Até
aonde o Presidente do STF levará a sua prepotência adquirida por pressão
midiática no julgamento da Ação Penal 470?
Ao destempero, à má educação e ao desprezo das regras mínimas de
civilidade?
Justificar-se-ia
que o seu sossego não pudesse ser perturbado por um “reles” jornalista, mesmo
sendo do Estadão, jornalão que o vem promovendo?.
O
que causa espanto, no entanto, é que o jornal Estado de São Paulo que se proclama tão cioso daquilo que ele chama
liberdade de expressão e de livre curso de notícias e informação, ao invés de
partir para a defesa do seu humilhado jornalista, para desagravá-lo, declara,
através de seu Diretor de Redação (Ricardo Gandour) simplesmente que:
“É um fato público e não vai
comentar”.
Como ?
Ora,
alguém que tenha o mínimo de senso crítico há de pensar: se fora outro homem
público envolvido, principalmente se fosse dos quadros do Partido dos Trabalhadores que fizesse
algo parecido contra um repórter do Estadão mereceria comentário tão sucinto e
em tom tão ameno como esse?
Foi quase um pedido de desculpas ao distinto público.
Certamente
o fato estaria nas manchetes de primeira página - até nos outros jornalões - como
tendo sido um ataque ao jornal e um atentado contra a liberdade de expressão e
informação.
Imagine-se
mais: qual seria o tom da reprovação pelo gesto mal educado e por aquele grito sonoro "...Vá chafurdar no lixo como vocâ faz sempre"
e depois do elevador bradar: “palhaço!”, lançados pelo Ministro
ao rosto do jornalista Felipe Recondo?.
O Estadão tentou passar uma certidão de que todas pessoas são tolas ou ingênuas e que
acreditam demais na sua habilidade de omitir, distorcer informações e fazer
comentários sobre fatos de acordo com suas intenções políticas.
Onde ficou a alardeada isenção do Estadão para não protestar contra a afronta e deixar de defender seu funcionário que, provavelmente como mandatário, tinha intenção de promover ainda mais o Ministro?
Onde ficou a alardeada isenção do Estadão para não protestar contra a afronta e deixar de defender seu funcionário que, provavelmente como mandatário, tinha intenção de promover ainda mais o Ministro?
A verdade é que a mídia inflou de tal modo a vaidade do J.
Barbosa, que agora tem que se ver em situação incômoda como esta do Estadão. Até quando suportará? O Ministro se mostrou imprevisível.
Finalmente,
a nota de desculpas do Gabinete Ministerial não desculpa nada. Foi um ato tão arrogante e ofensivo do
Ministro contra o repórter, cometido com inopinado rompante – como se viu do vídeo
exibido na TV – que, no mínimo, mereceria uma retratação atual, pessoal perante o
ofendido e perante as mesmas câmeras televisivas que o exibiram para o país. A nota insípida não repara a grave humilhação (Chafurdar-se no lixo... palhaço!).
Impõe
afinal, manifestar a preocupação que ocorre a todas as pessoas comuns do povo:
a Democracia brasileira corre perigo e precisa se defender contra a atuação do
Ministro, pois além de suas manifestações de prepotência, como essa, ele vem desrespeitando a Constituição Federal, atacando os outros poderes da República, seus membros e a própria
Justiça, inclusive perante a imprensa estrangeira, usando a sua já conhecida incontinência
verbal, provocando evidente instabilidade institucional.
A
grande mídia conservadora aplaude, mas até quando a “sociedade” vai suportar
isto?
O Senado precisa ficar atento!.
O Senado precisa ficar atento!.
VHCarmo.
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