domingo, 28 de novembro de 2010

2 TÓPICOS - DROGAS E MARINA...

                       A violência, provocada pelo tráfico de drogas em algumas regiões da cidade do Rio de Janeiro, impõe uma reflexão sobre o problema das drogas, buscando suas raízes próximas e remotas.
                        A gente sabe que o problema da droga é mundial e integra paises produtores, paises de trânsito e consumo e de paises consumidores. Há uma íntima conexão entre os agentes criminosos nos três estágios. Pode-se afirmar que se não houvesse consumo as demais raízes do tráfico deixariam de existir. O que é óbvio. A produção visa ao consumidor e os meios de a droga chegar a eles.
                          O combate às drogas, como se vê, é muito complexo, pois o simples combate aos pontos de fornecimento e venda  ao consumidor não tendem a resolver o problema de forma definitiva, dada a mobilidade dos agentes que distribuem o produto, a continuidade do abastecimento da droga e a persistência dos níveis de consumo.    Claro está que o combate à distribuição é essencial à manutenção de níveis aceitáveis da ação criminosa, mas não o suficiente para extingui-lo.
                           Indaga-se: como os grandes estoques de drogas e armas chegam aos pontos de distribuição? Quem viabiliza o transito desses estoques até os pontos de oferta aos consumidores? Quais os caminhos utilizados? Como os consumidores chegam até os pontos de venda?
                             As áreas urbanas mais vulneráveis são, naturalmente, as mais pobres e carentes de infraestrutura e, no caso do Rio de Janeiro, as favelas que se situam, em grande parte nos morros ou em suas adjacências, facilitando aos agentes distribuidores a defesa do território, entrincheirados nas elevações.
                             Na ponta inicial, o fornecimento, se situam agentes poderosos que escapam da vigilância social e policial, pertencendo a poderosas redes internacionais. Os caminhos que percorrem os estoques, apesar do combate internacional, levam os agentes criminosos a atingir os pontos de distribuição nos mais remotos destinos, onde se servem dos extratos mais pobres das populações das favelas, no caso do Rio, onde promovem “chefes” aos quais se subordinam os chamados “aviões”, que por sua vez, praticam o comércio de varejo das drogas e, ao mesmo tempo, servem de soldados (fortemente armados) no enfretamento das autoridades policiais. Esses pseudos chefes, muitas vezes até presos, conseguem manter sua autoridade em face dos que os servem, homens jovens em sua maioria, miserávies, maltrapilhos, descalços, portando, estrnhamente,  armas caras e importadas.
                                 Nessas regiões se formam núcleos que tendem, na ausência da autoridade do Estado, a gerir a vida comunitária, dominando o território, mediante força e ameaças.
                              Assim se completa o ciclo, mantendo as origens da droga, quase sempre , fora do questionamento.
                               O combate ao fornecimento e aos veículos do trânsito das drogas, têm se mostrado insuficientes e envolvem políticas antidrogas internacionais e forças policiais externas e internas (nossas Polícia Federal e Estaduais, etc.).
                               O aperfeiçoamento e a maior eficiência desse combate deveriam resultar, à evidência, numa melhoria geral do problema o que até aqui não acontece. Os exemplos do México e da Colômbia são particularmente exemplares, pois esse tipo de enfrentamento não vem dando melhores resultados, causando um número exagerado de mortes de pessoas inocentes não envolvidas no processo.
                                  Resta o combate, que ora se trava no Rio,  contra a ocupação do território de venda e distribuição da droga e a extinção da dominação dos agentes criminosos nas respectivas comunidades.
                                O que se questiona, neste momento, é se a retomada do território de dominação e distribuição da droga, pelos criminosos, por si só, determinará o fim do problema. É uma questão instigante.
                              É claro que a retomada não resolverá definitivamente a questão, mas é essencial na medida em que restabelece a autoridade do Estado comprometida, retirando os marginais de sua base territorial e promovendo ali a volta da cidadania dos moradores.
                              A alegria manifestada pelas comunidades livradas da presença dos criminosos traficantes é significativa da importância das ações atualmente promovidas pelo Estado e o Governo Federal (através das forças armadas) e devem, de fato, ser comemoradas por todos. Essencial, porém,  é o prosseguimento da instalação das UPPs nas comunidades pobres, mantendo fora do controle dos  marginais.
                             Mas, de qualquer forma, a questão das drogas continua sendo um mal terrível que atinge a sociedade humana de uma forma inédita e grave desafiando a capacidade de todos paises para solucioná-la.

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                                   E A MARINA SILVA ?                                     
                     Passados, agora, mais de vinte dias da eleição presidencial, ainda causa uma certa perplexidade o que repreentou a candidatura da ex-Ministra Marina Silva.
                      A gente estranhava, já naquela época aqui nesse espaço, que a sua candidatura era apoiada , em vários Estados, por políticos do PSDB e do DEM que sempre foram conhecidos por apoiarem os setores mais reacionários dos ruralistas, inclusive a Senado Kátia Abreu e també conhecidos desmatadores.
                       O discurso ecológico permaneceu, na campanha, como algo que não se discutiu a fundo, embora o PV o tivesse  como o ponto mais relevante de seu programa.    A chamada onda verde - que a rigor jamais aconteceu - foi um simples pretexto que acabou levando a eleição ao segundo-turno e aí,  naquela oportunidade, a candidata, acossada, pela direita, não teve a coragem de se definir, permanecendo num incômodo “em cima do muro”.
                              Depois de usada, a candidata foi “esquecida” e jogada fora.
                             Segundo se sabe agora (notícia do deputado Chico Alencar –PSOL-RJ), na prestação de contas da campanha da Marina perante o TSE, se encontraram grandes “contribuições de empresas conhecidas pelo impacto ambiental que provocam: fertilizantes, sementes transegênicas, mineradoras, papeleiras e construtoras”.
                               Fica absolutamente claro que a Marina (pobrezinha!) foi usada pela direita na tentativa de barrar a candidata do governo.
                              Seria por ignorância ? Seria por ingenuidade? Seria por ter renunciado à sua ideologia ambiental ? Sei lá!
                              Por fim, indaga-se ainda: aquela gente que se serviu dela vai lhe dar algum cargo; alguma compensação?
                     Marina cometeu um suicídio político, levada pela sua imensa vaidade.

VHCarmo.


terça-feira, 23 de novembro de 2010

A FOME NOS ESTADOS UNIDOS...

                                  A fome foi sempre um problema de país pobre. No governo Lula o Brasil se tornou o campeão mundial no  combate  à fome, título que lhe outorgou a ONU. 
                                  Agora a fome atinge os Estados Unidos que, vêem o problema agravar-se com a crise neoliberal.      Com o desemprego em alta e as perspectivas mais sombrias para a sua economia, a fome aumentando se torna um fator de desagregação social grave para os americanos.
                                  Visando a reativar sua economia, os EEUU desvalorizam o dólar, causando evidentes reflexos negativos na economia mundial, tentando transferir o ônus de sua crise.
                                A última reunião do G20 autorizou os demais paises usarem os recursos de defesa de sua economia contra o que se passou a chamar de "guerra cambial", em atendimento à proposta levada naquela oportunidade pelo Brasil, que já vem implementando algumas medidas  como a majoração dos índices na taxação de ingresso de capitais no país. Esperam-se que outras medidas, se necessárias, venham a ser implementadas na defesa de nossa economia.
                            A gente transcreve, abaixo, um texto que expõe a gravidade do problema da fome no país mais poderoso do mundo e de certa forma cala a boca de tantos que cultivam, basbaques, uma veneração por tudo que de lá emana.

                                 “FOME nos EUA atingiu 50 milhões de pessoas durante o ano de 2009.
                         Enquanto isso, o Fed libera mais US$ 600 bilhões aos bancos ao invés de recursos para programas sociais e geração de empregos.
                                      O número de norte-americanos que dependeram de forma permanente de alimentos distribuídos por programas federais (conhecidos como food stamps – cupons de alimentos) duplicou em 2009, em relação a 2007, chegando a 6 milhões. O número de norte-americanos que passou fome em algum momento no ano passado, chegou a 50 milhões, realidade que atingiu 17,4 milhões de lares daquele país, ou 15% do total de residências.
                                      Os dados são do Serviço de Pesquisa Econômica do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, sigla em inglês) e foram divulgados no dia 10.
                                     Desde que estourou a crise provocada pelos bancos, o governo dos EUA colocou à disposição destes mesmos bancos oficialmente – através do chamado QE1 (primeiro “afrouxamento monetário” - uma verba de US$ 1,75 trilhão. Há alguns dias, o Fed (banco central) anunciou uma nova superemissão, o QE2, de US$ 600 bilhões.
                                   Esse dinheiro não tem nenhum efeito, como observaram vários economistas, na expansão do mercado interno. Antes do anúncio da emissão de mais US$ 600 bilhões, os bancos já estavam com um “excesso de reserva” de US$ 1 trilhão. O crédito está paralisado, pois ninguém se apresta a tomar empréstimos, já que todos estão endividados - o endividamento das famílias, sem contar as empresas, equivale a 100% do PIB, ou seja, algo em torno do monstruoso valor de US$ 13 trilhões.
                                    Certamente, para reanimar a economia dos EUA seria necessário uma política contra a monopolização do dinheiro pelos bancos, com a redução das dívidas de consumidores e empresas, além de medidas emergenciais contra o desemprego – e de desestimular as multinacionais de instalarem suas fábricas no exterior, o que, desde 2007, redundou na destruição de 10 milhões de empregos. Em suma, um novo New Deal, tal como na época do presidente Franklin Delano Roosevelt.
                                     Mas o caminho seguido pelo governo Obama tem sido o oposto: empoçar dinheiro nos mesmos bancos que causaram a crise, o que teve como resultado a elevação do desemprego, que hoje atinge 17,5% dos trabalhadores nos EUA, a quebra dos Estados, que demitiram em massa seus funcionários públicos e a queda ou manutenção da produção em patamares medíocres. Os bancos expropriam a poupança da população - milhões de casas foram açambarcadas através de despejos – e usam o dinheiro para especular em países onde os juros estão mais altos que nos EUA.
                                   Em suma, o mercado interno – o emprego e os salários – é achatado em prol desse sistema financeiro meramente parasitário (se é que tal expressão não é uma redundância). A orientação da política econômica não é para o investimento em produção e infraestrutura dentro do país, mas fazer com que dobrem as exportações, ou seja, que o mundo inteiro compre o dobro dos produtos norte-americanos. É passar as exportações norte-americanas do atual patamar de US$ 1,57 trilhão, para US$ 3,14 trilhões em 2014. O que implica, evidentemente, em desvalorizar o dólar – daí as gigantescas emissões de dólares - para que a invasão de produtos americanos conquiste espaço destruindo com a produção local dos países invadidos ou substituindo a importação vinda de outros países.
                                    Por outro lado, a principal medida que o Departamento de Agricultura tomou não foi para aliviar a fome, mas para deixar de mencioná-la. Agora, os 15% do total de lares nos EUA que foram atingidos pela fome em algum momento de 2009 passaram a ser denominados de “alimentarmente inseguros”...
                                 Os lares que passaram por esta situação aumentaram em 4 milhões (em 2007 foram 13 milhões), um aumento de 30%.
                                 No entanto, a fome aparece em seguida, no informe do Departamento de Agricultura, exatamente onde se admite que não há uma política de combate à fome, mas, no máximo, o que antigamente, no Brasil, era denominado “o sopão”: “Os programas de assistência nutricional permitem o acesso aos que estão em estado de necessidade crítica, mas tratar a fome pela raiz exige uma estratégia mais ampla”.
                                 Os níveis da fome medidos pelo informe são também os mais altos desde o ano de 1995 quando a pesquisa foi instituída.
                                  O informe também destaca que as crianças são protegidas da fome mesmo nas casas necessitadas – onde adultos deixam de comer para que as crianças comam - mas existe uma parcela de lares em que mesmo as crianças enfrentam fome. Segundo os dados do departamento, esses lares se aproximam dos 600 mil em 2009, enquanto que os lares nos quais as crianças estiveram expostas constantemente à fome em 2007 foram cerca de 320 mil. Enquanto que 17 milhões de crianças viveram em condições de escassez de alimentos. Isso significa 22,5% das crianças do país, quase uma em cada quatro, também aí um aumento com relação a situação de 2007: 4 milhões de crianças a mais do que naquele ano.
                                     O número de jovens que passaram o ano de 2009 encarando a fome passou de 700 mil em 2007 para 1 milhão e cem mil.
                                     Já o papel reservado ao departamento encarregado de evitar a fome no momento atual não é muito alentador, é só ver as palavras do secretário do Departamento de Agricultura, Tom Vilsack, “o papel do USDA – junto com nossos parceiros – é garantir que os indivíduos não caiam pelos buracos”.

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A gente levanta as mãos para os céus e dá graças pelo povo brasileiro ter rejeitado nessas eleições o núcleo neoliberal, encabeçado pelo PSDB/DEM, adepto da política do Consenso de Washington que levou o mundo desenvolvido à crise mais severa dos últimos em anos e o agravamento do problema da fome.

VHCarmo.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O que pretende o Partido dos Trabalhadores.

                           Com a incontestável popularidade do Presidente Lula, não só no Brasil como internacionalmente, a mídia tem se voltado contra o Partido dos Trabalhadores, atribuindo-lhe, absurdamente, o caráter autoritário e, pasmem, ser ele contrário à liberdade de expressão, quando propõe a democratização da comunicação social,  atualmente mopolizada por alguns grupos no país.
                              É claro, a mídia omite o simples fato de que o PT está no governo da República há quase oito anos e que este período da vida política do país é, inquestionavelmente, exemplar no respeito às liberdades fundamentais e tem garantido o exercício pleno da cidadania.  As eleições recentes o comprovam. Foi a ocasião em que se assistiu o maior bombardeio contra o governo, com recursos os mais escusos usados pela oposição, pela mídia em geral e especialmente pelos jornalões  e seus colunistas sabujos, sem, no entanto, lhes ter sido oposta qualquer restrição.
                               A oposição desfigurada e marcada pela campanha eleitoral odiosa que fez, tem tentado propagar, através dos jornalões, das TVS e Revistas, uma divergência inexistentes entre os partidos que apoiaram a candidatura da Presidente Dilma Rousseff. A tática consiste em anunciar pressões de determinados núcleos partidários para obtenção de cargos e comemorar uma divisão mais desejada por eles do que, de fato, existente.
                             Ora, a formação do novo governo compete a todos os partidos coligados para a eleição vitoriosa que, naturalmente, vão compor o comando do executivo. Não poderia ser diferente. Todavia, cabe naturalmente ao Partido dos Trabalhadores e o ao PMDB uma posição de destaque na ocupação dos cargos, pois o obtiveram maioria pela vontade do povo manifestada livremente nas urnas. É do jogo democrático.  Qualquer governo tem necessidade óbvia de sustentação política.
                          O Diretório Nacional do PT, comemorando a vitória nas urnas emitiu a nota que a gente transcreve abaixo, onde se dá ênfase ao caráter democrático e progressista do partido e a expressão de sua responsabilidade perante a nação brasileira que lhe conferiu a vitória nas urnas.

                           “Diretório Nacional do PT aprovou em reunião realizada nesta sexta-feira (19), em Brasília, resolução política com análise da vitória alcançada nas eleições 2010 e alerta o conjunto do partido a respeito dos grandes desafios que o país tem pela frente.


 

                                      Uma grande vitória
                                A força do povo foi o fator determinante da vitória de 31 de outubro.
                              A direção nacional do Partido dos Trabalhadores saúda os milhões de brasileiros e de brasileiras, especialmente as centenas de milhares de ativistas dos partidos e movimentos sociais, que saíram às ruas para eleger Dilma e evitar a volta das forças do atraso, com seu discurso raivoso e de extrema-direita.
                            A eleição de Dilma Roussef garante a continuidade e o aprofundamento das mudanças iniciadas com a eleição de Luis Inácio Lula da Silva em 2002. A escolha de uma mulher para o principal cargo do país constitui, em si, um símbolo desta transformação.
                          Além de eleger Dilma, o PT passou a ter a maior bancada da Câmara, com 88 deputados, e aumentou de oito para 14 o total de senadores. Juntos, os partidos que apoiaram nossa candidata construíram maioria nas duas casas. Nos Estados, a base elegeu 15 dos 27 governadores, dos quais cinco do PT.
                          A companheira Dilma recebe um país muito diferente daquele que Lula encontrou em 2003. O Brasil de hoje superou a estagnação e retomou o crescimento, combinando-o com a inclusão social e a distribuição de renda. Mudanças que ocorreram em clima de fortalecimento da democracia.
                       Apesar disto, não nos devemos deixar dominar por um otimismo irresponsável que nos impeça de ver e, sobretudo, enfrentar os grandes desafios que ainda temos pela frente, entre os quais destaca-se o objetivo determinado por Dilma: eliminar a pobreza absoluta do país.
                        O Partido e o Governo deverão dedicar uma especial atenção à evolução da situação internacional, dominada por grandes incertezas no plano econômico e político, dos quais a “guerra cambial” é apenas um dos sintomas.
                         No plano interno, está colocada a urgência da reforma político-institucional e da democratização da comunicação. Caberá ao partido, ainda, ajudar na renovação da cultura política do país. Respeitando a liberdade de imprensa e de expressão, o PT tem de realizar um debate qualificado acerca do conservadorismo que se incrustou em setores da sociedade e dos meios de comunicação. Medidas essenciais para superar o descrédito de amplos setores de nossa sociedade para com partidos e instituições.
                         Ao PT caberá a complexa tarefa de ser a principal força de sustentação do Governo Dilma, ajudando a organizar e ampliar a participação da sociedade, especialmente a juventude, em favor das demandas democrático-populares.
                           Cabe ao partido, respeitando convicções religiosas e ideológicas, enfatizar o caráter laico do Estado brasileiro, defendendo todos aqueles segmentos da sociedade que foram e são historicamente discriminados.
                             Como partido de esquerda e socialista, caberá ao PT continuar defendendo sua plataforma congressual, para que o Brasil continue avançando e se consolide como uma democracia moderna, soberana, economicamente sustentável, e que permaneça como referência para todos os que lutam por um mundo mais justo, mais democrático, mais fraterno, menos desigual e sem preconceitos.

                                 No limiar de um novo período de nossa história política, o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores celebra o Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva como responsável pela mais profunda transformação de nossa história recente. Está seguro de que a obra destes últimos oito anos terá continuidade e grandes avanços nos próximos quatro anos, com a intensa participação do povo brasileiro.

Brasília, 19 de novembro de 2010.
Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores.

VHCarmo.

domingo, 21 de novembro de 2010

A Folha chegou atrasada.

Paulo Henrique Amorim escreveu na sua "Conversa  afiada".

Serra cortou os pulsos hoje de manhã, ao abrir o jornal de sua predileção.

                                 Lamentavelmente, diria a Marina, a Folha se atrasou ao ter acesso aos documentos que os torturadores redigiram sobre a Dilma. 
                                  Isso nas mãos do Ali Kamel, já pensou, amigo navegante ?
                                 Uma semana antes da eleição no segundo turno, já imaginou como estaria o semblante do Bonner ?      “A candidata Dilma Rousseff guardava o arsenal da guerrilha sanguinária !”, diria ele.
                                    Além de tudo, o Serra, também conhecido como Padim Pade Cerra, tem azar.
O que a Folha vai ajudar a fazer, porém, é construir a história de uma democrata.
                                  Como a Bachelet do Chile, Begin de Israel, e o maior de todos, Nelson Mandela, Dilma participou da luta armada.
               Ela estava do outro lado ao do pai do Otavinho.
                            O pai do Otavinho entregava os carros de “reportagem” aos torturadores.
                                                       Dilma era torturada.
Porém, Dilma atravessou a ponte e ajudou a construir a democracia.  Trajeto que o filho ainda não fez, de corpo e alma.

                              Nesta nossa sub-democracia (e é “sub” porque, entre tantos motivos, o PiG (partido da imprensa golpista) é tão forte), nesta nossa sub-democracia, um dos fenômenos mais eloquentes de amadurecimento foi, precisamente, a capacidade de o sistema partidário convencional incorporar os lideres guerrilheiros.
                            A democracia brasileira – tão fraquinha, como é - pôs para dentro da Constituição – tão imperfeita, como é – aqueles que, um dia, com coragem e destemor foram para a luta armada para derrubar os usurpadores e torturadores.
                           A Folha deveria incumbir seus colonistas (***) da página 2 de escrever sobre a conversão de Dilma à democracia.         E mais: à democracia que inclui, que põe para dentro do sistema capitalista os miseráveis que o “Brasil de 20 milhões” (onde habitava o pai do Otavinho) preferiria ignorar.
                  E o mais fascinante de tudo: a Dilma depôs as armas (ou o código, como prefere a Folha) e ganhou o jogo mais importante da democracia: se tornou presidente da República por 56% a 44%.
                            A Folha é que tem um encontro com a Justiça, se a Dilma quiser. Que é provar que a ficha “falsa” da Dilma é verdadeira.
                                        A Folha tem mania de “ficha falsa”.  Ela vai tentar vender aos leitores que aquilo que os torturadores dizem da Dilma é verdade.  É a farsa dentro da farsa.    Ou a farsa dentro da ignomínia.
                                             Coitado do Padim Pade Cerra. O Otavinho chegou trinta dias atrasado.

                     A Eliane Catanhêde vai pedir o terceiro turno.


vhcarmo.





sábado, 20 de novembro de 2010

Zumbi e Tiradentes são herois da pátria...

                      “É IMPOSSÍVEL O BRASIL SER DEMOCRÁTICO SEM SUPERAR O RACISMO”.
                           (Zulu Araújo - arquiteto, professore emérito e Presidente da Fundação Palmares).

                            A nossa verdadeira herança maldita foi a escravidão negra que durou mais de 400 anos no Brasil. As suas seqüelas perduram e devem, infelizmente, perdurar por algum tempo.
                            A integração do negro na sociedade e na economia, bem como aos bens de consumo materiais e culturais têm sido muito lentos, pois todos os movimentos no sentido da sua integração social  têm sido barrados pelas nossas  elites atrasadas.
                             A gente não pode responsabilizar totalmente os brancos de hoje, mas também não pode esquecer que muitos deles cultuam, ainda que de forma disfarçada, preconceitos inaceitáveis, dificultando o processo de inclusão dos negros.
                             A abolição da escravatura não propiciou aos negros um caminho de realização pessoal e familiar ( com famílais desmembradas pelos senhores). O país, então, os abandonandonou à sua própria sorte, encaminhando-os aos guetos, tornou-os integrantes maiores da pobreza e do lupem.
                              Todos os movimentos no sentido da integração do negro na sociedade  foram sempre recebidos com reserva e mesmo tachados de insurgência e,  até,  combatidos com violência.
                               Ao a serem livrados compulsoriamente  da escravatura, os negros foram substituídos, no trabalho, por imigrantes europeus e asiáticos pobres, mas que aqui mereceram outro tratamento como trabalhadores livres, lhes sendo propiciada as condições de  ascensão social, negada ao negro.
                              É emblemática a questão das cotas nas universidades e, sobre isto, a gente transcreve a pertinente observação do Professor Zulu Araújo:
                           “A presença dos negros nas faculdades brasileiras sempre foi ínfima. Com as Cotas Raciais e o Pro-Uni, que existem desde 2003, houve entrada de mais negros no ensino superior do que no período entre 1808 a 2002”. “Não acho que a população seja contra as cotas.
Numa pesquisa 68% das pessoas são favoráveis às cotas. Mas um articulista da Folha de São Paulo, disse ao comentar a pesquisa: “ainda temos tempo de mudar essa situação” (ou seja: acabar com as cotas)                            “Apesar de haver um bombardeio nos últimos anos de todos os grandes órgãos da imprensa contra as cotas, neste ano (2010) a pesquisa deu que 66,5% das pessoas continuam favoráveis a elas. Isto não é divulgado. A população não é contra as cotas. Quem é contra é uma classe média e uma classe alta que se consideram herdeiras divinas dos privilégios e da melhor parte da sociedade”.
                                        Acrescentem-se a isto que vários mitos foram destruídos, ou seja: aquele de que as cotas iriam reduzir a meritocracia nas universidades: restou comprovado que a maioria absoluta dos alunos cotistas é superior ou igual à média; a evasão escolar é menor, mesmo vindo da base mais frágil do que as do não cotistas; não houve caso conhecido de tensão racial nas faculdades.                Nada daquilo que previam aconteceu, portanto.
                                            "Há dados relevantes a considerar, ou seja, há atualmente aproximadamente 400 mil negros no ensino superior, ou seja, daqui a 4 anos teremos esse pessoal disputando o mercado de trabalho em iguais condições com os demais".
                                          É preciso lembrar que a inclusão social dos negros é um imperativo para o país prosseguir no seu caminho de crescimento com o respeito à democracia, pois o contingente de negros, mesmo sem aumento vegetativo da população negra nos últimos 10 anos, aumentou para 52%. A sua integração impulsionará o crescimento em benefício de todos.
                                          O Brasil, como vaticinou o prestigiado antropólogo Darcy Ribeiro, tornar-se-á, então, um país de um “povo novo”, cujas características são inéditas no mundo e cuja mestiçagem o tornará exemplar como uma civilização moderna, multirracial e multicultural nos trópicos.
                                 Neste dia em que se celebram Zumbi dos Palmares e a Consciência Negra, cabe-nos, a todos, pretos, brancos, mestiços  evocar o exemplo do Zumbi, aquele negro que enfrentou a violência branca colonial e viu martirizarem-se cerca de 20 mil negros, num verdadeiro holocausto, para a época e, por isso mesmo, nos deixou o exemplo de amor à liberdade.
                    “Ou a questão étnica é resolvida do ponto de vista cultural e social, ou ela explode de maneira trágica, como na África”(são palavras do arquiteto e emérito professor negro Zulu Araújo).
                               
                                  Juntamente com Tiradentes, Zumbi é o personagem mais importante da vocação libertária do nosso povo.
                      Hoje também é  para comemorar o "DIA DA PÁTRIA".
VHCarmo.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Dois tópicos: 1. Diamantina - 2. G 20 e o Brasil.

                              Esse escriba esteve ausente deste espaço em viagem a Diamantina (MG), a passeio.  A sensação que se tem naquela bela cidade mineira é tão envolvente e especial que a faz merecer ser revisitada para uma estadia mais demorada que, certamente, ele terá que fazer.
                              Patrimônio Cultural da Humanidade, a cidade de Diamantina é uma  importante parte viva da historia de nosso país, plasmada não só na sua ambiência arquitetônica - do belo casario colonial - em contraste com o áspero solo pedregoso do Vale do Rio Jequitinhonha no setentrião de Minas Gerais, como nas marcas vivas do passado que se respiram no ar em suas ruas, becos e ladeiras.
                             Lá tudo evoca a história de antigos mineradores cujos nomes não registra, como daqueles tropeiros que ali chegaram a escavacar o Tijuco e fazer assomar o brilho dos diamantes que foram enfeitar os reis e rainhas da Europa distante e brilhar no colo da Xica da Silva, a mulata que dominou o senhor do fisco da coroa portuguesa, que, em 1734, veio interromper a aventura livre dos tropeiros com o severo Centro Político Administrativo do Distrito de Diamantina e o monopólio do “Contrato e o Contratador”, de 1739.
                             Arte irradiada das ruas, janelas e interiores das igrejas coloniais, ricos de barroco e rococó, a cidade é, em si mesma e a um só tempo, palco e platéia de privilegiados.
                              Diamantina não parou no tempo, pois transitam por suas velhas artérias o sangue novo de gente que freqüenta sua universidade e escolas, produzindo ciência e levando alegria nas suas vacâncias de fim de semana e dias santos, povoando os bares intimistas, cercados pelas vetustas paredes de onde porejam a tradição.  Desfile, também, de gerações daqueles que mourejam e não abandonam a sua terra boa e generosa.
                              É cidade de 1838, mas foi antes Arraial do Tijuco no longínquo 1734.
                              Uma estátua interrompe em  doce harmonia – em contraste absolutamente novo – a velha praça do Foro; é a imagem do criador de Brasília, o nosso eterno JK, cuja casa simples onde nasceu pontua ladeira acima entre casario colonial.
                               Declarar amor à primeira vista e a todas as vistas a Diamantina é, antes de tudo, ver no velho Arraial do Tijuco, o Brasil em sua essência histórica e atual, espancando os vaticínios pessimistas, apontando para seu inelutável destino de grandeza que estamos buscando.

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2.                           O texto abaixo transcrito leva à reflexão e, mais uma vez, revela a preocupação do Presidente Lula com o Brasil, sem subserviência e falando com a autoridade que a grandeza e a independência que o país conseguiu em seu governo.
                     Assim como os americanos gostam de pensar neles, precisamos pensar e defender os interesses do Brasil”, disse Lula.
                                 O   presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na quinta-feira (11), em entrevista coletiva em Seul, Coreia do Sul, que “o dado concreto é que o dólar não pode continuar sendo a única moeda referência, se ele é feito por um único país”. “Não é mais o ouro que é o padrão, é o dólar. Então, é preciso que tenha outras possibilidades de referência, até porque países que têm altas reservas como a China, como o Brasil, nós ficamos dependendo da política de um país de valorizar ou não as nossas reservas. Então, essa é uma discussão que tem de ser feita. Podem os Estados Unidos não gostarem? Pois nós temos que fazer essa discussão. Temos que fazer, porque nós temos que pensar... da mesma forma que os americanos gostam de pensar neles, nós precisamos pensar no Brasil e defender os interesses do Brasil, do comércio brasileiro e da moeda brasileira”, declarou.
                                 O presidente Lula defendeu alternativas ao dólar como moeda de referência global e lembrou que os países que compõem o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) já estão debatendo o assunto. “Desde o ano passado, estamos chamando o BRIC para substituir o dólar nas transações. É um trabalho de convencimento”, comentou.
                                 Na sexta-feira (12), em discurso na reunião de cúpula do G-20 (grupo dos 20 países mais ricos do mundo), Lula criticou os governantes que tomam decisões unilaterais sem antes pensar na repercussão de suas ações nos demais países. Ele se referiu à decisão do Federal Reserve (Banco Central norte-americano) de despejar US$ 600 bilhões na economia através da compra de títulos públicos. A medida já está provocando uma desvalorização do dólar, prejudicando as exportações do Brasil e de outros países.
                              “Não existe nenhuma possibilidade de nós não compreendermos que não existem mais decisões unilaterais na economia mundial se a gente não levar em conta as repercussões nas outras economias”, afirmou. “Qualquer decisão que a gente irá tomar terá efeitos imediatos nos países vizinhos. Agora, imagine potencias econômicas como a União Europeia, os Estados Unidos e a China. Não há medidas unilaterais sem levar em conta a repercussão no restante do mundo”, acrescentou.
                                Na véspera (quinta-feira), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, havia defendido a derrama de dólares anunciada pelo Fed. “A melhor contribuição ao crescimento mundial que os EUA podem dar é uma economia sólida”, argumentou. A decisão do Fed e a defesa de Obama foram recebidas com duras críticas por vários países, que consideram a medida como uma manobra para desvalorizar artificialmente o dólar e beneficiar as exportações americanas.
                                  A presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, também presente ao encontro, afirmou que os EUA está, com dólar fraco, “fazendo ajuste à custa das outras economias”. “Há uma questão que eu acho que é grave para o mundo inteiro, que é o problema da política do dólar fraco. Faz com que o ajuste americano fique na conta das outras economias”, denunciou Dilma Rousseff.
                                As críticas ao governo americano pelo desencadeamento da guerra cambial não demoveram Obama de defender no G20 a inundação de dólares pelo FED. O G-20, apesar de todas as ponderações, acabou apenas aconselhando os países a se absterem de promover as chamadas “desvalorizações competitivas”, nome encontrado para designar a inundação de dólares pelos EUA. O documento aprovado também reconheceu o direito dos países emergentes, como o Brasil, de adotar políticas emergenciais para mitigar os efeitos de desvalorizações nas moedas dos demais países.
                                  O presidente Lula disse que a manobra americana para facilitar suas exportações em detrimento dos outros países pode levar o mundo à falência. “Ora, se os países mais ricos não estão consumindo a contento e todos querem lastrear a sua economia nas exportações, o mundo vai à falência porque é preciso ter alguém para comprar. Se todo mundo só quiser vender, como é que vai ficar o Ceará? Alguém precisa comprar”, ponderou.
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                                  O patriotismo do  Presidente Lula tem sido uma constante, sempre posto na defesa do nosso país.
VHCarmo.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Mais uma vez: a necessidade da democratização da comunicação social...



                   Nesse interregno entre o fim do governo Lula e o início do governo Dilma é bom a gente fazer, mais uma vez, uma reflexão em torno do real significado das expressões “liberdade de expressão” e “liberdade de imprensa”.
                 A constituição Federal registra a liberdade de expressão entre os “Direitos e garantias fundamentais” de todos os cidadãos (Tomo II – Capitulo I – art. 5o. IV), estabelecendo, ali, uma única exceção o anonimato.
                    Coisa completamente distinta na Lei Maior foi a questão da Comunicação Social inserida no Capitulo V, artigo 220, parágrafos, incisos e artigos seguintes, condicionando-a, em princípio, ao estabelecido no referido artigo 5o. acima, estabelecendo, ainda, o direito de resposta ( inciso IV deste artigo).
                     Ao estabelecer inteira liberdade da manifestação do pensamento e a circulação da imprensa escrita e demais meios de comunicação social, impõe, também regulação a ser imposta por lei federal (art.220, parágrafo 3o. - I,II e III.), visando à proteção do indivíduo e à democratização das comunicações.
                       O prestigiado Professor Venício A de Lima, conhecido mestre no assunto de comunicação e mídia, em recente entrevista, fez uma observação que, a primeira vista, parece óbvia; mas tem servido a graves deturpações por part de certos setores da mídia. Diz o professor: “a liberdade de expressão não é a mesma coisa do que liberdade imprensa; são coisas distintas”. e acrescenta:
                          “A realização da Primeira Conferência Nacional de Comunicação, por exemplo, passará à história como exemplo de evento que mobilizou parcela importante da sociedade civil - incluindo setores empresariais - e o governo, mas enfrentou oposição dos principais grupos da mídia, que a boicotaram e omitiram da população uma informação a que esta tinha direito e que era de seu interesse.” ( Revista Teoria e Debate. N.86).
                            Ao se apoderar de modo monopolista dos instrumentos de veiculação das informações e comunicação, violando o parágrafo 5o. do citado artigo 220 e quase sempre partidarizando-os no interesse de determinados facões políticas e portadoras de interesses específicos, obstruem a verdadeira liberdade que ora apregoam para manter a situação vigente que lhes favorece.
                           Remonta aos anos 30  do século passado, no Brasil, a opção adotada, desde então, de privatizar os meios de comunicação, o que ainda permanece e tornou possível a formação desses grandes grupos monopolistas que vem impedindo a aplicação dos princípios constitucionais de regulamentação legal apontados acima.
                            Fica evidente a diferença apontada pelo Ilustre Mestre Venicius de Lima, pois não há nenhuma intenção, na Conferência Nacional de Comunicação de restringir a manifestação de conteúdo do pensamento, porém do que se cogita é a implantação, mediante lei federal – previstas na Constituição - das regras para, impedindo o monopólio e outros vícios, estabelecer a democratização da comunicação, das informações e dos instrumentos necessários.
                        O monopólio  que se estabeleceu em  favor de poucos grupos midiáticos, mantém larga facha da população brasileira, refém de seus interesses e permanecerem privadas de confronto de idéias e de informações, por falta de alternativa de meios equivalentes.
                         Por outra parte, há que se “estabelecer os meios legais que garantam a pessoa e à família de se defenderem” da ações provenientes dos detentores desses meios ( art. 220, parágrafo 3o. inciso II- CF.).     Com a extinção da Lei de Imprensa pelo STF, ocorreu um vazio legal na espécie.
 
Paraconcluir, a gente chama a atenção do que ocorreu recentemente na campanha eleitoral, quando a mídia se permitiu manipular informações e notícias e omitir outras, com evidente partidarismo, ou seja, apoiando a candidatura da oposição, permitindo-se, inclusive a procedimentos antiéticos e ofensivos à livre manifestação de idéias, em prejuízo da concorrente.
O esforço  que o governo vem fazendo nesses últimos dias para dar prosseguimento ao deliberado naquela Conferência é de suma importância para a democratização das comunicações no Brasil, levando-se mais em conta o enorme avanço tecnológico dos meios que devem ser democratizados para alcançar todo o povo brasileiro, como é o caso da expansão da banda-larga.

VHCarmo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Olha só como a extrema esquerda se parece com a direita obscurantista.

 Amigos, vejam o pefil do candidato do PSOL:

               Plínio afirma que preferiria governo Serra ao de Dilma.

                             "Toda vez que esse patético Plínio de Arruda Sampaio abre a boca sinto vergonha alheia. É o típico esquerdista que a direita adora. Enquanto eles ficam sentados sonhando com um mundo ideal e votando moções pela ordem, a direita fica livre para governar.
                             Não satisfeito em pregar o voto nulo no segundo turno, o candidato do PSOL agora afirma que preferia Serra no governo, pois este iria reprimir os movimentos sociais o que, na lógica tresloucada do ultra-esquerdista-utópico, é a melhor coisa para fazer a esquerda se unir!
                              Vamos então combinar uma coisa para testar a teoria dele: recomendo à turma do PSOL, PSTU e PCO que façam uma manifestação em frente ao palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. Depois que a PM descer o cacete neles, aí a gente vê se resolveram deixar os sectarismos de lado e se uniram em torno de causa única! Que tal? Combinado?"
                                 
                             Plínio afirma que preferiria governo Serra ao de Dilma.
               
                              Para a esquerda, segundo ele, "repressão" é melhor do que "cooptação".       
                           Plínio deixa claro que considera que um eventual novo governo encabeçado pelo PSDB "seria ruim também". Ele avalia que a gestão de Dilma Rousseff, eleita no dia 31, é "um horror", e que ocorrerá uma nova forma de mensalão. "No (eventual governo) Serra, temos a repressão, em Lula a cooptação", qualificou. "Acho mais favorável (para a esquerda) a repressão, que aliás já enfrentei. Mas é melhor porque a repressão unifica, as pessoas se unem, vão para as ruas", especulou.
                         O candidato Plínio avalia que seu partido sai fortalecido do pleito, por ter aumentado as bancadas federal e estaduais, conquistando a "hegemonia da esquerda". "O PSOL saiu unido, um partido de opinião pública. Ninguém duvida que o partido que faz oposição real é o PSOL, lugar que o PT já ocupou e que deixou vago", analisou.
                          O melhor momento da campanha eleitoral, na avaliação do promotor de Justiça aposentado, foram os debates. "Furei uma barreira de omissão, porque a estratégia da direita não se dirigia contra mim, mas contra o que eu falava, porque a burguesia, apesar da hegemonia em que se encontra, tem medo do povo. É um traço sociológico conhecido", criticou.
                              Plínio defendeu ainda o não pagamento da dívida pública. "Só aí, seria R$ 280 bilhões para isso (bancar o aumento do salário mínimo)". Ele promete nem passar perto do Palácio do Planalto, quando questionado se aceitaria algum cargo no governo Dilma. E ainda afirmou que o PSOL representa uma opção contra o regime capitalista, cuja "lógica interna é perversa, excludente por natureza e perpetuadora da desigualdade".
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                  Dá para levar a sério ?       É isto que o PSOL quer e vai lutar para implantar?   Mas implantar onde ?
 A gente não pode esquecer que o PSOL bancou esse cara para ser candidato à Presidência.   Será que foi a sério?   
                         O PSOL DEVE UMA EXPLICAÇÃO...
VHCarmo.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O Brasil chega à sétima economia do mundo....

                                                A política externa do país, face à crise internacional, e a posição de destaque que o Brasil alcançou no G 20, se devem à direção correta que vem sendo implantada; ou seja o fortalecimento das nossas relações multilaterais em que o governo Lula priorizou uma abertura para com os demais paises emergentes e com aqueles que se situam em posição inferior no intercâmbio internacional, como alguns da África e da América Latina.
                                                 Importante foi o descolamento do país das questões ideológicas, que as nações centrais do capitalismo têm usado historicamente com meio de segregar e manter suas relações de dominação.
                                  A diretiva de não intervenção em assuntos internos de outros paises, implementada  pela política externa brasileira, possibilitou uma ampla expansão da influência do Brasil, tanto na OMC como na ONU e  nos demais órgãos ligados às finanças mundiais como o FMI e o Banco Mundial.
                                   Ao diversificar as relações comerciais e sua influência nos foros internacionais, o país se fortaleceu em face das crises cíclicas do capitalismo que quase sempre se originam nas economias desenvolvidas.
                                        A gente transcreve, abaixo, este pequeno texto que nos remete à perspectiva de o Brasil se tornar em breve a sétima economia do mundo e as implicações decorrentes:

Dilma governará a sétima maior economia mundial, afirma FMI
                         Segundo a mais recente projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI), a presidente eleita, Dilma Rousseff, vai governar a sétima maior economia mundial – posto que o Brasil alcançará em 2011.Esta não será a primeira vez que o país terá chegado lá.
                                 A última foi em meados dos anos 90. Mas o Brasil só sustentou a sétima posição por dois anos, indo ladeira abaixo a partir de 1996 até baixar ao 12º lugar em 2002.Desde então, a volatilidade do crescimento econômico do país diminuiu, dando lugar à maior estabilidade na trajetória de expansão econômica.
                                O resultado é que a projeção do FMI revisada em outubro indica que o país permanecerá no posto de sétima maior economia até, pelo menos, 2015, último ano para o qual há previsões.Nos últimos anos, a economia brasileira ultrapassou em tamanho a canadense e a espanhola. Em 2010, quase empatou com a Itália.
                                 "O Brasil está ocupando a posição de países desenvolvidos e, com isso, cresce seu prestígio nas negociações internacionais", diz Ernesto Lozardo, professor de economia da Eaesp-FGV e autor do livro "Globalização - A Certeza Imprevisível das Nações".A contrapartida é resumida por Fernando Cardim, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro: "As responsabilidades do país continuarão aumentando e o novo governo terá de mostrar se está preparado para isso".De acordo com especialistas, para que o peso econômico do Brasil continue se traduzindo em crescente voz política, Dilma terá de consolidar os avanços alcançados pela política externa de Lula, como a posição de maior destaque nos fóruns globais”.

                                     A reunião do G20 na Coréia do Sul registrará a primeira aparição da presidente eleita Dilma Rousseff em um conclave dessa importância para a qual foi especialmente convidada.      
                                      Acompanhando o Presidente Lula, ambos devem pontuar no sentido de promover medidas gerais para impedir que a guerra cambial, instalada entre os EEUU e a China contamine a economia mundial e prejudique as exportações em geral. É, sem dúvida, uma tarefa muito difícil, mas a atual condição do Brasil no G 20 permite esperar uma ação eficiente de nossos representantes.
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AS RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS DO PAÍS NÃO DEVEM ESTAR CONDICIONADAS AOS ASSUNTOS INTERNOS DOS OUTROS PAISES. É DA NOSSA TRADIÇÃO DIPLOMÁTICA.
AS RELAÇÕES AMISTOSAS COM TODAS AS NAÇÕES CONDUZEM Á PAZ...

                                    Causou evidente malestar as infelizes declarações do ex-candidato José Serra, em Biarritz na França, ao declarar que o nosso país patrocina ditaduras,referindo-se nominalmente ao Irã e à Venezuela. Alguém da platéia que o assistia gritou: “por que não te calas?”.
                                   Pegou mal.... Este foi o homem que a mídia vendia como o mais preparado para governar o país!.

VHCarmo.


sábado, 6 de novembro de 2010

O que se espera da oposição?

                                       O Brasil clama por uma oposição política que leve essa missão essencial à Democracia, à seriedade e ao compromisso com o país. É urgente que o que restou de dignidade na oposição se componha para um trabalho comum, impedindo o prosseguimento nesse caminho intolerável apontado pelo discurso preconceituoso e discriminatório anotado pelo José Serra na noite de 31 de outubro, após a sua derrota nas eleições presidenciais. Como bem afirmado pelo jornalista Maurício Dias na Revista Carta Capital:
                         “É um caso raro, único talvez em que um perdedor de uma eleição democrática declarou guerra ao vencedor. Oposição é oposição; guerra é guerra”.
                          De seu funesto discurso se destaca o trecho belicoso, lembrado também pelo jornalista:
               “E para os que nos imaginam derrotados, eu quero dizer: nós estamos apenas começando uma luta de verdade em defesa da pátria, da liberdade, da democracia”.
                            O candidato derrotado emergiu da campanha cheio de ódio e passou a invectivar a tudo e a todos, isolando-se no núcleo mais atrasado e reacionário do tucanato paulista. No seu discurso Serra atacou, indiretamente, até o senador eleito Aécio Neves uma das reservas de comedimento do PSDB.
                             Ao que parece o candidato derrotado foi contaminado pelo clima de sua campanha, envolvida nas baixarias que o levaram à derrota. Os discursos odiosos e preconceituosos, que também foi o tom imprimido na sua campanha, extravasou os limites do razoável, chegando a veicular um vezo de preconceito regional e racista, estranho às nossas tradições históricas de respeito às origens da nossa população.
                         Ao propagar o ódio contra os nordestinos, de fato, a campanha de Serra enveredou pelo perigoso terreno do separatismo, ao arrepio até do povo paulista que jamais alimentou essa idéia tresloucada de sua hegemonia.
                               Cumpre indagar: qual seria o inimigo que o Serra diz que vai enfrentar? Quem, ou quais setores, conspiram contra a Democracia e a Liberdade?   Ficou no ar. Suas atitudes e discursos incitam ações contra a Democracia e a Liberdade, isto sim.
                                Em declaração, mais uma vez, infeliz; com a agravante de ser proferida no exterior ( em Biarritz - sul da França), mesmo passados 4 dias, o Caviloso, continuou destilando ódio e pôs-se a atacar o governo brasileiro e o Presidente Lula em Seminário sobre as relações entre a América Latina e a União Européia.
                               Demais disto, desprezando um mínimo de credibilidade que poderia despertar, fez afirmação inverídicas e insultuosas. Disse, entre outras coisas e em flagrante contradição com os números: que o governo Lula está desendustrializando o Brasil, quando, se sabe, que das maiores parcelas do incremento do PIB desse ano ( de 7,5% ou mais) será devido à indústria (que integra cerca de l2,5% de seu crescimento).
                              Não conseguindo disfarçar a sua natureza discriminatória e subserviente em relação à política externa, o Serra declarou esse absurdo de que “o país se uniu a ditaduras como o Irã”.
                         O seu discurso foi mal aceito pela platéia e alguém gritou no recinto “por que não te calas?”.

                         O que se espera afinal nessa hora de transição? É uma reação consciente das elites políticas para pôr cobro a essa situação constrangedora de uma oposição na contramão do país que passou, perigosamente, ao terreno minado do racismo e do separatismo.
                                 Espera-se que a oposição se livre da tutela ilegítima da mídia que, indubitavelmente, a levou a esse caminho impatriótico que, por sua vez, foi uma das razões da sua derrota ampla nas eleições. Bom notar que tanto o PSDB como o DEM reduziram a sua participação no Congresso, fator relevante para a atuação partidária.  
VHCarmo.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Um momento de poesia.

                                                                  Eletrocardiograma.

Não me canso de olhar o mar
de ver o verdejar
do verde que ainda há.
Não me canso de chorar aos prantos
nos cantos onde há beleza
de estar sozinho com a natureza.

Eu amo tanto a vida
que queria ser mil
mil vezes estar por aí
brotando em mil lugares
na pele de mil olhares
são tantas coisas pra se ver!

Queria estar plantando
uma flor na esquina
outra na Cochichina
queria estar salvando o amor
em El Salvador
salvando até mesmo a dor
dos que a plantam aqui.

Mas estou sozinho com os meus fantasmas
estou sem mover uma palha
impuro, de banho tomado,
culpado, culpando o do lado.

Deitado entre retratos de infância,
brinquedos e golpes de Estado.
E na ânsia de tanto esperar.
o coração me trair...
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Poeta: Ricardo do Carmo.
Do livro “Amor de Consumo”.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA PÓS-ELEIÇÃO...


                                      A tendência, agora, após a eleição é a gente esquecer o que se passou na campanha e olhar para frente. Tudo bem, mas é imperativo também verificar o que se pode tirar de proveito desse embate eleitoral. Um escorço analítico – o mais isento possível - representa um didatismo necessário para o aprendizado e o aperfeiçoamento do exercício democrático.
                                     Houve, nessa eleição, um nítido confronto entre duas posições antagônicas em relação ao projeto para o país, embora, num determinado momento da campanha, como tática, a oposição pretendeu minimizar esse enfoque. De um lado era a proposta de continuação do atual governo e do outro o retorno neoliberal do governo anterior do FHC.
                                     Era, desde o início, inequívoca a vantagem da candidata do governo que é, como do conhecimento geral, muito bem avaliado pela população. O confronto daria, então, em princípio, vantagem eleitoral à candidata do governo.
                                    Um relativo desequilíbrio foi ocasionado com o ingresso da candidata do PV, que ensejou, provocando o segundo turno, um pleito plebicitário entre as duas correntes.
                                    O fenômeno Marina – o chamado voto errático - se revelou como linha auxiliar para as pretensões oposicionistas, evitando a decisão em primeiro turno que chegou a ser prevista.
                                    A Candidata do PV, por outro lado, não chegou a propiciar à oposição vantagens decisivas no segundo turno, pois o Partido Verde, com sua característica transversal (que vai da extrema direita à extrema esquerda), não foi capaz de carrear votos ideológicos para sua própria representação no parlamento. Vê-se que, mesmo tendo a candidata somado cerca de 20 por cento dos votos, o seu partido praticamente não se beneficiou disso, A sua representação nas casas legislativas não progrediu.
                                    O que impõe como análise, também relevante, foram os métodos adotados pela oposição que, com o auxílio prestimoso da mídia, maculou o processo, introduzindo temas marginais à eleição, na tentativa de ganhar votos. Foi lastimável, ainda, a oposição ter usado, através da internet, rádio e celulares, a disseminação de ódio religioso e regional; este último ultrajando o povo nordestino e sugerindo confronto até de natureza separatista no país. Foi muito grave: o candidato, como disse o Presidente Lula,“saiu menor”, dessa eleição.
                                   O tema religioso pontuou, afinal, quando aquele velho moralismo udenista e a propagação de cizânia regional não produziram os resultados esperados.       Aquilo que foi desde logo entendido como “baixaria’ da oposição deixou, de forma inequívoca, uma mancha suja e indelével nessa campanha eleitoral.
                                    A vitória da candidata do governo acabou tendo um caráter de repulsa do povo aos métodos usados pela oposição. Não é a toa que um dos slogans cantados em prosa verso e música pelos adeptos da candidata era; “a verdade vai vencer o ódio e a mentira”.
                                    De qualquer forma foi altamente reprovável a conduta do candidato e ela há de marcá-lo. Estranha, também, foi a sua súbita religiosidade – nunca antes conhecida – e o golpe final, que não resultou eficaz, de usar o Papa a três dias do pleito para recomendar o voto na oposição. Aliás, essa interferência indevida do Santo Padre no processo eleitoral calou muito mal, inclusive entre os próprios católicos, pois o nosso Estado é laico e respeita rigorosamente as liberdades religiosas, mantendo relações diplomáticas normais com o Estado Vaticano o que parece não ter sido considerado pelo Papado.
                                   A nódoa que manchou, por parte da oposição, essa campanha eleitoral não poderá ser apagada da memória coletiva e deverá representar uma lição para o futuro, pois a prática democrática não pode e nem deve comportar esse chamado “jogo sujo”.
                                   A mídia que, de certa forma, patrocinou os baixos níveis morais da campanha da oposição, agora tende a esquecê-los. Este é um perigo real para os nossos costumes políticos.

                              É imprescindível moralizar as campanhas eleitorais no Brasil que são essenciais ao exercício da vida democrática, à manutenção e ao fortalecimento de nossa ainda jovem democracia.
VHCarmo.