terça-feira, 3 de abril de 2012

DOIS TÓPICOS ...

                            O caso Demóstenes, reserva moral da oposição,  é emblemático dos tempos políticos  que vivemos. Uma entrevista prestada ao jornalista Paulo Henrique Amorim, no seu blog, um ex-prefeito de Anápolis, estabelece a ligação entre este caso e o "mensalão" contra o PT.     O vídeo que desencadeou aquele processo foi "produzido" pelo mesmíssimo Carlinhos Cachoeira e expertamente aproveitado por Roberto Jefferson e toda a gang para nocautear o então Ministro José Dirceu. 
                                        O vídeo, como ora se sabe, é de fato que teria ocorrido dois anos, no Rio de Janeiro, antes de sua edição pela revista VEJA e seus Civitas, que esconderam a sua anterioridade.
                             Mas, tudo que se passou fazia parte da frustrada tentativa de impedir a reeleição do Presidente Lula.  A entrevista no blog PHA é sugestiva.
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                                     O que segue, neste segundo tópico, ainda   é coisa de nosso tempo político em que a oposição partidária se desmantela a olhos vistos e tem como único suporte a mídia desregulada.  
               Este escriba transcreve aqui algumas linhas do texto do  jornalista Sérgio Lírio:  "José Serra a âncora" na Revista Carta Capital desta semana, no qual comenta a "farsa" da prévia tucana para a escolha do candidato do partido à prefeitura de São Paulo:
                   "Para os fundadores da legenda (o PSDB) realmente doloroso é constatar mais uma vez que sua verdadeira (ou talvez única) base de apoio social se resume aos meios de comunicação. E, talvez nem esse seguimento se mostra mais tão entusiasmado. Na terça-feira, o Estado de São Paulo não escondeu a sua irritação".
E prossegue citando o texto do jornal:
"O segundo resultado constrangedor (das prévias) foi a própria vitória de Serra (...) tal desfecho foi a proverbial vitória de Pirro, sem tirar nem pôr".
                        É de se observar que o PSDB teria cerca de 25 mil filiados aptos a votar e pouco mais de 6 mil teriam comparecido, tudo segundo o Estadão.                     

                        Ao final do pleito restou indisfarçável o descontentamento com o processo eletivo por parte dos perdedores, inclusive do ex-comunista José Anibal.
                      Os números confirmaram, mais uma vez, o caráter de "cúpula"do partido tucano, pois descontados os  militantes  que são políticos profissionais e os ligados ao partido em funções remuneradas e às subprefeituras que "teriam sido coagidos a votar no Serra", sobrou pouca coisa.
                         Apenas para uma comparação: o Partido dos Trabalhadores, partido de massa,  que tem como filiados quase um milhão de votantes, em pleno ataque do "mensalão" elegeu o presidente do partido com o voto de cerca de 300 mil filiados. É indiscutível a penetração do Partido dos Trabalhadores em todas as camadas da população com seus milhões de simpatizantes.
                      Aguarda-se, como de praxe, uma "campanha suja" para a prefeitura paulistana aquilo que tem sido a característica das campanhas em que  participa o indefectível político Serra.  Já há sinais disto quando um bispo católico de Guarulhos (embora de outro município) faz distribuição de panfletos contra o PT nas Igrejas da capital.   Aliás, é um reaproveitamento dos panfletos flagrados pela PF na última campanha presidencial, ora liberados.
                               O tempo dirá e a "certeza" midiática, às vezes falha.
VHCarmo. 

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