sexta-feira, 27 de abril de 2012

PROCURADOR GERAL ENCACHOEIRADO...


                      Até que ponto o Procurador Geral Roberto Gurgel pecou por omissão?
                       O que teria sido evitado, desde 2009, quando a Polícia Federal, na Operação Vega, já detectara  as ligações do Carlinhos Cachoeira com Demóstenes e solicitara ao Procurador a investigação, perante o STF, das ações criminosos comandadas pelo Senador ?
                       O Procurador Geral tão diligente, agora, em abrir investigação contra o Governador de Brasília e poupar o de Goiás, sentou-se, em 2009, sobre os relatórios que lhe foram endereçados pela Polícia Federal naquela operação, e sobre a solicitação da mesma PF para autorizar a investigação no STF da ligação do Senador Demóstenes  com o Cachoeira. O Procurador permaneceu sentado até vazar a cachoeira.
                       Foi uma grave omissão que ora se tornou evidente, pois teria sido levada ao conhecimento do público e até do Congresso, a descoberta, já àquela época, da ligação criminosa do Senador Demóstenes com Cachoeira e, consequentemente, abertas as portas para o que veio a ser, no seu desdobramento, a atual operação Monte Carlo e a CPI.
                     O que não se pode admitir que este claro comprometimento (proteção) do procurador Roberto Gurgel com Demóstenes permaneça “esquecido” e que se lhe permita continuar participando no “Processo Cachoeira” promovendo investigações.
                       Teria ele legitimidade para continuar, depois do que fez?
                        O Procurador não está acima da lei e o seu delito de omissão em prejuízo da administração da Justiça deve ser no mínimo investigado, pois evidencia uma ligação com Demóstenes e seu manancial encachoeirado.
                        De lembrar o rigor e a pressa do Procurador nos casos dos Ministros Palocci, Orlando Silva, Pimentel e outros (vítimas das denúncias da Revista VEJA, porta-voz do Carlos Cachoeira) que, por sinal, não tinham a mesma gravidade. Aliás, o STF acabou por inviabilizar quase todas.
                        O insuspeito jornal Folha de São Paulo, de hoje 27/04, sem descer a maiores comentários traz em manchete na página A8, em letras grrafais:

“PF apontou elo de Demóstenes com Cachoeira em 2009”.
             O procurador Roberto Gurgel que tomou conhecimento e engavetou, revela-se o “engavetador geral” às avessas: ele blinda os crimes da oposição e da mídia.
              Seria pertinente à CPI do Cachoeira ouvir esse Procurador tão zeloso, para pedir-lhe as explicações sobre a sua grave omissão e considerar até que ponto ela não foi dolosa.
                A venda da JUSTIÇA deveria ser transferida para cobrir os olhos do Procurador.

VHCarmo.







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