segunda-feira, 21 de maio de 2012

Transporte público; "apagão geral". Reflexão,,,

                                Este escriba não reside em São Paulo (capital), mas tem naquela importante cidade brasileira vários parentes e amigos que, por serem livres para opinar são insuspeitos. Todos revelam uma rara unanimidade quando comentam sobre os transportes públicos  na cidade e na periferia. Não há discordância: -“O sistema é caótico”, dizem.
                     O Estadão e a Folha,  apoiadores  irrestritos dos governos do PSDB, manifestam uma grande tolerância para com o caos do sistema. Vivem a desculpá-lo.
                           Nesse texto, que aí vai abaixo, o José Dirceu, no seu blog,  aduz argumentos e números irrespondíveis sobre a irresponsabilidade dos governos tucanos que provocaram esse caos e demonstra a “ginástica” verbal e mental que os jornalões imprimem para desculpar o indesculpável.

Olhem só:

Apagão nos transportes públicos tucanos é uma triste realidade.
Publicado em 21-Mai-2012
                        Se o Estadão briga com os fatos ao levantar a tese do Lulodependência, ou Lulopetismo, a Folha de S.Paulo vai na mesma linha quando contesta, como o fez no fim de semana (domingo) o apagão nos transportes públicos na capital e associa as análises, críticas e soluções que o PT apresenta como decorrentes do período eleitoral.
O apagão nos transportes públicos em São Paulo vem de muito tempo, já que os governos do PSDB não tem os sistemas de transportes de massa como prioridade. Nunca tiveram e eles governam o Estado há quase 30 anos - a contar desde a 1ª administração tucana, de Franco Montoro (1983-1986) e a capital há oito, na parceria que mantém com o prefeito Gilberto Kassab (ex-DEM-PSDB, agora PSD). Só Geraldo Alckmin já é governador pela terceira vez.
É um apagão confirmado, também, pelos levantamentos recentes feitos e divulgados pela própria mídia, segundo os quais, só neste ano, o metrô já entrou em pane 86 vezes e o sistema de subúrbio da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) outras 52 vezes, passando a circular com lentidão ou, até mesmo paralisando a circulação.
Sistemas metrô/CPTM entram em pane quase todos os dias.
em apagão juntos, no mesmoEm cinco meses de 2012, isso dá uma média de quase uma pane por dia, sem contar o fato de que as vezes os dois sistemas entram  dia. Então, não é o candidato do PT a prefeito este ano, o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad que, como diz a Folha, passou a repisar, dias "a fio a expressão "apagão dos transportes".
Não é, absolutamente gratuito, que Haddad "acusa o PSDB de ter sucateado a infraestrutura da capital", nem que destacou no dia do acidente, na 4ª feira passada, entre dois trens do metrô que deixou mais de 100 feridos que o caso não era um fato "isolado" e relembrou a cratera que se abriu na obra do metrô em Pinheiros, em 2007, que deixou sete mortos.
É a realidade que se impõe e vocês todos que vivem e acompanham a vida da cidade sabem disso. Números (de panes) não mentem. Por isso, também, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) não responde ao centro da questão quando afirma que o candidato do PT e o partido "só tem críticas e aleivosias como essa (apagão)" ao sistema de transportes públicos paulistano.

Governo federal investiu mais em transportes do que os tucanos.
Da mesma forma é balela quando o governador Alckmin e o candidato tucano a prefeito este ano, José Serra, enchem a boca com a história de que o governo federal "não investiu um centavo" nos sistemas de transportes públicos da capital e Grande São Paulo (metrô e CPTM).
O PT à frente do Governo Federal emprestou e autorizou empréstimos em volume 226% superior ao autorizado pelos dois governos tucanos de FHC para obras de expansão do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Os governos Lula e Dilma autorizaram cerca de R$ 15 bi para a rede metroferroviária junto ao BNDES, Caixa Econômica Federal (CEF), Banco Japonês para Cooperação Internacional (JBIC), Banco Mundial (BIRD) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Em comparação, FHC autorizou em oito anos pouco mais de R$ 4 bi.

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Reflexão deste blogueiro:
A solução para o caos e o apagão do sistema de transportes públicos da cidade de São Paulo que se propõe é de cunho político, no seu sentido mais elevado.
                         Os jornalões pretendem mudar o foco.
O povo paulistano tem que acordar para o problema e buscar a solução numa nova política, voltada para a solução dos problemas do povão, ou seja,  daquele que produz a riqueza dessa grande e bela cidade e permanece desamparado. O apagão do transporte público acaba atingindo também  a classe média e até os mais bem posicionados na escala da sociedade paulistana que levam horas preciosa de seus dias presos nos gigantescos engarrafamentos que a cada dia batem seu próprio recorde.
                           Esperar que esses governos tucanos que se sucedem por cerca de trinta anos venham a mudar?  É “um sonho de uma noite de verão”. É esperar demais. Esta na hora de mudar.

VHCarmo.

Um comentário:

  1. Carlota: Bilac foi a inspiração de uma geração e sua poesia continua como um doce alento.

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