quinta-feira, 3 de maio de 2012

Um momento de poesia (Um soneto).

Mais um soneto de amor que é redundância, pois de amor é que se faz soneto ainda que dele não se diga. "Cabe nele tudo quanto em  nós palpita...tudo que se sonha e se concebe...", pois com o amor é que se faz o verso.  O soneto que aí vai fala por si.


                           SONETO A QUATRO MÃOS.

Vinícius de Morais - 1.
Paulo Mendes Campos - 2.

Tudo que existe em mim, de amor foi dado,
tudo o que fala em mim, do amor foi dito;
do nada em mim, o amor fez o infinito
que por muito tornou-me escravizado.

Tão pródigo de amor fiquei, coitado,
tão fácil para amar fiquei proscrito
cada coisa que dei ergueu-se em grito
contra o meu próprio dar demasiado.

Tendo dado de amor mais que coubesse
neste meu pobre coração humano
desse eterno amor meu, antes não desse

pois se por tanto dar me fiz engano,
melhor fora que desse e recebesse
para viver da vida  o amor sem dano
____________________________________________ 
VHCarmo.

Um comentário:

  1. Que o soneto não se ausente da nossa literatura e seja imortal.

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