domingo, 21 de novembro de 2010

A Folha chegou atrasada.

Paulo Henrique Amorim escreveu na sua "Conversa  afiada".

Serra cortou os pulsos hoje de manhã, ao abrir o jornal de sua predileção.

                                 Lamentavelmente, diria a Marina, a Folha se atrasou ao ter acesso aos documentos que os torturadores redigiram sobre a Dilma. 
                                  Isso nas mãos do Ali Kamel, já pensou, amigo navegante ?
                                 Uma semana antes da eleição no segundo turno, já imaginou como estaria o semblante do Bonner ?      “A candidata Dilma Rousseff guardava o arsenal da guerrilha sanguinária !”, diria ele.
                                    Além de tudo, o Serra, também conhecido como Padim Pade Cerra, tem azar.
O que a Folha vai ajudar a fazer, porém, é construir a história de uma democrata.
                                  Como a Bachelet do Chile, Begin de Israel, e o maior de todos, Nelson Mandela, Dilma participou da luta armada.
               Ela estava do outro lado ao do pai do Otavinho.
                            O pai do Otavinho entregava os carros de “reportagem” aos torturadores.
                                                       Dilma era torturada.
Porém, Dilma atravessou a ponte e ajudou a construir a democracia.  Trajeto que o filho ainda não fez, de corpo e alma.

                              Nesta nossa sub-democracia (e é “sub” porque, entre tantos motivos, o PiG (partido da imprensa golpista) é tão forte), nesta nossa sub-democracia, um dos fenômenos mais eloquentes de amadurecimento foi, precisamente, a capacidade de o sistema partidário convencional incorporar os lideres guerrilheiros.
                            A democracia brasileira – tão fraquinha, como é - pôs para dentro da Constituição – tão imperfeita, como é – aqueles que, um dia, com coragem e destemor foram para a luta armada para derrubar os usurpadores e torturadores.
                           A Folha deveria incumbir seus colonistas (***) da página 2 de escrever sobre a conversão de Dilma à democracia.         E mais: à democracia que inclui, que põe para dentro do sistema capitalista os miseráveis que o “Brasil de 20 milhões” (onde habitava o pai do Otavinho) preferiria ignorar.
                  E o mais fascinante de tudo: a Dilma depôs as armas (ou o código, como prefere a Folha) e ganhou o jogo mais importante da democracia: se tornou presidente da República por 56% a 44%.
                            A Folha é que tem um encontro com a Justiça, se a Dilma quiser. Que é provar que a ficha “falsa” da Dilma é verdadeira.
                                        A Folha tem mania de “ficha falsa”.  Ela vai tentar vender aos leitores que aquilo que os torturadores dizem da Dilma é verdade.  É a farsa dentro da farsa.    Ou a farsa dentro da ignomínia.
                                             Coitado do Padim Pade Cerra. O Otavinho chegou trinta dias atrasado.

                     A Eliane Catanhêde vai pedir o terceiro turno.


vhcarmo.





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