domingo, 6 de março de 2011

Alarmismo da inflação....

                                      Não há duvida: o alarmismo da mídia em relação a inflação obedece interesses inconfessáveis e de difícil detecção. Os jornalões, desde meados de janeiro, vêm alarmando a população, prognosticando um descontrole da inflação, como se fora algo inevitável e trágico.
                                       Embora as autoridades do governo venham tranquilizando o povo de que estaria tudo sobre o controle e se gestando uma reversão de tendência pela ocorrência de uma política específica e pela reação da economia com o ingresso da nova safra, os jornalões insistem, ainda hoje, em prever o pior. Como sempre trazem para amparar suas teses furadas os “especialistas” sabujos.
                                       Pois bem, os órgãos encarregados de monitorar o processo inflacionário, inclusive a Fundação Getúlio Vargas já anotam o declínio da inflação, e o que melhor, declínio  focado na baixa dos preços dos alimentos, significativo porque atinge os mais pobres.
                                       Por singular coincidência, a alta dos alimentos é o aspecto sempre mais explorado pela mídia para alarmar a população. Nas Tvs são correntes as entrevistas nos supermercados de pessoas que estariam, estranhamente, insatisfeitas com os preços; tudo para inquietar o distinto público.
                                    A gente, até por falta de tempo em que o carnaval nos consome e para se estender na compreensão devida desse assunto, a gente transcreve, abaixo, um texto esclarecedor.

                                      É interessante ler e refletir.

                                       A alta menos expressiva dos preços dos alimentos em fevereiro foi a grande responsável pela desaceleração da inflação percebida por famílias de baixa renda - classe que destina 40% de seu rendimento a essa área de despesas, afirma a Fundação Getulio Vargas (FGV). Os alimentos passaram de uma alta de 1,32% em janeiro para 0,05% em fevereiro, segundo o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 - (IPC-C1).
                                     A desaceleração contribuiu para que o indicador da FGV subisse 0,32% em fevereiro, após ter alta de 1,40% no mês anterior. "De dezembro para cá os preços dos alimentos começaram a apresentar algum alento", afirmou o economista da FGV André Braz.
                                   Segundo ele, descontando os alimentos in natura, que tradicionalmente sobem nesta época do ano por questões climáticas, os gêneros alimentícios passaram de uma alta de 1,35% em dezembro para queda de 0,11% em janeiro e de 0,47% em fevereiro.
                                 As chuvas fortes que atingiram algumas partes do País contribuíram para que os alimentos in natura ficassem mais caros. Hortaliças e legumes, por exemplo, subiram 13,09% em janeiro e 3,05% em fevereiro. Mas Braz destacou que a inflação de alimentos já não é tão forte quanto parece, pois há itens mais próximos à mesa do consumidor que estão até mesmo em deflação. "Alimentos que tiveram altas expressivas em 2010 agora estão devolvendo o aumento. As carnes, por exemplo, subiram 28,37% em 2010 e parte disso ainda voltará para o consumidor."
                            Com isso, segundo Braz, é possível que os alimentos apresentem deflação em março.
                             Braz lembrou já existir uma expectativa de pressão inflacionária sobre os alimentos no mundo em 2011 por causa de uma reduzida oferta mundial, estoques em baixa e condições climáticas desfavoráveis. Milho, trigo e soja podem continuar subindo e pressionando a cadeia de alimentos derivados deles. Em sentido contrário ao dos alimentos, o item despesas diversas pressionou a inflação para cima. Nesta conta, diz Braz, o destaque fica com cigarros e jogos lotéricos. "É a inflação dos vícios", brincou ao lembrar que os três itens acumulam altas acima da inflação nos últimos 12 meses.
                            Cigarros passaram de 0,09% em janeiro para 2,68% em fevereiro, acumulando alta de 8,45% em 12 meses, enquanto o IPC-C1 no mesmo período foi de 6,79%. Jogos lotéricos passaram de 2,67% para 9,36%, com alta de 12,28% em 12 meses. A inflação do carnaval também está pesando para as famílias de baixa renda. A refeição em bar subiu 1,76% em janeiro, 1,97% em fevereiro e ficou 10,68% mais cara nos últimos 12 meses.
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  vhcarmo.           

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