quarta-feira, 3 de março de 2010

Os movimentos sociais e a democracia.


03.03.2010.
      Está se disseminando entre nós a  intolerância para com os movimentos sociais e as reivindicações ligadas à posse da terra e a questão racial. O DEM se socorre, seguidamente,  das vias judiciais para tentar  barrar todas as ações afirmativas.  Há em voga uma mistificação, quanto à equidade e a igualdade estabelecidas na Constituição brasileira.  O artifício se prende em dar ênfase à igualdade formal, em que se propõe serem todos iguais perante a lei  para frustrar a primazia das oportunidades e equidade  na questão social em que se inspira o texto constitucional.   Igualdade concreta impõe  tratar de forma desigual os desiguais.  Tanto na questão das cotas para negros  e índios nas universidades, quanto na questão da propriedade da terra o que muitos pretendem é a aplicação da igualdade em seu aspecto simplesmente formal que, evidentemente,  privaria as classes sociais de estrato mais baixo bem como aos negros da oportunidades de ascenção social.  
                     Transcrevo: "A democracia perde toda a força e se torna um instrumento de gestão política nas mãos dos poderosos se ela não for fortemente ligada aos movimentos sociais populares, se ela não representar as demandas e protestos daqueles que são dominados pelas elites que se abrigam sob um princípio  impessoal de racionalização e ordem"  (Alain Touraine - Pourrons-nous vive emsamble? -Egaux etdifferants" - pg. 315).

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