segunda-feira, 5 de maio de 2014

Mais um coronel torturador se vai...


Por oportuno este escriba resolveu postar, novamente, esse poeminha, quando se vai mais um torturador. Embora este último tenha revelado algo, leva ao túmulo outros terríveis segredos, tornando mais complicado trazer à tona o que, realmente, foi aquele negro período da nossa história.
Olhem só:
"Este pequeno poema foi inspirado por ocasião da morte impune de um desses coronéis que remanesceram após o período negro da Ditadura Militar.  É o "algo mais" do bloguinho".

A morte do torturador.

Philomeno morreu no "Dia da Pátria".

Na praça  hasteada a bandeira "verde/loira"

Um cachorrinho de pelo malhado

- em preto e branco -  mijou no pé do mastro.

 

Os meninos  da Escola desfilaram na Rua da Praia

ao som dos tambores, cornetas e buzinas.

 

Philomeno morreu no "Dia da Pátria".

 

Galhardetes verde/amarelos pendurados das árvores

 o cortejo fúnebre e  seus soturnos cantos  abafados.

Alguém maldiz o Coronel:

amargas lembranças daquele que morreu no dia errado.

 

Philomeno  é descartado

 e os meninos da Escola cantam a pátria

 pela Rua da Praia.

____________________________________________

VHCarmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário