quarta-feira, 23 de março de 2011

Ligeirinha - A proteção assassina...

                          Este escriba observou , aqui neste espaço, que a proteção prometida ao povo líbio era mais uma agressão a esse próprio povo, e constitui uma violência, como sempre, promovida pelos EEUU e seus comparsas. É o colonialismo ressuscitado nos tempos atuais, por meios destruidores. É a tentativa de apropriação total das riquezas dos paises africanos, principalmente o petróleo. É mais uma guerra covarde onde se despejam bombas sobre um pais pobre, mirando alvos civis, destruindo lares, hospitais, escolas, assassinando civis indefesos que, criminosamente, dizem proteger.
                         A agressão é tão insólita que até o povo americano em 40 cidades, saiu às ruas para protestar, com o decisivo apoio da ANSWER que reúne milhares de associações civis nos EEUU. O slogan veiculado dizia ironicamente “Bombardeando a Líbia para salvar a Líbia” e “Parem de bombardear a Líbia”.
                        A Rússia, por seu Primeiro Ministro, denominou a invasão como “cruzada mediaval” e a China, por seu embaixador permanente na ONU, Li Baodong, declarou que “A China nunca esteve a favor de recorrer à violência nas relações internacionais” e reprovou energicamente a agressão.
                            Argentina, Bolívia e Equador, por seus Ministros das Relações Exteriores, manifestaram a sua indignação contra os ataques que, segundo declaram, visam o Petróleo e sequer foram tentados os meios diplomáticos.
                          O Conselho Mundial da Paz (CMP) afirmou em nota distribuída no Domingo – dia 20 – “sua veemente condenação à agressão imperialista iniciada contra a Líbia”.
                           O Brasil ficou solidário com as manifestações contrárias à agressão, depois de ter acompanhado no Conselho de Segurança da ONU  a China, a Índia, a Rússia a Alemanha que não endossaram os ataques.
                           O ex-presidente Lula reafirmou de modo claro o que todas as pessoas minimamente informadas sabem:
                      “ Essas invasões só acontecem porque a ONU está enfraquecida. Em vez de mandar aviões para bombardear a Líbia, a ONU deveria ter mandado um um representante para negociar a paz.    Sou solidário com a posição do Brasil que se absteve no CS contra a agressão. Essas invasões só acontecem porque a ONU está enfraquecida”.
                          Olhem amigos o que a mídia ocidental tenta esconder e minimizar. Uma pesquisa nos órgãos de comunicação não comprometidos com a agressão insólita contra a Líbia, apura-se o que vai aí transcrito, abaixo, em resumo.

                                Coalizão dos EUA ataca Líbia com mísseis e mata mais de 100 civis.

                                    Sob o pretexto de “proteger civis”, EUA, França e Inglaterra já explodiram, desde o dia 19, hospitais, ônibus, casas, carros particulares, estradas, aeroportos, pontes e a residência do líder KadafiA operação “Alvorecer da Odisséia” assassinou, em três dias se-guidos de ataques, mais de 100 civis líbios e feriu centenas – inclusive bebês e mulheres -; atingiu dois hospitais e uma clínica cardiológica; destruiu ônibus, automóveis e casas; devastou estradas, pontes, aeroportos civis e até uma aldeia de pescadores; e incendiou um oleoduto e vários depósitos de combustível.
                                   A residência de Kadafi no bairro de Bab el Azizia, na capital, que Reagan bombardeou em 1986, voltou a ser destruída 25 anos depois por míssil disparado de submarino inglês. Além de Trípoli, já foram bombardeadas Benghazi, Zuwarah, Sirta, Tarhuna, Misrata, Maamura, Jmeil, Sebha e outras cidades. O ataque, encabeçado pelos EUA, França e Reino Unido, começou na véspera de completar oito anos de invasão do Iraque, ex-Operação Tempestade no Deserto, rebatizada por Barack Obama como “Novo Amanhecer”.
                                                                  B-52
Não foi apenas o governo líbio que denunciou o banho de sangue desfechado a partir de porta-aviões e submarinos norte-americanos, ingleses e franceses, e inclusive por bombardeiros de longo alcance B-2 desde os EUA. A Rússia denunciou que “ataques contra alvos não-militares [isto é, contra civis] nas cidades de Trípoli, Maamura e Jmeil”. Como consequência – acrescentou o porta-voz da chancelaria russa, Aleksandr Lukashevich, “morreram mais de 48 civis e mais de 150 ficaram feridos”. Ainda segundo a Rússia, “um centro de cardiologia ficou parcialmente destruído e estradas e pontes foram atingidas” pelos bombardeios. Em três dias, a carnificina já chegara a mais de 100 civis e centenas de feridos, o que reforçou a condenação, ou oposição aos bombardeios, da China, Índia, Brasil, Alemanha, Turquia, União Africana e muitos países latino-americanos. Um quadro tal que o secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, que articulara a proposta de “uma zona de exclusão aérea sem tropas terrestres”, se viu forçado condenar no domingo dia 20 os bombardeios. “Era para proteger civis, não para matar mais civis”, admitiu, para, no dia seguinte, se dizer “mal interpretado”. Além dos EUA, França, e Reino Unido, outros satélites mandaram seus aviões e navios para a agressão à Líbia, como a Espanha, Canadá, Bélgica e Dinamarca, além do protetorado do Qatar. A Itália “sobrevoa mas não dispara”. Por causa da oposição da Alemanha e Turquia, segue emperrada a manobra para que a agressão passe a ser assumida, formalmente, pela Otan.
                                                        FUNERAL COLETIVO
Só no primeiro informe dos raides aéreos divulgado pelo Pentágono, 112 mísseis de cruzeiro Tomahawk “contra 20 alvos”; por sua vez a França deixava seu rastro de sangue e bombas na estrada para Benghazi e outros pontos do país. A televisão líbia, que exibira imagens de pessoas hospitalizadas após o bombardeio aéreo, mostrou também um funeral coletivo em Trípoli das vítimas civis da agressão estrangeira. “O tio de um bebê de três meses, uma menina, ficou parado diante do recém-cavado túmulo, coberto com algumas rosas”, descreveu o correspondente na capital do jornal “China Daily”. “O tio, Muhamad Salim, relatou que o ataque aéreo que atingiu a casa do bebê também feriu sua mãe”. O jornal chinês registrou como o funeral coletivo se transformou em uma manifestação contra o agressor estrangeiro, com uma multidão percorrendo as ruas da capital, acompanhada de milicianos que disparavam para o alto. “É isso que eles chamam de democracia? Isso não é senão a matança de gente inocente, bebês, gritou uma jovem, enquanto outros protestos espocaram e irromperam convocações para a guerra de libertação”. No sábado dia 19, a televisão líbia denunciou a investida da força de agressão estrangeira contra a cidade natal de Kadafi, Sirta, a 600 km da capital. “Vocês viram aquele lugar [o aeroporto da cidade]. É um aeroporto civil. Foi bombardeado e muitos morreram”, disse aos correspondentes estrangeiros o porta-voz do governo líbio, Mussa Ibrahim. “Também foram bombardeados portos”. Na segunda-feira dia 21, os ataques foram contra Sehba, cidade a 750 km que, para a mídia imperial, é um bastião da tribo Guededfa, a mesma de Kadafi. Nem mesmo um pequeno povoado de pescadores, a 27 km da capital, e sem qualquer importância militar, foi poupado.

VHCarmo.

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