Em setembro quando prestadas as declarações pelo empresário os jornalões e as Revistas ainda tinham esperanças em relação ao mensalão. Aguardaram. Não deu. Agora encontraram a oportunidade de voltar ao depoimento requentado. Haja manchetes, vídeos e reproduções de noticias velhas (adulteradas ou não), noticiários, depoimentos de agentes neofacistas. Arranjaram até um amante para Lula, atacando sua intimidade, da sua família e da pretensa amante. Tudo sem o menor escrúpulo. É o vale-tudo!
Este escriba transcreve abaixo o bem postado texto, sobre o assunto, no Blog Cidadania do jornalista Edu Guimarães.
Olhem só:
É inútil. O país sabe que querem destruir Lula.
Vai se cumprindo o script. É tudo tão previsível que chega a dar preguiça de comentar. Lula não é menos alvo hoje do que era há dois, quatro, seis, oito, dez, vinte ou vinte e dois anos. Entre 1989 e 2012, ele foi acusado de ser racista, abortista, ladrão, pedófilo, estuprador e assassino, entre outros. Não se consegue lembrar acusação que não tenha sofrido.
A cada manchete contendo uma “bomba” contra
Lula, quase é possível ouvir os barões da mídia, seus pistoleiros e a oposição
partidária de direita exclamarem “Agora vai”, ou seja, que, desta vez,
desmoralizarão o retirante nordestino que se tornou um dos maiores líderes políticos
do mundo.
Os mesmos jornais, revistas, rádios e televisões
que dia após dia, sem um único intervalo, durante as últimas duas décadas
tratam de tentar desmoralizar esse homem com todo tipo possível e imaginável de
acusação, renovam suas esperanças pérfidas a cada nova tentativa.
Já usaram até uma ex-namorada de Lula para
destruir sua imagem pública – ela o acusou de abortista e de racista. Já
publicaram acusação de que ele tentou estuprar um garoto de 15 anos; já
disseram que assassinou 200 passageiros de um voo comercial que terminou em
tragédia.
Os brasileiros estão sempre esperando uma nova
acusação contra Lula. Ele foi acusado até quando contraiu câncer, por não se
tratar no sistema público de saúde. Afinal, como pode um retirante nordestino
querer se tratar em hospitais que deveriam ser exclusividade de políticos com
pedigree, como Fernando Henrique Cardoso?
Alguém imagina que se um dia o ex-presidente
tucano adoecer gravemente a oposição midiática irá cobrar dele que se trate em
hospitais públicos? Alguém irá cobrar o mesmo de José Serra ou de Geraldo
Alckmin?
Contra Lula, argumentam que deveria se tratar no
sistema público porque, durante seu governo, exaltava as obras que fez no
setor, como se todo governante não fizesse o mesmo. A diferença é que um
eventual câncer de FHC ou de outros políticos “com pedigree” nem seria
noticiado.
Sobre Marcos Valério, chega a ser ridículo ter
que explicar que ele está à beira do desespero por estar prestes a voltar às
masmorras em que já sofreu toda sorte de sevícias. Sua estratégia para tentar
escapar é oferecer ao Judiciário partidarizado e à mídia oposicionista o que
mais desejam: uma acusação que permita a abertura de um processo contra Lula.
A direita midiática, claro, não conseguirá
indispor Lula com o povo. Já houve acusações piores e nunca deram certo. Mas o
objetivo não esse.
A esperança é a de que o inquérito que o atual
procurador-geral da República certamente irá instalar antes de agosto, quando
deixará o cargo, crie constrangimento para uma candidatura de Lula à
Presidência ou até ao governo de São Paulo, ainda que sem condenação em
primeira instância uma eventual candidatura sua não possa ser impedida pela lei
da ficha limpa.
Enfim, nada de novo no front. Por falta de
votos, a direita midiática tenta conseguir no tapetão o que não consegue nas
urnas. Será inútil, mais uma vez. A maioria dos brasileiros não irá arriscar o
bem-estar social que conquistou em troca de discursos “éticos” em favor de
políticos como os tucanos, contra os quais pesa tanto ou mais do que contra os
petistas.
A única esperança para essa direita midiática
retomar o poder seria a crise mundial produzir desemprego, queda dos salários e
inflação por aqui. A chance, porém, é muito pequena. Os governos Lula e Dilma
provaram ao país que é possível atravessar crises sem empurrar a conta para a
maioria. Portanto, esse novo “plano infalível” terá o mesmo destino dos outros.
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