domingo, 30 de outubro de 2011

Momentos de poesia....

      Dram de consciência.
Se eu pudesse fugir
ao paladar amargo desse destino
que devora meus dia
pela borda da nossa história,
talvez nã precisasse
varrer a varanda depois do crime.
Mas é que eu não sei ficar de fora
vendo sangue derramar na panela.
Eu não sei contemplar cardápio
e pedir língua de homem assada.
Nem esconder as lágrimas
atrás dos óculos
na hora triste do velório.
E se vocês pensam que sou perfeito
eu digo: não!
Eu também quebro pratos ao lavar a louça
e às vezes esqueço de regar as plantas.
Mas o que eu não admito em ninguém
é ficar sentado em cima do esqueleto
de algum sorriso humano.

Poema do jóvem poeta Ricardo do Carmo
do seu último livro: "Amor de consumo".

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