sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Ligeirinha de 6 de agosto de 2010.

                                   A gente tem comentado aqui neste espaço que o Zé Serra, ao apelar para o discurso do medo, se filia ao que há de mais retrogrado da direita mundial, atrelada ao terrorismo de Estado, que vitima os paises mais pobres, os ameaçando sempre com a guerra e a dominação.
                                   Ao combater o Mercosul, a UNASUL e a política externa do   governo,  Serra vem na contramão do pensamento democrático daqueles que lutam pela paz.
                                  Aliás, os discursos do nosso Presidente Lula nos foros internacionais têm primado pela defesa intransigente da paz mundial, fazendo incisivas declarações em favor dos paises mais pobres sempre ameaçados pelas nações centrais do capitalismo  mundial, que invocam pretextos forjados e acolhidos pela mídia. São eles, entretanto,  que violam constantemente os direitos humanos com guerras e bloqueios econômicos contra nações pobres. 
                                  Demais disto, cumpre notar que atualmente na América do Sul, há um surto virtuoso de nações que zelam por sua independência, fugindo à tradicional política de alinhamento aos EEUU, passando a defender seus interesses comuns.
                                 Ora, os ataques do Caviloso se dirigem justamente contra essas nações que, por tanto anos, amarguraram ditaduras violentas contra seu povo e que eram subservientes à política de Washington.                    É de lembrar-se que nas décadas de 60 a 80 do século passado instalaram-se ditaduras militares em, praticamente, todos os paises sulamericanos, inclusive aqui no Brasil, todas alinhadas à política da “guerra-fria”americana.    Não se via, então, na nossa mídia doméstica qualquer protesto contra aqueles ditadores e suas políticas atentatórias aos direitos humanos, prisões, torturas e assassinatos. Até pelo comtrário,  Pinochê foi agraciado com honrarias pelo governo FHC.
                                     Os tempos atuais são outros; os paises centrais do capitalismo vivem uma crise que parece terminal. Essa crise está, inclusive, provocando um reexame de suas estruturas internas neoliberais decadentes. No entanto, com isso, aumenta o perigo de ações de guerra para a manutenção de sua hegemonia.  Nesse contexto é decisiva a ação dos paises emergentes que estão assumindo um papel proeminente na política e na economia mundial, para a contenção daquelas políticas agressivas.
                                    Transcrevo, por muito oportunas, as palavras do prestigiado sociólogo Gilson Carone Filho, extraídas de seu texto publicado, hoje, no Jornal do Brasil:

                             “Ao afirmar que “o PT é chavista, que mantém relação com as Farc, e prima por desrespeitar direitos humanos”, Serra incorporou a visão de mundo da nova direita. Um estrato que, ameaçado pela abrangente emergência social promovida nos últimos oito anos, destila raiva e ressentimento; típicos da intolerância retórica que o distingue. Impossibilitada de construir sua identidade pela inserção no processo produtivo, essa parcela da classe média forja a autoimagem por diferenciação das classes fundamentais. Sabe que não é o que mira, mas não sobrevive sem o sentimento subjetivo de pertencer a uma elite idealizada. É nesse aspecto da nossa estrutura social que Indio e Serra passam a querer o mesmo apito. E a falar o mesmo dialeto”. ..
                            “Os inimigos dos reais interesses do país, ao contrário do que pretende a oposição e seu braço midiático, não são os governos de Evo Morales e de Hugo Chávez, a quem Serra, repetindo Uribe, acusa de “abrigar as Farc”. O que ameaça a nação brasileira é a humilhante prostração aos ditames de Washington. Em um país com instituições minimamente democráticas, Serra e seu vice têm como lugar certo a lata de lixo da história".  (JB on line)

Amigo(a),

                   É necessário refletir sobre essas candentes palavras do sociólogo.  A ascensão do Caviloso e seu Índio à presidência da República representaria uma regressão intolerável para o país que, a todos nós, cumpre evitar.
VHCarmo.

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