terça-feira, 20 de novembro de 2012

A POSSE DE J. BARBOSA e Zumbi....


                                POSSE DE BARBOSA NO STF.

A posse do negro Joaquim Barbosa na presidência do Supremo Tribunal Federal, na próxima quinta-feira, guardaria alguma relação possível  com o dia da comemoração  de "Zumbi e da Consciência negra"?
Não pode haver qualquer dúvida que a  indicação do Ministro pelo Presidente Lula teve como principal motivo o de  levar à Corte um representante da raça negra fato inimaginável, até então, num país em que  há ausência quase completa de negros na magistratura em qualquer Instância.  
Claro que o Presidente  escolheu, entre os negros, também  aquele que lhe pareceu satisfazer  as demais  condições de saber jurídico e vida ilibada.     Não fora por sua negritude, porém, muitos pretendes ostentariam as mesmas  exigências legais e assim a intenção do Presidente restou evidente ao escolhe-lo.  Foi publico e  notório.
A  sua atuação como Ministro do Supremo, no entanto,  não o distinguiu como um representante de sua raça.   Joaquim Barbosa não  pontificou como um negro no STF  e,  em nenhum momento em seus múltiplos pronunciamento, sequer abordou a luta dos negros e contribuiu para qualquer das "ações afirmativas" e para tantas outras formas possíveis.
Na votação  do processo do DEM no STF, visando impedir "as cotas  para os negros" nas universidades federais,  Barbosa primou pela ausência e sequer teve parte do entusiasmo  e o empenho, tão ardorosos, tidos  perante as  câmeras de Televisão no julgamento da AP 470.   Naquela altura foi um pálido voto a mais.
Ninguém, em  sã consciência, poderia esperar  que o Ministro viesse a se tornar um combatente  das ações afirmativas e das lutas dos negros, mas dentro de suas altas  funções, inegavelmente, ele haveria de como lembrar de sua negritude e proclamá-la para o natural orgulho da raça e  para incentivar o ingresso de outros negros na carreira e mesmo bradar pela igualdade de oportunidades.    Seria o que se esperava de um negro alçado ao Supremo nas condições existentes no país. Jamais o fez.
No julgamento do apelidado "mensalão", sem que se considere a justiça ou  não dos seus votos condenatórios, Joaquim Barbosa, esquecido de sua origem pobre e negra, em vez de proceder como julgador, tornou-se porta-voz da denúncia a ponto de atritar-se com aqueles que  dele divergiam para absolver algum réu.                Seria falta de maturidade ou um triste complexo pela sua negritude?   ou um forma de autopromoção midiática?  Ou, afinal, a vaidade lhe teria feito esquecer as suas origens?.
Quando se irrita, até de maneira violenta, contra aqueles que emitem simples  opiniões contrárias às suas, Joaquim Barbosa passa a impressão de que pretende esconder a sua negritude e sua origem e afirmar-se  igual (embranquecendo-se), numa tola demonstração de vaidade. Não tem a humildade de aceitar opiniões e fazer-se respeitar por sua culutra e portar-se como um negro.
 O Ministro  Marco Aurélio Mello manifestou em plenário a sua  preocupação com a falta de equilíbrio emocional de Barbosa para assumir a presidência da Corte.  Pronunciamento racista de Mello, ensejado, no entanto, pelas atitudes intempestivas do Ministro negro, atitudes que nada tem a ver com sua cor.  Ao invés de uma resposta equilibrada irritou-se e pareceu justificar o assaque.
Na Presidência do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa terá oportunidade de vestir a toga de  um presidente negro e dignificar o cargo e sua raça, despindo-se da sua imensa  vaidade que tem merecido manchetes de jornais, matéria de capas de Revistas conservadoras para se tornar,   de fato, um  Negro na Presidência do Supremo.
VHCarmo._______________________________

 

 

 

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