sexta-feira, 29 de abril de 2011

William e Kate os continuadores da Monarquia - Reflexões

                                  O casamento na família real inglesa, do príncipe Willian com a plebéia Kate, revestido de toda a pompa, circunstância e beleza, na cerimônia na Abadia de Westminister, nos leva a uma reflexão sobre a grandeza, hipocrisia e a miséria humanas.
                                 Naquela solenidade invocou-se, do início ao fim, o nome de Deus e do Senhor Jesus, evocando-se as lições de amor, fraternidade e respeito ao próximo deixadas pelo mestre. Elevaram-se cânticos dos diversos corais.      A emoção e as perorações religiosas emanaram de vários cantos da Abadia.  Foi um belo espetáculo que se estendeu às ruas de Londres.
                                  A história do império Inglês, no entanto, deixou e deixa na humanidade um triste rastro de violência e sangue derramado de inocentes. Sem a menor dúvida, até o advento dos EEUU, o império britânico se destacou como o poder mais violento e sanguinário da história da humanidade; a mensagem religiosa da nobreza ficou restrita, um tanto, às Ilhas britânicas.
                                      Nas colônias inglesas mantinham-se regimes altamente repressores. Na África, na Ásia e em todos os lugares aonde chegaram os colonizadores britânicos, portadores da mensagem cristã, qualquer protesto era reprimido pelas armas contra pessoas desarmadas e indefesas, sacrificadas pela sua brutalidade.
                                     A África do Sul, com o apartaide, sofreu a intervenção mais discriminatória e sanguinária da história onde a maioria negra era massacrada pela minoria branca inglesa. Na pátria de Mandela o povo, dançando nas ruas, era metralhado pelos piedosos cristãos ingleses. Na Índia e na China os colonizadores britânicos emasculavam os mandatários locais com a introdução do vício do ópio e mantinham, com a violência armada, a fome e a miséria do povo.
                                       Perdida hegemonia para os americanos os ingleses passaram a coadjuvantes da violência contra povos indefesos. Ainda há pouco, nos anos 50 do século findo, na luta do povo egípcio, para se livrar do protetorado britânico, as forças imperiais reprimiam os patriotas a bala e muitos iam tombando mortos nas ruas e praças.  O Egito não esqueceu.
                                       Sob o manto potetor da OTAN e da NATO os ingleses participaram dos massacres na Bósnia e na Servia.  Agora mesmo, nesses dias, os aviões ingleses e seus navios bombardeiam a Líbia indiscriminadamente, matando civis, destruindo habitações, hospitais e palácios, ultrapassando o determinado pela iníqua resolução do Conselho de Segurança do ONU.
                                       Enquanto isto na Abadia de Westminister, em pompa,  fala-se de amor ao próximo, da misericórdia de Deus e do evangelho, “em nome do pai, do filho e do espírito santo; amém".
                                        Esse discurso cristão se reveste de uma enorme hipocrisia e nada tem a ver com o verdadeiro sentido da pregação do mestre. A pompa contrasta com a manjedoura onde nasceu o filho de Maria e de um Carpinteiro. A violência nada tem a ver com a misericórdia e o amor que Jesus pregou, cujas palavras se repetem, impunemente, na Abadia iluminada.
                                         Quando será que a humanidade deixará de ser hipócrita? Quando deixará de usar as palavras de Deus, do Senhor Jesus e dos livros sagrados para justificar genocídios?
                                         Esqueçamos tudo isto, por momentos, para festejar William e Kate, continuadores da sagrada monarquia inglesa.                                Mas que Deus nos livre dela.

VHCarmo.

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