domingo, 27 de junho de 2010

RICO COMO UM BRASILEIRO!



Riche Comme un Brésilien

Você Está Pensando no que Eu Estou Pensando?
                                 A expressão “riche comme un Argentin” se tornou popular em Paris, ao final do século 18, e continuou a ser utilizada até o início dos anos 30. A frase era geralmente usada para descrever qualquer indivíduo abastado, sugerindo que essa pessoa seria rica como um argentino – o que era visto como um padrão deprosperidade e opulência, naquela época. Cem anos depois, a expressão definitivamente perdeu o seu sentido, porém acreditamos que ela exemplifique a enorme transformação na desigualdade da renda, na distribuição dessa renda e no consumo que está atualmente em curso no Brasil, onde o número de indivíduos que compõem as classes A, B e C cresceu em mais de 30% desde 2003, enquanto as classes D e E foram reduzidas pela metade.
                                Os brasileiros se tornaram mais ricos, com acesso a novos instrumentos de crédito,o que levou a mudanças em seus perfis de consumo, conforme indicado em recentes publicações do Banco Central, da FGV e de diversas outras organizações e especialistas. Mais importante ainda, isto está ocorrendo ao mesmo tempo em que os brasileiros estão galgando os degraus da escada econômica. Estes novos perfis de consumo foram exaustivamente analisados na longamente esperada pesquisa de orçamentos familiares (a assim chamada POF) divulgada nesta semana pelo instituto de estatística do governo, o IBGE. O POF representa a mais completa análise produzida neste campo no Brasil, e foi atualizada pela última vez em 2003.
                          Nossos analistas do setor de Consumo provavelmente irão se debruçar sobre as interessantes leituras do último POF, porém, em termos gerais, o relatório confirmou que a desigualdade da renda continuou a declinar no país.
                          Apesar do coeficiente GINI (coeficiente de distribuição da renda) permanecer  elevado, em 0,5431, a tendência é claramente favorável, particularmente na última década, que reverteu alguns dos danos de várias décadas de hiperinflação e de piora na distribuição de renda. Segundo as estatísticas do IBGE desta semana, o dispêndio mensal das famílias abastadas continua 9,6x mais elevado do que a média de dispêndio mensal das famílias menos favorecidas (em comparação com 10,1x no ano de 2003), o que sugere que o Brasil ainda tem um caminho bastante longo a percorrer, a despeito dos recentes avanços realizados nesse âmbito.
                  DILMA VAI ASSEGURAR A CONTINUAÇÃO. SERRA É O ATRASO E A VOLTA AO PASSADO.

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