EXALTAÇÃO MÁXIMA
(Ou suprema)
O Ministro Joaquim Barbosa afinal atingiu o ápice da carreira: foi exibido com sua foto em destaque na capa do jornalão “O Globo” hoje, 18.10.2012, dia que ficará certamente para a sua história.
Poucos homens ilustres mereceram tal honraria. Pousando como “o vingador”, ostentando nas mãos um calhamaço acusatório e o semblante altamente sério: pousou para a história.
O Ministro Joaquim Barbosa atingiu até mesmo um inesperado nível de popularidade midiática. Depois da VEJA e a sua “Suprema Vitória”, o jornalão dos Marinhos pontifica.
Quanto mais o grande Ministro condena petistas, mais sobe o seu conceito até no Jornal Nacional.
Artífice e regente do Julgamento de Exceção do apelidado mensalão, passará para a posteridade como o grande purificador da política.
Soube, como poucos, canalizar todos os preconceitos e o ódio contra os políticos, vís mandatários do povo, e os condena, independentemente de prova porque prova é coisa de jurista desocupado que não vê o óbvio.
E qual o óbvio? são todos malandros, corruptos e impuros, indignos de serem votados por esse pobre povo que resta ao desamparo com o governo petista.
Demais, as ilações, deduções, “domínios de fato” e “verdade quimérica” são suficientes para enviá-los à cadeia, sem qualquer sentimento de culpa. Às favas com o Código Penal e a Constituição isto para outros.
Embora o novo Ministro, a tomar posse no Supremo em novembro, tenha se declarado contra a excessiva exposição do STF na mídia em geral e especialmente na TV, não resta dúvida que o Tribunal se popularizou e Barbosa puxou o desfile de celebridades que jamais serão esquecidas. Coisa nova!
Infelizmente para a Corte, apesar de seu louvável esforço, a sua atuação ficou a desejar. Além de o Partido dos Trabalhadores ter alcançado o maior número de votos no país, foi o grande vencedor das eleições municipais e está na iminência de derrotar o ídolo dos Jornalões e Revistas: o inefável Zé Serra que também já mereceu suas capas.
Vai ficar difícil para o Ilustre Barbosa justificar o mau desempenho agora quando passa a presidir o Tribunal e for seu porta-voz.
Resta-lhe, porém, a esperança de vencer na maior cidade do País: faltam ainda dez dias para o Segundo-turno. É difícil, mas não é impossível. Se conseguir aliviará a derrota dos CIVITAS e Marinhos e pode ainda voltar, quem sabe? a freqüentar as capas com sua respeitável fotografia.
Cabe aos pobres mortais que se atrevem a votar no Partido dos Trabalhadores aguardar o desfecho, torcendo para que, como bons contendores, os Supremos Magistrados se conformem com a derrota se ela vier a acontecer. Certamente será, ou não, “A SUPREMA DERROTA” da Revista VEJA?.
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VHCarmo.
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