segunda-feira, 14 de maio de 2012

Dois tópicos: Veja-Gurgel...


Duas questões no contexto do caso Cachoeira/Demóstenes (ou vice-versa), se evidenciam. A primeira é a que se refere à mídia. Evidenciou-se pelo que veio a público até agora o comprometimento da Revista Veja que, a pretexto de produzir um jornalismo investigativo se aliou ao crime organizado, tornando-se o seu veículo, indispensável,  para alcançar os desígnios de ambos.
  As ações criminosas o grupo Demóstenes/Cachoeira não teriam sido eficazes se não fora o vínculo promovido pela Revista, usando o serviço/sujo do jornalista Policarpo Jr. , aliás, fartamente elogiado pelo grupo criminoso nos seus mais de 200 telefonemas. A Revista tornou a ação efetiva.
Demais disto, se fora de fato, investigativa a  ação  jornalística  da Veja é de se indagar por que a revista não denunciou os crimes do Cachoeira e Demóstenes  cujo conhecimento agora não pode negar?.   Para o Senador a Revista projetava a imagem do grande moralista, daquele que cobrava no Senado castigo aos corruptos e invectivava até contra a própria instituição que dizia estar contaminada pelos corruptos.
Quando gente se refere à mídia em geral e não somente à revista do ítalo-argentino Roberto Civita é devido a "solidariedade" e defesa manifestadas pelos jornalões e, especialmente, pelo jornal O Globo e seus sistema.   Como a defesa se mostra difícil face a evidência da atuação criminosa da VEJA,  o discurso chega a ser ridículo, como fez ver o jornalista Mino Carta em editorial da Carta Capital desse semana.
Como são fracos e inverossímeis seus argumentos Veja apela para o ataque, visando atemorizar  os divergentes.   Como sempre o alvo principal de seu ódio é o PT.  Absurdamente, o Globo afirma que o partido é que agita a questão (pelos radicais), e que o nosso Civita não é Murdoch.  Ora, não foi o Partido dos Trabalhadores que desvendou  o conluio entre a Veja (Policarpo Jr), Demóstenes e  Cachoeira;  quem trouxe tudo ao  público foi a Polícia Federal e, particularmente, o Delegado, Raul Alexandre Marques Souza, encarregado da operação ao depor na CPIM. Assim age a mídia solidária.

Pode também ocorrer uma manobra preventiva do jornalão e seu sistema, pois vislumbra-se algo com a sua participação na repercussão sistemática  que promovia das denúncias criminosas vindas do complexo Veja/Demóstenes/Cachoeira.
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A segunda questão, já foi abordada aqui, é do Procurador-Geral. Ele apressou-se a usar em sua defesa os mesmos argumentos da mídia. Foi muito pouco imaginativo: atribui a sua grave omissão de sentar-se, com sua mulher, sobre as investigações da operação Vegas, atribuindo tudo aos parlamentares e aos "radicais do PT" , misturando o original argumento de que eles estão "morrendo de medo do mensalão". Estranhamente foi esta  a alegação  da Revista Veja, sendo até capa de uma sua edição. A repetição se tornou evidente.
Ora, quem na CPI insiste em seu depoimento é um senador do PSOL -Randolfo Rodrigues , acompanhado da maioria dos membros da Comissão.
Olhem só isto:
"É preciso listar três evidências que desmontam o raciocínio de Gurgel, que teme de ser acusado de prevaricação:
1)   Não foi Gurgel, mas Antônio de Souza, procurador-geral à época, quem apresentou a denúncia contra os réus do mensalão. Primeiro ponto para mostrar que a personificação  não cabe nesse caso.
2)    A denúncia foi acolhida pelo STF, onde o processo agora tramita. Não ha nenhum risco à continuidade da ação penal e seu julgamento.
3)     Caso se veja impedido de fazer a sustentação oral pelo Ministério Público no julgamento do mensalão, há vários subprocuradores capaz de conduzi-la de forma brilhante.
Portanto , Gurgel tenta se confundir com a instituição de maneira tosca e ciente do apoio da mídia, interessadas em misturar os casos"   (CPI - Cynara Menezes - Carta Capital desta semana).
           Não ha necessidade de acrescentar mais nada, apenas que se configura um estranho conluio entre uma parte da mídia e "o protelador geral".
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VHCarmo.
                 

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