sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Os "BRIC" somos nós....

                         Até quando a gente vai suportar os agourentos, cultivadores do vira-latimo e dos “especialistas” de plantão? Nem a confissão indireta que induz a presença da chefona do FMI em Brasília para solicitar ajuda para o antigo “mundo desenvolvido”, ora em queda livre, convence essa gente comprometida com o atraso e a pobreza.   A importância do país lhes incomoda.
                            O inventor do termo BRIC (ora BRICS), no entanto se rende à importância do Brasil emergente que aqueles pobres diabos só sabem menosprezar.
                              Olhem só:
Uma operação de marketing de Jim O’Neill, presidente do Goldman Sachs Asset Management o mesmo economista que, num estudo de 2001, criou o acrônimo BRIC.

Vejam o que ele diz no Valor desta quinta-feira:

Dez anos de novos Bric para o mundo…

Ao olharmos para o futuro, nos próximos dez anos, os quatro países provavelmente verão desaceleração em seus índices de crescimento, mas sua participação no PIB mundial quase certamente aumentará. A China parece encaminhada a crescer de 7% a 8%, já que terá de enfrentar vários desafios, mas a Índia pode ter aceleração e por fim atingir taxas de crescimento no estilo chinês, especialmente se persistir em seu recém-descoberto zelo por reformas, como a importante decisão de dar boas vindas ao controle majoritário estrangeiro em empresas do setor de varejo. Em poucos anos, o PIB nominal combinado dos quatro países superará tanto o dos Estados Unidos como o da Europa. …

Com base em seu provável crescimento, a segunda parte de meu relatório de 2001 argumentava que os Bric precisavam assumir papel mais central na formulação mundial de políticas econômicas. Eles continuaram excluídos por muitos anos, o que os levou a promover seus encontros políticos conjuntos anuais. Na verdade, foi necessária uma crise total como a de 2008, para os países avançados finalmente perceberem a importância central dos Bric para a economia mundial moderna, sendo que a decisão de colocar o G-20 no centro da formulação política global foi basicamente uma iniciativa para incluir os Bric. Em 2001, argumentei que cada um dos Bric deveria juntar-se aos EUA, Japão, região do euro e talvez Canadá e Reino Unido para formar algum novo “G”, talvez um G-9 ou um novo G-7, se Reino Unido e Canadá ficassem excluídos. …

Enquanto isso, à medida que os países do Bric continuem a ver sua sorte melhorar, proporcionarão mais e mais oportunidades para que o resto de nós aprimore seus padrões de vida e prosperidade. De fato, para que o mundo continue crescendo frente aos desafios que se apresentam a muitas economias desenvolvidas, precisamos da argamassa econômica dos Bric, algo que, por sorte, eles têm de sobra.
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Reflexão deste humilde bloguinho:
             Este texto leva a gente a pensar, também, na  oposição política no Brasil e sua atual situação e militância. O seu recurso único, atualmente, tem sido se pautar na mídia desregulada, embora isto desfigure a sua missão institucional. Por outro lado, a persistência em se deixar conduzir lhe tem custado muito caro, afastando-a das fontes políticas principais do regime democrático: o povo e suas organizações sociais e de trabalho e empresariais. Há um visível desmantelamento dos partidos de oposição por falta de opções programáticas.
                  Não há dúvida, em resumo, que o sucesso das políticas do governo (particularmente na economia) esvaziam a virulência dos ataques midiáticos, enfraquecendo, por conseqüência, o discurso da oposição desfigurada.

VHCarmo.

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