A 10ª. Convensão do PSDB tratou de colocar o Serra no seu devido lugar, ou seja, negando-lhe qualquer posto de influência e importância no partido, dando-lhe por prêmio de consolação a chefia de um Conselho Político que ainda vai ser criado cujos objetivos não estão bem determinados.
Fala-se na possibilidade do Caviloso gerir a futura união do partido com o DEM em extinção e o PPS, hoje o partido mais à direita do espectro político. Sua missão seria terminar, de vez, com a pretensão socialdemocrata, levando o partido para a direita assumida. Foi negado ao Serra o rendoso Instituto Teotônio Vilela que ele tanto ambicionava por motivo óbvios. O orçamento é alto.
O rancoroso FHC já disse e repetiu que o Serra perdeu o lugar na fila, hoje lá está o Aécio Neves que, segundo palavras textuais do ex-presidente, tem o estilo dele, FHC. Ele será o futuro candidato de sua preferência. Aliás Aécio e seu grupo saíram vitoriosos da convenção.
Mesmo marginalizado, Serra não se furta de causar embaraço aos seus pares. As suas declarações ao final do conclave contra o Governo, Dilma e Lula, foram meras alegações sem qualquer fundamento, discretamente ignoradas pelos próceres tucanos com indisfarçável mal estar.
. Serra afirmou que Lula deixou uma “herança maldita” para Dilma, de inflação e falta de infraestrutura. Disse também que o ex-presidente “governa cada vez mais”, em referência à participação do petista em negociações com membros da base aliada no Congresso, desejosos de mais acesso ao Palácio do Planalto. Prosseguiu: “Em muito pouco tempo de governo, aquilo que se considerava de pior está acontecendo. Precisamos saber disso”
A falta de assunto ou a pouca informação do Caviloso evitaria o ridículo de suas afirmações.
Esta semana terminou com as melhores notícias no campo econômico. A inflação que a oposição torcia disparar: decresceu e está sob controle, dentro da meta. O superávit primário acumulado no primeiro quadrimestre pelo governo central (Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central) atingiu 41,47 bilhões de reais, resultado 68% superior ao mesmo período de 2010 e equivalente a mais da metade da meta para o ano;enquanto isto o deficit em conta corrente caiu de 5,7 bilhões de dólares em março para 3,5 em abril, uma redução influenciada pelo salto de 45,2% na balança comercial positiva em 5.032 bilhões no ano. 6,4% foi taxa desemprego registrada em abril, a menor para o mês desde 2002. O investimento estrangeiro direto, ou seja, capital produtivo (IED) somou 5,5bilhões em abril, elevou ingresso de recursos no ano para quase 23 bilhões de dólares, mantidos nesse nível apontam para 60 bilhões esperados no fim deste ano pelo Ministério da Fazenda.
Ao falar em infraestrutura o Serra e FHC chegam ser irresponsáveis, pois todas as grandes obras prosseguem em ritmo acelerado sem que delas não foi retirado recursos. Seria tedioso falar em todas as obras em curso, são portos, aeroportos, estradas, transposição do rio São Francisco, refinarias, estradas de ferro, petróleo, hidroelétricas, saneamento e tantas outras. Aliás tanto mais necessária devido, esta sim, a herança maldita deixada pelos governos tucanos do FHC. Não é a toa que os níveis de emprego batem recordes consecutivos.
Mas, afinal, ficou claro na sua Convenção que o PSDB está em crise e com a perspectiva concreta de perder militantes (parlamentares, governadores e prefeitos), pois não consegue formular um discurso em sintonia com o Brasil que vai se projetando internacionalmente e resgatando a sua população da pobreza, construindo um país mais próspero e com justiça social.
Se algo de positivo aconteceu na Convenção do PSDB foi o fato de ter sido afastado de seu núcleo o caviloso Serra.
VHCarmo.
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