quarta-feira, 31 de março de 2010

Chegou a vez o Brasil na ONU ?

                    Sob o título acima o Jornal Zero Hora.com, de Porto Alegre, comenta:
                       "De simples insinuações a movimentos de campanha eleitoral, é cada vez mais palpável a possibilidade de o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva se candidatar ao cargo de secretário-geral da ONU. No final de semana ( 21.03), foi a vez de o jornal britâncico The Times publicar reportagem sobre a provável intenção do brasileiro de suceder Ban Ki-mon no comando das Nações Unidas".
                       Para o diário inglês, o estilo pessoal do Presidente e sua capacidade para manter relações amigáveis com todos os lados - com a China e os EEU; com o Irã e com Israel - elevou seu reconhecimento internacional.
                       Lendo esta notícia, somando-se a elas tantas outras que exaltam o nosso Presidente na imprensa do exterior, leva a gente refletir sobre as palavras ditas por Lula, recentemente, quando disse que as pessoas que vierem a ler as matérias dos nossos jornais atuais daqui a 30 anos, lerão uma grande mentira.    De fato, o que acontece com a chamada grande  mídia brasileira é, seguramente inédito; toda ela se manifesta, com regular unanimidade,  sempre contra Lula e seu governo e de modo, às vezes, irreverente e desrespeitoso.       Escuso-me afirmar , no caso, a máxima de Nelson Rordrigues que  "toda unaniidade é burra".         

Copiloto de poesia.

    Copiloto de poesia.

Meu copiloto de poesia
pousa tua pele macia
sobre o aerocorpo, pista, 
terra à vista. 
Minha Nossa Senhora da Guia
Minha Nossa Senhora dos Anjos 
e dos ventos 
cego não via: o mar
apaga os poemas 
escritos na areia 
e tal como os veleiros 
as paixões também 
são movidas a vento 
e passam. 

Ricardo do Carmo - poeta.
do livro Amor de Consumo.

terça-feira, 30 de março de 2010

Vejam só!

                Ao anunciar a prisão de executivos da Alston em Londres, o Wall Street Journal  informou que policiais suiços se reuniram com colegas brasileiros para tratar  de suspeitas de que, segundo o jornal, 6,8 milhões de dólares teriam sido pagos a autoridades  para a Alston ganhar um contrato de 45 milhões de dolares de expansão do metro paulistanto.   
         Esta notícia já havia aparecido, discretamente, na imprensa brasileira, envolvendo compras sobrevalorizadas de carros do metrô..     A importância da denúncia foi minimizada.  Funcionou a blindagem tucana.   Pelo que se sabe, nem a podridão da Revista Veja, tão diligente em acusar o governo Federal e o PT, falou do assunto.   Primeira página e destaques são dados a denúncias contra o PT e o governo, sem que se apontem provas.  Depois: fica por isso mesmo, ninguém desmente.
                        Na época dos 6,8 milhões de dólares da Alston  quem governava o Estado de São Paulo ? Ganha um doce quem responder certo. 

No programa " Territórios da Cidadania".

Trascrevo aqui, por emblemático, pequena parte do texto do jornalista Mino Carta na revista Carta Capital desta semana:

"Quarta-feira, ao falar em Brasília do programa Territórios da Cidadania, o Pesidente da República  disse: "Fico imaginando daqui a 30 anos, quando alguém  quiser fazer uma pesquisa sobre a história do Brasil  e sobre o governo Lula e tiver lendo determinados tabloides; ou seja,este estudante vai estudar uma grande mentira".
                "Diariamente, basta passar os olhos pelas páginas dos jornais que alguns teimam chamar de "grande imprensa , para tropeçar em editoriais, artigos, colunas e reportagens destinadas a demonizar Lula e condenar o seu governo".

                 É de se indagar: qual o interesse que move os jornalões ?  O seu  apoio explícito ao neoliberalismo se choca absurdamente com o que vem se passando em todo o mundo.  Nem a crise que se instalou nos paises desenvolvidos que se pautavam pela bíblia neoliberal, serve de lição. Nem as políticas anticíclicas que  levaram ao Brasil se sair bem dessa  grave crise, fazem os jornalões deixarem de sustentar o discurso do Estado mínimo e do "mercado desregulado".   Acho que têm saudades dos tempos em que sustentanvam os donos do Estado e, antigos anteparos da ditadura militar.  Excusado falar em interesses pessoais escusos.       

terça-feira, 23 de março de 2010

Quem foi o denunciante ?

O Doleiro,  elemento que a VEJA desenterra para tentar acusar o PT , é , nem mais nem menos  do que Lucio Funaro, o mesmo que, recentemente,  foi preso na operação Satiagraha com o banqueiro bandido  Daniel Dantas e Naji Nahas (belas companhias).  As acusações dele, em 2005, contra Vacari não foram acompanhadas de nenhuma prova e jamais foi intentada qualquer ação cível ou criminal contra o petista, tendo, então, atuado o Mininistério Público.   São as acusações do criminoso que servem de base aos ataques da Veja contra PT.  Por esta e outras que a chamada liberdade de imprensa às vezes  se torna : ditadura da liberdade de imprensa.     O promotor que serve à VEJA,  um tal de BLAT, cujo passado não recomenda segundo a própria VEJA, teve negada-- é bom repetir - a sua pretensão de atingir o PT.(ver matéria abaixo).     Com a proximidade das eleições as denúncias da VEJA vão pipocar; sempre procurando atingir o PT, Lula e Dilma.   Vai blindar o Serra.  Quem viver verá.    Não se deixem enganar.  
                                                      VHCarmo.

Patriotas americanos

Ainda mais uma vez a gente tem de destacar o caráter impatriótico assumido pela mídia na questão do Irã ( energia atômica)- Oriente Médio e Lula.   Na Folha de São Paulo desse Domingo (21.03) encontra-se com nitidez a posição da nossa imprensa sobre o caso Irã, em confronto com a imprensa de outros paises, até mesmo com a imprensa, americana e  com seus melhores pensadores. Enquanto aqui a imprensa e a midia em geral reprova o esforço da intervenção do Presidente Lula para conciliar e trilhar o caminho do entendimento, lá fora é, praticamente unanimidade, a aprovação do Presidente neste particular.  No artigo “Irã: Lula não deve ceder à pressão dos EUA” o intelectual americano Mark Weibrot do Centro de Políticas Econômicas em Washington termina seu texto dizendo  sobre a intervenção de Lula o seguinte:  “ O mundo precisa desse tipo de liderança - precisa seriamente dela”

                          Mark Weibrot  no referido texo contesta de modo veemente as afirmações do governador José Serra em artigo que fez publicar na Folha sob o título de “Visita Indesejável”, criticando o Presidente. Começa por contestar aquilo que Serra afirmou, ou seja que a eleição de Ahmadineijad foi “notoriamente fraudulenta”. A alegação, segundo o intelectual americano, é totalmente implausível, como sabe qualquer pessoa medianamente informada. A margem de vitória foi de 11 milhões de votos, confirmando as pesquisas anteriores e centenas de milhares de pessoas testemunharam a contagem. 
                                  À alegação de Serra que é governo do Irã é repressivo, segundo o intelectual,  não pode servir de base para o apoio aos EUA posto que os dos seus aliados no oriente médio, inclusive Israel, são tanto ou mais repressivos que o do Irã. Em resumo, diz ele: “Lula se reúne com todos os lados na disputa porque está tentando exercer um papel de mediador para impedir outra guerra desnecessária”.
                       Virando as páginas da mesma Folha de São Paulo se encontra o artigo subscrito pelo jornalista Jânio de Freitas, que desde o título ("Ambições presidenciais”), desenvolve argumentação diametralmente contrária ao do intelectual americano. Para o nosso jornalista, em resumo, a intervenção de Lula é inteiramente inócua e ele visa se promover. O que levou Lula a ir ao Oriente Médio, segundo Jânio, "nem foi uma idéia criativa que o ministro Celso Amorim cedo tratou de negar, nem foi a pretensão deslumbrada de projetar com sua lábia, efeitos racionais e humanitários no conflito”.O jornalista  desenvolve  argumentação no sentido de minimizar a intenção conciliatória de Lula, para atribuir-lhe a construção de sua ascensão pessoal. Chega a usar expressões pejorativas e chulas. Ataca em seguida a política externa do Brasil (do governo), evidentemente por ser ela independente. É a velha síndrome de vira-latas. Aliás, nossos jornalistas, salvo honrosas exceções, são mais patriotas americanos do que os próprios.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Pobres invadem Shopping (deu nos jornais).

Pobres não entram.

Não canto um canto só
Misturo vozes
vindas da história.
Dos desvãos sem cultos, 
tungados da vida.
Dos que vieram do fundo
da negritude.
Canto
emergindo fantasmas de solidão. 

Não canto um  só canto, 
embaralho tristezas,
que se prolongam na negação,
fechando  portas da cidade.

Um só canto,
uma única poesia. 
dos que não entram na cidade
enclausurada.

VHCcarmo.


quarta-feira, 17 de março de 2010

A Revista VEJA e o Promotor Bat.

A Revista Veja que hoje usa o promotor partidário político, José Carlos Bat,  como fonte, para acusar de irregularidades  a cooperativa Bancoop e seus gestores, em 2006 o acusou de desvios de conduta.  Segundo a Revista ele foi afastado do Grupo de Autuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) em 2004 , devido a uma investigação da Corregedoria do Ministério Público. As investigações, segundo a Revista Veja, apontaram irregularidades  nas suas ações contra desmanches de veículos roubados.   "Todo o estoque era apreendido e, em vez de seguir para a polícia, a maior parte das peças  era desviada  paa um depósito de terceiros".    (A Veja de 05.02.2006).  
                        Os acusados  e o magistrado que recusou o pedido do Blat  clamam por provas.     Dá para acreditar no promotor eleitoreiro ?   A Veja que o diga!    
                               (Ver  matéria completa no jornal HP de 17 e 18 de março de  2010).  VHCarmo.

Os grevistas (de fome) Cuba serão mesmo ativistas políticos?

Os dois principais grevistas (de fome) que a imprensa brasileira teima em dizer que são ativistas políticos contrários ao governo cubano, parece que, efetivamente, são dois criminosos comuns. Vejam só: Guilhermo Fariñas, apesar de estar solto, foi integrante do bando do traficante  Arnaldo Uchoa e tem sobre si várias condenações criminais (e não políticas). A primeira condenação foi em 1995, quando agrrediu uma fncionária de um posto de saúde onde trabalhava como pscicólogo.  A segunda, quando em 2002, agrediu outra pessoa idosa usando um bastão, tão fortemente, que tiveram de extrair-lhe o baço.  Foi condenado a 5 anos e 10 meses de prisão por um Tribunal da cidade de Santa Clara, desde então vem usando greves de fome para libertar presos.  Cumpre pena em liberdade desde 2003.    O outro Orlando Zapata, morto há alguns dias em conseqüência de uma greve de fome, era um preso comum que iniciou sua atividade criminosa em 1988. Foi julgado e condenado pelo delito de "violação de domicílio" (1993), "assalto a mão armada' e "lesões com porte de arma branca". Posto  em liberdade condicional no mês de março de 2003, dez dias depois cometeu novo delito e voltou para a cadeia. 
                         Dá, agora,  para entender as palavras finais da  declaração do Presidente Lula, ou seja:       " Imagine se e todos os bandidos presos em SP entrarem em greve de fome e pedirem liberdade ?".        
                             A "comparação" com militantes políicos não existiu a mídia forçou a mão para  atingir o Presidente.  .
                                                    VHCarmo.    

segunda-feira, 15 de março de 2010

       GUERRA                    

Meus vizinhos
cumprimentam-se de manhã,
disputam durante todo dia
sem saber que disputam. 
 À  noite
vitoriosos e derrotados
jogam cartas juntos 
sem saber por que se odeiam. 

Enviado pelo poeta Ricardo do Carmo. 

É PRECISO CUIDADO AO LER NOTÍCIAS


É preciso ler a imprensa com as devidas cautelas para a gente não ser levado a fazer juízos injustos e malévolos. Especialidade da mídia, em geral, é de conduzir o pensamento do leitor, ouvinte ou tele-expectador para adotar a opinião dela. A imprensa divulgou uma declaração do Presidente Lula sobre a prática da greve de fome. Depressa a mídia passou a divulgar que Lula havia feito comparação do dissidente cubano com bandidos de São Paulo. Abandonou a “greve de fome” e propagou a "comparação" que não houve. O presidente disse simplesmente para o entendedor sem preconceito, que “greve de fome” não se presta a protesto: nem político nem criminal. O Ministro das Relações explicou com simplicidade e diretamente: “O Presidente se referiu à greve de fome, não fez comparações”. O porta-voz do Planalto em seguida foi incisivo: “O Brasil mantém relações com os governos e não com dissidentes”.  Se há uma grave injustiça que se faz ao Presidente é insinuar seu apoio a ditaduras; ele tem se pronunciado sempre a favor da Democracia que sustenta no país como exemplo. 

A MÍDIA BRASILEIRA SE CALA.

Em face disso impõe indagar: a nossa mídia, que se mostra em relação a Cuba tão zelosa, já, de algum modo, se insurgiu contra o bloqueio que os EEUU impõe contra aquele país, por mais de trinta anos, tentando sufocar o povo daquela pequena ilha ? Não seria isto um grave atentado aos direitos humanos? E sobre os presos mantidos na própria Cuba, em Guantânamo, pelos americanos, sem sequer terem o direito universal de se socorrer da Justiça? E sobre o massacre da população civil do Iraque, sob o falso pretexto da existência de armas nucleares – como se manifesta nossa imprensa? A invasão do Afeganistão com seguidos massacre de civis (mulheres e crianças inocentes) sob pretexto de terrorismo, não suficientemente provado, não causa horror a nossa escrupulosa mídia? E mais, para terminar o que seria uma extensa lista de agressões aos direitos humanos sobre os quais nossa mídia se cala: os contínuos massacres dos palestinos, por Israel, em seu território, no Líbano, na Síria e, sobre a trágica invasão da Faixa de Gaza com uso da bombas de fósforo, matando milhares de civis, incluindo mulheres e crianças indefesas e até membros da ONU ? Onde estava a mídia que se calou? Só fez noticiar; nem um comentário; nenhum protesto! Ora, os jornalões e as Revistas estão mais preocupadas em derrubar a popularidade do Presidente e impedir a eleição de Dilma; é o vale tudo!
                                  . Por sinal, hoje, Lula está visitando o oriente médio em missão de paz, dando continuidade à nossa política externa de não ingerência em assuntos internos dos outros paises.

sexta-feira, 12 de março de 2010

O promotor partidário se deu mal.

Não deu outra: o Juíz Carlos Eduardo L. Franco, considerou como "contaminados " pela política eleitoral,  os pedidos de bloqueio e outras impertinências  feitos contra a Boocop pelo promotor (partidário) José Carlos Blat, .  Exigiu dele aquilo que a gente comentou, ou seja,  especificar as acusações, trazer, afinal, provas.     O vedetismo do promotor salta aos olhos e o pior: a sua falta de escrúpulos. Não fica bem um membro do MP se prestar ao papel de cabo eleitoral da oposição. A inventada ligação com  o PT, segundo o Juiz, é de competência da Justiça Eleitoral.  O promotor revelou, em princípio,  uma certa ingenuidade ao embarcar na matéria propagada pela Revista Veja que, todo mundo sabe, não tem a mínima isenção quando ataca o governo e o presidente.    Bom lembrar que a Editora Abril ( leia-se VEJA)  fechou um nebuloso contrato com o governo José Serra para fornecer material didático à Secretaria de Educação  do Estado de São Paulo.  Fica a lição: a missão  do Ministério Público não pode ser submetida aos interesses de facções políticas.        VHCarmo.      

quinta-feira, 11 de março de 2010

A privataria tucana

A PRIVATARIA DO ZÉ SERRA CONTINUA.


                  Os funcionários da saúde pública do Estado de São Paulo não se conformam com a privatização do sistema e se encontram em estado de Greve. O projeto que vem sendo implementado pelo governo é deveras perverso. “Entregar a saúde pública para a iniciativa privada é um projeto perverso. O governo do Estado desqualificou os funcionários e colocou um pessoal totalmente destreinado nos serviços. Fato é que esse Governo privilegia os ricos, em detrimento dos mis pobres que mais necessitam do SUS. A privatização que o Serra fez em São Paulo não é sequer fiscalizada”.; acusou o presidente do SindSaude, Benedito Augusto, em relação à entrega de hospitais públicos à organizações privadas, as chamadas OSS, “ Organizações Sociais de Saúde”. (HP de 11.03.2010 –pg. 5).
                     O povão do Estado de São Paulo vem sendo vítima da desregulamentação neoliberal do PSDB, comandada pelo governador. A saúde privada capitaliza a catástrofe da saúde que deveria ser gerida pelo Estado.

OS PROFESSORES VÃO À GREVE EM SÃO PAULO.

              Além do nebuloso contrato feito pelo Serra com a Editora Abril do suspeitíssimo I. Civita e da sua não menos suspeita revista VEJA, envolvendo mais de R$3,5 bi para editar livros e material didático do Estado, o Serra cuidou de usar a Revista na sua campanha eleitoral. Por sinal, ela que jamais veicula matéria contra o caviloso, já começou a veicular denúncias irresponsáveis contra o governo federal, o PT e a sua candidata. Os jornalões e a Veja não dão publicidade à greve dos professores; blindam o governador.

                  Os mestres buscam, com a greve, melhores salários.   Estudo do Sindicato dos Professores e Servidores do Ceará ( vejam só ! ), atesta, numa Tabela de Classificação dos salários-base por Estado ( 40 horas semanais) que o do Estado de São Paulo, governado pelo tucano Zé Serra é o que paga o menor salário-base, ou seja, R$ 1.515,53, menor que o do Acre, Roraima, Alagoas e outros.
Aliás, o Governador implementa aquilo que denomina “valorização do professor”, ou seja, um conjunto de medidas que fragmentam a categoria, quebram a carreira do magistério e institucionalizam a competição entre os professores, desrespeitando a isonomia salarial assegurada na Constituição Federal.
                                                       VHCarmo.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Os jornalões continuam ...

                       Este escriba já vinha alertando que, tão logo aproximassem as eleições, ia começar o bombardeio da mídia contra o governo, o PT e a sua candidata. Não deu outra!. São sempre as mesmas fontes: a Revista Veja, o Globo, a Folha de São Paulo e o Estadão.
Enquanto as pesquisas mantinham o caviloso Zé Serra na frente, sem ser ameaçado, os jornalões se mantinham, mais ou menos, na deles. Agora que o jogo está virando, parece que entraram no desespero. De uns quinze dias para cá começaram a inventar e desenterrar denúncias já superadas, por falta de novidade.
Reparem só:

O assunto Banccop (Cooperativa Habitacional dos Bancários). Problema de 2007. Até hoje não existe inquérito policial, ação criminal ou cível em curso. Um boquirroto, membro do Ministério Público do Estado de São Paulo, levianamente deitou falação na TV, citando nomes como se tivessem havido um crime, um desvio de dinheiro publico e chega a falar em cifras ( milhões). Ora, o MP., não é, legalmente, um órgão de investigação direta neste tipo de procedimento que cabe à polícia judiciária (Estadual ou Federal). O promotor pode acompanhar a investigação e nela promover e, após, denunciar ao Juízo competente, se for o caso. É inteiramente fora da ética pronunciar na mídia sua opinião particular. Em boa hora o PT ingressou no Conselho Nacional do Ministério Público com representação contra o promotor político-partidário e falastrão. Não há sequer um fato concreto: são apenas suposições.

O pãosinho mais caro!                    O Globo, com evidente intenção de jogar o governo contra a opinião pública, lançou em manchete a notícia de que o direito às retaliações que a OMC outorgou ao Brasil, vão causar o aumento do preço do pãozinho. Maldade: o Ministro da Agricultura, em entrevista, chamou isto de “terrorismo”. Explicou: o Brasil importa do EEUU., apenas 5% do trigo que consome, facilmente substituídos pela Argentina, Canadá e outros paises. Dá até pra desconfiar do patriotismo dessa gente.

A Ministra inflou!
                         O  mesmo Globo, ainda em manchete, afirma que a Ministra Dilma inflou o investimento programado pela Petrobrás de 75,5 bilhões de reais para 80 bilhões. Ora, são simples dados, esclarecidos imediatamente, pela empresa. O jornal diz que a Ministra “obrigou” a Petrobrás a vir a público corrigir a previsão. O jornal insinua que ela queria se promover, Vê-se que já começa faltar assunto.
.
A "AGU" INFORMOU.
                        O negócio da Eletronet foi lançado pela podridão da Revista Veja. Este é um assunto relativo à campanha do 2002, levantado agora com intenções nitidamente eleitorais para tentar lançar suspeita sobre o governo. Explica-se: em 1999 o governo privativista do rancoroso FHC alienou a TELEBRÁS, num negócio escuso, para a Eletronet que, em seguida faliu. Esta empresa fora beneficiada na privatização com os cabos óticos da Telebrás privatizada. O Juízo da falência mandou entregar ao governo a rede de cabo-óticos, dispensando-o de caução. Estes cabos é que vão ser utilizados pelo governo, ao qual, portanto, já pertencem, para a execução do chamado Plano Nacional da Banda Larga. A compra da massa falida, ou seja, suas dívidas, orçadas em R$ 800 milhões de reais, nada implica no lançamento do plano. A Advocacia Geral da União (AGU) já expediu nota explicando tudo isto. A Revista e a oposição fingem que não tomaram conhecimento, e procuram criar uma ligação inexistente entre o Plano e a assistência profissional que José Dirceu vinha dando ao comprador em seus negócios, havia cerca de dois anos antes, em torno de R$ 20 mil, por mês. Maldosamente a revista fala como se ele tivesse recebido R$ 650 mil de uma só vez para fazer um “loby” que, afinal, ela não explica como foi que esse loby se deu, pois os cabos já não pertenciam à massa falida adquirida e o Plano ainda não foi operado.

Conclui:
                É  lamentável que a mídia esteja a serviço das elites atrasadas do país que não se conformam em terem perdido o controle do Estado e do Governo. Como se vê, eles agem sem a menor ética, aproveitando-se da chamada liberdade de imprensa que se volta contra a verdadeira liberdade de informação.  
                                                   Faça como Lula, escolha DILMA.

segunda-feira, 8 de março de 2010

A mídia golpista se prepara para atacar!

Rio, 4/3 e 5/3/2010

SENHORES DA MÍDIA

"O crescimento da candidatura de Dilma
preocupa donos dos veículos de comunicação
Tem que haver um trabalho a priori
contra isso, uma atitude de precaução
dos meios de comunicação. Temos que
ser ofensivos e agressivos, não adianta
reclamar depois”.
A frase, segundo matéria
publicada no site Carta Maior
(http://www.cartamaior.com.br/), é do cineasta
 dublê de jornalista da TV Globo
Arnaldo Jabor, referindo-se a necessidade
da grande mídia iniciar uma campanha
contra a candidatura de Dilma
Russef (PT) a presidência da República.
Esse foi o tom predominante nos discursos
feitos durante o 1º Fórum Democracia
Liberdade de Expressão, organizado
pelo Instituto Millenium, na última
segunda-feira, dia 1º de março.
A conservadora entidade é conhecida
por ser defensora de valores neoliberais
como a economia de mercado e o
direito à propriedade, e tem entre seus
conselheiros alguns dos mais importantes
proprietários de veículos de comunicação
no Brasil, como João Roberto Marinho
e Roberto Civita.
DISCURSO GOLPISTA
Segundo alguns dos participantes do
evento, “se Dilma for eleita o stalinismo
será implantado no Brasil”. O discurso
anti-sindical e que dissemina o “medo
do comunismo” lembra a campanha da
direita golpista que derrubou o expresidente
João Goulart, em 1964. O
golpe foi apoiado pela maioria desta
mesma imprensa burguesa que fala
tanto em liberdade de expressão.
O sociólogo Demétrio Magnoli, conhecido
pela crítica que faz às ações
afirmativas, como as cotas para negros
nas universidades, afirmou que o PT “é
um aparato controlado por sindicalistas
e castristas, que têm respondido a suas
bases pela retomada e restauração de
um programa político reminiscente dos
antigos partidos comunistas”. O intelectual
não esconde sua preferência. “Se o Serra
ganhasse, faríamos uma festa em termos
das liberdades. Mudaria muito em relação
à liberdade de expressão. Mas a
perspectiva é que a Dilma vença”, alertou.
O “filósofo” Denis Rosenfield disse que
o PT “é um partido contra a liberdade de
exspressão”, referindo-se a defesa que o
partido faz do controle social da mídia.
O MEDO DA DIREITA
O crescimento da candidatura de
Dilma Roussef promoveu um princípio
de crise no PSDB. O outro temor das
elites refere-se ao próprio setor da co
municação social. O monopólio sente-
se ameaçado pelas idéias de democratização,
como a criação de uma agência
reguladora do setor audiovisual, do Conselho
Federal de Jornalistas, o controle
social dos meios de comunicação social
e o apoio à imprensa alternativa. É bom
lembrar que estes e outros itens foram
debatidos na Conferência Nacional de
Comunicação, apoiada pelo governo Lula
e algumas dessas idéias estão previstas
no 3º Programa Nacional de Direitos
Humanos (PNDH).
A Conferência, realizada no ano passado
teve a participação da sociedade
civil e de profissionais de jornalismo e,
como já era de se esperar, foi boicotada
pelos donos dos veículos de comunicação.
Na verdade, os senhores da mídia
esbravejam em nome da liberdade de
expressão, mas o que eles temem mes-
                                                             
FATO E VERSÃO
mo é a democratização do setor. Eles já
não têm o mesmo poder de manipulação
do passado, como na época em que criaram
e elegeram Collor de Melo, em 1989,
a partir do mito do Caçador de Marajás,
slogan de campanha criado pela
Revista Veja. Não é por acaso que Reinaldo
Azevedo, colunista da mesma revista,
admitiu no encontro do Instituto
Millenium: “A guerra da democracia do
lado de cá está sendo perdida”, disse,
num tom de desespero.

(Dilma Roussef cresce na preferência
dos eleitores, segundo dados de todos
dos institutos de pesquisa de opinião.
Os donos dos veículos de comunicação debatem estratégias
para atacar a candidata petista ).

sábado, 6 de março de 2010

O homem virtual (poema ) - enviado por Ricardo do Carmo.

O homem virtual.


Como dentro do lar
Coubesse a terra toda,
navego um mar de arquivos
e mundos aparentes.

Sou de todos os lugares
menos de mim mesmo.

Eu não me concluo
e, fragmentado,
cada pedaço meu
é um inimigo.

Atravessando rios
que não molham,
chão que não piso
gente que não sinto
(lágrimas de cristal líquido),
vivo o que não vivo
como foda em fada.

E falando nisso
a minha namorada
é o meu computador.
o mause
a extensão do meu carinho.

São tantas opções de sexo
para uma masturbação perfeita
que, sobre o teclado,
minhas mãos queimam excitadas.

E gozo de vocês todos.
gozo desse mundo
que já não é tão grande assim
e cabe dentro do meu silêncio.

Navegando essa nau online
persigo meu artificial destino.
Como diriam antigos navegadores:
Navegar é preciso
Viver não é preciso.

                                   Ricardo do Carmo – poeta escritor.

sexta-feira, 5 de março de 2010

A herança do FHC.

Nas festividades, em Belo Horizonte, pelos 100 anos de Tancredo Neves, o caviloso José Serra disse, em discurso ali proferido, que o PT e o governo atual se aproveitaram do legado deixado pelo governo do pernóstico FHC, apenas dando continuação ao que fora até então realizado. Ele mentiu. Este tem sido o discurso dos adeptos de sua candidatura, apoiada por Fernando Henrique.


Ao assumir o governo, o Presidente Lula encontrou aquilo que se convencionou chamar, com muita razão, a “herança maldita”. Vejamos alguns dados: a dívida externa decuplicara, a dívida interna de 30,5% passou a 60% do PIB em 8 anos; o dólar se aproximava de R$4,00; a inflação, se anualizada, se aproximaria dos 40%, (em dezembro de 2002 bateu 12%); o crédito não dava para cobrir as exportações; as transações correntes eram deficitárias; as reservas do Tesouro mal chegavam aos 17 bilhões de dólares; os salários dos funcionários públicos e das estatais estavam congelados; o salário mínimo atingiu o seu nível mais baixo da história bem como a renda média do trabalhador. Ao apagar das luzes do governo FHC, o FMI fez ao país o maior empréstimo feito, até então, a qualquer nação, cerca de R$ 30 bilhões de dólares para, literalmente, evitar a quebra total. Para autorizar o empréstimo o FMI teve que obter o aval do governo eleito de Lula que, no entanto, impôs como condição não aceitar a intromissão do FMI, daí por diante, nas decisões de ordem econômica do seu governo. Fica claro que Serra mentiu, pois ele teve ciência, à época, da situação do país e da herança que ficaria para o novo governo.

O chefe do FMI, então, Höst Kohler após, cerca de um ano da posse do Presidente Lula, retornando ao Brasil, ele que apostava que a equipe econômica patinaria feio e sequer saberia lidar com a crise, assim se manifestou: “Eu confesso que nossa equipe não acreditava que fosse dar certo – ele se abriu com toda franqueza - Nós resolvemos apoiá-lo até porque não havia outra coisa a fazer. Mais a equipe (do FMI) estava muito pessimista. Agora no entanto vejo que vocês estão vencendo a crise e que o caminho traçado vai dar certo. Tenho que admitir isto”. (Sobre formigas e cigarras. A Palocci – pg. 50).

                                                    O Serra mentiu!.

quarta-feira, 3 de março de 2010

O poeta Drumond.

Meditação do poeta Drumond.

               Naquele calçadão que parece sempre tão novo em listras ondulantes já desfilaram os revoltosos de 1922 que habitavam o Forte insurgente de Copacabana. Tenentes armados de fuzis e coragem, contestando governos, buscando novos caminhos. O “Tenentismo” liberal apoiado pela Escola Militar do Realengo inicia ali a fazer história. Os ainda jovens Eduardo Gomes, Siqueira Campos, Newton Prado e outros passaram garbosos pisando as listras da calçada até serem derrotados pelo General Potiguara que a história quase esquece.

              Gente de todas as raças, cores e credos, passando desde muito tempo, a olhar o mar quase sempre manso, beijando as pedras do Arpoador, num vai e vem constante. Aquelas pedras da calçada são as mesmas que se deixaram e se deixam pisar por pés felizes e infelizes, portadores de gente comum e de poderosos; de mulheres belas e feias; de meninos e meninas que sobre elas dormiram e dormem sonos tóxicos, alheios ao futuro de que não cogitam. Pisam-nas os mansos, os estressados do cotidiano e os contadores de histórias.

               Calçada, calçadão onde passeiam as prostitutas nas noites breves, escancarando o corpo seminu e os esgares de seus rostos pintados em exagero, a mercadejar o sexo.

               Hoje habita ali também um poeta; com um ar meditativo, incompreensivelmente sentado de costas para o mar que amou. Inerme, inerte e sem a inspiração que o gerou, o poeta se volta para os que passam. Todo vestido de bronze ouve a todos paciente e a alguns poucos convida para sentar ao lado e cochichar poesias inaudíveis, fazer confidências improváveis, receber carinho e tapas amistosos.

               Pelas madrugadas, tanto nas noites de estrelas e luas em que seu bronze se veste de sua poesia, como nas chuvas mansas e nas tempestades imerso na solidão, o poeta projeta sua figura metálica na impassível contemplação do mundo que o deixou.

                O versejador de bronze parece gostar da conversa dos loucos, de todos os gêneros, pois “de poeta e louco todos têm um pouco”. Talvez quem sabe, nas madrugadas, ele se levante daquele banco duro, onde o sentaram incomodamente de pernas cruzadas, e caminhe pela calçada ondeada, abraçado aos seus doidos e a cortejar as putas: por pura poesia.

                 Quando brilha o sol e a praia se inunda de gente, o pobre poeta parece esquecido e quem, ao seu lado senta, apenas descansa e talvez nem saiba que ali está aquele que cantou a vida e amou a natureza e o seu “mar de longo”.

                  Alhures, do outro lado do mesmo oceano, ao curso do Tejo, outro poeta -- que a língua portuguesa exaltou -- senta-se também em bronze à mesa de um bar. Dois destinos de poesia; dois cantos da “última flor do Lácio inculta e bela” que ecoam pelos tempos afora.

                  Caminhante do calçadão, pisa de leve as pedras ondeadas do poeta; se puder: beija-lhe as faces bronzeadas e deixa-o em paz na companhia das madrugadas e no longo silêncio de seu meditar poético. Relembra a caminhada dos heróis tenentes que buscaram a partir dali, daquela listras no calçadão, o caminho que, ao fim, resultou no descaminho do Estado Novo. O destino em tortas linhas substituiu a força das armas pelo poder imortal da poesia.
                                                                    VHC.

Os movimentos sociais e a democracia.


03.03.2010.
      Está se disseminando entre nós a  intolerância para com os movimentos sociais e as reivindicações ligadas à posse da terra e a questão racial. O DEM se socorre, seguidamente,  das vias judiciais para tentar  barrar todas as ações afirmativas.  Há em voga uma mistificação, quanto à equidade e a igualdade estabelecidas na Constituição brasileira.  O artifício se prende em dar ênfase à igualdade formal, em que se propõe serem todos iguais perante a lei  para frustrar a primazia das oportunidades e equidade  na questão social em que se inspira o texto constitucional.   Igualdade concreta impõe  tratar de forma desigual os desiguais.  Tanto na questão das cotas para negros  e índios nas universidades, quanto na questão da propriedade da terra o que muitos pretendem é a aplicação da igualdade em seu aspecto simplesmente formal que, evidentemente,  privaria as classes sociais de estrato mais baixo bem como aos negros da oportunidades de ascenção social.  
                     Transcrevo: "A democracia perde toda a força e se torna um instrumento de gestão política nas mãos dos poderosos se ela não for fortemente ligada aos movimentos sociais populares, se ela não representar as demandas e protestos daqueles que são dominados pelas elites que se abrigam sob um princípio  impessoal de racionalização e ordem"  (Alain Touraine - Pourrons-nous vive emsamble? -Egaux etdifferants" - pg. 315).

terça-feira, 2 de março de 2010

Magistratura (conto)

A Magistratura.

( conto)

“Texto de ficção; alguma analogia com fato real será mera coincidência”.

O rapaz era mesmo dotado de uma inteligência privilegiada. Era daqueles a quem se costuma atribuir um alto QI. Nicolas vivia no seio harmonioso de uma família de classe média de Cascadura; mulato, filho de uma mãe branca e de um pai negro. Estudioso além de inteligente. Os cursos fundamental e médio fizera com distinção no Colégio Artes e Instrução, antiga escola suburbana por onde passaram ilustres personagens da cidade do Rio de Janeiro. Na Universidade, na Faculdade Nacional de Direito, sobressaiu-se no estudo das letras jurídicas, francamente elogiado pelos mestres.

Desde menino o Nicolas tinha uma verdadeira obsessão: haveria de ser juiz; dizia para quem quisesse ouvir – “eu vou ser Juiz”. O pai, Camilo, advertia ao filho das dificuldades de ingresso na magistratura. Além da natural dificuldade do concurso, pesava contra ele a cor, dizia o pai. Era mulato escuro com muita honra, mas, teria que enfrentar o preconceito contra os negros no concurso, ainda que disfarçado. No Tribunal do Estado do Rio, como de resto nos demais tribunais, juizes negros são raros e, normalmente, não ascendem à segunda instância, não se tornam nem desembargadores, nem ministros das instâncias superiores. Ao alerta do pai ele, enfaticamente, respondia

- “pai, eu vou enfrentar todas as dificuldades; eu quero ser juiz e vou ser, já me imagino vestindo a toga”.

No primeiro concurso programado pelo Tribunal, após a sua formatura, o Nicolas se inscreveu. Estudou com afinco e, para assegurar-se de algum risco, freqüentou um curso de atualização em matérias nas quais se julga menos preparado. A prova escrita lhe pareceu fácil, tal o preparo que tinha. Conferido o gabarito, errara apenas uma questão cujo valor era meio ponto. A nota máxima era 10 e o Nicolas ficou com 9,5. Era esperar, então, para a prova oral e o chamado teste de impressão pessoal. Eufórico, Nicolas já se antevia presidindo uma audiência, prolatando uma sentença.

O dia da prova oral, como soe ser sempre, enche-se o salão nobre do Tribunal de interessados e parentes para assistir as provas. A banca de desembargadores e procuradores estava, naquele dia, composta da mais fina flor dos operadores do direito.

É bom que se diga que a prova oral tem sido a oportunidade em que se exerce o preconceito, não só o da cor, mas também da origem do candidato. Diz-se, à boca pequena, que esses concursos são seletivos, ou seja, neles se selecionam os candidatos que vão perpetuar as castas que compõem os tribunais. Ao exame das listas dos magistrados que aparecem nas revistas dos Tribunais se podem verificar nomes familiares em profusão: avô Ministro, filho Desembargador, neto juiz, por ai afora.

O Nicolas era tão brilhante que superou tudo isto; não foi possível embaraçá-lo, por mais difíceis que fossem as questões que lhe foram propostas pela banca. Diga-se de passagem: houve entre os assistentes uma certa estupefação. “O negro é bom, mesmo”, comentava-se em voz baixa, com admiração. Faltavam, para a aprovação final, os testes de impressão pessoal. Seria a última barreira a ultrapassar pelo mulato escuro.

O Nicolas não passou pelo teste e, como sempre nesses casos, as razões não foram comunicadas ao examinado, embora todos as adivinhassem. Apenas um examinador, aproximou-se dos pais do Nicolas e se disse constrangido pelo resultado; foi só.

Aquele foi um dia de consternação para a família do rapaz; o pai e a mãe, que tanto temiam por aquele momento, de tudo fizeram para amenizar a profunda decepção do rapaz. Durante dias inteiros Nicolas se manteve calado, num canto de seu quarto, com o olhar fixo em um ponto indefinível; algumas lágrimas, às vezes, rolavam de seus olhos.

O mulato escuro nunca mais abriu um livro. Depois de algum tempo sumiu da casa dos pais. Camilo o procurou por todos os locais previsíveis em que poderia estar; não o encontrou. Além da decepção os pais passaram a sofrer a ausência do filho querido. Como ele chegaram também a sonhar vê-lo de toga um dia.

Alguns anos se passaram. Depois de uma batida policial na favela de Manguinhos, os jornais anunciaram em manchetes: – “Preso o traficante Nick”, e com o subtítulo: “o bandido mais perigoso e mais procurado das favelas do Rio de Janeiro”. Seu Camilo ao ver na televisão aquele homem algemado, não conteve o choro, abraçado à mãe, viu seu filho negro que sonhara um dia um sonho impossível: o de ser juiz.
                                  VHC.

Mais ataques.

02 .03.2010.


AGORA O ALVO É O COORDENADOR DA CAMPANHA DA MINISTRA DILMA

Mais uma manobra – também visando a candidata - acusam o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, após tanto tempo de sua gestão, de que teria superfaturado contratos para pagar propaganda do PT, isto após terem sido as suas contas aprovadas pela Justiça Eleitoral. Como sempre, falam sobre contas que “teriam” sido irregulares, sem discriminá-las e provar. É de se indagar: por que atacam o ex-prefeito Fernando Pimentel ? Simplesmente porque é ele o coordenador da campanha da Ministra Dilma. Querem, desde logo, colocá-lo sob suspeita.

A gente já vinha prevenindo, nas nossas “ligeirinhas”, que ao se aproximarem as eleições recrudesceriam os ataques e falsas acusações. Já começou.

Amigo(a), v. já reparou o tratamento “brando” que a mídia dá aos escândalos do DEM ? O Governador está preso. O prefeito de São Paulo está cassado (usando efeito suspensivo da sentença). O Senador do PSDB, Eduardo Azeredo, e seu séquito de fraudadores se tornaram, mais uma vez, réus por improbidade, em Minas Gerais. Fica tudo meio escondido.

O Governador Arruda era a preferência dos tucanos para ser vice do Serra. Aliás, o Serra, ao discursar numa cerimônia ao lado do Arruda, lançou o refrão: “votem num careca e ganhem dois”. A coisa parece que está ficando feia e Serra, segunda a VEJA, está querendo sair fora dessa.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Zé Dirceu de novo.

Amigo(a),



REINVENTARAM O ZÉ DIRCEU.



Na proximidade das eleições presidenciais em que se evidencia, pelas recentes pesquisas Data-Folha, a possibilidade maior da ministra Dilma Rousseff vir a ser eleita presidenta, a mídia se agita e volta a atacar.  Incapazes de injetar dinamismo na candidatura do caviloso José Serra, que anda caindo pelas tabelas, os jornais e as Revistas iniciam as acusações contra o governo e membros do PT, para atingir a candidatura da Ministra.

O primeiro bode expiatório da manobra é o ex-deputado José Dirceu, que a Revista Veja intitula de cara ser “o maior lobista do país”, mas não cuida de provar. Embora, tanto o ex-ministro como o governo, tenham esclarecido que os cabos óticos da falida Eletronet (beneficiária da privataria da era FHC), foram transferidos ao governo atual por decisão judicial , inclusive com a dispensa de caução, a mídia continua a afirmar que teria havido benefício de um ex-cliente do ex-ministro, mas não lhe dão espaço para contraditar as acusações. O cliente de José Dirceu simplesmente não se beneficiou da falência da empresa, pois o dinheiro arrecadado mal dá para cobrir o devido aos credores da falida. Tudo isto sob o comando do Juízo Falimentar. Quando os jornais e as revistas falam em R$ 620 mil, se “esquecem” de explicar ao leitor que esta quantia se refere à renda de sua firma de consultoria relativa a dois anos, 2007 a 2009. Por trás disto se esconde o interesse das empresas que querem impedir a extensão e a democratização do uso da “banda larga” em favor do povão, em prejuízo do monopólio que exercem. Demais, como candidata Dilma está ligada ao sistema elétrico na sua origem, visam naturalmente atingi-la com essas acusações que ficam no ar.