As contradições no
discurso dos candidatos da oposição à Presidência da República, que às vezes escapam aos observadores por sua pobreza e falta de reais
fundamentos, anda beirando a algo risível.
Em face do último
programa do Partido dos Trabalhadores exibido na TV, a oposição, ecoando a
mídia, o acoimaram de tentar infundir medo nos espectadores por acenar com o
perigo da volta ao passado.
Ora, aquele
triste passado, invocado no programa, foi obra e graça dessa oposição quando estava então no poder,
sendo, portanto, relativo a algo concreto, ou seja, à situação em que o país se
encontrava ao fim daquele obscuro período.
O Brasil, ao fim do governo tucano, em 2001, vinha de
três QUEBRAS, ou seja, havia recorrido, por três vezes, ao FMI para submergir a
graves crises, sendo que na última o
Fundo teve que socorrer-se do Tesouro americano para resgatar a nossa QUEBRA. A inflação estava, então, em 12% aa., os
juros Selic em 45% e o desemprego
atingia a 18% dos trabalhadores; tínhamos, afinal, vendido a nossa soberania.
As decisões sobre a nossa economia e sobre nossa política externa passaram a depender do
Fundo Monetário que plantara um escritório em Brasília. Fomos levados a alienar mais de 100 bilhões de dólares de nosso patrimônio. O povo sofria com a escassez e com os salários congelados (o ARROCHO).
Essa
é a realidade vivida pelo país cuja
volta o PT quer evitar, alertando o povo
brasileiro. As pessoas são as mesmas e
mesmo é o discurso, ou seja, da austeridade, do arrocho salarial, da supressão
dos programas sociais do governo do PT, tudo em nome de uma indefinida "gestão
eficiente" que jamais comprovaram ser capazes de implementar, como se viu.
Aécio (Arrocho) Neves
anda de braços dados com Fernando Henrique Cardoso (o chamado de Príncipe da
Privataria) e com Armínio Fraga (ex-Banco Central), dois dos principais gestores do
passado desastroso que ora se repudia. Demais, anda pregando medidas "impopulares".
A gente volta, neste
espaço, a falar sobre outras e grandes incoerências do discurso eleitoral da
oposição neoliberal, liderada pelo PSDB e seguida, estranhamente, pelo PSB de Eduardo Campos, que se distancia da sua
sigla de Partido SOCIALISTA.
_____________________VHCarmo.
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