quarta-feira, 25 de maio de 2011

Caso Palocci e um pouco de poesia...

                             Antes de transcrever abaixo o lindo soneto do romântico Raul de Leoni, vão aí algumas palavras sobre o ataque ao Ministro Palloci.
                           É claro que se trata de uma tentativa de desestabilizar o governo, dentro da estratégia da oposição e da mídia.
                          É também claro que a gente vive num país capitalista que propicia o enriquecimento mais fácil das camadas ligadas às elites, aos donos das cadeias do mercado financeiro, aos grandes industriais e aos políticos influentes. É da regra do jogo e dela se beneficiaram sempre as classes dominantes e os políticos ligados ao sistema, no poder ou fora dele.
                          Quando cumpre atacar o governo a oposição e a mídia, ora sem discurso propositivo, fingem desconhecer a regra do jogo da qual são defensores programáticos.
                           Há, também, um princípio constitucional da “presunção de inocência”, antes do transito em julgado de condenação, princípio que serve habilmente ao uso dos eternos lesadores do patrimônio público e ignorado quando serve à defesa daqueles que pretendem atacar.
                           Um escroque internacional como Daniel Dantas, ligado a tantas e quantas figuras políticas e do judiciário, sempre foi poupado pela mídia que tudo faz para invalidar até os procedimentos investigatórios contra ele.
                          O Ministro Palocci – a quem logo acusam de irregularidades -ganhou dinheiro usando os meios normais que lhe propiciaram o sistema que a própria oposição e a mídia defendem. No caso do Ministro além de fazer o que é da normalidade capitalista, foram obedecidas essas mesmas regras , tantas vezes lesadas, ou seja, foram recolhidos os impostos sobre os ganhos declarados à receita.
                           Teria havido irregularidade ? cumpre a quem acusa provar; o acusado nega. A oposição e a mídia , quando se trata de político do PT, subvertem a norma: é culpado sem prova e sem julgamento.



                           Um momento de poesia.
 
                                        HISTÓRIA ANTIGA
                                                                    Raul de Leoni.


No meu grande otimismo de inocente,

eu nunca soube por que foi...um dia,

ela me olhou indiferentemente,

perguntei-lhe porque era...Não sabia...



Desde então, transformou-se de repente,

a nossa intimidade correntia

em saudações de simples cortesia,

e a vida foi andando para frente...



Nunca mais nos falamos ... vai distante...

mas, quando a vejo, há sempre um vago instante

em que seu mudo olhar no meu repousa..



Eu sinto, sem no entanto compreendê-la,

que ela tenta dizer-me qualquer coisa,

mas que é tarde demais para dizê-la.


VHCarmo.

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