quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Censura e o "direito de ver e saber"...


                                    Esse humilde bloguinho faz repetir um texto que já postou aqui e que em seu entendimento, se tornou atual, quando se questiona o “direito de ver e saber”,censurado pelas empresas detentoras do quase monopólio da informação no Brasil. As editorias dos grandes jornais e revistas censuram a publicação de matérias que possam estar em desacordo com sua pregação que encarna, sem dúvida, um movimento de oposição política, nem sempre leal e muitas vezes atingindo a esfera criminal e golpista.
                                       Olhem só, abaixo, essas notícias que foram sonegadas ao público pela grande imprensa:
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                   A transposição das águas do Rio São Francisco.

                                    A transposição das águas do São Francisco para 390 municípios do Sertão e do Agreste dos Estados da Paraíba, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte é um sonho que vinha desde o Império. Sempre foi tido como uma forma de redenção daquela região atingida periodicamente pela seca. A seca, por sua vez, alimentou as oligarquias nordestinas dos coronéis sem alma que a usavam para submeter as populações pobres, com poços, açudes ( que secavam) e frentes de trabalho, prolongando o domínio eleitoral e a miséria.
                                Por toda a República a transposição alinhou inimigos ferrenhos que sempre de tudo fizeram para preservar sua dominação e o atraso.
                                 Quando o Governo Lula resolveu encarar o desafio, recrudesceram as oposições ao projeto, já então, com o auxílio da mídia. Vencida a resistência inicial, quando foi necessário usar a engenharia do Exército, a obra foi iniciada. Aí, então, outro tipo de resistência apareceu, alinhando razões técnicas que, embora de pouca valia, teve alguma repercussão. A mais importante seria a alegação de que a água retirada iria secar o São Francisco que, primeiro dever-se-ia recuperá-lo. Argumento cediço uma vez que a água a ser retirada iria para a foz a poucos quilômetros e nada impedia a obra de recuperação simultânea que já estava e está em andamento. Motivos religiosos explorados pelos inimigos do projeto, chegaram a sensibilizar algumas pessoas e levaram um bispo mal informado a fazer greve de fome cuja repercussão foi frustrante, para ele e para a mídia que a propagou, talvez como o último cartucho da guerra contrário à transposição.
                                     Passado esse período e continuando a obra, tratou-se de omitir notícias sobre a mesma. Tem sido como algo inexistente, mesmo quando a obra já vislumbra a sua conclusão para o ano vindouro e 2012.
                                    Talvez, como sua última viagem como presidente, Lula foi inspecionar as obras da Integração do Rio São Francisco às bacias hidrográficas do nordeste setentrional. O projeto, como se sabe, vai garantir água a 12 milhões de nordestinos daqueles municípios.
                                   O Presidente afirmou “O que nós estamos fazendo é justiça social. Eu vim fazer aqui na Paraíba a minha última viagem até o fim do meu mandato e fiz questão, porque esta obra é fundamental para os nordestinos”. Lula disse que, em definitivo, toda a obra será concluída em 2012 e a prioridade será a produtividade da agricultura familiar e das pequenas cooperativas. Disse mais em tom emocionado: “ transposição é um das paixões da minha vida”.
                                    Os lotes 7 e 14 do Eixo Norte da obra é considerada a redenção para os quatro Estados. Lula visitou a obra do lote 14 e o túnel Cuncas I, maior túnel para transporte de água da América Latina, com cerca de 15 quilômetros de extensão, percorrendo os Municípios de Mauriti (CE), Barro (CE), Monte Horebe (PB) e São José de Piranhas (PB). No lote 7 estão sendo construídos 13,5 km de canais, 3 barragens, um aqueduto e a base de uma pequena hidrelétrica, percorrendo os municípios de São Jose de Piranhas e Cajazeiras, na Paraíba, desaguando no Reservatório de Engenheiro Ávidos (esta parte concluída agora em 2011). Além disso, as obras de integração criaram milhares de emprego integrando a população no consumo.
                                       Hoje, passada a campanha eleitoral, a gente pode avaliar porque a população nordestina votou em peso na Dilma. Ela, sem dúvida, representa a garantia do prosseguimento dessa magnífica obra que e é orgulho para todos os brasileiros e resgata o nosso querido nordeste tão abandonado pelos governos anteriores e tão explorado pela classe dominante cruel dos coronéis (felizmente em processo de extinção).
                                    O que dói é sentir que muitos de nossos patrícios se deixaram enredar pelos inimigos do povo; por aqueles que desprezam os nossos irmãos nordestinos e tentaram, irresponsavelmente, pregar a odiosa idéia separatista.
O nordeste com a sua multifacetada cultura é o Brasil numa das suas maiores e melhores  expressões.

VHCarmo.

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