Poucas pessoas, neste
nosso País, têm como nossa Presidenta moral para expressar com firmeza e consistência
sobre as Manifestações ( passeatas) de setores da população; e ela o fez de
forma firme.
Enquanto certos setores da mídia golpista
tentam dirigir o movimento apartidário
contra governo a Presidente chama a todos à razão.
O movimento encontra o país com índices positivos
no emprego, na economia, na melhor distribuição da renda, na valorização do
trabalho e na diminuição da pobreza e, sobretudo, dentro da normalidade democrática.
Essas reivindicações amplas sugerem, enfaticamente, uma desobstrução dos órgãos decisórios para
promover medidas no sentido de contempla-las. Abrem, inclusive, oportunidade de
o Congresso formalizá-las sob essa pressão legítima das ruas.
São impatrióticas, no
entanto, não só a violência de uma minoria como a tentativa do uso do Movimento
para alcançar ganhos partidários da oposições sem discurso e a desestabilização
do regime democrático.
Este escriba deixa
transcrito neste humilde bloguinho,
abaixo, o pronunciamento da Presidente Dilma como um registro que o dignifica.
Olhem só;
Minhas amigas e meus amigos.
Todos nós, brasileiras e brasileiros,
estamos acompanhando, com muita atenção, as manifestações que ocorrem no país.
Elas mostram a força de nossa democracia e o desejo da juventude de fazer o
Brasil avançar.
Se aproveitarmos bem o impulso desta
nova energia política, poderemos fazer, melhor e mais rápido, muita coisa que o
Brasil ainda não conseguiu realizar por causa de limitações políticas e
econômicas. Mas, se deixarmos que a violência nos faça perder o rumo, estaremos
não apenas desperdiçando uma grande oportunidade histórica, como também
correndo o risco de colocar muita coisa a perder.
Como presidenta, eu tenho a obrigação tanto de ouvir a
voz das ruas, como dialogar com todos os segmentos, mas tudo dentro dos
primados da lei e da ordem, indispensáveis para a democracia.
O Brasil lutou muito para se tornar um país democrático. E também está lutando muito para se tornar um país mais justo. Não foi fácil chegar onde chegamos, como também não é fácil chegar onde desejam muitos dos que foram às ruas. Só tornaremos isso realidade se fortalecermos a democracia – o poder cidadão e os poderes da República.
Os manifestantes têm o direito e a
liberdade de questionar e criticar tudo, de propor e exigir mudanças, de lutar
por mais qualidade de vida, de defender com paixão suas ideias e propostas, mas
precisam fazer isso de forma pacífica e ordeira.
O governo e a sociedade não podem
aceitar que uma minoria violenta e autoritária destrua o patrimônio público e
privado, ataque templos, incendeie carros, apedreje ônibus e tente levar o caos
aos nossos principais centros urbanos. Essa violência, promovida por uma
pequena minoria, não pode manchar um movimento pacífico e democrático. Não
podemos conviver com essa violência que envergonha o Brasil. Todas as
instituições e os órgãos da Segurança Pública têm o dever de coibir, dentro dos
limites da lei, toda forma de violência e vandalismo.
Com equilíbrio e serenidade, porém, com
firmeza, vamos continuar garantindo o direito e a liberdade de todos. Asseguro
a vocês: vamos manter a ordem.
Brasileiras e brasileiros,
As manifestações dessa semana trouxeram
importantes lições: as tarifas baixaram e as pautas dos manifestantes ganharam
prioridade nacional. Temos que aproveitar o vigor destas manifestações para
produzir mais mudanças, mudanças que beneficiem o conjunto da população
brasileira.
A minha geração lutou muito para que a
voz das ruas fosse ouvida. Muitos foram perseguidos, torturados e morreram por
isso. A voz das ruas precisa ser ouvida e respeitada, e ela não pode ser
confundida com o barulho e a truculência de alguns arruaceiros.
Sou a presidenta de todos os
brasileiros, dos que se manifestam e dos que não se manifestam. A mensagem
direta das ruas é pacífica e democrática.
Ela reivindica um combate sistemático à
corrupção e ao desvio de recursos públicos. Todos me conhecem. Disso eu não
abro mão.
Esta mensagem exige serviços públicos de
mais qualidade. Ela quer escolas de qualidade; ela quer atendimento de saúde de
qualidade; ela quer um transporte público melhor e a preço justo; ela quer mais
segurança. Ela quer mais. E para dar mais, as instituições e os governos devem
mudar.
Irei conversar, nos próximos dias, com
os chefes dos outros poderes para somarmos esforços. Vou convidar os
governadores e os prefeitos das principais cidades do país para um grande pacto
em torno da melhoria dos serviços públicos.
O foco será: primeiro, a elaboração do
Plano Nacional de Mobilidade Urbana, que privilegie o transporte coletivo.
Segundo, a destinação de cem por cento dos recursos do petróleo para a
educação. Terceiro, trazer de imediato milhares de médicos do exterior para
ampliar o atendimento do Sistema Único de Saúde, o SUS.
Anuncio que vou receber os líderes das
manifestações pacíficas, os representantes das organizações de jovens, das
entidades sindicais, dos movimentos de trabalhadores, das associações
populares. Precisamos de suas contribuições, reflexões e experiências, de sua
energia e criatividade, de sua aposta no futuro e de sua capacidade de
questionar erros do passado e do presente.
Brasileiras e brasileiros,
Precisamos oxigenar o nosso sistema
político. Encontrar mecanismos que tornem nossas instituições mais
transparentes, mais resistentes aos malfeitos e, acima de tudo, mais permeáveis
à influência da sociedade. É a cidadania, e não o poder econômico, quem deve
ser ouvido em primeiro lugar.
Quero contribuir para a construção de
uma ampla e profunda reforma política, que amplie a participação popular. É um
equívoco achar que qualquer país possa prescindir de partidos e, sobretudo, do
voto popular, base de qualquer processo democrático. Temos de fazer um esforço
para que o cidadão tenha mecanismos de controle mais abrangentes sobre os seus
representantes.
Precisamos muito, mas muito mesmo, de
formas mais eficazes de combate à corrupção. A Lei de Acesso à Informação,
sancionada no meu governo, deve ser ampliada para todos os poderes da República
e instâncias federativas. Ela é um poderoso instrumento do cidadão para
fiscalizar o uso correto do dinheiro público. Aliás, a melhor forma de combater
a corrupção é com transparência e rigor.
Em relação à Copa, quero esclarecer que
o dinheiro do governo federal, gasto com as arenas é fruto de financiamento que
será devidamente pago pelas empresas e os governos que estão explorando estes
estádios. Jamais permitiria que esses recursos saíssem do orçamento público
federal, prejudicando setores prioritários como a Saúde e a Educação.
Na realidade, nós ampliamos bastante os
gastos com Saúde e Educação, e vamos ampliar cada vez mais. Confio que o
Congresso Nacional aprovará o projeto que apresentei para que todos os
royalties do petróleo sejam gastos exclusivamente com a Educação.
Não posso deixar de mencionar um tema
muito importante, que tem a ver com a nossa alma e o nosso jeito de ser. O
Brasil, único país que participou de todas as Copas, cinco vezes campeão
mundial, sempre foi muito bem recebido em toda parte. Precisamos dar aos nossos
povos irmãos a mesma acolhida generosa que recebemos deles. Respeito, carinho e
alegria, é assim que devemos tratar os nossos hóspedes. O futebol e o esporte
são símbolos de paz e convivência pacífica entre os povos. O Brasil merece e
vai fazer uma grande Copa.
Minhas amigas e meus amigos,
Eu quero repetir que o meu governo está
ouvindo as vozes democráticas que pedem mudança. Eu quero dizer a vocês que
foram pacificamente às ruas: eu estou ouvindo vocês! E não vou transigir com a
violência e a arruaça.
Será sempre em paz, com liberdade e democracia que
vamos continuar construindo juntos este nosso grande país.
Boa noite!__________________________________________________
vhcarmo.
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