quinta-feira, 26 de maio de 2011

E o sigilo do Palocci, como fica ?

                                Esse caso Palocci tem um aspecto pouco noticiado e inteiramente ignorado (ou escamoteado?) pela mídia e pela oposição ao governo.
                                É recente a grita e a tentativa de produzir comoção feitas em relação à suposta quebra de sigilos de figurões da oposição.          Apelou-se, então,  para a moralidade das relações políticas e o resguardo das ações protegidas pela lei que teriam vindo a público. Não importava, à época, a gravidade dos fatos, sonegados ao conhecimento público; o importante era a quebra do sigilo que as veicularam.
                                As relações dos políticos com o escroque Daniel Dantas e sua irmã, nem sequer eram examinadas. A mídia saiu em campo bradando contra a quebra do sigilo.
                                Emblemático foi o caso do “caseiro” que teve um depósito de R$ 40 mil em sua magra conta, às vésperas de seu depoimento no parlamento, visando claramente comprometer o então o Ministro Palocci.    A ênfase foi a quebra do sigilo, a motivação do depósito mal explicada.
                              O depósito na conta do "caseiro"  cuja origem era uma "prenda"  de  seu pai biológico que ele mal  conhecia, e até então jamais lhe dera algo. Isto não importava; o crime era a quebra de sigilo do pobre homem que virou herói da mídia.         Afinal o ministro foi absolvido por falta de prova no STF.
                               Quem não se lembra, também,  da caça às bruxas na Receita Federal para incriminar funcionários pela quebra de sigilo de figuras eminentes da oposição!?. A coisa só amainou quando e veio à tona o nome da grande responsável por quebras de sigilo que era, nada mais nada menos, do que a filha Verônica do candidato Serra.  Aliás, as relações espúrias e os crimes, foram encobertos pela busca da quebra do sigilo. Era como senão houvessem.
                             Agora, no caso Palocci, algo de que a mídia e a oposição não cogitam é de quem violou o sigilo do Ministro. A oposição e a mídia, neste caso, pretendem  a investigação de fatos que possam incriminá-lo, pouco importando a quebra de seu sigilo. É a inversão de propósito para manter o ataque ao governo.
                         É de lembrar, por fim,  que, até aqui, os órgãos fiscalizadores da regularidade da empresa de Palocci não o acusam de nada. O princípio basilar do direito fica esquecido, ou seja, a prova cabe a quem acusa.
VHCarmo.

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