UMA
REFLEXÃO NECESSÁRIA.
O escritor Fernando
Veríssimo resumiu muito bem o momento político nas manifestações dos coxinhas,
do dia 16 de agosto, com uma frase
lapidar: “Eles são contra o Lula, a Dilma
e o PT, mas não dizem do que são a favor”.
Faltou à sucinta
análise do Escritor notar a natureza
heterogênea daquelas manifestações e, principalmente, da sua ausência de qualquer relação com os movimentos sociais de todos os
matizes.
De fato, as
manifestações, daquele dia, não tiveram respaldo em nenhuma organização civil e
de quaisquer categoriais sociais organizadas.
Os Sindicatos ( e a sua maior confederação, a CUT),
o MST, os Empresários por suas Associações e Representação, o Sistema
Financeiro, a OAB e a UNE, vieram a público manifestar sua discordância quanto
aos objetivos veiculados pelos coxinhas, ou seja, contra a sua
tentativa de promover a ruptura da legalidade, um Golpe.
A repercussão das
manifestações do dia 20 – em favor da legalidade e do governo - foi claramente
diminuída e escondida nas notícias e na exibição
televisa pelos órgãos da mídia golpista, mas levaram milhares de pessoas do
povo às ruas, comprometidas com a defesa da Democracia e “Contra o Golpe”.
Gente do povo foi às
ruas no dia 20, onde se encontraram os negros, os pobres, os operários, os
estudantes, as mulheres operárias, as donas de casa, suas bandeiras e
reivindicações democráticas. Era a cara
do País, bem diversa da massa branca da Avenida Paulista e alhures, que a mídia
alimenta em seus discursos carentes de objetivos e as suas expressões de ódio e
agressões generalizadas.
A promoção do Golpe
branco vem perdendo substância embora, alguns setores inconformados ainda
sonham com ele, como é o caso do Aécio Neves e seus comparsas, perdedores das
recentes eleições.
O Senador mineiro, por sinal, vai velozmente
se tornando uma figura menor ainda daquela que sempre foi, ou seja, um pleiboizinho do
Leblon que se criou sobre a imagem do avô, que era um conservador, mas um político
respeitável.
Não fora a clara e estranha proteção que lhe dispensam Aécio deveria estar
no rol dos processados por corrupção, já denunciada pelos delatores da “Guantânamo” de Curitiba.
Agora, com a nítida
baixa dos discursos do ódio golpista - a manifestação do dia 16 mixou -, surgiu,
paradoxalmente, o discurso do chamado “Acordão”. Isso representaria – para os golpistas - uma manobra
do governo e do PT, para fugir do golpe e aliar-se às forças conservadoras. Mas, apontam, apenas, um dos lados que teria firmado o tal acordo, o
Governo; mas como disse o imortal
Garrinha,: “já falaram com os russos?”. qual seria o outro lado? Contra esse inventado “Acordão” os golpistas deixam
claro que se frustraram, prefeririam, mesmo, era o golpe, mascarado em
impeatchman expresso na manifestação odiosa e nitidamente elitista do dia 16 de
agosto.
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participar do governo com as suas sugestões. Isto é Democracia. www.dialoga.gov.br
VHCarmo.