segunda-feira, 4 de abril de 2011

A decepção OBAMA...

                                           A recente visita do Presidente Obama leva-nos a uma reflexão. A palavra mais adequada para definir a atuação do presidente no seu governo é: decepção. Como afirma o jornalista e professor Antônio Luiz C. Costa em seu magnífico texto na Revista Carta Capital, de 19 de março, sob o título “A tragédia do homem certo a quem coube se eleger para governar o país errado”, Obama traiu os seus compromissos da campanha eleitoral.  
                                        De fato, ele iniciou por “esquecer-se” da promessa de tornar civilizada a questão relativa aos prisioneiros de Guantãnamo, em Cuba que, como se sabe não têm o mais mínimo direito de serem submetidos à Justiça, nem mesmo a militar, pois no dia 7 de março passado, revogou seu próprio decreto que suspendia os julgamentos dos presos  por tribunais militares. Muitos daqueles presos sequer foram acusados formalmente de qualquer crime. A gente lembra que a promessa do Presidente era peremptória: iria fechar a famigerada prisão.                  Nada.
                                     A subserviência de Obama a Wall Street foi lqastimável e impediu qualquer medida para aliviar a população pobre do peso da crise financeira de 2008/2009, ainda em curso. As medidas implementadas foram todas para salvar os agentes financeiros e o desemprego e a pobreza  aumentaram sensivelmente no país mais rico do mundo.
                                      O Presidente Obama “está à mercê das chantagens da oposição até para manter o governo funcionando, semana a semana, dada a recusa dos Republicanos a aprovar o orçamento de 2011” (LA..M.C.Costa).
                                  A eleição de meio de mandato foi desastrosa para suas intenções de reeleição.
                                   A mais badalada de suas vitórias no parlamento, a da Reforma da Saúde, corre sério risco de esvair-se, pois, já a oposição e mesmo o seu partido passaram a atacá-la e  a contestam no judiciário aonde juizes vêm se manifestando contra ela.   Aliás, vários Estados vêm se recusando a cumpri-la. Dificilmente essa reforma vai se manter.
                                   A sua pregação pacifista na campanha eleitoral – afinal ele obteve o Nobel da Paz - se esfumaçou e os US cada vez mais mergulham em guerras de agressão injustificadas perante seu povo, dirigidas contra paises indefesos em favor da sua geopolítica imperialista. É o caso do seu apoio decisivo na agressão ao povo Líbio, a pretexto de protegê-lo, intenção que até os paralelepípedos da minha rua sambem que é mentirosa.
                                   A tolerância e mesmo a desídia com que Obama tratou a tragédia do vazamento de petróleo no Golfo do México, foi mais uma demonstração de sua fraqueza e a Britsh Petroleum, saiu-se quase intacta de uma dos maiores acidentes poluidores, por vazamento de óleo,  ocorridos no mundo até então, por culpa da empresa.    Anteriormente o mesmo Obama suspendera as cautelas que eram exigidas à BP, para exploração no Golfo e deu no que deu.
                                   Seria exaustivo continuar a declinar o rosário das decepções que Obama causou a todos nós, mas sua fraqueza política é alarmante. A submissão do Presidente a Hillary Cliton é humilhante. Ela o desautoriza a todo instante e, sabe-se, que a família Obama nem sequer foi convidada para o casamento da filha dela. 
                                 A comparação feita pelo jornalista Antônio Luiz é válida: a direita brasileira neoliberal obrigou Lula a se desdobrar para manter-se no governo e reeleger-se, mas ninguém pode afirmar que ele, de algum modo, curvou-se aos poderosos e jamais perdeu a sua dignidade. Nada o impediu, afinal, de cumprir os dois mandatos e sair do governo com a maior aprovação da história política do Brasil.

VHCarmo.

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