Na mesma linha deste escriba e com maior realce, naturalmente, o Zé Dirceu em seu blog (texto que abaixo transcreve) analisa a agressão à Líbia, engendrada pelas potencias ocidentais comandadas pelos EEU e as suas decorrências imediatas.
Numa hora destas, abram-se parentesis, causa perplexidade que sendo o presidente negro amricano detentor do prêmio nobel da paz, inicie mais uma aventura militarista dos USA e tente justificá-la como ato de proteção ao povo líbio. Fica claro que o Presidente não reune poderes para alterar a ação agressiva - de nítido caráter geopolítico - de seu país.
Soube-se, hoje pelo noticiário, que os EEUU estão querendo se livrar da ação direta, passando a usar a OTAN e os aliados europeus para comandar o trabalho
Aconteceu, como seria fácil de imaginar, a transgressão dos limites estabelecidos pelo Conselho de Segurança da ONU para a operação, pois os "aliados" promovem um ataque violento contra o território líbio, atingindo a população civil. Até a servil Liga Árabe está protestandao contra a operação transgressora bem como a China, a Rússia e o Brasil.
Enquanto isto a repressão violenta contra o povo desarmado nos paises árabes e do norte da África prossegue, como se nada houvesse.
Vejam o texto:
Enquanto a Europa descobre o tamanho da enrascada em que se meteu , prossegue a ocupação militar do Bahrein pelas forças armadas da Arábia Saudita e do Qatar, com inteiro respaldo e apoio dos EUA.
Mas, esta invasão e a violenta repressão às manifestações de protesto e rebeliões no Iêmen e na Síria não encontram, nem na mídia nem nos governos ocidentais, o mesmo repúdio e apoio que a oposição teve na Líbia.
As oposições no Marrocos e na Argélia continuam lutando sozinhas e a repressão só aumenta com dezenas de mortos em todos esses países. A pergunta que mais ouvi aqui na Europa é: e agora? Mas, ninguém tem a resposta.
Sensação é de embarque em aventura militarista.
Fica a sensação de que uma nova aventura militarista e geopolítica norte-americana foi iniciada sob o manto humanitário da defesa da população civil e dos direitos humanos sem que as consequências tenham sido devidamente avaliadas.
E fica claro que os invasores só têm essa "preocupação" em relação à Líbia, governada por um inimigo dos EUA. Nenhuma potência preocupa-se em proteger as populações civis e os direitos humanos nos outros países conflagrados.
Na Líbia (e nos outros países árabes e do Oriente Médio) cada governo e país atuou segundo seus interesses - os dos EUA, derrubar o presidente Muamar Kaddhafi, impecilho a que eles assumam o controle do petróleo líbio.
Alguns destes países, inclusive, há anos vinham mantendo relações especiais com Kaddhafi. Nem vamos longe: são os casos da França, do presidente Nicolas Sarkozy, da Itália, do premiê Sílvio Berlusconi, e do próprio governo norte-americano, cuja secretária de Estado, Hillary Clinton, há não mais que dois anos declarava que Washington queria estreitar relações com o regime líbio._______________________________.Acrescente-se que o filho do Kadaffi declarou à mídia inernacional (diga-se Reuters) que a Líbia financiou a campanha eleitoral do Sarkozzy e deu-lhe dinheiro.
O Presidente francês tem razões de sobra para comandar as agressões e saltou à frente ao reconhecer os rebeldes cujo comando não se identifica até agora. Os aviões franceses foram os primeiros a atirar mísseis contra a Líbia.
VHCarmo.
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