quarta-feira, 6 de março de 2013

ATÉ QUANDO? ...


        
Até aonde o Presidente do STF levará a sua prepotência adquirida por pressão midiática no julgamento da Ação Penal 470?  Ao destempero, à má educação e ao desprezo das regras mínimas de civilidade? 

Justificar-se-ia que o seu sossego não pudesse ser perturbado por um “reles” jornalista, mesmo sendo do Estadão, jornalão que o vem promovendo?.

O que causa espanto, no entanto, é que o jornal  Estado de São Paulo  que se proclama tão cioso daquilo que ele chama liberdade de expressão e de livre curso de notícias e informação, ao invés de partir para a defesa do seu humilhado jornalista, para desagravá-lo, declara, através de seu Diretor de Redação (Ricardo Gandour) simplesmente que:
         
             “É um fato público e não vai comentar”.
Como ? 
Ora, alguém que tenha o mínimo de senso crítico há de pensar: se fora outro homem público envolvido, principalmente se fosse dos quadros do Partido dos Trabalhadores que fizesse algo parecido contra um repórter do Estadão mereceria comentário tão sucinto e em tom tão ameno como esse?
                         Foi quase um pedido de desculpas  ao distinto público. 

Certamente o fato estaria nas manchetes de primeira página - até nos  outros jornalões - como tendo sido um ataque ao jornal e um atentado contra a liberdade de expressão e informação.

Imagine-se mais: qual seria o tom da reprovação pelo gesto mal educado e por aquele grito sonoro "...Vá chafurdar no lixo como vocâ faz sempre" e depois do elevador bradar: “palhaço!”, lançados pelo Ministro ao rosto do jornalista Felipe Recondo?.     

O Estadão tentou passar uma certidão de que todas pessoas são tolas ou ingênuas e que acreditam demais na sua habilidade de  omitir, distorcer informações e fazer comentários sobre fatos de acordo com suas intenções políticas.   
Onde ficou a  alardeada isenção do Estadão para não protestar contra a afronta e  deixar de defender seu funcionário que, provavelmente como mandatário, tinha intenção de promover ainda mais o Ministro?

 A  verdade é que a mídia inflou de tal modo a vaidade do J. Barbosa, que agora  tem que se ver em situação incômoda como esta do Estadão.   Até quando suportará?  O Ministro se mostrou imprevisível.

Finalmente, a nota de desculpas do Gabinete Ministerial não desculpa nada.  Foi um ato tão arrogante e ofensivo do Ministro contra o repórter, cometido com inopinado rompante – como se viu do vídeo exibido na TV – que, no mínimo, mereceria uma retratação atual, pessoal perante o ofendido e perante as mesmas câmeras televisivas que o exibiram para o país.  A nota insípida não repara a grave humilhação (Chafurdar-se no lixo... palhaço!).

Impõe afinal, manifestar a preocupação que ocorre a todas as pessoas comuns do povo: a Democracia brasileira corre perigo e precisa se defender contra a atuação do Ministro, pois além de suas manifestações de prepotência, como essa, ele vem desrespeitando a Constituição Federal, atacando  os outros poderes da República, seus membros e a própria Justiça, inclusive perante a imprensa estrangeira, usando a sua já conhecida incontinência verbal, provocando evidente instabilidade institucional.
A grande mídia conservadora aplaude, mas até quando a “sociedade” vai suportar isto? 
                       O Senado precisa ficar atento!. 

VHCarmo.

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