segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ligeirinha: A decepção - se chama - Obama.

                                 A gente se lamentou, aqui neste espaço, que o fracasso do Presidente Barack Obama que se desenha em cores fortes, não é bom, de nenhum modo, para os paises emergentes e sobretudo nos faz mergulhar num clima de incertezas.
                                 Por outro lado, a ação agressiva dos setores mais conservadores – e por porque não dizê-lo! reacionários – da política norte-americana, ameaça até mesmo os interesses do povo que o elegeu e a economia do país do norte..
                                 O Presidente Lula, num de seus rasgos de premunição disse a Obama, no início da gestão dele,  que não queria “estar na sua pele” e disse mais que, como ele, Lula, Obama não tinha o direito de errar. Infelizmente hoje se constata que ele errou gravemente.
                                 As condições nas quais assumiu o poder, precedido de uma campanha eleitoral extremante popular em que a sociedade norte-americana, talvez pela primeira vez, participou ativamente e levou um negro à presidência, esperava-se dele um atuação histórica, condizente com as promessas eloqüentes dos palanques e as reservas históricas que foram superadas. 
                                    Deu-se o contrário, o Presidente Obama se tornou presa fácil dos setores agressivos da direita norte-americana no Partido Republicano e em setores de seu próprio partido.
                                    Tendo o mundo capitalista mergulhado na crise de 208, ao invés de agir como Roosevelt em favor de seu povo, Obama cuidou de proteger os setores que produziram a bolha financeira e que ora o agridem e, ao que tudo indica,  querem inviabilizar a sua reeleição.
                                   Não há necessidade de citar mais uma vez a quebra das inúmeras  promessas eleitorais, por parte do Presidente: todo mundo sabe; mas é significativo assinalar como ele foi capaz de atingir níveis tão medíocres de atuação, sem sentir que suas posições não lhe renderiam nenhum lucro político e que, por outra parte,vieram para macular indelevelmente a sua trajetória. Contentar os seus inimigos não os fizeram vir para o seu lado.
                                    Não obstante, vale lembrar das suas promessas de paz, que se tornaram, em realidade, medidas de guerras e agressões aos paises pobres da África e do Oriente médio para a sustentação da cambaleante geopolítica do império americano e o assalto às suas riquezas. 
                                      O orçamento de 2011 foi bloqueado pelas forças contrárias a Obama e aprovado, apenas, algumas horas antes do término do prazo fatal que, se ultrapassado, levaria os EEU a uma crise institucional. A aprovação do orçamento, no entanto, resultou de um acordo precário celebrado entre as partes, com um mínimo de concessões por parte da oposição e sob a complacência de parte do partido do governo.

                              Sob o título “Tio Sam respira por parelhos”, texto de roda-pé, escrito pelo Jornalista e Professor Antônio Luiz M.C. Costa, na Revista Carta Capital desta semana, pouco antes da aprovação do orçamento, coloca a nu a grave situação em que se encontra o Presidente Barack Obama.

                              A gente transcreve, abaixo, um pequeno trecho:
“A intransigência dos republicanos ameaça o próprio funcionamento do governo dos Estados Unidos”.

Apesar da necessidade de um mínimo de consenso sobre a gestão da economia em momento tão crítico para o país e o mundo, fazer o governo Obama fracassar continua a ser a prioridade do Tea Party, ao qual o Partido Republicano se deixa assimilar e os democratas não sabem fazer frente.

“Projeto de longo prazo, nem pensar. A proposta do líder republicano da Comissão de Orçamento da Câmara, Paul Ryan, se levado a sério, é um ruptura radical com o estado de bem-estar social legado pela era Roosevelt.

O governo Obama não ousa pagar na mesma moeda, expor a farsa e defender a sua própria visão do futuro com clareza. Aflito por apoio da mídia e empresários para a reeleição e na vã esperança de acordos sobre reformas fiscais, da saúde e previdência, teme um confronto direto com a oposição".

                           Além da proposta inovadora que Obama acenou ao seu povo na campanha eleitoral, a sua condição de negro é, sobretudo, algo que inovou e talvez não estivesse nos cálculos das correntes conservadoras dos EEUU, sendo uma das razões  da sua oposição atual.
                              O fracasso de Obama deve causar um efeito negativo muito sério no grande eleitorado negro que o consagrou e alimentar o racismo que ainda subsiste no povo norte-americano. Demais,  frustra uma esperança que chegou a encher os corações e as mentes pelo mundo a fora.                      Que pena !

VHCarmo.

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