Da
belíssima e histórica São Petersburgo partimos por via férrea para Moscou. Também num trem confortável, bonito e rápido,
correndo cerca de 200
quilômetros horários. A viagem demorou três horas e
meia. A paisagem se alterou aos poucos,
surgindo pequenas elevações, alguma cultura agrícola, vilas pequenas e algumas cidades, até o ingresso nas cercanias
da grande Metrópole e suas cidades satélites.
Como
todos sabem: Moscou é uma das maiores e mais populosas cidade do planeta, vinda
de distante antiguidade, reunindo um grande acervo antigo, medieval, moderno e
contemporâneo. Invadida e ocupada por
povos tribais foi o grande ponto de fixação dos eslavos cujo Kremilin é o seu
marco civilizatório inicial. Lá se encontra um museu cuja riqueza é
incalculável.
A
Igreja Ortodoxa e seus ritos incorporaram-se majoritariamente como religião da
Rússia tendo em Moscou seu ponto máximo.
A cidade tem templos cristãos ortodoxos por toda a parte, sendo difícil
mesmo conta-los em uma simples visita, tal a quantidade delas. No
Kremilin há uma pequena praça conhecida como Praça das Sete Catedrais, dentro e
no meio da fortaleza histórica um dia ocupada por Napoleão Bonaparte. A mais antiga Catedral da praça foi
transformada em Panteon, onde estão os túmulos dos fundadores do antigo império
e seus líderes religiosos. As igrejas
ortodoxas se destacam por sua beleza arquitetônica, sua riqueza interior e seu acervo de arte sacra.
O
povo russo é profundamente religioso e os templos estão sempre cheios de fiéis.
A
cidade de Moscou é, sem favor, uma das mais belas cidades do mundo e aquela
onde existe um incomparável sistema de transporte coletivo. O Metrô, além de sua grande extensão, foi
planejado de forma a atingir todos os pontos distantes da urbe, combinando a
forma circular, com raios partidos do centro num engenhoso sistema. Famosas e conhecidas são suas várias estações
pelo que ostentam em arte, principalmente pinturas, murais e estatuária de figuras dos primórdios
da história russa até as iminentes personalidades e os símbolos da época do
socialismo quando foram construídas todas as suas linhas.
Este
blogueiro quando pela primeira vez, há mais de trinta anos, penetrou na Praça
Vermelha se sentiu profundamente emocionado com sua majestade, beleza e sua
importância cultural e histórica. Desta vez não foi diferente. A Praça Vermelha é local símbolo da história
russa e um dos grandes monumentos da civilização humana. A Praça é o Kremilin e este é a Praça. De um lado a belíssima Catedral de São
Basílio e do outro a vermelha biblioteca nacional. O Gum, antigos armazéns da época do
império, construção belíssima hoje é o centro ultramoderno de um comércio
altamente sofisticado. O templo de
consumo capitalista está na praça em frente ao mausoléu de Lenin, incontestável
figura histórica de seu povo e de seu recente passado socialista. A história,
antiga e próxima, se conta ali como patrimônio da cultura do povo russo. Nos muros do Kremilin, aos olhos do publico,
estão os túmulos dos chefes de estado da época do socialismo, do pioneiro
viajante espacial Yuri Gagarin e a chama
eterna do soldado desconhecido.
Os
jardins de Alexandre III que rodeiam a fortaleza são belíssimos e ricos, ali uma
árvore foi plantada pelo astronauta pioneiro e lá está, a beira do Rio Moscova.
Destaca-se, a frente do monumental
portão dos jardins, a majestosa estátua equestre do grande general ZUKOV herói
russo da segunda-guerra mundial (a Guerra Pátria). Sobre o cavalo esmaga os
símbolos germânicos dos nazistas, vencidos pelos exércitos russos por ele
comandado.
Os palácios de Verão da Catarina (a
grande) e de seu filho Paulo, com seus imensos parques e jardins, em Puskin a
cerca de 40
quilômetros do centro de Moscou, que visitamos, são
belíssimos e têm enorme acervo de obras artísticas (quadros, estátuas, móveis e
decoração); são imperdíveis para quem chega até a capital.
No mais a cidade de Moscou deixa a
gente feliz de ter a oportunidade de visitá-la; pois alia a sua beleza ao seu patrimônio
que dignificam o homem como produtor de sua história.
De
Moscou voamos para Paris e daí retornamos ao Brasil, ao Rio Cidade Maravilhosa.
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VHCarmo.
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