomate (itens que variam de acordo com as variações climáticas). Chegam, a clamar criminosamente para as donas de casa fazer estoque para se
resguardar da “inflação em disparada” ...
O descontrole
fiscal dos governos do PT jamais existiu, ano a ano, fecha dentro da
normalidade e isto é reconhecido até pelos seus “especialistas” encomendados;
fato não muito comum em todo mundo. O
noticiário dos jornais, TVs e Revistas anunciam, então, um desequilíbrio
inexistente. Espalham o terror fiscal e “esquecem” até nossa reserva do Tesouro
beirando os 400 bilhões de dólares.
A
dívida interna, baseada em operações de títulos do Estado -natural e normal
antecipação de receitas - registra uma das taxas mais baixas do mundo, em torno
de 35% do PIB e, sublinhem-se: dívida totalmente em moeda nacional. Essa mesma dívida era totalmente dolarizada, no
governo FHC, e para se ter uma ideia, então ocasionada pela quebra de nossa economia, ultrapassava os 60% do PIB e estava em mãos de estrangeiros e
o FMI era acionado para controla-la e garanti-la. Vendia-se a nossa soberania a
preço de banana. Mas, a imprensa
assusta o grande público, afirmando agora que: “a dívida interna é escandalosa
e vai descontrolar-se”; mas não registra a sua segurança e grande aporte dos
títulos. No tempo de FHC era assunto proibido pelas redações.
O
desemprego atual que atinge os níveis
mais baixos no nosso país, tem sido motivo para uma insidiosa
argumentação que envolve inclusive os ganhos dos salários e do mínimo.
Segundo a mídia conservadora e oposicionista, o baixo nível do desemprego seria promotor de um consumo exagerado em prejuízo da
produtividade, pregando, em razão disso, a redução da massa salarial para
impulsionar o desenvolvimento. Em
outras palavras, a mídia prega o desemprego, a redução da massa salarial, a desvalorização
dos salários em geral e do salário
mínimo. Seria, para ela, a forma de alcançar um PIB mais elevado. Pergunta-se: em favor de quem e às custas de
quem?
O
desemprego na ordem de 12 a
15% aa. da era FHC levou o país a quebrar três vezes, aumentar a pobreza e submeter
a nossa soberania ao Fundo Monetário Internacional.
Transcreve-se,
por fim, um pequeno trecho
elucidativo da
Nota do Diretório Nacional do Partido
dos Trabalhadores (de 27 de janeiro de 2014):
“Nossos oponentes, amparados por grupos da classe dominante
inconformados com as mudanças do Brasil e perdas relativas de privilégios,
desencadearam contra o governo e o PT uma campanha inclemente. Investem no
descrédito do País no exterior; tacham nosso governo de intervencionista;
acenam com a volta da inflação (que está sob controle); prevêem retração no
mercado de trabalho (que continua a gerar novos empregos); apontam um
descontrole fiscal inexistente; vaticinam tendências de recessão e chegam a
torcer contra a realização da Copa do Mundo”.
PS:
Há no entanto uma evidente oscilação na atuação da mídia em
torno de seu apoio eleitoral, em face da cínica declaração do seu líder maior
(FHC) ao afirmar é que o importante é derrotar a Presidente Dilma, ou seja,
impedir a sua reeleição com qualquer candidato que tenha visibilidade e possibilidade, ao seu juízo naturalmente. .
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VHCarmo.