domingo, 11 de novembro de 2012

O PERIGO DA JUDICIALIZAÇÃO DO GOLPE VIRAR MODA.


Após ler o texto de Marcos Coimbra na Revista Carta Capital desta semana, este escriba não pode se furtar de comentá-lo e reproduzir parte do escrito.

O sociólogo aponta aquilo que se tornou evidente, ou seja, que a oposição política está profundamente fragilizada e a grande mídia assumiu o seu papel se partidarizando.

Diz ele, referindo-se à mídia:

 "Por opção ideológica e preferência político-partidária, ela é contra o PT. Desaprova os dois presidentes da República eleitos pelo partido e seus governos. Discordam em princípio, do que dizem e fazem seus militantes e dirigentes".

O sociólogo, em apoio à sua argumentação, lembra que a Presidente da Associação Nacional de Jornais, Judith Brito, eleita e reeleita ANJ  afirmou, sem peias:

"...os meios de comunicação estão fazendo a posição oposicionista deste país, uma vez que a oposição está profundamente fragilizada".

Coimbra não pára por aí e aponta a associação que se  desenha entre o antepetismo oposicionista da mídia  e a cúpula do poder judiciário, exposta com o julgamento do apelidado "mensalão".

A gente transcreve o trecho final do artigo de Marcos Coimbra que é de uma verdade candente, referindo-se ao STF:

"Desde o início do ano seus integrantes foram pródigos em declarações e atitudes inconvenientes. Envolveram-se em quizílias internas e discussões públicas. Mostraram o quanto gostavam da notoriedade que a aproximação do julgamento favorecia.   Parece que os ministros do STF são como Judith Brito, inquietos com a falta de ação dos  que têm prerrogativas legítimas, acharam que "precisavam fazer alguma coisa".  Resolveram realizar, por conta própria, a reforma política.  

... Mas o mais grave é a intencionalidade política da "reforma" a que se propuseram.     A mídia e o STF estabeleceram uma parceria.Uma pauta o outro, que fornece à primeira novos argumentos se alimentando reciprocamente, como se compartilhassem as mesmas intenções. 

A pretexto de "sanear as instituições", o que desejam é atingir o adversário.  O julgamento do mensalão é tão imparcial e equilibrado quanto a cobertura que dele faz a "grande imprensa".  Ela se apresenta como objetiva, ele como neutro. Ambos são, no entanto, essencialmente políticos.  

As velhas raposas do jornalismo brasileiro já viram mil vezes casos como o do mensalão, mas se fingem escandalizadas.
Vivendo durante anos na intimidade do poder, a maioria dos ministros presenciou calada esquemas para ganhar mais um ano de governo ou uma reeleição, mas agora fica ruborizada".

"O que ninguém  imaginava  quão simples seria para a mídia ter o Supremo ao seu lado. Bastavam algumas capas de revista.

E  agora que se descobriram aliados, o que mais vão fazer juntos?"
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Obs. do blogueiro: 

Aí é que mora o perigo!.       À falta das armas, a 

judicialização do golpe de Estado vai virar moda?

VHCarmo.

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