O candidato da oposição tem se manifestado, até enfaticamente, contra a política externa do governo Lula. É de se estranhar este caminho seguido pelo Caviloso na campanha eleitoral, pois é inegável o êxito e a aprovação do governo nesse setor, onde o país vem pontuando, com sua presença, no interesse do Brasil e em pról da paz mundial. O Mundo tem reconhecido isto. Não dá pra entnder onde ele quer chegar.
Inicialmente o Caviloso pronunciou-se contra o Mercosul, descartando de sua importância, afirmando até que ele atrapalha as transações comerciais do Brasil. A declaração recebeu a imediata e enérgica resposta do ministro do Exterior da Argentina e calou mal entre os nossos irmãos sulamericanos (ver nota anterior neste blog).
Ora, como lembrou o Ministro argentino, o Mercosul ativou o comércio e as relações entre os paises do Cone Sul e o Brasil beneficiou-se do incremento de suas exportações, inclusive em relação a produtos industrializados. O comércio com os paises da América do Sul mais que quadruplicou no governo Lula, principalmente com os integrantes do Mercosul.
Em seguida o Zé Serra abriu suas baterias contra o Irã, chamando o seu presidente de “Hitler”, embora se saiba que ele foi eleito por 67% de seus compatriotas. Quando o Presidente Lula e o Primeiro Ministro Turco, sob os aplausos do mundo, fechou um acordo no Irã na questão nuclear, o Zé bonitinho da Veja disse textualmente que “lá não iria”. Embora as potências nucleares tenham forçado sanções contra o Irã, estas não passaram de repetições das já existentes e houve um sério desprestígio do Conselho de Segurança da ONU, reconehcido pela imprensa mundial que exaltou os esforços do Brasil e da Turquia na preservação da paz.
Depois daquela intervenção infeliz, o Caviloso fez uma série de pronunciamentos contra a Bolívia, país irmão com o qual o Brasil não só matem relações comerciais e investimentos como também relevantes relações de amizade. País que, após anos de exploração externa, vem recuperando, mediante nacionalização, suas riquezas e empresas que, há séculos, estavam em mãos de estrangeiras. País que pela primeira vez levou ao poder, democraticamente e por larga vantagem de votos, um representante dos índios, da maioria pobre. Parece que o Caviloso não gosta disto.
O Zé Serra mentiu ou ignorou que a Bolívia não é, como ele afirmou, o maior exportador de cocaína; título que pertence à Colômbia, aliada dos EEUU. E sua afirmação também teve repúdio de autoridade de governo boliviano que exigiu dele que provasse o alegado.
Por fim, no discurso pronunciado no lançamento de sua candidatura, sábado dia 12, o Caviloso declarou, levianamente, que o Brasil de Lula é “amigo das ditaduras”, sem sequer mencionar quais. . O Presidente do PT, José Eduardo Dutra, ao comentar tal declaração, lembrou que o governo que ele, Serra, integrou, “concedeu a ordem do Cruzeiro do Sul a um bandido travestido de estadista, o Senhor Alberto Fujimori”, condenado a 25 anos de prisão, no Peru, por violação dos direitos humanos enquanto esteve no poder.
Essa declaração do Caviloso foi extremamente infeliz, pois o Brasil tem como sua tradição a não intervenção nos assuntos internos de outros paises e mantém relações diplomáticas sem discriminação com outras nações sem cogitar de suas ideologias e sua política interna.
Para o Caviloso o Brasil deveria se isolar do mundo. Não há dúvida, e ele não tem coragem de dizer que repetiria, se eleito, a subserviência humilhante do governo FHC aos EEUU.
Este é o homem que a mídia quer vender como competente para governar o país. Ainda bem que ele não esconde a sua natureza neoliberal; está-lhe no sangue.
Serra é o atraso e a regressão. Dilma é a continuidade do governo Lula o mais bem avaliado da história do país.
VHCarmo.
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