Após ler o texto de
Marcos Coimbra na Revista Carta Capital desta semana, este escriba não pode se
furtar de comentá-lo e reproduzir parte do escrito.
O sociólogo aponta
aquilo que se tornou evidente, ou seja, que a oposição política está profundamente
fragilizada e a grande mídia assumiu o seu papel se partidarizando.
Diz ele, referindo-se à
mídia:
"Por opção ideológica e preferência
político-partidária, ela é contra o PT. Desaprova os dois presidentes da
República eleitos pelo partido e seus governos. Discordam em princípio, do que
dizem e fazem seus militantes e dirigentes".
O sociólogo, em apoio à
sua argumentação, lembra que a Presidente da Associação Nacional de Jornais,
Judith Brito, eleita e reeleita ANJ afirmou, sem peias:
"...os meios de
comunicação estão fazendo a posição oposicionista deste país, uma vez que a
oposição está profundamente fragilizada".
Coimbra não pára
por aí e aponta a associação que se
desenha entre o antepetismo oposicionista da mídia e a cúpula do poder judiciário, exposta com o
julgamento do apelidado "mensalão".
A gente transcreve o
trecho final do artigo de Marcos Coimbra que é de uma verdade candente,
referindo-se ao STF:
"Desde o início do
ano seus integrantes foram pródigos em declarações e atitudes inconvenientes.
Envolveram-se em quizílias internas e discussões públicas. Mostraram o quanto
gostavam da notoriedade que a aproximação do julgamento favorecia. Parece que os ministros do STF são como
Judith Brito, inquietos com a falta de ação dos
que têm prerrogativas legítimas, acharam que "precisavam fazer
alguma coisa". Resolveram realizar,
por conta própria, a reforma política.
... Mas o mais grave é a intencionalidade política da "reforma"
a que se propuseram. A mídia e o STF
estabeleceram uma parceria.Uma pauta o outro, que fornece à primeira novos
argumentos se alimentando
reciprocamente, como se compartilhassem as mesmas intenções.
A pretexto de
"sanear as instituições", o que desejam é atingir o adversário. O julgamento do mensalão é tão imparcial e
equilibrado quanto a cobertura que dele faz a "grande imprensa". Ela se apresenta como objetiva, ele como
neutro. Ambos são, no entanto, essencialmente políticos.
As velhas raposas do jornalismo brasileiro já
viram mil vezes casos como o do mensalão, mas se fingem escandalizadas.
Vivendo durante anos na intimidade do poder, a maioria dos ministros presenciou calada esquemas para ganhar mais um ano de governo ou uma reeleição, mas agora fica ruborizada".
Vivendo durante anos na intimidade do poder, a maioria dos ministros presenciou calada esquemas para ganhar mais um ano de governo ou uma reeleição, mas agora fica ruborizada".
"O que ninguém imaginava quão simples seria para a mídia
ter o Supremo ao seu lado. Bastavam algumas capas de revista.
E agora que se descobriram aliados, o que mais vão fazer juntos?"
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Obs. do blogueiro:
Aí é que mora o
perigo!. À falta das armas, a
judicialização
do golpe de Estado vai virar moda?
VHCarmo.
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