segunda-feira, 30 de maio de 2011

Para refletir seriamente...

              O texto que este escriba transcreve aí abaixo é uma análise impressionante do que ocorre na economia e, principalmente com o mundo financeiro, nos EEUU.
                Ao enfrentar a crise econômica que se delineou desde 2007 como grave, o governo  B. Obama, ao gerí-la, enveredou pelo caminho que tem se mostrado danoso para economia, produzindo desemprego, pobreza e estagflação.
                 O Presidente que se apresentou como esperança ao povo, não conseguiu emplacar sequer uma das suas promessas eleitorais. Nem mesmo a questão da saúde pública, pois esta ainda sofre contestação e se tornou pouco efetiva em suas intenções iniciais. Continuou a política de guerra hegemônica.
                  O governo Obama aderiu e levou avante os axiomas da direita fundamentalista que bloqueia qualquer medida de proteção social, naquele país onde o indivalismo puritano gera pobreza. Nem é atôa que a maior potência econômica do planeta tem cerca de 40% de seu povo abaixo da linha da pobreza.
                  A dívida interna dos US  supera o seu PIB e a sua imensa  dívida  externa sustenta o consumismo de uma parte da população e de sua elite, exportando inflação, mediante, inclusive,  a desvalorização artificial de sua moeda.
                   A crise gerada pela a alavacagem irreponsável dos bancos mereceu  o clásisco socorro do Tesouro  americano a esses mesmo bancos que no dizer dos próceres de  Wall Street ""são grandes demais para falir".      
                     Conclusão os grandes bancos voltaram à ciranda financeira, de antes da crise,  carreando enormes  lucros inflados e, provavelmente, vão gerar outra grande bolha e outra crise cíclica ao  atuar sem qualquer regulação.  
                     O articulista é o ilustre economista Paulo Rabelo de Castro que   vai fundo na questão, chmando a atenção para o Petróleo, em particular.  É bom ler e refletir:
______________________           

                              Crise com Petróleo e Estagflação norte-americana

                             Nunca vi algo tão impressionante em termos de obtenção de lucros a jato, quanto pela posição dos grandes bancos, sobretudo americanos, nos atuais mercados futuros de commodities. Nestes, onde se opera com pequenas margens bancando pesadas apostas, é possível alavancar resultados espetaculares, com pouco capital relativamente ao tamanho da jogada. Mas, sempre com uma condição: é preciso admitir a possibilidade de perdas do mesmo tamanho que os ganhos esperados!
                            Nesses mercados, com ênfase no petróleo, é que os principais bancos machucados pela crise de 2008 têm feito sua recuperação de resultados. Nos EUA, o primeiro trimestre de 2011 trouxe cerca de US$29 bilhões de lucro para os bancos, projetando um resultado anual formidável. Mas este lucro não vem da atividade regular de emprestar, estagnada desde a crise. Por isso, o resultado coletivo está concentrado nas mãos de apenas 1% dos 7.574 bancos daquele país. Bancos com ativos acima de US$10 bilhões são responsáveis por quase 25 dos US$29 bilhões auferidos no trimestre. A maioria dos demais, pequenos e médios, ainda dança no precipício da insolvência. Neste ano, 43 já quebraram, embora esta estatística mostre uma recuperação (!) em vista dos 157 falidos do ano passado.
                              McKinnon complementa com um vaticínio: estagflação, lembra-se deste termo? A inflação em alta nos EUA e a necessidade de imediatos e dramáticos cortes fiscais trarão de volta uma cena bem parecida com a vivida durante a estagflação nos anos 70. Para nós, que temos estado do lado vencedor nessa baita espiral especulativa, o recado final do professor de Stanford é, no mínimo, uma advertência séria: a política monetária frouxa dos americanos, que desestabilizou todos os seus parceiros comerciais, sobretudo na América do Sul endividada dos anos 70, no bojo da crise do petróleo, pode acontecer de novo. Se não estiver já acontecendo.

Paulo Rabello de Castro é economista, vice-presidente do Instituto Atlântico chairman da SR Rating e sócio

VHCarmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário