sexta-feira, 13 de maio de 2011

Ligerinha de 13 de maio de 2011.


                Com se extraviou o último texto que enivei ao blog e como esse escriba etá sem tempo de escrever outro, surgiu a oporunidade de transcrever o importante artigo escrito pelo presitigiado sociólogo Marcos Coimbra que ao comentar o Dilema Tucano..., chama a atenção pela séria dificuldade da oposição de implementar um discurso propositivo, capaz de arregimentar a população, abandonando o recurso midiático de fabricar escândalos e criar factóides, recursos que já se comprovaram ineficientes, inclusive desacreditando àqueles que pretendem beneficiar.
                               Vai  aí o instigante artigo do sociólogo e jornalista Marcos Coimbra:
                           
               O Dilema Tucano Outra Vez.

                             Marcada para o próximo dia 28, a convenção nacional do PSDB vai acontecer em um momento especialmente importante para o partido. Talvez mais que em qualquer outra, nela ele se defrontará com escolhas decisivas para seu futuro.

                              Por extensão, para o futuro das forças políticas e sociais que fazem oposição ao PT e ao governo. Em função de vicissitudes de nossas eleições desde os anos 1990, o PSDB se tornou o principal e, para muitos efeitos, o único contraponto real ao petismo. Na vitória e na derrota.

                              Nada sugere que o quadro será diferente em 2014. Pelo que se pode antever, deve voltar a sair do PSDB o candidato oposicionista, pois das outras legendas (as que sobreviverem até lá) dificilmente algum nome emergirá.
                               (Se tivéssemos que apostar, o mais provável é que se repita um cenário parecido com o do ano passado: oposições unidas, em torno de um tucano, contra mais de uma candidatura egressa do governismo. Não foi isso que ocorreu com Serra versus Dilma e Marina?).
                              A convenção peessedebista é relevante, portanto, para o jogo político nacional e não somente para o partido. O que lá for deliberado tem consequências para todo o sistema político.
                             Com sua atávica predileção por ficar em cima do muro, as lideranças do PSDB conseguiram evitar uma confrontação que agora parece inevitável.
                            Na verdade, o que fizeram foi apenas circunscrevê-la, não deixando que se explicitasse e se tornasse uma guerra aberta.
                            Mas até as pedras da rua sabem que o PSDB está dividido entre duas correntes, o serrismo e o aecismo. Pelo menos nas questões nacionais, pois, nas regionais, há outras.
                            A mais relevante é liderada por Alckmin, mas seu horizonte é diferente. Enquanto Serra e Aécio só têm a presidência da República pela frente, ele pode voltar a disputar o governo de São Paulo (o que, se for bem-sucedido, vai fazer com que atinja a marca impressionante de permanecer no Palácio dos Bandeirantes por 14 anos, pulverizando o recorde de Ademar de Barros, de 11, contado o período como interventor).
                          Como também sabem as pedras da rua, Alckmin e Serra não se entendem, pelo menos desde quando o segundo sucedeu o primeiro e não o poupou de críticas a (quase) tudo que fizera.
                          Começou ali o pior período da carreira de Alckmin, que se acentuou quando, na eleição para prefeito da capital em 2008, Serra fez de tudo para eleger Kassab, pensando em ter o DEM a seu lado na eleição presidencial de 2010. Derrotado, só restou ao atual governador aceitar um posto subalterno no governo Serra.
                           Quem achou que essa era uma jogada de mestre de Serra vê agora que o efeito foi nulo, para dizer o mínimo. Hoje, Alckmin administra com seus aliados de primeira hora e deixou o serrismo ao relento.
                              Com boa imagem e apoio popular (pelo menos neste início de mandato), ele terá uma decisão complicada em 2014: se larga o estado (e corre o risco de ver o serrismo de volta) para disputar uma eleição difícil contra Dilma (talvez Lula) ou tenta continuar no governo. Faz sentido que opte por não sair de São Paulo.
                             Já Aécio e Serra não poderão evitar a disputa presidencial. Serra não terá nada nas mãos (pois é pouco provável que concorra à prefeitura de São Paulo) e o fato de Aécio ser senador só aumenta a possibilidade de que venha a ser candidato a presidente (pois também é pouco provável que queira voltar ao plano estadual ou encerrar sua carreira no Senado).
                              Nenhum dos dois parece disposto a ceder ao outro a vez. E nada indica que estarão mais propensos a isso adiante.
                              O PSDB pode deixar a decisão para a frente, como é sua tendência. Pode re-encenar o “colégio de ilustres”, convocando os caciques (FHC, Serra, Aécio, Tasso, mais um ou outro) para fingir que estão de acordo. Pode deixar que as pesquisas de opinião voltem a comandar a escolha quando tiver que sair de cima do muro.
                               A pergunta é qual identidade pretende assumir agora e nos próximos anos. Se quiser ficar com a que tem, basta não fazer nada e deixar que a convenção do dia 28 se esvazie. Se achar que perder três vezes é um sinal de que as coisas não vão bem e que precisa mudar, é bom que se prepare para o enfrentamento.

Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi  e colunista da Revista Carta Capital.
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                             O TREZE DE MAIO

                      O dia de hoje lembra a Abolição formal da escravatura negra no Brasil e leva á reflexão de que sem a inclusão dos afrodescendentes, maioria pobre, o país terá enorme obstáculos  para chegar a potência mundial como todos desejamos. 
                       O que nos enche de esperança, no entanto,  são as medidas que vêm sendo implementadas no sentido da sua  integração.  Ademais, graças aos negros, componente importante na formação do nosso povo, estamos construíndo nos trópicos uma  maravilhosa civilização sem precedentes na história da humanidade, na qual se extinguirá a característica física de uma só raça.   Seremos verdadeiramente um POVO NOVO como lembrou o antropólogo  Darcy Ribeiro, pontificando negros, brancos, índios e amarelos ( todos seres humanos em toda a sua dimensão). 

VHCarmo.

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