Por oportuno este escriba resolveu postar, novamente, esse poeminha, quando se vai mais um torturador. Embora este último tenha revelado algo, leva ao túmulo outros terríveis segredos, tornando mais complicado trazer à tona o que, realmente, foi aquele negro período da nossa história.
Olhem só:
"Este pequeno poema foi
inspirado por ocasião da morte impune de um desses coronéis que remanesceram
após o período negro da Ditadura Militar.
É o "algo mais" do bloguinho".
A
morte do torturador.
Philomeno
morreu no "Dia da Pátria".
Na
praça hasteada a bandeira
"verde/loira"
Um
cachorrinho de pelo malhado
-
em preto e branco - mijou no pé do
mastro.
Os
meninos da Escola desfilaram na Rua da Praia
ao
som dos tambores, cornetas e buzinas.
Philomeno
morreu no "Dia da Pátria".
Galhardetes
verde/amarelos pendurados das árvores
o cortejo fúnebre e seus soturnos cantos abafados.
Alguém
maldiz o Coronel:
amargas
lembranças daquele que morreu no dia errado.
Philomeno é descartado
e os meninos da Escola cantam a pátria
pela Rua da Praia.
____________________________________________
VHCarmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário