Neste momento em que as atenções estão voltadas para STJ no julgamento dos acusados do chamado Mensalão, é preciso não esquecer, esse sim, um dos maiores escândalos da história da República: o do Cachoeira e seus comparsas.
Por envolver a mídia, (os jornalões e Revistas) ela pouco, ou nada, noticia sobre essa "cachoeira" de crimes, poupando os confrades que fizeram a parte essencial na articulação, ou seja, colocando-a perante a opinião pública através de seus veiculos, expondo inocentes e escondendo criminosos. Demais dito, é sabido que a mídia, em sua esmagadora maioria, faz oposição ao goveno federal e está sendo decoberta na CPMi a sua atuação criminosa.
Vendo o Procurador Gurgel sustentar a acusação no STF, a gente se põe a imaginar que ali ocorre uma verdadeira "pantomima", posto aquele homem ali, tão minucioso e diligente, prevaricou ao “esconder” a Operação Monte Carlo, cuja gravidade é incomparável. Sua omissão é de 2009. Quantos crimes poderiam ter sido evitados! Quantos inocentes foram humilhados e viram sua honra enxovalhada, a própria origem da farsa do mensalão vem do grupo Cachoeira!
Na sua fala no STF Gurgel ataca, durante todo o tempo, o Partido dos Trabalhadores, manifestando um nítida opção partidária.
CPI apontará envolvidos nos três poderes e na imprensa
Publicado em 06-Ago-2012
O que estamos vendo, pela documentação existente, é que se trata de uma sofisticada organização criminosa que capta dinheiro em atividades ilícitas, faz esses recursos passarem por atividades lícitas, como é o caso da empresa de fármacos Vitapan – mas não só –, e também para atividades de campanhas políticas.
O que aconteceu foi que essa organização criminosa, depois que aprendeu a explorar uma fragilidade do sistema político-eleitoral brasileiro, que é exatamente o financiamento de campanha eleitoral, tendo criado o vínculo com os políticos a partir dessa atividade de financiamento das campanhas eleitorais, para diversos partidos e em diversos estados do país, a organização criminosa conseguiu capturar contratos de obras e serviços com diferentes governos, principalmente governos de estados e prefeituras.
É a primeira vez que temos provas de uma organização criminosa financiando, de forma regular e contínua, atividades políticas no país. Dessa forma ela passou a cooptar membros dos poderes legislativos, dos executivos, do judiciário e da imprensa. E não é algo que ocorra apenas durante as campanhas eleitorais: os fluxos de recursos são permanentes e se dão ao longo de todo o tempo.
Sobre o andamento dos trabalhos da CPI.
No momento a CPI está debruçada sobre a tarefa de identificar a organização criminosa em sua totalidade. Sabemos que ela se baseia inicialmente no jogo das máquinas de videopôquer. Para essa atividade a organização conta com a proteção da política, tanto para manter suas máquinas funcionando como para fechar os pontos dos concorrentes.
Os próximos passos da CPI estão definidos assim: primeiro, vamos buscar o desmantelamento da organização criminosa; o segundo passo é tratar da recuperação dos bens que essa organização criminosa detém, de forma ilícita; o terceiro passo é identificar todos os agentes públicos envolvidos que, como eu já disse, atinge os poderes executivo, legislativo e judiciário em diversos estados da federação. O quarto e último passo é identificar os veículos de imprensa e jornalistas envolvidos no esquema. Há órgãos de imprensa envolvidos tanto de alcance regional quanto nacional. Até outubro pretendemos fazer isso.
(Extraído do blog do Zé Dirceu).
VHCarmo.
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