sábado, 17 de abril de 2010

A hidroelétrica d Belo Monte - dificuldades opostas.

Hidroelétrica Belo Monte.

A hidroelétrica Belo Monte - uma das mais importantes obras do PAC - vem sendo projetada há muito tempo como  necessária ao projeto energético do país. É considerada de importância vital para o nosso desenvolvimento e, inclusive, para a ocupação da Amazônia pelo país. A sua construção foi autorizada após um estudo meticuloso, e note-se: de incompreensível demora na licença ambiental. Acrescente-se que a autorização, afinal concedida, foi obtida após o projeto ter sido submetido a todas as partes interessadas, até às ONGs brasileiras e, estranhamente a algumas estrangeiras, e, afinal, removidas as objeções postas. Pois bem, quando a licença ambiental é concedia e, aparentemente, não há mais óbices, vem um membro do MP local e um juiz de primeira instância e, simplesmente, manda suspender a licitação, sem medir as graves consequências e o prejuízo que a medida acarretaria. Faltavam menos de 15 dias para a licitação. É inimaginável que ao se aproximar a licitação tenham sido alinhados novos elementos para derrubar tudo o que fora estudado até então. Denotou-se, por trás da decisão judicial, clara influência de setores políticos impatrióticos.
                        Felizmente a medida foi derrogada pela instância superior. A licitação será realizada na sexta-feira próxima.
                       Sobre o assunto transcrevo um trecho do magnífico artigo do sempre admirado jornalista Mauro Santayana no JB de sexta-feira de 16.04.2010:

                 “Como notou Ortega y Gasset sobre o assunto, o homem não é a natureza, é história. E a História se faz até o momento, no confronto com a natureza. Não se trata de defender a destruição do mundo natural, mas saber como será possível ao homem continuar a construir sua história de forma racional, a fim de que não venha a perder o planeta. A renúncia à ereção da barragem não preservará o paraíso do Xingu. A civilização, queiramos ou não, até agora, choque-nos ou não, tendo sido assim. Temos que contar com a ciência para que nos encontre o caminho do equilíbrio”.
                     Outro fato, estranhável e até inexplicável, é que venha ao Xingu, o diretor de cinema norteamericano, James Cameron, participar de protesto contra a construção da hidrelétrica. Imagine-se o que aconteceria, se em questões internas do EEU, um dos nossos cineastas se mandassem para lá para dar palpite? É de se protestar, isto sim, com a presença desse cara aqui num momento deste. Lamentável, também, como assinala Santayana "é cumplicidade de brasileiros que não só toleraram essa petulante intromissão em assuntos nossos, como a aplaudiram”.
                                                              VHCarmo.

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