sábado, 24 de abril de 2010

O Caviloso e o escorpião.

                   O que traz muita preocupação para a eleição que se aproxima, é a possibilidade , que acredita-se remota mas não impossível, da volta do neoliberalismo dos tucanos/dem-Arruda. Eles não escondem a sua ideologia neoliberal/privativista, adepta do chamado estado mínimo e do mercado desregulado, que levou o mundo a maior crise da história do capitalismo.
                    O caviloso Zé Serra jamais abnegou de suas convicções e o seu governo no Estado de São Paulo se pautou por aquele ideário. As empresas elétricas do Estado, das maiores do Brasil, integrantes da CESP, foram, em quase sua totalidade, privatizadas. Restou uma pequena parte por falta de licitantes no leilão designado, pois o fim do przo  da conceção estava por terminar. O estado mínimo se concretizou pela a adoção indiscriminada de terceirização do serviço público ( seu sucateamento), pelo congelamento de salários, pela perseguição das lideranças sindicais e a tentativa de criminalização dos movimentos sociais,na metrópole e no campo.
                      Há uma estorinha popular que explica a natureza de certas ideologias. Vai lá:
                     “ Na beira de um lago o escorpião implorou ao sapo para que o fizesse atravessar para outra margem. O sapo desconfiado lhe disse ter medo de suas garras e de seu veneno. O escorpião jurou, por tudo que era mais sagrado. que jamais faria mal a ele. O sapo concordou e colocou o escorpião sobre seu corpo e se foram. Ao chegar à outra margem do lago, o escorpião desceu e cravou as garras envenenando o pobre sapo que, na agonia da morte, indagou "por que tanta maldade?". O escorpião justificou “eu não posso fugir da minha natureza”.
                      O caviloso Serra, o Zé Bonitinho da podridão da Revista Veja, tergiversa sempre quando lhe perguntam sobre a sua ideologia. Em recente entrevista na TV Record, indagado se ainda continuava, após a crise mundial, adepto do Estado mínimo, saiu-se como o escorpião da estória: “sou adepto de um estado musculoso...” estado este que ele não explica, mas afirmou que não será intervencionista. Para quem sabe ler um pingo é letra.
                    Bom lembrar que o Caviloso foi Ministro do Planejamento e da Saúde do Governo do pernóstico FHC, período em que, seguindo o Consenso de Washington, o Brasil quebrou três vezes, alienou mais de 100 bilhões de dólares em ativos do país, ficou, ainda, devendo ao FMI e , por pouco, não entregou os bancos públicos e a Petrobrás. Ele, Zé Serra, jamais menciona o governo de que fez parte e vive fugindo do Fernando Henrique. É a tática do escorpião.
                                                  Não vamos cometer a ingenuidade do sapo.
                                                                 VHCarmo.



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