MAIS
UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA.
A
atual disputa eleitoral apresenta duas vertentes principais por parte da oposição
contra o governo federal. A primeira
desemboca no costumeiro discurso da corrupção, habilmente conduzido pela mídia
que privilegia fatos que, de qualquer modo, possam estar ligados ao governo ou
a seus agentes, sejam ou não verdadeiros.
A
emergência desse discurso aumenta na medida em que se aproximam as eleições,
com o cuidado dessa mesma mídia de evitar a contaminação da oposição,
colocando-a no limbo.
Em princípio dispensam-se de provar as alegações
e a realidade dos fatos e esmeram-se em mentir, obscurecer fatos, produzir escândalos
e destruir reputações pessoais. Um subproduto dessa primeira vertente é o
desvio proposital de discussão de matérias de real interesse do país.
A
segunda vertente se apresenta de modo sub-reptício, ou seja, implementam – mídia
e oposição - um discurso neoliberal tardio, invectivando contra a economia do
país e, até sem disfarce, pregando a volta da desregulação e a ausência do
Estado no processo econômico.
Os
recentes pronunciamentos dos dois principais candidatos a Presidência, Aécio
Neves e Eduardo Campos, se centram no que se convencionou chamar de gestão e “governança”,
implicando na velha desregulação da economia, na desarticulação do Estado e na
aplicação das chamadas medidas de austeridade -- em boa hora descartadas por
Lula em 2008 – que agora as pretendem em
busca do Estado mínimo em favor da centralidade do mercado.
A
austeridade pregada implica na supressão dos programas sociais tipo Bolsa Família,
Minha Casa, Minha Vida, na contenção (congelamento) dos salários, principalmente
da correção do salário mínimo acima da inflação, e a adoção da velha tese de independência do
Banco Central. Aécio Neves, por sinal, anda de braços dados
com Armínio Fraga e, sem qualquer cerimônia, fala em medidas impopulares e do “inevitável
aumento do desemprego” em prol da produtividade.
Naturalmente,
tudo isto implicará também no retorno do país ao eixo comandado pelos Estados
Unidos, ao FMI e ao natural afastamento de suas ligações na América Latina e
dos Brics., ou seja, à abdicação de sua soberania com a dolarização da
economia, via endividamento interno. Seria
a repetição da Social Democracia de Fernando Henrique. Eles não escondem isto; agora com o já apeliado ARROCHO NEVES.
Estar
atento e não se deixar enganar É PRECISO!.
VHCarmo.
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