terça-feira, 2 de novembro de 2010

O "DIA SEGUINTE"...CHEGOU...

                                Às vésperas da eleição, no segundo turno,  a gente especulava aqui nesse espaço qual seria o “dia seguinte” da mídia após a eleição. Especulava-se qual seria a diretiva a ser adotada por ela na hipótese, agora confirmada, da eleição da candidata do governo, Dilma Rousseff.  Em princípio a gente não tinha ilusão de que pudesse haver uma mudança radical na orientação oposicionista dos principais órgãos da imprensa, aí incluídos o rádio e as TVs., até mesmo nas suas primeiras manifestações. Isto se confirmou.
                                As manchetes dos jornalões, de ontem (“o dia seguinte"), são particularmente indicativas da sua  nova embalagem de oposição. Fica, desde logo evidente que o primeiro tom, coincidentemente, tomado pelos 3 principais jornais do país consiste na tentativa de desconstrução da imagem da presidente eleita. A vitória dela seria, apenas, a vitória de Lula, chegando-se à afirmação de que ela não teria “luz própria”.
                                   A manchete do Estadão, em letras garrafais aponta: “A VITÓRIA DE LULA”. A Folha de São Paulo afirma na capa: “A petista... era praticamente desconhecida dos eleitores quando foi escolhida pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva”. O Globo, vai mais longe: “LULA ELEGE DILMA E ALIADOS JÁ ARTICULAM SUA VOLTA EM 2014”. Este último jornal, sabidamente o órgão de imprensa que assumiu sem o menor disfarce a candidatura do Caviloso José Serra, em sua primeira página, com chamada para texto interno (com duas folhas)  já publicou a lista daquilo que intitula “Para cobrar de Dilma”, com 190 itens.
                                       Mas o que fica evidente em todos os três jornalões é que a candidata seria, apenas, uma figurante e que o grande vencedor e próximo a disputar o  poder seria Lula.
                                       O que surpreende, no entanto, são os pronunciamentos de Dilma e as entrevistas concedidas por ela após o resultado das eleições. Revelando uma segurança, para muitos surpreendente, ela esvazia, de certa forma, a tentativa da mídia de desconstruí-la.
                                        Os jornalões já “nomearam” o seu Ministério - até com fotos dos ministros - e já profetizaram os seus passos nos vários setores do governo, sem sequer dar relevância às suas afirmações, entre outras, de que nomeações serão precedidas de consultas e estudos políticos com a base aliada o que é normal.
                                  A mídia  anuncia, com ênfase, a pressão dos partidos aliados por cargos, anúncio sem qualquer base no que vem efetivamente ocorrendo, com evidente intuito de provocar divisão, ou insinuar que a candidata seria influenciável a pressões, evidentemente prematuras.
                                   Em resumo: há uma tendência clara de que a mídia vai prosseguir militando na oposição ao governo com  a utilização, já usual, da produção de notícias, nem sempre verdadeiras mas revelando sempre um sentido oposicionista a qualquer preço.
                                 Impõe refletir, a esta altura, que após três derrotas consecutivas da mídia nas eleições, em que ela substituiu os partidos políticos oposicionistas, seria, no mínimo, uma questão de sobrevivência um reposicionamento de sua editoria. Pelo que parece, no entanto, nesse ‘DIA SEGUINTE”, a sua atuação não tende a mudar.
                              O perigo maior é que a mídia, em desespero, venha descambar para a conspiração golpista, na presunção da possível fragilidade da Presidente eleita. A campanha eleitoral mostrou até onde pode ir a atuação desestabilizadora da imprensa.
                                As condições políticas do próximo governo, considerando a composição do parlamento, daria uma certa margem de manobra para a defesa da candidata aos ataques da mídia que fatalmente virão. Mas, importante, também, é o grau de politização que vem crescendo no país – em virtude da queda da influência oligarca - em que a mídia vem perdendo gradativamente aquilo que se convencionou chamar de “formador de opinião”. Por outro lado a coexistência da “Internet”, foro mais livre da circulação de opinião, certamente amenizará também a contundência da atuação predatória da mídia oposicionista.
                                    Uma candente questão que se propõe nesse momento e que desafia os analistas é estabelecer as razões que informam a posição dos órgãos de imprensa (e a mídia em geral) para assumir nesse momento histórico em que o país vai encontrando o seu caminho de grandeza, a sua virulência oposicionista à margem dos partidos políticos. O momento é propício para questionar.

 A PRESIDENTE ELEITA, APOIADA PELA MAIORIA DO NOSSO POVO, SABERÁ SUSTENTAR E LEVAR ADIANTE  A RICA HERANÇA QUE RECEBERÁ DO GOVERNO LULA.
VHCarmo.

2 comentários:

  1. A dor de cotovelo vai durar muito tempo amigo.
    Vale a pena o velho chavão, "os cães ladram e a caravana passa".
    Um abração, becão!

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  2. Caro Vctor. Estamos todos de parabens, especialmente você que teve na campanha uma grande e vitoriosa participação através de suas palavras de esclarecimentos e de incentivo, que resultou numa derrota acachapante do candidato de oposição e da grande mídia.Antes de ler seu último blog, tinha a impressão de que a imprensa marron tinha virado a casaca e passado e render-se às homenagens à Presidenta. No estágio em que o Paiz se encontra politicamente não haverá lugar para uma eventual conspiração golpista. E se houver alguma tentativa dos inconformados nesse sentido, com certeza logo serão contidos.A segurança com que a eleita se tem pronunciado,prenuncia a todos a certeza no êxito como governante que dela se espera.

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