Na página final da seção “País” do jornalão “O Globo” de segunda-feira, dia 8, há uma constrangedora matéria sob o chocante título: “Mensalão: Joaquim tem dia de estrela”, onde aparecem manifestações calorosas ao Ministro Barbosa, notícia de abraços efusivos e parabéns de pessoas que, como ele, vivem no bairro do Leblon no Rio de Janeiro, onde vive parte da elite e da classe média alta da cidade. É sintomático!
No clube Monte Líbano na Lagoa, em seção eleitoral onde provavelmente ele, Joaquim, foi um dos poucos ou o único negro a votar, a manifestação era de intensa satisfação pela sua atuação no Julgamento da Ação Penal 470.
A vingança das elites conservadoras está sendo executada por um homem que vem migrado de outra origem.
Depois de ter sido distinguido com a também constrangedora capa da Revista Veja, Barbosa se sentiu em casa ao votar. Bom para ele, pois em um bairro pobre da cidade, sequer seria conhecido; seria mais um homem negro do povo a exercer o direito do voto.
Alguém lá disse: "hoje ele é o cara!, outro: “sou sua fã”. Abraços, fotos, parabéns e por fim a pose do vencedor.
Mas o que significa isto?
É no mínimo impróprio um Ministro do Supremo Tribunal Federal congratular-se com a elite carioca, por sua atuação amplamente criticada nos meios jurídicos, naquele que vem sendo chamado de um “julgamento de exceção”.
A sua declaração:
“As pessoas já me acompanham há muito tempo. Não sou estrela. É carinho” é de uma invulgar modéstia. É como dizer: vocês o dizem...
Depois de capa da Revista Veja tudo lhe é permitido, junto às elites preconceituosas.
Às favas com o recato devido por um magistrado!.
VHCarmo.
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